UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

CURSO ENG. DE MECÂNICA

Disciplina: Laboratório de Física 2

Experimento 02 - Resistores em série e paralelo

Data da realização do experimento: 08 de Agosto de 2022

Turma: ESTBAS020 Prof(s). Responsável: Moisés Oliveira dos Santos

Uso do professor
Aluno: Darley Almeida Cardoso Nota do Grupo:
Uso do professor
Aluno: Lucas Souza de Freitas
Uso do professor
Aluno: Matheus Magalhães de Figueiredo
Adauto Uso do professor

Aluno: Pedro Henrique Teles de Amorim Souza

Uso do professor

Aluno: Wesley Muniz de Souza

Manaus, AM
2022
 Sumário
1. Objetivo 3
2. Fundamentação Teórica 3
3. Metodologia 4
3.1 Materiais Utilizados: 4
3.2 Descrição do Experimento 4
3.3 Cálculos e Prática do Experimento 4
4. Resultados 9
5. Questões 10
6. Conclusão 14
7. Referências 15

2
1. Objetivo

Identificar e observar em prática a dinâmica e funcionamento das duas

associações de resistores, série e paralelo, tendo como foco a projeção do circuito
equivalente nas diferentes etapas do experimento.

2. Fundamentação Teórica

Na primeira parte do experimento, utilizou-se na prática a propriedade dos

resistores na configuração série. Compartilhando assim, da mesma corrente e de tensões
diferentes como mostrado na figura a seguir:

Figura 1: Associação de resistores em série

Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/associacao-de-resistores/

Todo circuito do estilo série, contém um circuito equivalente, sendo assim, uma
resistência equivalente, que representa todos os resistores do circuito inicial como se
fosse um só com os mesmos efeitos. Podendo ser calculado da seguinte forma:

Figura 2: Fórmula da resistência equivalente em circuito série

Fonte: Guia do experimento

Já na configuração paralelo, a corrente que sai da fonte de alimentação do

circuito chegará a uma junção, denominada nó, onde possuem caminhos distintos para
seguir, ou seja, qual ramo tomar. Devido a isto, a corrente nos resistores em paralelo não
será a mesma, sendo proporcional a sua resistência, isto é, quanto maior a resistência do
“caminho”, menor será a corrente. Já a tensão será a mesma para os resistores em
paralelo.
3
 Do mesmo modo, o modo de calcular a resistência equivalente se altera,
ficando um pouco mais complexo, como demonstrado a seguir:

Figura 3: Fórmula da resistência equivalente associação paralelo

Fonte: Guia do experimento

3. Metodologia
3.1 Materiais Utilizados:
● Multímetro
● 3 Resistores de resistências diferentes
● Fonte de tensão

3.2 Descrição do Experimento

Primeiramente, foram escolhidos 3 resistores, além disso foi necessário um

multímetro e uma fonte de tensão e um protoboard.
Com todos os materiais selecionados os circuitos serão montados e registrados os
dados obtidos da tensão, resistência e corrente para futura análise e conclusão.

3.3 Cálculos e Prática do Experimento

Experimento 1 - Circuito em Série:

A)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o ohmímetro.

R1(medido) 2160 Ω
R2(medido) 468 Ω
R3(medido) 806 Ω
Tabela 1: Experimento 1 – Parte A
Fonte: Autoral

B)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o código de cores.

R1(código) 2200 Ω ± 5%
R2(código) 470 Ω ± 5%

4
 R3(código) 820 Ω ± 5%
Tabela 2: Experimento 1 – Parte B
Fonte: Autoral

C) Conectar os resistores em série, conforme mostrado na Figura abaixo (Fig.4), e

conectá-los a fonte de alimentação que é definida em 12V. Registrar a tensão em cada resistor,
usando o multímetro. Registrar os valores medidos na Tabela 3 de dados.

Figura 4: Montagem em série – Parte C

Fonte: Guia do experimento

R1(medido) 2160 Ω R1(código) 2200 Ω ± 5% V1(medido) 7,55 ± 0.01 V I1(medido) 3,5 ± 0.1 mA
R2(medido) 468 Ω R2(código) 470 Ω ± 5% V2(medido) 1,63 ± 0.01 V I2(medido) 3,5 ± 0.1 mA
R3(medido) 806 Ω R3(código) 820 Ω ± 5% V3(medido) 2,80 ± 0.01 V I3(medido) 3,5 ± 0.1 mA

Tabela 3: Experimento 1 - Parte C

Experimento 2 – Circuito em Paralelo: testar experimentalmente a lei de adição

para resistores em paralelo..

