Você está na página 1de 124

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.

601/0001-50

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 5422
Segunda edição
17.01.2024

Projeto de linhas aéreas de energia elétrica —


Critérios técnicos
Overhead electric power lines design — Technical criteria
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 29.240.20 ISBN 978-85-07-09979-6

Número de referência
ABNT NBR 5422:2024
112 páginas

© ABNT 2024
Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2024
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................x
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos, definições, abreviaturas e símbolos...................................................................3
4 Elementos meteorológicos..............................................................................................16
4.1 Geral...................................................................................................................................16
4.2 Obtenção de parâmetros meteorológicos......................................................................16
4.3 Temperatura do ar.............................................................................................................16
4.4 Velocidade e direção do vento, temperatura do ar e radiação solar............................16
4.5 Densidade relativa do ar...................................................................................................16
4.6 Umidade absoluta do ar....................................................................................................17
4.7 Massa específica do ar.....................................................................................................18
4.8 Fator de correção atmosférico para isolamento em ar.................................................18
4.9 Vento...................................................................................................................................20
4.9.1 Geral...................................................................................................................................20
4.9.2 Velocidades de vento de séries horárias........................................................................20
4.9.3 Velocidades de vento de séries de máximos anuais.....................................................20
4.9.4 Conversão das velocidades medidas.............................................................................20
5 Critérios gerais para o cálculo das temperaturas do condutor....................................22
6 Cálculo da temperatura do condutor em regime permanente......................................24
6.1 Geral...................................................................................................................................24
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

6.2 Dados meteorológicos......................................................................................................24


6.3 Critérios gerais para cálculo das temperaturas do cabo condutor..............................24
6.4 Cálculo das temperaturas com base em séries de dados meteorológicos.................25
7 Distâncias de segurança ao solo e a obstáculos...........................................................25
7.1 Geral...................................................................................................................................25
7.2 Distância vertical de segurança.......................................................................................26
7.2.1 Geral...................................................................................................................................26
7.2.2 Distância vertical de segurança para o regime de corrente nominal...........................26
7.2.3 Distância vertical de segurança para o regime de sobrecorrente................................27
7.2.4 Valores para cálculo da distância vertical de segurança .............................................27
7.2.5 Parcela elétrica..................................................................................................................32
7.3 Distância horizontal de segurança..................................................................................32
7.4 Distância mínima entre condutores em suportes diferentes........................................34
7.5 Distância de segurança para manutenção em linha viva .............................................35
7.6 Outros obstáculos.............................................................................................................35
8 Ação mecânica do vento sobre os elementos de uma linha de transmissão.............35
8.1 Geral...................................................................................................................................35
8.2 Velocidades de vento para projeto..................................................................................35
8.2.1 Velocidade de 10 min para projeto..................................................................................36
8.2.2 Velocidade de 30 s para projeto.......................................................................................36

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados iii


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.2.3 Velocidade de 3 s para projeto.........................................................................................37


8.3 Ângulos de incidência do vento......................................................................................37
8.4 Ação do vento....................................................................................................................38
8.5 Ação do vento sobre cabos ............................................................................................39
8.5.1 Geral...................................................................................................................................39
8.5.2 Força exercida sobre os cabos pelo vento de 10 min para projeto.............................40
8.5.4 Força exercida sobre os cabos pelo vento de 3 s para projeto ...................................43
8.6 Ação do vento sobre cadeias de isoladores..................................................................44
8.6.4 Forças transmitidas pelas cadeias de isoladores aos suportes..................................45
8.7 Força exercida pelo vento sobre esferas de sinalização..............................................46
8.8 Ação do vento sobre os suportes ..................................................................................46
8.8.1 Geral...................................................................................................................................46
8.8.2 Suportes treliçados de seção retangular........................................................................46
8.8.3 Suportes com elementos cilíndricos de grande diâmetro............................................48
8.8.4 Suportes com elementos prismáticos............................................................................50
8.8.5 Suportes treliçados de seção triangular.........................................................................50
9 Projeto do isolamento.......................................................................................................52
9.1 Geral...................................................................................................................................52
9.2 Isoladores..........................................................................................................................52
9.3 Distâncias mínimas para tensões a frequência fundamental.......................................53
9.3.1 Número mínimo de isoladores.........................................................................................53
9.3.2 Distância mínima fase-terra.............................................................................................53
9.3.3 Distância mínima entre fases...........................................................................................53
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

9.4 Distâncias mínimas para sobretensões de frente lenta................................................54


9.4.1 Distância mínima fase-terra.............................................................................................54
9.4.2 Distância mínima entre fases...........................................................................................55
9.4.3 Determinação do fator de sobretensão para frente lenta..............................................56
9.5 Distâncias mínimas para sobretensões de frente rápida..............................................56
9.5.1 Distância mínima fase-terra.............................................................................................56
9.5.2 Distância mínima entre fases...........................................................................................57
9.5.3 Determinação de Ufr+ e Ufr− ...............................................................................................57
9.6 Critérios para verificação das distâncias mínimas........................................................58
9.6.1 Geral...................................................................................................................................58
9.6.2 Distâncias mínimas entre os cabos condutores e seus acessórios às partes
aterradas do suporte.........................................................................................................58
9.6.3 Distâncias mínimas entre condutores de fases diferentes no suporte.......................59
9.6.4 Distâncias mínimas entre condutores do mesmo suporte, ao longo do vão..............59
10 Campos elétrico e magnético, corona e interferências.................................................59
10.1 Geral...................................................................................................................................59
10.2 Campo elétrico de corrente alternada e corrente contínua..........................................59
10.3 Campo magnético de corrente alternada e corrente contínua.....................................60
10.4 Induções.............................................................................................................................60
10.5 Corona visível....................................................................................................................60

iv © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

10.6 Interferência eletromagnética .........................................................................................60


10.7 Ruído audível.....................................................................................................................61
10.8 Corrente iônica..................................................................................................................61
10.9 Interferência de isoladores...............................................................................................61
10.10 Interferência com sistemas dutoviários..........................................................................61
11 Cabos condutores e cabos para-raios............................................................................61
11.1 Geral...................................................................................................................................61
11.2 Cálculo mecânico .............................................................................................................62
11.2.8 Temperatura dos cabos....................................................................................................63
11.3 Proteção contra vibrações eólicas..................................................................................63
11.4 Corrosão nos cabos..........................................................................................................64
12 Suportes.............................................................................................................................64
12.1 Geral...................................................................................................................................64
12.2 Caracterização de projeto dos suportes.........................................................................64
12.3 Cargas de projeto..............................................................................................................64
12.3.1 Geral...................................................................................................................................64
12.3.2 Cargas permanentes.........................................................................................................64
12.3.3 Cargas de vento................................................................................................................65
12.3.4 Componentes da carga de tração dos cabos, na direção dos eixos vertical,
transversal e longitudinal do suporte.............................................................................65
12.3.5 Cargas de construção e manutenção.............................................................................65
12.3.6 Cargas de contenção de falha.........................................................................................65
12.3.7 Outras cargas....................................................................................................................66
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

12.4 Hipóteses de carregamento mecânico............................................................................66


12.5 Coeficientes de ponderação das cargas.........................................................................66
12.6 Hipóteses do estado-limite de falha ...............................................................................67
12.6.1 Vento de projeto de 10 min transversal, com a componente vertical máxima
da tração dos cabos..........................................................................................................67
12.6.2 Vento de 10 min transversal, com carga vertical reduzida...........................................67
12.6.3 Vento de 10 min oblíquo com carga vertical máxima ...................................................67
12.6.4 Vento de 10 min oblíquo, com carga vertical reduzida..................................................68
12.6.5 Vento de 3 s transversal...................................................................................................68
12.6.6 Vento de 3 s oblíquo.........................................................................................................68
12.6.7 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados,
autoportantes de suspensão, com pernas inclinadas ..................................................69
12.6.8 Vento de 3 s oblíquo, com ação parcial sobre suportes treliçados,
autoportantes de suspensão, com pernas inclinadas ..................................................69
12.6.9 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados,
estaiados de suspensão...................................................................................................69
12.6.10 Vento de 3 s longitudinal com ação parcial sobre suportes treliçados,
estaiados de suspensão...................................................................................................69
12.6.11 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados,
estaiados monomastro de suspensão ...........................................................................69

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados v


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.6.12 Vento de 3 s longitudinal, com ação parcial sobre suportes treliçados, estaiados
monomastro de suspensão .............................................................................................70
12.6.13 Contenção de falha com desequilíbrio longitudinal do cabo para-raios,
para suportes de suspensão e ancoragem intermediária ............................................70
12.6.14 Contenção de falha com desequilíbrio longitudinal do cabo condutor,
para suportes de suspensão e ancoragem intermediária.............................................70
12.6.15 Construção e manutenção...............................................................................................70
12.7 Hipóteses para o estado limite de utilização .................................................................71
13 Fundações.........................................................................................................................71
13.1 Geral...................................................................................................................................71
13.2 Investigações geológico-geotécnicas.............................................................................71
13.2.1 Investigações geológicas.................................................................................................71
13.2.2 Investigações geotécnicas...............................................................................................71
13.2.3 Investigações da agressividade do terreno....................................................................72
13.3 Inspeção de campo...........................................................................................................72
13.4 Esforços atuantes.............................................................................................................72
13.5 Escolha dos tipos de fundação.......................................................................................72
13.6 Dimensionamento geotécnico das fundações...............................................................72
13.7 Dimensionamento estrutural das fundações.................................................................72
13.8 Durabilidade das fundações ...........................................................................................73
13.9 Recuperação e reforço das fundações...........................................................................73
14 Isoladores, ferragens e conectores ................................................................................73
14.1 Geral...................................................................................................................................73
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

14.2 Cargas mecânicas de trabalho .......................................................................................73


15 Sistema de aterramento....................................................................................................73
16 Aspectos de meio ambiente.............................................................................................74
16.1 Geral...................................................................................................................................74
16.2 Impactos ambientais da linha de transmissão...............................................................75
17 Largura da faixa de passagem.........................................................................................76
17.1 Geral...................................................................................................................................76
17.2 Largura da faixa de segurança........................................................................................77
17.2.2 Critério do ângulo de balanço dos condutores..............................................................77
17.2.3 Critério de campos elétrico e magnético........................................................................81
17.2.4 Critério dos níveis de rádio interferência e ruído audível.............................................81
18 Uso e ocupação da faixa de passagem...........................................................................81
18.1 Zoneamento da faixa de passagem quanto ao uso e ocupação..................................81
18.2 Critérios para o uso e a ocupação da faixa de passagem ...........................................83
18.3 Restrições quanto ao uso e a ocupação da zona A.......................................................84
18.4 Restrições quanto ao uso e a ocupação das zonas B e C............................................84
18.5 Cerca na faixa....................................................................................................................85
19 Manutenção de faixa de passagem, e implantação e manutenção de estradas
de acesso...........................................................................................................................85
19.1 Geral...................................................................................................................................85

vi © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

19.2 Vegetação na faixa de passagem....................................................................................86


19.2.1 Definição da área de manejo de vegetação....................................................................86
19.2.2 Área de manejo nas proximidades dos suportes..........................................................87
19.2.3 Vegetações no entorno da faixa de passagem...............................................................88
19.2.4 Áreas de preservação permanente..................................................................................88
19.2.5 Culturas..............................................................................................................................88
19.2.6 Estradas de acesso...........................................................................................................88
20 Travessias e aproximações..............................................................................................89
20.1 Geral...................................................................................................................................89
20.2 Critérios para o projeto de travessia...............................................................................89
20.3 Cruzamento entre linhas aéreas......................................................................................89
20.4 Travessia e aproximação de rodovias, ruas e avenidas................................................90
20.5 Travessia sobre ferrovias.................................................................................................90
20.6 Travessia, aproximações e paralelismos com tubulações metálicas..........................90
20.7 Travessia sobre águas navegáveis.................................................................................90
20.8 Travessia sobre florestas e vegetações de preservação permanente.........................90
20.9 Apresentação de projetos de travessias........................................................................90
21 Cálculo das correntes admissíveis por período climático............................................96
22 Aproximação de aeroportos e sinalização.....................................................................96
Anexo A (informativo) Recomendações para tratamento de dados de velocidades máximas
anuais do vento.................................................................................................................97
A.1 Geral...................................................................................................................................97
A.2 Cálculo da velocidade prospectiva do vento em função do período de retorno........97
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Anexo B (informativo) Recomendações para obtenção e tratamento de dados da temperatura


do cabo condutor e do cálculo do risco térmico.........................................................102
B.1 Série horária da temperatura.........................................................................................102
B.2 Risco térmico...................................................................................................................102
Anexo C (informativo) Projeto do isolamento.................................................................................104
C.1 Fatores de espaçamento para sobretensões de frente lenta (fase-terra)..................104
C.1.1 Valores iniciais................................................................................................................104
C.1.2 Cálculo detalhado...........................................................................................................104
C.2 Fatores de espaçamento típicos ou de referência para sobretensões
de frente lenta (fase-fase)...............................................................................................105
C.3 Determinação fator de coordenação estatístico..........................................................107
Bibliografia........................................................................................................................................ 111

Figuras
Figura 1 – Temperaturas e distâncias de segurança para as condições típica e limite para
o regime nominal...............................................................................................................23
Figura 2 – Temperaturas e distâncias de segurança para as condições típica e limite para
o regime em sobrecorrente..............................................................................................23
Figura 3 – Distância vertical para locais acessíveis somente a pedestres..................................28

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados vii


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 4 – Distância vertical em travessia de rodovias .................................................................28


Figura 5 – Distância vertical em travessia de ferrovias não eletrificadas ...................................29
Figura 6 – Distância vertical em travessia de águas navegáveis..................................................29
Figura 7 – Distância vertical em cruzamento com linhas de transmissão
ou telecomunicação..........................................................................................................30
Figura 8 – Distância vertical em travessia de vegetação permanente..........................................30
Figura 9 – Distância vertical em travessia de cultura agrícola permanente.................................31
Figura 10 – Distância vertical para instalações transportadoras..................................................31
Figura 11 – Distância horizontal para edificações..........................................................................33
Figura 12 – Distância horizontal para rodovias...............................................................................34
Figura 13 – Distância horizontal para vegetação de preservação permanente...........................34
Figura 14 – Distância entre condutores em suportes diferentes..................................................35
Figura 15 – Ângulos de incidência do vento sobre cabos e suporte............................................38
Figura 16 – Fator combinado de vento GC para cabos...................................................................41
Figura 17 – Fator de efetividade GL..................................................................................................42
Figura 18 – Fator combinado de vento Gt aplicável a suportes e cadeias de isoladores...........45
Figura 19 – Coeficiente de arrasto para painéis de suportes treliçados compostos
de perfis planos.................................................................................................................47
Figura 20 – Coeficiente de arrasto para painéis de suportes treliçados compostos de perfis
com seção circular ...........................................................................................................48
Figura 21 – Coeficiente de arrasto CX para elementos cilíndricos
de diâmetro superior a 20 cm..........................................................................................49
Figura 22 – Fator de efetividade do vento para ângulo de balanço..............................................51
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 23 – Arranjos de eletrodos de aterramento ........................................................................74


Figura 24 – Ampliação da faixa de passagem em torno de suportes estaiados..........................76
Figura 25 – Faixa de passagem – Condutores dispostos de forma simétrica.............................78
Figura 26 – Faixa de passagem – Condutores dispostos verticalmente......................................78
Figura 27 – Faixa de passagem – Corredor de linhas de transmissão.........................................80
Figura 28 – Zoneamento da faixa de passagem..............................................................................82
Figura 29 – Zoneamento da faixa de passagem – Exemplo de suporte estaiado .......................83
Figura 30 – Áreas de manejo mínimas.............................................................................................87
Figura 31 – Exemplo de projeto de travessia..................................................................................92
Figura B.1 – Exemplo de histograma de temperaturas observadas em função
da probabilidade..............................................................................................................103
Figura B.2 – Risco térmico para os dados da Figura B.1.............................................................103
Figura C.1 – Risco de falha versus KCS.........................................................................................108

Tabelas
Tabela 1 – Fatores de categorias de rugosidade do terreno..........................................................21
Tabela 2 – Fatores de conversão do período de integração Kint...................................................21
Tabela 3 – Valores de α para determinação de Kalt.........................................................................21
Tabela 4 – Riscos térmicos e riscos de falha..................................................................................22

viii © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela 5 – Valores para cálculo das distâncias verticais de segurança.......................................27


Tabela 6 – Valores para o cálculo da parcela elétrica da distância vertical de segurança.........32
Tabela 7 – Valores para cálculo da parcela horizontal de segurança...........................................33
Tabela 8 – Fator de turbulência.........................................................................................................36
Tabela 9 – Fatores de conversão do período de integração Kint, de 10 min para 30 s................37
Tabela 10 – Fórmulas para obtenção de GC....................................................................................41
Tabela 11 – Fator combinado de vento para suportes e cadeias de isoladores..........................45
Tabela 12 – Coeficientes de arrasto para elementos com seção poligonal..................................50
Tabela 13 – Coeficientes de arrasto para suportes treliçados de seção triangular.....................50
Tabela 14 – Fator de sobretensão fase-terra de frente lenta mínimo,
na ausência de estudo específico (baseado em [3])......................................................56
Tabela 15 – Suportabilidade de frente rápida mínima, na ausência de dados específicos.........58
Tabela 16 – Limites do parâmetro da catenária (H/p), em metros, para condutores singelos
sem proteção contra vibrações eólicas (de acordo com [24])......................................63
Tabela 17 – Coeficientes de ponderação das cargas para o estado-limite de falha....................66
Tabela 18 – Escalas mínimas recomendadas..................................................................................91
Tabela A.1 – Parâmetros C1 e C2 da distribuição de Gumbel........................................................98
Tabela A.2 – Fator de frequência da distribuição de Gumbel KT,n................................................99
Tabela A.3 – Fator (1 + KT,n CV ) para a distribuição de Gumbel..................................................100
Tabela C.1 – Valores iniciais de fatores de espaçamento de frente lenta, fase-terra................104
Tabela C.2 – Parâmetros típicos para descarga disruptivas fase-terra para impulso de frente lenta
(conforme a ABNT NBR 8186:2021)...............................................................................106
Tabela C.3 – Fatores de espaçamento Kgfl para configurações típicas fase-fase
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

(conforme a ABNT NBR 8186:2021)...............................................................................107

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados ix


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 5422 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Projeto de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica (CE-003:011.001). O Projeto
de Revisão 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 02.12.2016 a 10.01.2017.
O Projeto de Revisão 2 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 17.05.2023
a 15.06.2023. O Projeto de Revisão 3 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11,
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

de 21.11.2023 a 20.12.2023.

A ABNT NBR 5422:2024 cancela e substitui a ABNT NBR 5422:1985, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 5422 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the technical criteria for the project of overhead electrical transmission
lines, to ensure minimum levels of security and limit disturbance in nearby locations, for the following
voltages levels:

a) In alternating current, with maximum operating voltage, RMS phase-phase value, above 38 kV
and not more than 800 kV,

b) In direct current, with maximum operating voltage, per pole, above 200 kV and not more than
800 kV, for positive and negative polarities, monopolar and bipolar lines.

The Sections 7 and 9 are not applicable to direct current.

For simplicity of writing, where there is no possibility of doubt, overhead electric power transmission
lines are simply designated as lines.

This Standard also applies to upgrading, uprating and refurbishment of overhead lines.

x © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

In temporary installations, the requirements of this standard do not necessarily need to be met, provided
that special care is taken to preserve the safety of third parties.

The requirements of this Standard are not applicable to projects of:

a) urban and rural distribution networks.

b) lines with insulated or protected conductors.

c) contact lines for electric traction.

d) telecommunication lines.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados xi


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5422:2024

Projeto de linhas aéreas de energia elétrica — Critérios técnicos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os critérios técnicos para o projeto de linhas aéreas de energia elétrica, de
modo a garantir níveis mínimos de segurança e limitar perturbações em instalações próximas, para
os seguintes níveis de tensão:

a) em corrente alternada, com tensão máxima de operação de valor eficaz fase-fase acima de 38 kV
e não superior a 800 kV,

b) em corrente contínua, com tensão máxima de operação por polo acima de 200 kV e não superior
a 800 kV, para polaridade positiva ou negativa, linhas monopolares ou bipolares.

NOTA As Seções 7 e 9 não são aplicáveis para corrente contínua.

Para simplificar a redação, onde não houver possibilidade de dúvida, as linhas aéreas de transmissão
de energia elétrica são abreviadamente designadas por linhas.

Esta Norma se aplica também a projetos de reisolamento, recapacitação, recondutoramento e de


reforma de linhas aéreas de transmissão.

Em instalações provisórias, as prescrições desta Norma não precisam, necessariamente, ser atendidas,
desde que cuidados especiais com vista à preservação de segurança de terceiros sejam tomados.

As prescrições desta Norma não são aplicáveis aos projetos de:


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

a) redes de distribuição urbana e rural;

b) linhas de transmissão com condutores isolados ou protegidos;

c) linhas de contato para tração elétrica;

d) linhas de telecomunicação.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5032, Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1 000 V – Isoladores de
porcelana ou vidro para sistemas de corrente alternada

ABNT NBR 5369, Cabos de liga alumínio-magnésio-silício nus com alma de aço zincado para linhas
aéreas – Especificação

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 1


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência

ABNT NBR 5471, Condutores elétricos

ABNT NBR 5472, Isoladores para eletrotécnica – Terminologia

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6122, Projeto e execução de fundações

ABNT NBR 6232, Penetração e retenção de preservativos em madeira tratada sob pressão

ABNT NBR 6535, Sinalização de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica com vistas à
segurança da inspeção aérea

ABNT NBR 7095, Ferragens eletrotécnicas para linhas de transmissão e subestações de alta tensão
e extra alta tensão

ABNT NBR 7108-1, Ferragens integrantes padronizadas de isoladores para cadeia de vidro e de
porcelana – Parte 1: Acoplamento concha e bola

ABNT NBR 7108-2, Ferragens integrantes padronizadas de isoladores para cadeia de vidro e de
porcelana – Parte 2: Acoplamento garfo e olhal

ABNT NBR 7109, Isolador tipo disco de porcelana ou vidro – Dimensões e características

ABNT NBR 7270, Cabos de alumínio nus com alma de aço zincado para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 7271, Cabos de alumínio nus para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 7276, Sinalização de advertência em linha aérea de transmissão de energia elétrica –
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Procedimento

ABNT NBR 8186:2021, Coordenação do isolamento – Diretrizes de aplicação

ABNT NBR 8451 (todas as partes), Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição
e de transmissão de energia elétrica

ABNT NBR 8453 (todas as partes), Cruzetas de concreto armado e protendido para redes de
distribuição de energia elétrica

ABNT NBR 8664, Sinalização para identificação de linha área de transmissão de energia elétrica –
Requisitos

ABNT NBR 10298, Cabos de liga alumínio-magnésio-silício, nus, para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 10712, Cabos e cordoalhas de fios de aço revestidos de alumínio, nus, para linhas aéreas –
Especificação

ABNT NBR 10841, Cabos de alumínio reforçados por fios de aço revestidos de alumínio para linhas
aéreas – Especificação

ABNT NBR 14074, Cabos para-raios com fibras ópticas (OPGW) para linhas aéreas de transmissão –
Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15121, Isoladores para alta-tensão – Ensaio de medição da radiointerferência

2 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

ABNT NBR 15122, Isoladores para linhas aéreas – Isoladores compostos tipo suspensão e tipo
ancoragem, para sistemas em corrente alternada com tensões nominais acima de 1 000 V – Definições,
métodos de ensaio e critério de aceitação

ABNT NBR 15232, Isolador composto tipo pilar para linhas aéreas de corrente alternada, com tensões
acima de 1 000 V – Definições, métodos de ensaio e critério de aceitação

ABNT NBR 15643, Isoladores poliméricos para uso interno e externo, com tensão nominal superior
a 1 000 V – Ensaios de projeto

ABNT NBR 15749, Medição da resistência de aterramento e dos potenciais na superfície do solo
em sistemas de aterramento

ABNT NBR 15770, Cabos de alumínio nus reforçados com fios de liga alumínio-magnésio-silício para
linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 16202, Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição elétrica – Requisitos

ABNT NBR 16254-1, Materiais para sistemas de aterramento – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 16563 (todas as partes), Mitigação de efeitos de interferências elétricas em sistemas
dutoviários

ABNT NBR 16686, Cabos de alumínio-liga 1120 para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 16730, Cordoalha de fios de aço zincados para eletrificação – Requisitos

ABNT NBR 17140, Aterramento de estruturas e dimensionamento de cabos para-raios de linha de


transmissão aérea de energia elétrica
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ABNT NBR IEC 60050-161, Vocabulário eletrotécnico internacional – Parte 161: Compatibilidade
eletromagnética

ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Parte 1: Definições gerais
e requisitos de ensaio

ABNT IEC/TS 60815 (todas as partes), Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-tensão
sob condições de poluição

IEC 60050-466, International electrotechnical vocabulary (IEV) – Part 466: Overhead lines

IEC 61472, Live working – Minimum approach distances for a.c. systems in the voltage range 72,5 kV
to 800 kV – A method of calculation

IEC/TR 61774, Overhead lines – Meteorological data for assessing climatic loads

3 Termos, definições, abreviaturas e símbolos


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5460, ABNT NBR 5471, ABNT NBR 5472, ABNT NBR 6547, ABNT NBR 15749
e IEC 60050-466.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 3


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.1
ampacidade
capacidade de corrente
corrente máxima que o cabo pode conduzir para uma dada condição de referência

3.1.2
área de preservação permanente
APP
área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas

3.1.3
balanço assíncrono
movimento relativo entre dois condutores adjacentes de fases distintas, devido à ação diferenciada
do vento

3.1.4
cabo para-raios
cabo de guarda
cabo terra
cabo de blindagem
cabo nu geralmente instalado acima dos condutores de uma linha, provendo um grau de proteção
contra descargas atmosféricas

3.1.5
cadeia de isoladores
conjunto articulado constituído de uma penca de isoladores, ou de várias pencas interligadas, e das
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ferragens necessárias em serviço, conectado a um suporte de forma articulada, que sustenta um


condutor de uma linha

3.1.6
condição de referência da ampacidade
condição representada pela temperatura superficial do condutor e pelas condições ambientais, tais
como, mas não limitado a: temperatura ambiente, velocidade do vento e radiação solar

3.1.7
condutor
〈de uma linha aérea〉 fio, cabo ou feixe de cabos, que constitui uma fase de uma linha de corrente
alternada, ou um polo de uma linha de corrente contínua

[FONTE IEC 60050-466 466-01-15].

NOTA Para termos específicos, ver a ABNT NBR 5471.

3.1.8
contrapeso
eletrodo de aterramento utilizado em linhas de transmissão, constituído por arranjos de condutores
tipicamente lançados radialmente a partir da base ou dos pés do suporte até próximo ao limite da
faixa de passagem, de onde seguem paralelamente ao limite da faixa de passagem, assim como
condutores de aterramento adicionais lançados a partir do suporte e dentro da faixa de passagem
da linha de transmissão

4 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.9
corredor
faixa de passagem comum a duas ou mais linhas de transmissão paralelas

3.1.10
corte raso
técnica de supressão de vegetação caracterizada pela corte de toda a vegetação em determinada
área, podendo haver ou não destoca

3.1.11
corte seletivo
técnica de supressão de vegetação caracterizada pelo corte de vegetação, permanecendo na área
as espécies vegetais que não ofereçam riscos potenciais à operação da linha de transmissão

3.1.12
destoca
técnica de retirada de tocos e partes de raízes

3.1.13
distância de segurança
distância mínima entre um cabo condutor e seus acessórios energizados a quaisquer partes, energizadas
ou não, da própria linha, dos terrenos e obstáculos atravessados ou que estejam nas suas proximidades

3.1.14
estado-limite de falha
estado de uma linha de transmissão no qual um componente essencial falhou por ter atingido a sua
carga máxima admissível (seja por ruptura, flambagem, tombamento)

NOTA Neste estado, cessa a capacidade da linha de transmissão de transmitir energia.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

3.1.15
estado-limite de utilização
estado de uma linha de transmissão no qual uma deformação ou deslocamento de um suporte,
temporário ou permanente, afeta o aspecto visual do mesmo ou reduz as distâncias de segurança

NOTA Nesse estado, a linha de transmissão pode continuar em operação, eventualmente com maior
probabilidade de ocorrência de desligamentos por sobretensões.