A)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o ohmímetro.

R1(medido) 2160 Ω
R2(medido) 468 Ω
Tabela 4: Experimento 2 – Parte A
Fonte: Autoral

B)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o código de cores.

R1(código) 2200 Ω ± 5%
R2(código) 470 Ω ± 5%
Tabela 5: Experimento 2 – Parte B
Fonte: Autoral

C) Conectar os resistores em paralelo, conforme mostrado na Figura abaixo (Fig.4), e

conectá-los à fonte de alimentação que é definida em 12V. Registrar a tensão em cada resistor,

5
usando o multímetro. Registrar os valores medidos na Tabela 6 de dados.

Figura 5: Montagem em Paralelo – Parte C

Fonte: Guia do experimento

V1(medido) 12,08 ± 0.01 V

V2(medido) 12,08 ± 0.01 V

Tabela 6: Experimento 2 – Parte C

Fonte: Autoral

D) Calcular a resistência equivalente (Req) do circuito, com base em seus valores medidos de
R1 e R2.
𝑅1*𝑅2
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1+𝑅2
𝑅𝑒𝑞 = (2160 * 468)/(2160 + 468)
𝑅𝑒𝑞 = 384, 65𝛀

E) Medir a resistência equivalente do circuito usando o ohmímetro.

𝑅𝑒𝑞𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 386 Ω

6
 F) Use a lei de Ohm, com seu valor medido de Req, para calcular a corrente total no circuito.

𝑈 12,08
𝐼𝐶𝑎𝑙𝑐 = 𝑅𝑒𝑞
= 386
= 31, 29 𝑚𝐴

R1 (Medido) 2160 Ω R1 (Código) 2200 Ω ± 5% V1 (medido) 12,08 ± 0.01 V I1 (Calculado) 5,49 ± 0.1 mA

R2 (Medido) 468 Ω R2 (Código) 470 Ω ± 5% V2 (medido) 12,08 ± 0.01 V I2(Calculado) 25,81 ± 0.1 mA

Req (Medido) 386 Ω Req (Cálculo) 384,65 Ω ± 5%

Tabela 7: Experimento 2 – Parte C
Fonte: Autoral

Experimento 3 – Circuito em série e paralelo:

A)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o ohmímetro.

R1(medido) 2160 Ω
R2(medido) 468 Ω
R3(medido) 806 Ω
Tabela 8: Experimento 2 – Parte A
Fonte: Autoral

B)Medir e anotar a resistência de cada resistor individualmente usando o código de cores.

R1(código) 2160 Ω ± 5%
R2(código) 468 Ω ± 5%
R3(código) 806 Ω ± 5%
Tabela 9: Experimento 2 – Parte B
Fonte: Autoral

C) Calcular a resistência equivalente, Req, para os três resistores conectados como na Figura,
primeiro usando suas resistências medidas e, em seguida, usando os valores do código de cores.

Figura 6: Montagem em série e paralelo – Parte C

Fonte: Guia do experimento

7
 Calcular a resistência equivalente (Req) do circuito, com base em seus valores medidos de R1 e R2 e R3.
𝑅3*𝑅2
𝑅𝑒𝑞1 = 𝑅3+𝑅2
806 * 468
𝑅𝑒𝑞1 = 806+468
𝑅𝑒𝑞1 = 296, 08Ω
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅𝑒𝑞1
𝑅𝑒𝑞 = 296, 08 + 2160 → 𝑅𝑒𝑞 = 2456Ω

Calcular a resistência equivalente (Req) do circuito, com base em seus valores no código de cores de R1,
R2 e R3.
𝑅3*𝑅2
𝑅𝑒𝑞1 = 𝑅3+𝑅2
470*820
𝑅𝑒𝑞1 = 470+820
𝑅𝑒𝑞1 = 298, 76 Ω
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅𝑒𝑞1
𝑅𝑒𝑞 = 298, 76 + 2160 → 𝑅𝑒𝑞 = 2458, 76Ω

D) Medir a tensão em R1 e depois em R2 e R3 e anotar na tabela 10.