3.1.16
estai
cabo de aço, tracionado, conectando um ponto do suporte a uma ancoragem, ou entre dois pontos
de suporte

[FONTE IEC 60050-466, 466-06-08].

3.1.17
faixa de passagem
área de terra, obtida pela projeção no plano horizontal, da largura necessária para a construção,
operação, manutenção e inspeção de uma linha de transmissão, e que é instituída para fins de
declaração de utilidade pública

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 5


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.18
faixa de segurança
área de terra que projeta no plano horizontal a largura necessária para a linha de transmissão,
determinada pelo balanço dos cabos devido à ação do vento, pelos efeitos elétricos, pelas dimensões
das estruturas e pelo posicionamento dos estais; sendo necessária para todos os atos de construção,
operação, manutenção e inspeção da linha, garantindo a segurança de terceiros

3.1.19
faixa de serviço
parte da faixa de passagem necessária para as atividades de lançamento de cabo e inspeção da linha
de transmissão

3.1.20
faixa de servidão
faixa de passagem legalmente constituída em favor da concessionária, a qual se impõe restrições
ao uso e gozo, permanecendo, porém, sob o domínio do proprietário

3.1.21
faixa paralela à faixa de passagem
área adjacente à faixa de passagem, necessária para manter o regular fornecimento de energia
elétrica, tendo em vista a poda ou o corte de qualquer árvore, cujo tombamento ou aproximação
aos cabos condutores possam causar danos ou provocar desligamentos da linha de transmissão
de energia elétrica

3.1.22
ferragem
acessório que exerce função mecânica, elétrica ou de sinalização em uma linha

NOTA São consideradas ferragens: espaçador, amortecedor, anel de equipotencialização, grampo,


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

chifre de descarga, luvas de emenda, esfera de sinalização, pré-formados, ferragens de cadeia etc. (ver a
ABNT NBR 6547).

3.1.23
flecha
distância máxima em um vão de uma linha aérea entre um cabo e a linha reta que une seus pontos
de apoio

3.1.24
fundação
estrutura imersa no solo, por escavação e reaterro, ou cravação, à qual são fixadas as bases de
um suporte, para fornecer a resistência necessária, seja à compressão, à tração ou aos momentos,
para assegurar seu equilíbrio perante todas as cargas aplicadas

3.1.25
hipótese de carregamento
conjunto de solicitações mecânicas que são consideradas no projeto de qualquer elemento de uma
linha

[FONTE IEC 60050-466, 466-02-01].

3.1.26
instalação provisória
linha aérea executada em caráter temporário, geralmente a fim de manter a continuidade de serviço
durante falhas de uma linha de transmissão

6 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.27
interferência eletromagnética
degradação no desempenho do equipamento ou canal de transmissão causada por uma perturbação
eletromagnética

[FONTE ABNT NBR IEC 60050-161, 161-01-06].

3.1.28
isolador
dispositivo destinado a suportar e isolar um elemento condutor ou equipamento elétrico submetido
a potenciais distintos (151-15-39)

NOTA Para termos específicos, ver ABNT NBR 5472.

3.1.29
limpeza de faixa
atividade realizada na faixa de passagem ou no seu entorno, em área com largura e comprimento
variáveis em função das características da vegetação existente, do risco de incêndios nessa vegetação,
da tensão nominal da linha e do projeto da linha de transmissão, na qual é realizado o manejo da
vegetação, para permitir a execução das atividades de implantação, manutenção e operação da linha
de transmissão

3.1.30
obstáculo
elemento alheio à linha de transmissão, do qual deve-se resguardar a distância apropriada por
questões de segurança elétrica e mecânica, podendo ser de caráter permanente (como edificações
ou outra linha de transmissão) ou ocasional (como pessoas ou veículos)

3.1.31
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ocupação
ato autorizado pela concessionária, a título precário ou não, para a permanência de vegetação ou
benfeitoria na faixa de passagem da linha de transmissão, desde que respeitadas as normas técnicas
aplicáveis a cada caso

3.1.32
parâmetro da catenária
razão entre a componente horizontal da carga de tração e o peso do cabo por unidade de comprimento

3.1.33
período de integração
tempo de amostragem de um parâmetro climático, no qual infere-se parâmetros estatísticos como
média e desvio-padrão

3.1.34
período de retorno
intervalo médio entre ocorrências sucessivas de um mesmo evento durante um período indefinidamente
longo, correspondente ao inverso da probabilidade de ocorrência do evento no período de um ano

3.1.35
poda
corte de galhos e parte aérea de uma vegetação sem eliminá-la

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 7


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.36
radiointerferência
RI
interferências eletromagnéticas incidindo na faixa de frequência de até 30 MHz, correspondendo
as faixas ULF, VLF, LF, MF e HF

3.1.37
reforma
construção ou substituição em caráter permanente, de trechos ou componentes da linha, com
a finalidade de restabelecer ou melhorar as condições de operação da instalação

NOTA Os serviços ordinários de manutenção não são considerados reforma.

3.1.38
reisolamento
conjunto das modificações necessárias para permitir que a linha possa operar, continuamente, em
tensão superior à de seu projeto original

3.1.39
risco térmico
probabilidade de que uma determinada temperatura superficial do cabo condutor venha a ser excedida

3.1.40
roço
técnica de supressão de vegetação caracterizada pelo corte da vegetação herbácea e/ou arbustiva
por meio de roçadeiras mecânicas ou ferramentas manuais, a uma altura de corte especificada

3.1.41
série horária da temperatura superficial do cabo condutor
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

série contínua de valores da temperatura superficial do condutor, medidos diretamente ou calculados


a partir de dados meteorológicos, com taxa mínima de amostragem horária, para uma corrente constante

3.1.42
sobrecorrente
valor de corrente que excede um limite especificado

3.1.43
sobretensão
valor de tensão que excede um limite especificado

a) sobretensão em frequência fundamental: sobretensão temporária, com duração relativamente longa;

b) sobretensão de frente lenta: sobretensão transitória, usualmente unidirecional, com tempo até
a crista entre 20 µs e 5 000 µs e com tempo até o meio valor (na cauda) inferior a 20 ms;

c) sobretensão de frente rápida: sobretensão transitória, usualmente unidirecional, com o tempo


de frente entre 0,1 µs e 20 µs e com tempo até o meio valor (na cauda) inferior a 300 µs.

[FONTE ABNT NBR 6939:2018, modificada]

3.1.44
suporte
estrutura que suporta os condutores, isoladores e outros componentes de uma linha aérea. São
considerados suportes: torres, postes e pórticos

8 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.45
suporte autoportante
suporte com estabilidade intrínseca, que não faz uso de estais

3.1.46
suporte cross-rope
suporte estaiado constituído por dois mastros apoiados em fundações distintas, no qual as cadeias
de suspensão são suportadas por um cabo de aço que interliga os topos dos mastros

3.1.47
suporte estaiado
suporte no qual a estabilidade é assegurada pelo uso de estais

3.1.48
supressão da vegetação
qualquer atividade que resulte no corte ou derrubada da cobertura vegetal de uma determinada área

3.1.49
temperatura coincidente
valor considerado como média das temperaturas ambiente mínimas diárias e suposto coincidente
com a ocorrência da velocidade do vento de projeto

3.1.50
temperatura-limite em sobrecorrente de referência
valor associado ao risco térmico definido para a condição-limite em sobrecorrente de referência

3.1.51
temperatura-limite nominal de referência
valor associado ao risco térmico definido para a condição-limite nominal de referência
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

3.1.52
temperatura máxima
valor com probabilidade de 2 % de vir a ser excedido anualmente, obtido da distribuição estatística
das temperaturas ambiente máximas anuais

3.1.53
temperatura máxima média
valor médio da distribuição estatística das temperaturas ambiente máximas diárias

3.1.54
temperatura média
valor médio da distribuição estatística da temperatura ambiente com taxa de amostragem horária

3.1.55
temperatura mínima
valor com probabilidade de 2 % de vir a ocorrer anualmente temperatura menor, obtido da distribuição
estatística das temperaturas mínimas anuais

3.1.56
temperatura nominal em sobrecorrente de referência
valor associado ao risco térmico definido para a condição típica em sobrecorrente de referência

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 9


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.57
temperatura típica nominal de referência
valor associado ao risco térmico definido para a condição típica nominal de referência

3.1.58
trabalho em linha viva
manutenção em linha viva
manutenção no potencial
trabalho ao vivo
atividade na qual um trabalhador faz contato com partes energizadas ou entra em uma zona de
trabalho com partes de seu corpo ou com ferramentas, dispositivos ou equipamentos

NOTA São exemplos de manutenção em linha viva: substituição de isoladores e espaçadores, limpeza
de isoladores e peças energizadas e substituição de outros componentes da instalação.

3.1.59
travessia
cruzamento de linha de transmissão com rede de distribuição, linha de telecomunicação, rodovia,
ferrovia, tubulação, hidrovia ou obstáculos similares

3.1.60
TV Interferência
TVI
interferências eletromagnéticas incidindo na faixa de frequência entre 30 MHz e 1 GHz, correspondendo
às faixas VHF e UHF

3.1.61
unidades de conservação
espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção

3.1.62
uso secundário da faixa
uso da faixa de passagem da linha de transmissão para atividades não inerentes à implantação,
operação ou manutenção da linha de transmissão

3.1.63
vão gravante
vão de peso
distância entre os pontos com tangente horizontal das catenárias dos vãos adjacentes ao suporte

3.1.64
vão médio
vão de vento
média aritmética dos vãos adjacentes ao suporte

3.1.65
vegetação de risco
qualquer espécie vegetal situada dentro das Zonas B ou C na faixa de passagem, cuja altura represente
um risco potencial à operação da linha de transmissão, em caso de tombamento, incêndio e balanço
de cabos condutores

10 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

3.1.66
vegetação nativa
cobertura vegetal natural de uma área, composta por qualquer forma de vegetação em estado íntegro
de preservação ou em qualquer estágio de regeneração, constituindo parte do ecossistema e da
biodiversidade da região

3.1.67
velocidade do vento de série de máximos anuais para projeto
velocidade do vento da série de máximos anuais com o período de integração especificado, sendo
os períodos usuais adotados 3 s e 10 min

3.1.68
vibração eólica
movimento periódico de um condutor induzido pelo vento, com frequência na faixa de dez a dezenas
de hertz, e pequena amplitude, da ordem do diâmetro do condutor, predominantemente no plano vertical

3.2 Abreviaturas e acrônimos

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações


ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
CA Cabo de alumínio
CA Corrente alternada
CAA Cabo de alumínio com alma de aço
CAA/RA Cabo de alumínio reforçado por fio de aço revestido de alumínio
CAAL Cabo de alumínio com reforço de liga
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

CAL Cabo de alumínio liga


CALA Cabo de alumínio liga com alma de aço
CC Corrente contínua
Cigre Conseil international des grands réseaux électriques (Conselho Internacional de Grandes
Sistemas Elétricos)
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
ICNIRP International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection (Comissão Internacional
de Proteção Contra Radiação Não Ionizante)
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers (Instituto de Engenheiros Eletricistas
e Eletrônicos)
Lidar Light Detection and Ranging (Detecção e alcance por luz)
OMM Organização Meteorológica Mundial
OPGW Optical ground wire (Para-raios com fibra óptica)
RA Ruído audível
RI Radiointerferência

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 11


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

RIV Radiointerference voltage (tensão de radiointerferência)


SIN Sistema Interligado Nacional
SPT Standard penetration test (sondagem à percussão ou sondagem de simples reconhecimento)

3.3 Símbolos

Cada símbolo é seguido pela unidade a ser normalmente considerada, sendo as quantidades
adimensionais indicadas por (–). Algumas quantidades são expressas em p.u., sendo esta a razão
entre o valor real de uma grandeza e um valor de referência.

Símbolo Unidade Descrição Ref


Ac N Força exercida pelo vento sobre um cabo 8.5.2.1
Acx N Força transmitida ao suporte, transversal, devida ao vento 8.5.3.1
sobre um cabo
Acy N Força transmitida ao suporte, longitudinal, devida ao vento 8.5.3.3
sobre um cabo
ATC N Força exercida pelo vento sobre um tronco prismático 8.8.4.1
CX – Coeficiente de arrasto 8.4.1
Cv Coeficiente de variação A.3.4
D m Distância horizontal de segurança 17.2.2.5.1
DH m Distância horizontal de segurança 7.3.2
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

DVlim,n m Distância vertical de segurança limite nominal 5.6


7.2.2.2
DVlim,s m Distância vertical de segurança limite em sobrecorrente 5.7
7.2.3.2
DVtip,n m Distância vertical de segurança típica nominal 5.6
7.2.2.1
DVtip,s m Distância vertical de segurança típica em sobrecorrente 5.7
7.2.3.1
Fsfl – Fator de sobretensão de frente lenta referido à tensão nominal 9.4.1.1
Ftmo – Fator de tensão máxima de operação 9.3.2.1
GC – Fator combinado de vento aplicável a cabos 8.5.2.3
GL – Fator de efetividade do vento 8.5.2.4
Gt – Fator combinado de vento aplicável a suportes e cadeias 8.6.3
de isoladores
H N Componente horizontal da carga de tração na temperatura 11.3.1
média das mínimas diárias
H g/m3 Umidade absoluta do ar 4.6.1

12 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Símbolo Unidade Descrição Ref


H/p m Parâmetro da catenária 11.3.1
K – Fator de efetividade do vento para ângulo de balanço 8.9.1
Kalt – Fator de conversão pela altura 4.9.4.4
Kcs – Fator de coordenação estatístico 7.2.5.1
Kint – Fator de conversão de tempo de integração 4.9.4.3
Kret – Fator de conversão de período de retorno A.3.5.1
Krug – Fator de conversão de rugosidade do terreno 4.9.4.2
Ktur – Fator de conversão da turbulência 8.2.1.1
L m Comprimento do tronco 8.8.3.1
8.8.4.1
L m Comprimento do vão 8.5.2.4,
8.5.4.1
Lm m Comprimento do vão médio 8.9.1
Lp m Comprimento do vão gravante 8.9.1
L m Largura da faixa de passagem 17.2.2.5.1
P (t ) – Função de risco térmico da temperatura do condutor B.2.1
PbH m Parcela básica de segurança para distância horizontal 7.3.2
PbV m Parcela básica de segurança para distância vertical 7.2.1.2
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Pelim,n m Parcela elétrica limite 7.2.1.2


Petip,n m Parcela elétrica típica 7.2.1.2
Pslim m Parcela de segurança limite 7.2.1.2
Pstip m Parcela de segurança típica 7.2.1.2
Re – Número de Reynolds 8.8.3.2
ST m2 Área de exposição da face de um suporte retangular 8.8.2.1
Si m2 Área de exposição da cadeia de isoladores relativo a esforço 8.6.1
de vento
Us kV Tensão entre fases nominal eficaz do sistema em frequência 9.3.2.1
fundamental
VP m/s Velocidade do vento de série de máximos anuais para projeto 8.2.1
VP30s m/s Velocidade do vento de 30 s para projeto 8.2.2
VP3s m/s Velocidade do vento de 3 s para projeto 8.2.3
VR m/s Velocidade de referência 4.9.3.3
a m Dimensão do tronco na face de incidência do vento 8.8.4.1

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 13


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Símbolo Unidade Descrição Ref


a Pa Pressão de referência para cálculo da ação do vento sobre 8.4.1
um elemento
b m Distância horizontal do eixo do suporte ao ponto de fixação 17.2.2.5.1
do condutor mais afastado
d m Diâmetro do cabo 8.9.1
d m Distância no ar 4.8.4.2
d m Soma das projeções horizontais da flecha do condutor e 17.2.2.5.1
do comprimento da cadeia, dado um ângulo de balanço
para determinação de faixa de passagem
dff,ff m Distância mínima entre fases, frequência fundamental 9.3.3.1
dff,fl m Distância mínima entre fases, sobretensões de frente lenta 9.4.2.4
dft,ff m Distância mínima fase–terra, frequência fundamental 9.3.2.1
dft,fl m Distância mínima fase–terra, sobretensões de frente rápida 9.4.1.1
C.2
dft,fr m Distância mínima fase–terra, sobretensões de frente rápida 9.5
dsj m Distância entre eixos de duas linhas adjacentes 17.2.2.6
exp x – Exponencial de x, ex
f (t ) – Função densidade de probabilidade da temperatura no condutor B.2.1
h m Altura média do cabo 8.5.2.3
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

k1 – Fator de correção atmosférico pela densidade relativa do ar 4.8.2.1


k2 – Fator de correção atmosférico pela umidade absoluta do ar 4.8.2.2
kaff – Fator de correção atmosférico, frequência fundamental 4.8.3.1
9.3.2.1
kafl – Fator de correção atmosférico, impulso frente lenta 4.8.4.1
kafr – Fator de correção atmosférico, impulso frente rápida 4.8.5.1
kg – Fator de espaçamento fase-terra 7.2.4.1
7.3.3
9.4.1.1
kgff – Fator de espaçamento, frequência fundamental 9.3.2.1
kgfr – Fator de espaçamento, frente rápida 9.5.4
kzff – Fator de desvio, frequência fundamental 9.3.2.1
kzfl – Fator de desvio, impulso frente lenta 9.4.1.1
kzfr – Fator de desvio, impulso frente rápida 9.5
pcond N/m Peso linear de cabo 8.9.1
q0 Pa Pressão dinâmica de vento 8.4.2
r – Umidade relativa do ar 4.6.1

14 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Símbolo Unidade Descrição Ref


rs – Relação entre sobretensões fase-fase e fase-terra de frente 9.4.2.4
lenta, correspondente a um valor de 2 % de probabilidade
de ser ultrapassado
t °C Temperatura do ar
tlim,n °C Temperatura-limite nominal 5.6
tlim,s °C Temperatura-limite em sobrecorrente 5.7
ttip,n °C Temperatura típica nominal 5.6
ttip,s °C Temperatura típica em sobrecorrente 5.7
Ufr+ kV Suportabilidade de polaridade positiva da cadeia de isoladores, 9.5.1.3
correspondente a 90 % de probabilidade
Ufr− kV Suportabilidade de polaridade negativa da cadeia de isoladores, 9.5.1.3
correspondente a 90 % de probabilidade
z m Altura relativa à correção do dado de vento referenciado a 10 m
zff – Coeficiente de variação da distribuição de probabilidades 9.3.2.1
da suportabilidade da isolação, frequência fundamental
zfl – Coeficiente de variação da distribuição de probabilidades 9.4.1.1
da suportabilidade da isolação, frente lenta
zfr – Coeficiente de variação da distribuição de probabilidades 9.5
da suportabilidade da isolação, frente rápida
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Ω ° Ângulo de incidência do vento em relação ao cabo 8.3.2,


8.5.3.2.1
α – Razão da amplitude do impulso de manobra da componente 9.4.2.1
de polaridade negativa para a soma de ambas as componentes
(negativa + positiva) de uma sobretensão fase-fase
β ° Ângulo de balanço 8.9.1
βmax ° Ângulo de balanço máximo 8.9.4
βmin ° Ângulo de balanço mínimo 8.9.5
σβ ° Desvio-padrão do ângulo de balanço 8.9.3
δ – Densidade relativa do ar 4.5.1
θ ° Ângulo de incidência do vento em relação ao suporte 8.3.1,
8.8.2.1
µ kg/ m3 Massa específica do ar 4.7
v m2/s Viscosidade cinemática 8.8.3.2
φ ° Ângulo de deflexão do eixo da linha 8.5.3.1
X – Razão de área exposta (ou razão de solidez) de um painel 8.8.2.1
de suporte

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 15


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4 Elementos meteorológicos
4.1 Geral
Nesta Seção, são descritos os elementos climáticos ou parâmetros utilizados no projeto de linhas
aéreas de transmissão, suas formas adequadas de coleta e respectivos tratamentos estatísticos.

4.2 Obtenção de parâmetros meteorológicos


4.2.1 Os valores dos parâmetros climáticos da região atravessada pela linha de transmissão devem
ser estabelecidos com base em medições específicas, desde que a rede local de estações de medições
forneça dados confiáveis, com sistema de instrumentação preciso, período aceitável de registros e
densidade de estações suficiente para caracterizar os valores na rota da linha.

4.2.2 Na falta de dados com as características descritas em 4.2.1 (ou no caso em que não sejam
utilizadas medições específicas), um procedimento alternativo para estabelecer a média e o desvio
padrão, de alguns dos elementos climáticos e parâmetros deles derivados, é expressar esses valores
através de fatores que definem o clima como: altitude e posição geográfica.

4.2.3 Para medições específicas, de acordo com as recomendações da OMM, as variáveis


meteorológicas devem ser medidas a 1,5 m do solo, com exceção da velocidade e direção do vento,
que devem ser medidas a 10 m de altura.

4.3 Temperatura do ar
4.3.1 A temperatura média do ar deve ser calculada com base em séries horárias com período de
coleta mínimo de 10 anos.

4.3.2 As temperaturas diárias máxima, mínima e média das mínimas devem ser calculadas com
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

base em séries de valores extremos diários com no mínimo 10 anos de coleta.

4.4 Velocidade e direção do vento, temperatura do ar e radiação solar


Para cálculo da temperatura do condutor, devem ser usadas séries horárias de 10 min, da velocidade
e direção do vento, da temperatura do ar e da radiação solar, medidas simultaneamente, pelo período
mínimo de 3 anos.

4.5 Densidade relativa do ar

4.5.1 A densidade relativa do ar, δ, deve ser calculada por:

p  273 + t0 
δ=  
p0  273 + t 

onde

p é a pressão atmosférica local, expressa em hectopascals (hPa);

t é a temperatura do ar, expressa em graus Celsius (°C);

p0 é a pressão atmosférica de referência, igual a 1013 hPa;

t0 é a temperatura de referência, igual a 20 °C.

16 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4.5.2 A média e o desvio-padrão da densidade relativa do ar devem ser calculados com base em
séries horárias da temperatura do ar e da pressão atmosférica, medidas simultaneamente por um
período mínimo de 3 anos.

4.5.3 Não havendo medições específicas, a média e o desvio-padrão da densidade relativa do ar


podem ser calculados por:

Média
δ = 0, 984 − 0, 836 × 10 −4 alt + 0,141 × 10 −5 lat alt − 0, 788 × 10 −6 lon alt

Desvio-padrão:
σ δ = 0, 977 × 10 −2 + 0, 256 × 10 −5 alt − 0, 205 × 10 −3 lat + 0, 213 × 10 −4 lat alt

onde

alt é a altitude, expressa em metros (m);

lat é a latitude, expressa em graus (°);

lon é a longitude, expressa em graus (°).

4.5.4 A distribuição estatística da densidade relativa do ar deve ser considerada como normal.

4.6 Umidade absoluta do ar

4.6.1 A umidade absoluta do ar (H) é calculada por:


17, 6 t 
6,11 r exp 
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

 243 + t 
H=
0, 4615 (273 + t )

onde

t é a temperatura do ar, expressa em grau Celsius (°C);

r é a umidade relativa do ar, expressa em porcentagem (%).

4.6.2 A média da umidade absoluta deve ser calculada com base em séries horária de temperatura
do ar e umidade relativa do ar medidas simultaneamente por um período mínimo de 3 anos.

Devem ser considerados somente os dados para a condição de tempo seco.

4.6.3 Não havendo medições específicas, a média da umidade absoluta pode ser calculada por:

H = 21, 559 − 0, 00509 alt − 0, 228 lat − 3, 85 × 10 −5 lat alt

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 17


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4.7 Massa específica do ar


Para cálculo da pressão dinâmica do vento (ver a Seção 8) A massa específica do ar, µ, deve ser
calculada por:
288,15
µ = 1, 225 exp ( −1, 2 ⋅ 10 −4 alt )
t + 273,15

onde

µ é a massa específica, expressa em quilogramas por metro cúbico (kg/m3);

t é a temperatura do ar, expressa em grau Celsius (°C);

alt é a altitude média da região, expressa em metros (m).

Para os efeitos desta Norma, deve ser usada a temperatura média das mínimas.

4.8 Fator de correção atmosférico para isolamento em ar


4.8.1 A influência do clima nas distâncias de isolamento em ar se dá de forma distinta ao considerar
as tensões de frequência fundamental, impulsos de frente lenta e de frente rápida, expressa através
de fatores de correção atmosféricos.

4.8.2 Os fatores de correção atmosféricos podem ser separados em fator de correção devido a
densidade relativa do ar (k1) e fator de correção devido a umidade (k2), este último aplicado em
condições de tempo seco.

NOTA A densidade relativa do ar δ é calculada com base na temperatura média.

4.8.2.1 O fator de correção atmosférico devido a densidade relativa do ar deve ser calculado por:
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

k1 = δ m

4.8.2.2 O fator de correção atmosférico devido a umidade absoluta do ar deve ser calculado por:
k2 = Hcw

onde

Hc é o fator de umidade, calculado em corrente alternada por:

H
Hc = 1 + 0, 012  − 11
δ 

e em corrente contínua por:


2
H H
Hc = 1 + 0, 014  − 11 − 0, 00022  − 11
δ  δ 
H é a média da umidade absoluta do ar (g/m3), para condição de tempo bom

m e w são os expoentes que consideram o comportamento da descarga no espaçamento em ar


considerado, conforme a ABNT NBR IEC 60060-1.

4.8.3 Fator de correção atmosférico para frequência fundamental

18 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4.8.3.1 O fator de correção atmosférico para tensões a frequência fundamental, kaff, deve ser
calculado por:

kaff = δ m1

onde

m1 é o expoente para tensões suportáveis para frequência fundamental. Na ausência de


estudos específicos, deve ser considerado igual a 1,0.

4.8.4 Fator de correção atmosférico para impulsos de frente lenta

4.8.4.1 O fator de correção atmosférico para impulsos de frente lenta, ka,fl, deve ser calculado por:

ka,fl = δ m 2 Hcm 2

onde

m2 é o expoente para impulsos de frente lenta.

4.8.4.2 O expoente m2 deve ser calculado por:


m2 = 1, 25 G0 (G0 − 0, 2)

 1080 ln 0, 46 d + 1 d ≤ 3, 5 m
500 d ( )

G0 = 
 3400 d > 3, 5 m

500 d + 4000
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

onde

d é a distância no ar, expressa em metros (m).

Para condições de tempo sob chuva, o fator de correção atmosférico para impulsos de frente lenta
depende somente da densidade relativa do ar, onde m2 é obtido conforme 4.8.4.2:

kafl = δ m2

4.8.5 Isolamento em ar para impulsos de frente rápida

4.8.5.1 O fator de correção atmosférico para impulsos de frente rápida, ka,fr, deve ser calculado por:

kafr = δ m3

onde

m3 é o expoente para impulsos de frente rápida. Na ausência de estudos específicos, deve


ser considerado igual a 1,0.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 19


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4.9 Vento
4.9.1 Geral

Para fins desta Norma, as velocidades de vento utilizadas para os diversos cálculos previstos, são
definidas utilizando distribuições estatísticas obtidas a partir de duas séries de registros, conforme
4.9.2 e 4.9.3.

4.9.2 Velocidades de vento de séries horárias

4.9.2.1 As velocidades de vento de séries horárias são usadas para o cálculo da temperatura do
condutor.

4.9.2.2 O vento de séries horárias é caracterizado por sua velocidade e direção, tempo de integração
de 10 min, altura de 10 m em relação ao solo e rugosidade do terreno B.

4.9.2.3 Caso seja feita mais de uma medição por hora, deve ser considerado o menor dos valores
obtidos.

Se a medição for feita em condições diferentes das definidas acima, as velocidades devem ser
convertidas para estas condições, conforme 4.9.4.