Vo (medido) 11,90 ± 0.01V

R1 (medido) 2160Ω R1 (código) 1500Ω ± 5% V1 (medido) 10,35 ± 0.01V
R2(medido) 468Ω R2 (código) 470Ω ± 5% V2 (medido) 1,41 ± 0.01V
R3 (medido) 806Ω R3 (código) 820Ω ± 5% V3 (medido) 1,41 ± 0.01V
Req
(medido) 2456Ω Req (código) 2500Ω ± 5% V1 + V2 11,76 ± 0.01V

Tabela 10: Experimento 3 – Parte D

Fonte: Autoral

8
4. Resultados

Os valores obtidos em cada tabela foram medidos com atenção e obedecendo às

escalas adequadas no multímetro. Os valores obtidos apresentam pequenos erros
percentuais, que se explicam pelo fato da existência de incertezas nas medições,
provenientes do próprio multímetro, que possui uma determinada resistência interna.
Porém, vale ressaltar que, por exemplo, as medições de resistência com o ohmímetro do
multímetro estão dentro da tolerância do código de cores. Assim, os valores medidos são
muito próximos dos valores calculados.
Portanto, comprovou-se a veracidade do comportamento de circuitos com resistores
em série, paralelo e série-paralelo (ou misto) através do método prático-experimental.

9
 5. Questões

Experimento 1 – Circuito em série

a) As tensões V1, V2 e V3 são iguais? Por que sim ou por que não?

Não, pois os resistores possuem valores nominais diferentes, por consequência também terão
tensões diferentes.

b) Calcule a tensão total V = V1 + V2 + V3. Explique por que ele tem esse valor.

VT = 7,55 + 1,63 + 2,80 = 11,98 V

Como a fonte geradora de tensão possui 12 V, a tensão total deveria assumir o mesmo valor.
Mas como não se trata de uma fonte ideal, logo há perda de potência no circuito, por isso a
tensão de 11,98 V.

c) Use a lei de Ohm para calcular a corrente através de cada resistor. (por exemplo, V1 = I1
* R1, então I1 = V1 / R1). Para este cálculo, use o valor medido das resistências. Registre
esses valores calculados na tabela acima. O resultado é o que você esperava? Por quê?
Abaixo, temos o cálculo das correntes, utilizando os valores medidos de tensão e resistência:
𝑉1 7.75 𝑉
𝐼1 = 𝑅1
= 2200 Ω
≈0. 00343 𝐴 𝑜𝑢 3. 43 𝑚𝐴
1.63 𝑉
𝐼2 = 470 Ω
≈0. 00347 𝐴 𝑜𝑢 3. 47 𝑚𝐴
2.80 𝑉
𝐼3 = 820 Ω
≈0. 00341 𝐴 𝑜𝑢 3. 41 𝑚𝐴
I (Medido) I (Calculado)
3.5 ± 0.1 mA 3.43 mA
3.5 ± 0.1 mA 3.47 mA
3.5 ± 0.1 mA 3.41 mA

Tendo em vista os valores da tabela acima, o resultado, de fato, assume os valores

esperados. Os valores de corrente medidos de maneira direta que passam por cada resistor
em série é igual. Porém, ao utilizarmos os valores de tensão e resistência medidos para
realizar o cálculo das correntes de forma indireta, os valores basicamente resultam em
valores diferentes. Isso se dá pelas incertezas das medições de tensão e resistência no
momento do experimento.
.

10
 Experimento 2 – Circuito em paralelo

a) Os valores medidos de R1 e R2 são iguais aos valores calculados usando o código de cores
Quanto eles diferem (calcular o erro percentual),Isso está dentro do especificado na
tolerância.

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑅1, 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑙𝑒𝑟â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 ±5%

2200−2160
𝑒(%) = 2200
= 0, 019%

Logo R1 está dentro da tolerância

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑅2, 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑙𝑒𝑟â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 ±0, 1%

470−468
𝑒(%) = 470
= 0, 005%

Logo R2 está dentro da tolerância

b) O seu valor medido de Req é semelhante ao seu valor calculado

Sim, o valor calculado foi de 384,65𝛀 e o valor medido foi de 386𝛀

c) V1 e V2 são iguais? Explique.

Sim, os valores são iguais. Como os resistores 𝑅1𝑒 𝑅2 estão em paralelo as tensões nestes dois
resistores serão iguais.

d) I1 e I2 são iguais entre si? Explique.