4.9.3 Velocidades de vento de séries de máximos anuais

4.9.3.1 As velocidades de vento de séries de máximos anuais são usadas para o cálculo mecânico
dos cabos condutores e para raios, dimensionamento estrutural, cálculo do ângulo de balanço e
a largura mínima da faixa de passagem.

4.9.3.2 Para efeitos desta Norma, a série de velocidades máxima anual pode ser modelada pela
distribuição estatística de valores máximos de Gumbel.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

4.9.3.2.1 Os parâmetros desta distribuição devem ser estimados com base em séries de máximos
anuais com período de coleta mínimo de 10 anos.

4.9.3.2.2 A aplicação da distribuição de Gumbel é detalhada no Anexo A.

4.9.3.3 As velocidades de projeto usadas para cálculo da ação mecânica do vento sobre os
componentes da linha de transmissão, conforme a Seção 8, são calculadas a partir da velocidade
de referência VR, definida como a velocidade com um período de retorno T, período de integração
10 min, referida a 10 m de altura e em terreno de categoria B.

4.9.4 Conversão das velocidades medidas

4.9.4.1 As velocidades, Vm, obtidas a partir da série de valores medidos em condições diferentes
daquelas definidas em 4.9.2.2 e 4.9.3.3, onde necessário, devem ser convertidas, utilizando a equação
geral:
Vm
V=
K int K rug K alt

onde

Kint é o fator de conversão do período de integração, adimensional,


Krug é o fator de conversão da rugosidade do terreno, adimensional,
Kalt é o fator de conversão da altura de medição, adimensional.

20 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

4.9.4.2 Rugosidade do terreno

Os fatores de conversão da rugosidade do terreno Krug são dados na Tabela 1:

Tabela 1 – Fatores de categorias de rugosidade do terreno


Categoria do terreno Descrição Krug
A Vastas extensões de água e áreas planas. 1,08
B Terreno aberto com poucos obstáculos. 1,00
C Terreno com obstáculos numerosos e pequenos. 0,85
D Áreas urbanizadas, terrenos com muitas árvores altas. 0,67

4.9.4.3 Período de integração

Os fatores de conversão para 10 min, para medições feitas com o período de integração de 3 s são
dados na Tabela 2.

Tabela 2 – Fatores de conversão do período de integração Kint


Categoria do terreno Kint
A 1,31
B 1,41
C 1,58
D 1,88
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

4.9.4.4 Altura

O fator de conversão da altura com relação a 10 m, Kalt, é dado por:


α
 z
K alt =  
 10

onde

z é a altura da medição, expressa em metros (m);

α é definido conforme a Tabela 3.

Tabela 3 – Valores de α para determinação de Kalt


Categoria do terreno α
A 0,110
B 0,160
C 0,220
D 0,280

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 21


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

5 Critérios gerais para o cálculo das temperaturas do condutor


5.1 Nesta Seção, são estabelecidos os critérios gerais para o cálculo das temperaturas do condutor.
Estes cálculos são baseados em uma metodologia estatística.

5.2 Considera-se como temperatura do condutor a temperatura média da sua superfície, calculada
com base em um modelo de equilíbrio térmico em regime permanente.

5.3 Para o cálculo das temperaturas do condutor devem ser definidas, a priori, a corrente nominal
e a sobrecorrente máxima admissível. Estas correntes definem os chamados regime nominal1)
e regime de sobrecorrente2).

5.3.1 O regime em sobrecorrente é caracterizado como uma situação temporária, não habitual e
não repetitiva, decorrente de uma contingência no sistema elétrico, que imponha uma necessidade
de carregamento adicional de linhas de transmissão, visando afastar a necessidade de corte ou
grandes remanejamentos de cargas.

Recomenda-se que o regime de emergência ou sobrecorrente não exceda períodos de duração


ininterruptos de quatro dias, desde que a soma destes períodos não ultrapasse 5 % do tempo anual
de operação da linha.

5.3.2 Estas correntes podem ser estabelecidas para cada período climático.

5.4 Para cada um destes regimes são estabelecidas duas condições de referência denominadas
de condição típica e condição-limite. Cada condição é caracterizada pelo risco térmico, que é a
probabilidade da temperatura do condutor exceder o valor calculado e pelo risco de falha, que é
a probabilidade de ocorrer uma descarga disruptiva nos diversos espaçamentos entre o condutor
e obstáculos.

5.5 Os valores máximos dos riscos térmico e de falha estão estabelecidos na Tabela 4.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Tabela 4 – Riscos térmicos e riscos de falha


Risco Risco de Temperatura Distância vertical
Regime Condição
térmico falha cabo condutor de segurança
Nominal a Típica 15% 10–6 ttip,n DVtip,n
Limite 1% 10–4 tlim,n DVlim,n
Sobrecorrente b Típica 5% 10–4 ttip,s DVtip,s
Limite 1% 10–4 tlim,s DVlim,s
a Ou regime normal ou regime de corrente de longa duração.
b Ou regime de emergência ou regime de corrente de curta duração.

5.6 Para o regime nominal, são definidas duas temperaturas denominadas temperatura típica
nominal e temperatura limite nominal, que correspondem aos riscos térmicos estabelecidos para
as condições típica e limite, respectivamente. A estas temperaturas estão associadas as distâncias
verticais denominadas distância típica nominal e distância-limite nominal, respectivamente, que
correspondem aos riscos de falha, definidos para as respectivas condições, conforme a Figura 1.

1) Eventualmente referenciada como “regime normal” ou “regime de corrente de longa duração”.


2) Eventualmente referenciada como “regime de emergência” ou “regime de corrente de curta duração”.

22 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 1 – Temperaturas e distâncias de segurança para as condições típica e limite para


o regime nominal

5.7 Para o regime em sobrecorrente, são estabelecidas duas temperaturas denominadas


temperatura típica em sobrecorrente e temperatura limite em sobrecorrente, que correspondem
aos riscos térmicos definidos para as condições típica e limite, respectivamente. A estas temperaturas
estão associadas as distâncias verticais denominadas distância típica em sobrecorrente e distância
limite em sobrecorrente, respectivamente, que correspondem aos riscos de falha, definidos para
as respectivas condições, conforme a Figura 2.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 2 – Temperaturas e distâncias de segurança para as condições típica e limite para


o regime em sobrecorrente

5.8 A metodologia para o cálculo da temperatura do condutor encontra-se descrita na Seção 6.

5.9 A metodologia para o cálculo das distâncias de segurança encontra-se descrita na Seção 7.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 23


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

6 Cálculo da temperatura do condutor em regime permanente


6.1 Geral

6.1.1 Nesta Seção, são estabelecidos os critérios utilizados no cálculo das temperaturas do cabo
condutor, a partir de valores de correntes previamente definidos.

Os procedimentos estabelecidos nesta Seção devem ser utilizados para linhas novas, definidas ou não
através de leilões e, opcionalmente, na verificação das condições operativas das linhas existentes,
visando a sua otimização.

6.1.2 As temperaturas correspondentes aos riscos térmicos estabelecidos na Seção 5 devem


ser calculadas com base em séries de temperaturas do condutor que correspondam às condições
meteorológicas da região da linha de transmissão. Devem ser utilizadas tantas séries de dados quanto
necessárias para representar a diversidade climática ao longo da rota.

6.1.3 Nos casos em que houver grandes variações climáticas ao longo da rota, podem ser
determinadas temperaturas típicas e limites por trechos da linha de transmissão.

6.2 Dados meteorológicos

6.2.1 O cálculo da temperatura do condutor deve ter como base séries de velocidade e direção
do vento, temperatura do ar e radiação solar simultâneas, obtidas por medição direta ou por análise
climatológica.

Este cálculo deve ser efetuado pelo modelo estabelecido na legislação vigente [1]3).

6.2.2 Para representar a sazonalidade do clima, estas séries podem ser particionadas de acordo
com os meses mais quentes e mais frios e nos horários diurnos e noturnos.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

6.2.2.1 Os períodos sazonais devem ser considerados conforme estabelecido na legislação vigente [1].

6.3 Critérios gerais para cálculo das temperaturas do cabo condutor

6.3.1 Os coeficientes de emissividade e absortividade devem representar as características do cabo


condutor no final da vida útil da linha de transmissão.

6.3.2 Para representar a sazonalidade do clima, devem ser calculadas as séries de temperaturas
do condutor para cada um dos períodos estabelecidos em 6.2.

6.3.3 A partir das correntes especificadas, devem ser calculados os valores das temperaturas
correspondentes aos riscos térmicos das condições típica e limite, para cada um dos períodos climáticos
e para cada um dos regimes de operação aplicáveis.

6.3.4 Para cada regime, a temperatura típica de projeto e a temperatura limite de projeto, serão
as maiores entre as temperaturas calculadas para os períodos climáticos.

6.3.5 O projeto de plotação das estruturas deve considerar, concomitantemente, os dois pares
de valores de temperatura de projeto e de distância de segurança, definidos para as condições típica
e limite de cada regime.

3) Números entre colchetes se referem à Bibliografia.

24 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

6.3.6 Para um aproveitamento otimizado da linha de transmissão, podem ser determinadas as


correntes sazonais para os regimes nominal e de sobrecorrente, visando risco térmico igual em todas
as sazonalidades.

6.4 Cálculo das temperaturas com base em séries de dados meteorológicos

6.4.1 Com base nas séries de dados meteorológicos obtidas para cada uma das sazonalidades,
deve ser calculada a série de temperaturas do condutor considerando a corrente especificada para
cada sazonalidade.

6.4.2 No cálculo da temperatura do condutor, deve ser considerada a direção do vento efetivamente
medida ou calculada ao longo da rota da linha de transmissão.

6.4.3 A série das temperaturas superficiais do condutor deve corresponder a um período mínimo
de 10 anos, sendo o risco térmico determinado pela contagem dos valores observados.

6.4.4 Na impossibilidade de atender 6.4.3, períodos de coleta de no mínimo 3 anos podem ser
considerados, desde que sejam realizados estudos específicos para determinação do período mínimo
de coleta que represente, de forma fidedigna, as variações sazonais do clima na temperatura do
condutor na região da linha de transmissão.

7 Distâncias de segurança ao solo e a obstáculos


7.1 Geral

7.1.1 Nesta Seção, são estabelecidas as distâncias de segurança entre os cabos condutores de
uma linha de transmissão e o solo ou obstáculos.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.1.2 As distâncias de segurança são os afastamentos mínimos recomendados do condutor e seus


acessórios energizados e quaisquer partes, energizadas ou não, da própria linha, do terreno ou dos
obstáculos atravessados, conforme requisitos constantes das seções subsequentes.

7.1.3 Devido à parcela elétrica, estabelecida em 7.2.5, depender das distâncias mínimas calculadas
na Seção 9, as distâncias de segurança estipuladas nesta Seção não são aplicáveis em corrente
contínua, sendo necessário estudos específicos.

7.1.4 São fixados, separadamente, requisitos para a condição normal de operação da linha e para
alguns espaçamentos verticais em condições de emergência.

7.1.5 A flecha dos cabos, quando em repouso, deve ser considerada na condição mais desfavorável,
no que se refere à verificação das distâncias de segurança.

7.1.6 Em locais acessíveis, somente pessoal credenciado podem utilizar distâncias menores do
que as calculadas nesta Seção.

7.1.7 Todas as distâncias de segurança devem atender aos limites e zonas estabelecidos na
legislação vigente [2].

7.1.8 Para os efeitos da verificação das distâncias mínimas de segurança, o deslocamento das cadeias
de isoladores, quando aplicável, deve ser verificado adotando-se as seguintes recomendações.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 25


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

7.1.8.1 Deve-se adotar uma velocidade de vento de projeto (ver 8.2.2) com um período de retorno
igual a pelo menos 10 anos e com um período de integração de 30 s em 7.4.

7.1.8.2 Deve-se adotar uma velocidade de vento de projeto (ver 8.2.2) com um período de retorno
igual a pelo menos 50 anos e com um período de integração igual a 30 s em 7.2.

7.2 Distância vertical de segurança

7.2.1 Geral

7.2.1.1 As distâncias verticais de segurança do cabo condutor em repouso, com relação ao solo
e a obstáculos devem ser verificadas nos regimes de corrente nominal e de sobrecorrente para
as respectivas temperaturas típica e limite de projeto, conforme definidas na Seção 5.

7.2.1.2 Estas distâncias são calculadas como a soma de duas ou três das seguintes parcelas,
conforme estabelecido em 7.2.2 e 7.2.3:

a) PbV – Parcela básica, que é igual à altura do obstáculo considerado, mais 0,60 m.

b) Ps – Parcela de segurança, estabelecida para as condições típica (Pstip = 0,90 m) e limite


(Pslim = 0,60 m).

c) Pe – Parcela elétrica, igual ao espaçamento necessário para suportar uma sobretensão de frente
lenta, estabelecida para as condições típica, Petip,n e Petip,s, e limite, Pelim, conforme 7.2.5.

7.2.1.3 As distâncias verticais de segurança devem ser verificadas até o ângulo de balanço máximo
βmáx conforme 8.9.4.

7.2.2 Distância vertical de segurança para o regime de corrente nominal


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.2.2.1 A distância vertical de segurança na temperatura típica nominal de projeto deve ser o maior
dos valores:
DVtip,n = PbV + Pstip + Petip,n

DVtip,n = DVlim,n + 0, 90

onde

DVtip,n é a distância vertical de segurança típica nominal, expressa em metros (m);

DVlim,n é a distância vertical de segurança limite nominal, expressa em metros (m).

7.2.2.2 A distância vertical de segurança DVlim,n na temperatura-limite nominal de projeto deve ser
calculada por:
DVlim,n = PbV + Pslim + Pelim

26 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

7.2.3 Distância vertical de segurança para o regime de sobrecorrente

7.2.3.1 A distância vertical de segurança na temperatura típica em sobrecorrente de projeto deve


ser calculada por:
DVtip,s = PbV + Pslim + Petip,s

onde

DVtip,s é a distância vertical de segurança típica em sobrecorrente, expressa em metros (m).

7.2.3.2 A distância vertical de segurança na temperatura-limite em sobrecorrente de projeto deve


ser calculada por:
DVlim,s = PbV + Pelim

onde

DVlim,s é a distância vertical de segurança limite em sobrecorrente, expressa em metros (m).

7.2.4 Valores para cálculo da distância vertical de segurança

7.2.4.1 A Tabela 5 apresenta as alturas consideradas para os obstáculos, os valores da parcela


básica (PbV) e os fatores de espaçamentos (kg) necessários para cálculo da distância vertical de
segurança.

Tabela 5 – Valores para cálculo das distâncias verticais de segurança (continua)


Natureza da região ou obstáculo atravessado kg Altura do PbV Figura
obstáculo
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

m m
Locais acessíveis apenas a pedestres 1,47 3,90 4,20 Figura 3
Locais onde circulam máquinas agrícolas 1,18 4,00 4,40 –
Rodovias, ruas e avenidas 1,18 5,40 5,90 Figura 4
Ferrovias não eletrificadas 1,18 6,40 6,90 Figura 5
Ferrovias eletrificadas ou com previsão 1,40 9,70 10,20 –
de eletrificação
Suporte de linha pertencente à ferrovia 1,18 Altura existente 1,90 –
no terreno
Águas navegáveis 1,47 Altura máxima 4,20 Figura 6
prevista
Águas não navegáveis 1,47 3,60 4,20
Linhas de energia elétrica com cabo para-raios 1,45 Altura existente 0,80 Figura 7
no terreno
Linhas de telecomunicações 1,45 Altura existente 0,80 Figura 7
no terreno
Vegetação de preservação permanente 1,18 Altura máxima 2,10 Figura 8
prevista

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 27


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela 5 (conclusão)
Natureza da região ou obstáculo atravessado kg Altura do PbV Figura
obstáculo
m m
Cultura agrícola permanente 1,18 Altura máxima 2,10 Figura 9
prevista
Instalações transportadoras 1,18 Altura máxima 1,00 Figura 10
(por exemplo, teleféricos) prevista
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 3 – Distância vertical para locais acessíveis somente a pedestres

Figura 4 – Distância vertical em travessia de rodovias

28 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 5 – Distância vertical em travessia de ferrovias não eletrificadas


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 6 – Distância vertical em travessia de águas navegáveis

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 29


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 7 – Distância vertical em cruzamento com linhas de transmissão ou telecomunicação


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 8 – Distância vertical em travessia de vegetação permanente

30 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 9 – Distância vertical em travessia de cultura agrícola permanente


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 10 – Distância vertical para instalações transportadoras

7.2.4.2 Na Tabela 5, a altura do obstáculo prevista para locais acessíveis apenas a pedestres
considera a possibilidade de uma pessoa estar montada em um animal e carregando um objeto longo
na vertical.

7.2.4.3 Em nenhum local a distância do condutor ao solo deve ser inferior à distância para locais
acessíveis apenas a pedestres.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 31


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

7.2.4.4 Havendo possibilidade de ocorrência de obstáculo com altura maior que a indicada na Tabela 5,
o valor excedente deve ser adicionado à parcela básica da distância vertical.

7.2.4.5 No cálculo das distâncias dos cabos condutores à superfície de águas navegáveis, deve
ser considerado o nível máximo da água previsto e a altura máxima do navio fixado pela autoridade
responsável pela navegação na via navegável considerada.

7.2.5 Parcela elétrica

7.2.5.1 A parcela elétrica Pe correspondente a um determinado espaçamento, nas condições típica


e limite, deve ser calculada conforme 9.4.1, sendo Pe = dft ,fl , e utilizando:

a) Como fator de espaçamento para sobretensões de frente lenta (kg) os valores indicados na Tabela 5.

b) Como fator de coordenação estatístico (Kcs), na ausência de estudos específicos, utilizar os


valores na Tabela 6.

Tabela 6 – Valores para o cálculo da parcela elétrica da distância vertical de segurança


Descrição Temperatura
Típica Limite
Kcs 1,35 1,25

7.2.5.2 A parcela elétrica para cálculo da distância vertical de segurança do cabo condutor de uma
linha de transmissão ao cabo condutor de outra linha abaixo, quando esta última não possui cabo
para-raios, dever ser igual a soma da distância de segurança de ambas as linhas calculadas conforme
7.2.5.1.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.3 Distância horizontal de segurança

7.3.1 No cálculo da distância horizontal de segurança do cabo condutor a obstáculos, deverá ser
observada o ângulo de balanço máximo βmax, conforme 8.9.4.

7.3.1.1 Deve ser adotada uma velocidade de vento de projeto com um período de retorno, no mínimo,
de 50 anos e com um período de integração de 30 s. A temperatura do cabo condutor deve ser igual
à temperatura média das máximas anuais do ar.

7.3.2 A distância horizontal de segurança deve ser calculada por:

DH = PbH + Petip,n

onde

DH é a distância horizontal de segurança, expressa em metros (m);

PbH é a parcela básica da distância horizontal, expressa em metros (m);

Petip,n é a parcela elétrica, calculada conforme 7.2.5.1, considerando os valores para a


temperatura típica nominal.

32 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

7.3.3 O fator de espaçamento para sobretensões de frente lenta (Kg) não pode ser maior que
o respectivo valor indicado na Tabela 7, bem como a parcela básica (PbH) não pode ser menor que
o valor da Tabela 7.

Tabela 7 – Valores para cálculo da parcela horizontal de segurança


Obstáculo próximo à linha Kg PbH Figura
Edificações 1,28 4,00 Figura 11
Veículos rodoviários e ferroviários 1,28 1,10 Figura 12
Vegetação de preservação permanente 1,28 3,00 Figura 13

7.3.3.1 Em caso de aproximação de rodovias e ferrovias, o projetista deve consultar os responsáveis


pela via, de forma a atender o gabarito, incluindo previsões futuras de expansão, duplicação de faixas etc.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 11 – Distância horizontal para edificações

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 33


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 12 – Distância horizontal para rodovias


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 13 – Distância horizontal para vegetação de preservação permanente

7.4 Distância mínima entre condutores em suportes diferentes

7.4.1 Os condutores de cada uma das linhas devem ser considerados na condição de deslocamento
indicada em 8.9, estando os condutores da outra linha na condição de repouso.

7.4.2 A distância horizontal DH da Figura 14 deve considerar a distância mínima obtida a partir
de 9.4.2, considerando a maior das duas tensões nominais.

34 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 14 – Distância entre condutores em suportes diferentes

7.5 Distância de segurança para manutenção em linha viva


7.5.1 Todas as distâncias de segurança calculadas nesta Seção, devem ser analisadas do ponto
de vista de segurança para manutenção em linha viva, tanto para zona de risco quanto para zona
controlada, observados os requisitos da IEC 61472, ou IEEE Std. 516 [3].

7.6 Outros obstáculos


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

7.6.1 Para quaisquer obstáculos construídos abaixo ou próximos a linha de transmissão, diferentes
dos constantes nas Tabelas 5 a 7, devem ser verificados o atendimento às distâncias de segurança
com procedimentos similares aos usados nesta seção e simultaneamente os requisitos de campo
elétrico e magnético constantes na Seção 10.

8 Ação mecânica do vento sobre os elementos de uma linha de transmissão


8.1 Geral
Nesta Seção, são estabelecidos os procedimentos:

a) Para estabelecimento das velocidades de vento para o projeto mecânico da linha.

b) Para cálculo da ação mecânica do vento sobre os cabos, suportes e isoladores de uma linha
de transmissão.

c) Para cálculo do ângulo de balanço das cadeias de isoladores e dos cabos.

8.2 Velocidades de vento para projeto

Os ventos utilizados para o projeto mecânico são calculados a partir da velocidade de referência VR,
conforme 4.9.3.3.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 35


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.2.1 Velocidade de 10 min para projeto

8.2.1.1 Para os efeitos desta Norma, a velocidade do vento da série de máximos anuais com período
de integração de 10 min é denominada velocidade de 10 min para projeto, VP:

VP = K tur VR

onde

VR é a velocidade de referência, estabelecida em 4.9.3.3.

Ktur é o fator de conversão da turbulência [4], estabelecido para cada região geopolítica brasileira,
conforme indicado na Tabela 8.

Tabela 8 – Fator de turbulência


Região Ktur
Sul 1,08
Sudeste e Centro-Oeste 1,12
Norte e Nordeste 1,16

NOTA Com base em dados anemográficos específicos do Brasil, foi constatado que as intensidades de
turbulência e os fatores de rajada de 3 s para as altas velocidades médias do vento de 10 min são superiores
àqueles indicados na IEC 60826 [5]. Para tornar as características da velocidade média do vento de 10 min
compatíveis com o modelo de vento descrito na IEC 60826, a velocidade referência do vento deve ser majorada,
para cada região geográfica brasileira, de acordo com o fator de turbulência Ktur.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.2.1.2 Em locais específicos que possibilitem canalizações do vento deve-se majorar a velocidade
de referência, adotando o fator Krug conforme 4.9.4.2, de acordo com a categoria de terreno
imediatamente anterior àquela definida para a região.

8.2.1.3 Nestes locais, os fatores GC e GL a serem usados conforme estabelecidos nesta Seção
devem corresponder à categoria do terreno utilizada para definir o valor de Krug.

8.2.1.4 As mudanças previstas nas características da região atravessada devem ser levadas em
conta na escolha de Krug.

8.2.2 Velocidade de 30 s para projeto

8.2.2.1 Para os efeitos desta Norma, a velocidade do vento de 30 s para projeto é dada por:

VP 30s = K int VP

onde

Kint é o fator de conversão do período de integração de 10 min para 30 s, dado na Tabela 9.

36 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela 9 – Fatores de conversão do período de integração Kint, de 10 min para 30 s


Categoria do terreno Kint
A 1,17
B 1,22
C 1,30
D 1,48

8.2.3 Velocidade de 3 s para projeto

8.2.3.1 O objetivo do vento de 3 s para projeto é simular o efeito dos ventos de tormentas elétricas,
tipicamente as microexplosões, que são tidas como responsáveis por cerca de 80 % das quedas
de torres em linhas de transmissão de diversos países.

8.2.3.2 Em algumas regiões do Brasil, não existe registro de quedas de torres devidas ao vento,
o que pode ser uma indicação da não ocorrência deste fenômeno na região.

8.2.3.3 Nestas regiões, fica a critério da proprietária da linha e/ou do projetista a consideração desta
hipótese de cálculo.

8.2.3.4 Para os efeitos desta Norma, a velocidade do vento de 3 s para projeto é dada por:

VP 3s = 1,15 Kint VP

onde
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Kint é o fator de conversão do período de integração de 10 min para 3 s, definido em 4.9.4.3.

8.3 Ângulos de incidência do vento

8.3.1 O modelo adotado para os ventos de 10 min e de 30 s para projeto são caracterizados por
terem velocidade elevada, direção e sentido constantes, com propriedades estatísticas estacionárias
(média e desvio-padrão constantes durante um dado período de tempo).

8.3.2 Os ventos decorrentes de uma microexplosão têm um escoamento radial a partir do ponto de
impacto e, assim sendo, ao atingirem uma linha, a sua velocidade e direção variam de ponto para
ponto ao longo do trecho atingido. Portanto, não tem sentido definir um ângulo de incidência constante
sobre o cabo.

8.3.3 A Figura 15 estabelece os ângulos de incidência do vento com relação aos condutores, para
os ventos de 10 min e 30 s para projeto, e com relação aos suportes.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 37


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Legenda

θ é o ângulo de incidência do vento com relação ao suporte (ângulo entre a direção do vento e o eixo
transversal do suporte);
Ω1 e Ω2 são os ângulos de incidência do vento com relação ao cabo nos vãos adjacentes ao suporte (menor ângulo
entre a direção do vento e a projeção horizontal do cabo em repouso nos vãos adjacentes ao suporte);
φ é o ângulo de deflexão do eixo da linha de transmissão.

Figura 15 – Ângulos de incidência do vento sobre cabos e suporte


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.3.4 Considerando os ângulos indicados na Figura 15, tem-se:


 φ
Ω1 = 90° −  θ − 
 2
 φ
Ω2 = 90° −  θ + 
 2
8.3.5 A face na direção do eixo longitudinal do suporte (eixo “y”) será referida como face longitudinal
ou “face 1”. A face na direção do eixo transversal do suporte (eixo “x”) será referida como face
transversal ou “face 2”.

8.4 Ação do vento


8.4.1 A ação do vento agindo horizontal e perpendicularmente a um componente da linha de
transmissão é caracterizada por uma pressão, que deve ser calculada pela equação

a = q0 Cx G

ou

a = q0 Cx

onde

a é a pressão, expressa em pascals (Pa);

38 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto, adimensional;

G é o fator combinado de vento, adimensional.

8.4.2 A pressão dinâmica deve ser calculada por:

1
q0 = µ Vp2
2

onde

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

µ é a massa específica do ar, calculada conforme 4.7, e expressa em quilogramas por metro
cúbico (kg/m3);

Vp é a velocidade do vento para projeto, expressa em metros por segundo (m/s).

8.4.3 O coeficiente de arrasto CX depende da forma e do estado da superfície do componente


em consideração.

8.4.4 O fator combinado de vento G leva em consideração a variação da velocidade média do vento
com a altura, em relação ao solo, do ponto considerado, a variação espacial da turbulência e a resposta
dinâmica do obstáculo e é definido para cada categoria de terreno.

O fator combinado de vento é aplicável ao cálculo da ação do vento sobre:


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

a) cabos, suportes e isoladores sob a ação do vento de 10 min para projeto;

b) suportes sob a ação do vento de 3 s para projeto.

8.4.5 Os métodos de cálculo definidos para o vento de 10 min para projeto são aplicáveis nas
seguintes condições:

a) comprimento de vão entre 200 m e 800 m;

b) suportes com altura inferior a 60 m;

c) altitude do terreno do trecho em consideração, no máximo, 1 300 m acima do nível médio da


região circunvizinha, exceto quando estudos específicos estejam disponíveis.

d) terreno no qual as características topográficas locais, devido às suas dimensões e forma, não
afetem de forma significativa as características de escoamento do vento da região em consideração.