Não, através da lei de ohm (U = RI) podemos concluir que apesar de os resistores receberem o
mesmo valor de tensão, o fato de terem valores de resistência diferentes faz com que um tenha
valores de corrente elétrica diferentes um do outro. Isso também pode ser comprovado
experimentalmente conforme os valores obtidos.

e) Compare 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 com I1 e I2. O que você percebe?

Ao calcularmos o Itotal, tendo em vista que I1= 5.49 mA e I2=25.81 mA, obtemos:

Itotal= I1+I2= 5.49 mA+25.81 mA = 31.3mA.

Vemos que há uma divisão de corrente no circuito em paralelo, assim obedecendo a Lei
de Kirchhoff da divisão de corrente. Além disso, a corrente de maior valor, I2, passa pela
resistência de menor valor, como era esperado.

Experimento 3 – Circuito em série e paralelo

a) As tensões V1, V2 e V3 são iguais? Por quê?

11
 Não. As tensões V2 e V3 são iguais, pois possuímos resistores em paralelo, logo a queda de tensão é
a mesma sobre os resistores R2 e R3. Porém, R1 está em série com a resistência equivalente de R2 e
R3, logo sua tensão é diferente, tendo em vista que circuito em série é um divisor de tensão.

b) Calcule a tensão V = V1 + V2. Explique por que ele tem esse valor. Como essa soma se compara
com Vo ? É o mesmo que V1 + V3 ? Por que ?

𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 = 10, 35 + 1, 41 = 11, 76𝑉; 𝑉𝑜 = 11, 90𝑉

Ao somarmos V1 e V2 obtemos a diferença de potencial do circuito então, 𝑉 ≈ 𝑉𝑜 , mas como há

incertezas presentes na medida 𝑉 ela não terá o valor igual a de 𝑉𝑜 ,mas a soma se aproxima deste valor
esperado.

Como V2 = V3, teremos que V = V1 + V2 = V1 + V3.

12
c) Use a lei de ohm para calcular a corrente através de cada resistor. Para este cálculo use o valor
medido das resistências. Registre esses valores calculados na tabela acima. O resultado é o que
você esperava? Por quê?

Vo 11,90 ±
(medido) 0.01V

R1 R1 1500Ω ± V1 10,35 ± I1 0,0048 A

(medido) 2160Ω (código) 5% (medido) 0.01V (medido)

R2 R2 470Ω ± V2 1,41 ± I2 0,0030 A

(medido) 468Ω (código) 5% (medido) 0.01V (medido)

R3 R3 820Ω ± V3 1,41 ± I3 0,0018 A

(medido) 806Ω (código) 5% (medido) 0.01V (medido)

Req Req 2500Ω ± 11,76±

(medido) 2456Ω (código) 5% V1 + V2 0.01V

𝑉1 = 𝑅1 * 𝐼1→ 10, 35 = 2160 * 𝐼1 → 𝐼1 = 0, 0048 𝐴

𝑉2 = 𝑅2 * 𝐼2→ 1, 41 = 468 * 𝐼2 → 𝐼2 = 0, 0030 𝐴
𝑉3 = 𝑅3 * 𝐼3→ 1, 41 = 806 * 𝐼3 → 𝐼3 = 0, 0018 𝐴

O resultado obtido foi o esperado, pois a corrente que em R1 também flui pela Req feita em relação a
R2 e R3 o que caracteriza um circuito com resistores em série.

13
 6. Conclusão

Verificamos que a análise prática de circuitos em série, paralelo e mistos, de fato, obedecem
à Lei de Ohm. Além disso, a utilização do multímetro, que possui um amperímetro e ohmímetro,
facilita a medição dos valores dos componentes elétricos, embora haja um valor de incerteza nas
medições. Vale ressaltar que as medições diretas, isto é, aquelas que são realizadas diretamente
com instrumentos de medição, são muito semelhantes às calculadas de forma tradicional, ou seja,
através de fórmulas matemáticas. Portanto, conclui-se que a prática laboratorial é de extrema
importância para a comprovação teórica das leis inerentes aos circuitos elétricos e são
imprescindíveis para base de formação técnica e acadêmica dos universitários de Engenharia.

14
7. Referências
SANTOS, M. O. Materiais didáticos. Disponível em:
https://classroom.google.com/u/0/c/NDQ0NjQ3MTA0OTY0. Manaus, 2022.
SANTOS, M. O. Guia do experimento: experimento 2 – LabFIs2. Manaus, 2022.

15