8.5 Ação do vento sobre cabos

8.5.1 Geral

8.5.1.1 A pressão exercida pelo vento sobre os cabos resulta em forças sobre os mesmos e no
aumento da sua carga de tração.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 39


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.5.1.2 Devido à variação espacial do vento, a pressão que ele exerce sobre um cabo, em um vão,
não é uniforme. Entretanto, para fins de cálculo nesta norma, admite-se que a força resultante dessa
pressão é uniformemente distribuída ao longo do cabo. O efeito da não uniformidade da velocidade
do vento é levado em conta, nas fórmulas para cálculo dessa força por meio do fator de efetividade.

8.5.1.3 A área efetiva de um cabo é igual ao produto do comprimento do cabo pelo seu diâmetro.
Para fins de cálculo, admite-se que a área efetiva de um cabo é igual ao produto do seu diâmetro pelo
comprimento do vão.

8.5.1.4 No caso de condutores em feixe, admite-se que a força total exercida pelo vento sobre
o feixe é igual à soma das forças exercidas sobre cada sub condutor.

8.5.2 Força exercida sobre os cabos pelo vento de 10 min para projeto

8.5.2.1 A força, Ac, em newtons, exercida pelo vento de 10 min para projeto, sobre um cabo deve
ser calculada por:

Ac = q0 C X GC GL d L sen2 Ω

onde

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto, adimensional;

GC é o fator combinado de vento para cabos, adimensional;

GL é o fator de efetividade do vento, adimensional;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

d é o diâmetro do cabo, expresso em metros (m);

L é o comprimento do vão, expresso em metros (m).

Ω é o ângulo de incidência do vento com relação ao cabo, conforme 8.3.1, expresso em graus.

8.5.2.2 Para os cabos com encordoamento usual, o coeficiente de arrasto CX deve ser considerado
como

a) CX = 1,0, para d ≥ 15 mm

b) CX = 1,2, para d < 15 mm.

No caso de cabos especiais, como os cabos compactos, devem ser apresentados estudos específicos.

8.5.2.3 Os valores do fator combinado do vento GC para cálculo da força exercida pelo vento sobre
o cabo, em função da categoria do terreno e da altura média do cabo, h, são expressos na Figura 16
e Tabela 10.

40 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 16 – Fator combinado de vento GC para cabos

Tabela 10 – Fórmulas para obtenção de GC


Categoria de terreno GC
A 0,2914 ln h + 1,0468
B 0,3733 ln h + 0,9762
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

C 0,4936 ln h + 0,9124
D 0,6153 ln h + 0,8144

onde

GC é o fator combinado de vento, adimensional;

h é a altura média do cabo, expressa em metros (m).

8.5.2.3.1 As fórmulas da Tabela 10 são aplicáveis para h ≥ 10 m. Para h < 10 m, o valor de GC


permanece constante e igual ao valor para h = 10 m.

8.5.2.3.2 A altura média do cabo, em terreno plano e com os pontos de fixação do cabo situados
em um mesmo nível, é igual à altura na estrutura menos dois terços da flecha, na temperatura
média das mínimas anuais, sem considerar o efeito do vento. Para terrenos acidentados e com
vãos desnivelados devem ser feitos cálculos específicos.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 41


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.5.2.4 O fator de efetividade GL em função do comprimento do vão é expresso na Figura 17:

Figura 17 – Fator de efetividade GL

1 L < 200 m

GL = 1, 693 ⋅ 10 −10 L3 − 1, 093 ⋅ 10 −7 L2 − 0, 0002686 L + 1, 057 200 ≤ L < 800 m
0, 858 L ≥ 800 m

onde
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

L é o comprimento do vão, expresso em metros (m).

8.5.3 Força transmitida ao suporte pela ação do vento de 10 min para projeto sobre um cabo

8.5.3.1 A força total transmitida ao suporte, na direção do seu eixo transversal, devida ao vento
sobre um cabo deve ser calculada por:
1 ϕ
Acx = ( Ac1 + Ac 2 ) cos
2 2

onde

Ac1 e Ac2 são as forças totais exercidas pelo vento sobre os cabos nos dois vãos adjacentes,
conforme 8.5.5.2, expressas em newton (N),

φ é o ângulo de deflexão do eixo da linha, expresso em graus.

8.5.3.2 No caso de suportes de suspensão, onde normalmente os ângulos de deflexão são pequenos,
na formulação das hipóteses de carregamento dos suportes com vento de 10 min para projeto, de
acordo com a Seção 12, pode ser admitido que os ângulos de incidência do vento com os cabos
nos dois vãos adjacentes ao suporte, são iguais ao ângulo de incidência com o suporte.

42 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.5.3.2.1 Com esta hipótese, a equação de 8.5.3.1, pode ser simplificada como:

Acx = q0 C X GC GL d Lm sen2Ω

onde

Lm é o vão médio do suporte, expresso em metros (m);

Ω é o ângulo de incidência do vento com o suporte, expresso em graus (°).

8.5.3.3 A força total transmitida ao suporte, na direção do seu eixo longitudinal, devida ao vento
de 10 min sobre um cabo deve ser calculada por:
1 ϕ
Acy = ( Ac1 − Ac 2 ) cos
2 2
onde

Ac1 e Ac2 e são as forças totais exercidas pelo vento sobre os cabos nos dois vãos adjacentes,
conforme 8.5.5.2, expressas em newtons (N),

φ é o ângulo de deflexão do eixo da linha, expresso em graus (°).

No caso de suportes de suspensão, com a hipótese conforme 8.5.3.2, a força longitudinal é nula.

8.5.4 Força exercida sobre os cabos pelo vento de 3 s para projeto

8.5.4.1 A força Ac, exercida pelo vento de 3 s para projeto deve ser calculada por:

Ac = q0 C X GL3s d L
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

onde

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto, conforme 8.5.2.2;

GL3s é o fator de efetividade para o vento de 3 s para projeto, adimensional;

d é o diâmetro do condutor, expresso em metros (m);

L é o comprimento do vão, expresso em metros (m).

NOTA De acordo com 8.3.2, não tem sentido definir um ângulo de incidência constante do vento de 3 s
para projeto sobre o cabo, motivo pelo qual não consta da fórmula o fator sen2 Ω. Esta variação da velocidade
e ângulo de incidência está incluída, por convenção, no fator de efetividade GL3s.

8.5.4.2 O valor de GL3s deve ser determinado pelo projetista em função da experiência regional
e do comportamento esperado com relação à ação de microexplosões. O valor de GL3s deve ser
considerado, no mínimo igual a 0,3.

8.5.5 Força transmitida ao suporte pela ação do vento de 3 s para projeto sobre um cabo

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 43


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.5.5.1 A força total transmitida ao suporte, na direção do seu eixo transversal, devida ao vento
sobre um cabo deve ser calculada por:

Acx = q0 C X GL3s d Lm

onde

Lm é o vão médio do suporte, expresso em metros (m).

8.5.5.2 A distribuição da velocidade do vento devida a uma microexplosão nos dois vãos adjacentes
a um suporte pode dar origem a cargas longitudinais sobre o mesmo, que devem ser consideradas
no seu projeto. Esta Norma não estabelece um método de cálculo para esta força, ficando à cargo
do projetista a definição da mesma.

NOTA A ASCE 74 [6] estabelece um método de cálculo para esta força, que pode ser usado na ausência
de outro método.

8.6 Ação do vento sobre cadeias de isoladores

8.6.1 A pressão exercida pelo vento sobre a cadeia de isoladores resulta em uma força distribuída
sobre a mesma cuja resultante deve ser aplicada no ponto central da cadeia, na direção e sentido do
vento. Para os ventos de 10 min e de 30 s para projeto, esta força deve ser calculada por:

Ai = q0 C X Gt Si

onde

Ai é a força resultante na cadeia de isoladores, expressa em newtons (N);


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto, adimensional;

Gt é o fator combinado de vento para suportes e para cadeia de isoladores, adimensional;

Si é a área efetiva da cadeia de isoladores, expressa em metros quadrados (m2)

8.6.1.1 O coeficiente de arrasto CX para os isoladores deve ser considerado igual a 1,2.

8.6.1.2 Para o vento de 3 s para projeto, deve ser usado o fator Gt calculado para a altura de 10 m.

8.6.2 A área efetiva da cadeia de isoladores é a área da envoltória dos isoladores projetada
horizontalmente sobre um plano vertical perpendicular à direção do vento, considerando a cadeia
na vertical. A área das ferragens pode ser desprezada.

A área da envoltória da cadeia de suspensão com isoladores de disco deve ser considerada igual
ao produto do número de isoladores pelo passo e pelo diâmetro do isolador. No caso de cadeias
múltiplas, a área total deve ser considerada igual à soma das áreas das cadeias individuais.

44 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.6.3 O fator combinado do vento, Gt, em função da categoria do terreno e da altura do ponto
considerado, são expressos na Figura 18 e Tabela 11:

Figura 18 – Fator combinado de vento Gt aplicável a suportes e cadeias de isoladores

Tabela 11 – Fator combinado de vento para suportes e cadeias de isoladores


Categoria de terreno Gt
A –0,0002 h2 + 0,0232 h + 1,4661
B –0,0002 h2 + 0,0274 h + 1,6820
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

C –0,0002 h2 + 0,0298 h + 2,2744


D –0,0002 h2 + 0,0384 h + 2,9284

8.6.3.1 As fórmulas da Tabela 11 são aplicáveis para h ≥ 10 m. Para h < 10 m, o valor de Gt permanece
constante e igual ao valor para h = 10 m.

8.6.3.2 O valor de h deve ser considerado igual a:

a) altura do ponto central da cadeia de isoladores, para o vento de 10 min para projeto;

b) 10 m, para o vento de 3 s para projeto.

8.6.4 Forças transmitidas pelas cadeias de isoladores aos suportes

A força total devida ao vento sobre uma cadeia de isoladores, transmitida ao suporte na direção
dos seus eixos transversal e longitudinal, deve ser calculada por:
Aix = 0, 5 Ai cos θ
Aiy = 0, 5 Ai sen θ

onde

Ai é a força exercida pelo vento, na sua direção e sentido, sobre a cadeia de isoladores, conforme
8.6.1, expressa em newton (N);

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 45


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Aix é a componente transversal de Ai;

Aiy é a componente longitudinal de Ai;

θ é o ângulo de incidência do vento sobre o suporte, conforme 8.3.1.

8.7 Força exercida pelo vento sobre esferas de sinalização


8.7.1 A força exercida pelo vento sobre uma esfera de sinalização deve ser calculada por:
Ae = q0 C X S

onde

CX é o coeficiente de arrasto, que deve ser considerado igual a 0,4;

S é a área de referência, ou área diametral, da esfera, igual a S = πR2 , expressa em metros


quadrados (m2);

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

R é o raio da esfera, expresso em metros (m).

O valor de h deve ser considerado igual a:

a) altura média do cabo, para o vento de 10 min para projeto;

b) 10 m, para o vento de 3 s para projeto.

8.8 Ação do vento sobre os suportes


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.8.1 Geral

8.8.1.1 A força exercida pelo vento sobre o suporte deve ser determinada decompondo o suporte
em troncos de altura I, não superior a 10 m.

8.8.1.2 No caso do vento de 3 s para projeto, o fator Gt deve ser considerado igual a 1,0. calculado
para a altura de 10 m.

8.8.2 Suportes treliçados de seção retangular

8.8.2.1 Para suportes metálicos treliçados de seção transversal retangular, a força exercida pelo
vento, na sua direção e sentido, sobre um tronco, deve ser calculada por:
At = q0 (1 + 0, 2 sen2 2 θ )(ST1 C X1 cos2 θ + ST 2 C X 2 sen2 θ ) Gt

onde

At é a força exercida sobre um tronco, expressa em newtons (N);

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

θ é o ângulo de incidência do vento, expresso em graus (º);

ST1, ST2 são as áreas líquidas totais das faces 1 e 2 do tronco, conforme definido na Figura 15,
projetadas ortogonalmente sobre um plano paralelo à respectiva face, expressas em
metros quadrados (m2);

46 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

CX1, CX2 são os coeficientes de arrasto próprio das faces 1 e 2, conforme definidas na Figura 15,
para um vento horizontal perpendicular à respectiva face, adimensionais;

Gt é o fator combinado de vento, adimensional.

NOTA Os coeficientes de arrasto consideram o efeito das faces a sota-vento e a barlavento.

8.8.2.2 A força calculada em 8.8.2.1 deve ser decomposta segundo as direções das faces transversal
e longitudinal do tronco. Estas componentes devem ser aplicadas no centro de gravidade da face.
At 1 = At cos θ

At 2 = At sen θ

8.8.2.3 O valor de h deve ser considerado igual a:

a) altura do centro de gravidade da face considerada, para o vento de 10 min para projeto;

b) 10 m, para o vento de 3 s para projeto.

8.8.2.4 O coeficiente de arrasto para um suporte treliçado composto de perfis planos em função
do índice da área exposta é expresso pela Figura 19:
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 19 – Coeficiente de arrasto para painéis de suportes treliçados compostos de perfis planos

C X 1,2 = 4,1727 X 2 − 6,1681 X + 4, 0088

onde

CX1, CX2 são os coeficientes de arrasto próprio para as faces 1 e 2, adimensional;

X é o índice da área exposta de uma face definido como a razão entre a área líquida da
face (ST1 e ST2), e a área total determinada pelo contorno do painel, adimensional.

8.8.2.5 Os valores do coeficiente de arrasto para um suporte treliçado composto de perfis de seção
circular em função do índice da área exposta são expressos pela Figura 20.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 47


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 20 – Coeficiente de arrasto para painéis de suportes treliçados compostos de perfis


com seção circular

C X 1,2 = 0, 2293 X 3 + 2, 7091 X 2 − 3,1323 X + 2, 2002

8.8.2.6 A Figura 18 apresenta os valores do fator combinado do vento Gt aplicável a suportes e


cadeias de isoladores, em função da categoria do terreno e da altura do centro de gravidade do painel
considerado.

8.8.2.7 Nas mísulas e vigas, a área líquida exposta ao vento, corresponde à área da projeção
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ortogonal da mesma sobre o plano perpendicular à direção do vento. Portanto, deve ser considerado
o treliçamento das faces que possuem projeção neste plano, para cálculo das forças de vento.

8.8.2.8 Nos mastros de suportes estaiados, delta de suportes autoportantes, nas pontinas dos cabos
para-raios e outros componentes estruturais espaçados entre si, a força do vento deve ser calculada
considerando a sua atuação em cada componente separadamente.

8.8.3 Suportes com elementos cilíndricos de grande diâmetro

8.8.3.1 Para suportes constituídos de elementos cilíndricos de diâmetro maior que 20 cm, a força
exercida pelo vento, na sua direção, sobre cada membro, aplicada no seu centro de gravidade, deve
ser calculada por:
ATC = q0 C X Gt d L sen3 θ '

onde

ATC é a força equivalente aplicada ao centro de gravidade, expressa em newton (N);

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto para um vento perpendicular ao eixo do elemento, adimensional;

Gt é o fator combinado de vento, função da categoria do terreno e da altura h do centro de


gravidade do elemento acima do solo, expresso em metros (m);

48 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

d é o diâmetro do cilindro, expresso em metros (m);

L é o comprimento do elemento, expresso em metros (m);

θ´ é o ângulo formado entre a direção do vento e o eixo longitudinal do elemento cilíndrico.

8.8.3.2 O coeficiente de arrasto deve considerar um vento perpendicular ao eixo do elemento. Seu
valor depende do número de Reynolds Re, correspondente à velocidade do vento na altura considerada
e da rugosidade do cilindro. Uma simplificação aceitável é considerar a situação mais desfavorável
de um cilindro rugoso. O número de Reynolds é calculado por:
Vp
Re = d
v

onde

Re é o número de Reynolds, adimensional;

Vp é a velocidade do vento para projeto, expressa em metros por segundo (m/s);

d é o diâmetro do elemento cilíndrico, expresso em metros (m);

v é a viscosidade cinemática do ar, considerada igual a 1,45 × 10–5 m2/s, a 15 °C.

8.8.3.2.1 Na ausência de um estudo específico para obtenção do coeficiente de arrasto, considera-se


a condição de cilindro rugoso.

8.8.3.2.2 A Figura 21 apresenta os valores do coeficiente de arrasto em função do número de Reynolds.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 21 – Coeficiente de arrasto CX para elementos cilíndricos de diâmetro superior a 20 cm

8.8.3.3 O fator combinado de vento para o suporte deve ser calculado em função da categoria
do terreno e da altura do centro de gravidade do elemento considerado, conforme 8.6.3.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 49


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.8.4 Suportes com elementos prismáticos

8.8.4.1 Para postes e componentes estruturais metálicos constituídos por elementos prismáticos,
a força exercida pelo vento sobre um tronco, aplicada no seu centro de gravidade, deve ser calculada por:

ATC = q0 CX Gt a L

onde

ATC é a força exercida, expressa em newtons (N);

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa);

CX é o coeficiente de arrasto, adimensional;

Gt é o fator combinado de vento para o suporte, adimensional;

a é a dimensão do tronco na face de incidência do vento, obtida da seção transversal ao nível


do centro geométrico do trecho do elemento, expressa em metros (m);

L é o comprimento do tronco, expresso em metros, (m).

8.8.4.2 O coeficiente de arrasto deve considerar um vento perpendicular ao eixo do tronco. Seus
valores são dados na Tabela 12.

Tabela 12 – Coeficientes de arrasto para elementos com seção poligonal


Forma da Seção CX
Polígono de 16 lados 0,9
Polígono de 12 lados 1,0
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Polígono de 8 lados 1,4


Polígono de 6 lados 1,4
Quadrado, retângulo 2,0

8.8.4.3 O fator combinado de vento para o suporte deve ser calculado em função da categoria do
terreno e da altura do centro de gravidade do tronco considerado, conforme 8.6.3.

8.8.5 Suportes treliçados de seção triangular

8.8.5.1 Para suportes metálicos treliçados de seção transversal triangular, a força exercida pelo vento
sobre um tronco, deve ser calculada conforme 8.8.2.1, sendo o coeficiente de arrasto conforme 8.8.5.2.

8.8.5.2 O coeficiente de arrasto deve considerar um vento perpendicular ao eixo da face considerada
e é dado na Tabela 13, em função do índice da área exposta X.

Tabela 13 – Coeficientes de arrasto para suportes treliçados de seção triangular


X CX
X ≤ 0,025 3,6
0,025 < X ≤ 0,45 3,7 – 4,5 X
0,45 < X ≤ 0,70 1,7
0,70 < X < 1,00 1+X

50 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.9 Ângulos de balanços da cadeia de isoladores e do cabo condutor

8.9.1 O ângulo de balanço médio da cadeia de isoladores e do cabo, β, devido à ação do vento sobre
os cabos deve ser calculado por

 q0 d Lm 
β = tg−1  K 
 pcond Lp 
onde

β é o ângulo de balanço médio, expresso em graus (º);

q0 é a pressão dinâmica, expressa em pascals (Pa), calculado para Vp de 30 s;

d é o diâmetro do cabo, expresso em metros (m);

Lm é o vão médio, expresso em metros (m);

pcond é o peso linear do cabo, expresso em newtons por metro (N/m);

Lp é o vão gravante, expresso em metros (m);

K é o fator de efetividade, conforme a Figura 22:


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 22 – Fator de efetividade do vento para ângulo de balanço


1 Vp < 10 m s

K=
0, 3 + 3, 68 exp −0,163 V
 ( p) Vp ≥ 10 m s
8.9.2 Para os efeitos desta Norma, as distribuições estatísticas dos ângulos de balanços da cadeia
de isoladores e do cabo condutor devidos ao vento seguem uma distribuição normal com a média
calculada conforme 8.9.1. Os ângulos máximos e mínimos para projeto são calculados conforme 8.9.4
e 8.9.5, respectivamente.

A equação de 8.9.1 é aplicável aos casos de condutores singelos e feixes de subcondutores idênticos.
No caso de feixes com subcondutores diferentes, estudos específicos devem ser realizados.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 51


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

8.9.3 O desvio-padrão σβ da distribuição estatística dos ângulos de balanços é dado por [7]:

  Vp 2  
σ β = 2, 25 1 − exp  − 
  230  
onde

Vp é a velocidade do vento de projeto definida para o cálculo do ângulo de balanço, expressa


em metros por segundo (m/s).

8.9.4 O ângulo máximo de balanço da cadeia de isoladores e do cabo condutor é calculado acionando
dois desvios-padrão ao ângulo médio:

βmax = β + 2 σβ

8.9.5 O ângulo mínimo de balanço da cadeia de isoladores e do cabo condutor é calculado subtraindo
dois desvios-padrão do ângulo médio:

βmin = β – 2 σβ

9 Projeto do isolamento
9.1 Geral

9.1.1 O projeto do isolamento da linha de transmissão deve resultar na especificação da quantidade


de isoladores, das distâncias mínimas entre os cabos condutores e seus acessórios às partes aterradas
do suporte, das distâncias mínimas entre os cabos condutores de fases distintas e seus acessórios
no suporte e no meio do vão segundo metodologias e critérios apresentados nesta Seção.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

O projeto de isolamento deve atender às ABNT NBR 6939 e ABNT NBR 8186.

9.1.2 Todas as distâncias mínimas obtidas nesta Seção devem considerar a possibilidade de serviços
de manutenção em linha viva, tanto para o método de manutenção de linha viva à distância quanto
para o método de manutenção de linha viva ao potencial.

9.1.3 As distâncias mínimas obtidas nesta Seção não são válidas para linhas de corrente contínua,
sendo necessários estudos específicos.

9.1.4 O projetista deve verificar o desempenho da linha quanto às sobretensões à frequência


fundamental, de frente lenta e de frente rápida.

9.1.5 As distâncias mínimas, para cada tipo de sobretensão, são associadas a um fator de
espaçamento, apresentado nesta Norma em função do fator de espaçamento para sobretensão
de frente lenta kg. O projetista pode aplicar fatores de espaçamento específicos, obtidos a partir de
ensaios, de acordo com a ABNT NBR IEC 60060-1.

9.2 Isoladores

9.2.1 A seleção e dimensionamento dos isoladores devem atender às prescrições da série


ABNT IEC/TS 60815.

52 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

9.3 Distâncias mínimas para tensões a frequência fundamental

9.3.1 Número mínimo de isoladores

O número mínimo de isoladores deve ser calculado a partir da distância de escoamento específica
definida na ABNT IEC/TS 60815-1.

9.3.2 Distância mínima fase-terra

9.3.2.1 A distância mínima entre os cabos condutores de uma fase, ou de seus acessórios, às partes
aterradas do suporte deve ser calculada por [8][9][10]:
0,83
  US F  
 tmo
 3  
dft ,ff = 1, 642 exp  − 1
 750 kaff k zff kgff  
 
   

onde

dft,ff é a distância mínima necessária para suportar tensões fase-terra a frequência fundamental,
expressa em metros (m);

kaff é o fator de correção das condições atmosféricas para tensões a frequência fundamental,
conforme 4.8,

kgff é o fator de espaçamento para tensões a frequência fundamental, definido por [9][10]:

kgff = 1,35 kg – 0,35 kg2

US é a tensão entre fases nominal eficaz da linha, expressa em quilovolt (kV);


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Ftmo é o fator de tensão máxima de operação, em relação à tensão nominal da linha US;

kzff é o fator de desvio para frequência fundamental, definido por

kzff = 1 – 3 zff

zff é o coeficiente de variação da distribuição de probabilidades da suportabilidade da distância


em ar considerada, para tensões de frequência fundamental (σff /U50ff), cujo valor pode
ser considerado igual a 0,03.

kg é o fator de espaçamento fase-terra, calculados conforme Anexo C.

9.3.3 Distância mínima entre fases

A distância mínima entre fases deve ser calculada por [8][11]:


0,83
  US F tmo  
dff ,ff = 1, 642 exp  − 1
  750 kaff k zff kgff  

onde

dff,ff é a distância mínima necessária para suportar tensões entre fases a frequência fundamental,
expressa em metros (m);

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 53


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

kgff é o fator de espaçamento para tensões à frequência fundamental, com o mesmo significado
de 9.3.2.1, porém considerando que kg é o fator de espaçamento fase-fase, conforme a
Tabela C.3.

9.4 Distâncias mínimas para sobretensões de frente lenta

9.4.1 Distância mínima fase-terra

A distância mínima entre o cabo condutor de uma fase e seus acessórios às partes aterradas do
suporte deve ser calculada por [8][9][11][12]:

Para df t,f l ≤ 25 m:
  2  
  K cs 3 US Fsfl  
dft ,fl = 2,174 exp   − 1
  1080 k afl k zfl k g  
   

onde

df t,f l é a distância mínima fase-terra para sobretensões de frente lenta, expressa em metros (m);

Kcs é o fator de coordenação estatístico (ver o Anexo C), definido como a razão entre a
suportabilidade, com probabilidade de 90 % de ser ultrapassada, e a sobretensão de frente
lenta, com probabilidade de 2 % de ser ultrapassada (U90/V2);

kaf l é o fator de correção das condições atmosféricas para sobretensão de frente lenta (Seção 4);

kg é o fator de espaçamento fase-terra, calculados conforme o Anexo C;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

US é a tensão entre fases nominal eficaz da linha, expressa em quilovolts (kV);

Fsf l é o fator de sobretensão de frente lenta fase-terra referido ao valor de pico da tensão
2
fase-terra US , correspondente a um valor de 2 % de probabilidade de ser ultrapassado;
3
kzf l é o fator de desvio para frente lenta, definido por

k zfl = 1 − 1, 3 zfl

zf l é o coeficiente de variação da distribuição de probabilidades da suportabilidade da distância


em ar considerada, para sobretensões de frente lenta (σfl /U50fl), cujo valor pode ser considerado
igual a 0,06

54 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

9.4.2 Distância mínima entre fases

9.4.2.1 A distância mínima entre fases deve ser calculada em função do α parâmetro determinado
pela relação:

U−
α=
U+ + U−

onde

U– é o módulo do valor de pico da onda de polaridade negativa em uma fase, expresso em


volts (V) ou em p.u.;

U+ é o módulo do valor de pico da onda de polaridade positiva na outra fase, expresso em


volts (V) ou em p.u.;

9.4.2.2 O valor de α deve ser determinado via estudos de transitórios de frente lenta.

9.4.2.3 Para cada simulação, devem ser consideradas todas as combinações de duas fases para
determinar o valor de α a ser considerado.

NOTA Em caráter orientativo, os valores típicos de α são 0,33 e 0,5.

9.4.2.4 A distância mínima entre fases deve ser calculada por

Para 1 < df f,f l ≤ 4 m [8] [11] [12]:


  2  
  K cs 3 US rs Fsfl  
dff ,fl = 2,174 exp   − 1
 1080 kafl k zfl kg  
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -


   

Para 4 < df f,f l < 10 m [13] 4):

dff ,fl = 15, 3726 + 7, 0846 α − 54, 3115 α 2 + 212, 6589 α − 0,1019 U50% + 286, 0043

2
K cs US rs Fsfl
U50% = 3
kafl k zfl

onde

df t,f l é a distância mínima fase-fase para sobretensões de frente lenta, expressa em metros (m);

kg é o fator de espaçamento entre fases, calculado conforme a Tabela C.3;

rs é a relação entre as sobretensões fase-fase e fase-terra, correspondente a um valor de 2 % de


probabilidade de ser ultrapassado, sendo, na ausência de estudos específicos, considerado
igual a 1,4 [10][14].

4) A fórmula original (5.8-1 em [9]) está referida a U50%, sendo aqui apresentada isolando df f,f l.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 55


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

9.4.3 Determinação do fator de sobretensão para frente lenta

9.4.3.1 Como estimativa inicial do dimensionamento, podem ser considerados valores mínimos
de fator de sobretensão fase-terra para frente lenta (Fsfl) aqueles indicados na Tabela 14, referidos
2
a Us .
3
Tabela 14 – Fator de sobretensão fase-terra de frente lenta mínimo,
na ausência de estudo específico (baseado em [3])

Tensão nominal (kV) Fsfl


US ≤ 362 3,00
362 > US ≥ 550 2,40
550 > US ≥ 800 2,00
US > 800 1,80

9.4.3.2 Os estudos de desempenho conforme 9.1.4 devem obter os fatores de sobretensão


fase-terra (Fsfl) e fase-fase (rs Fsfl), o coeficiente de variação da distribuição das suportabilidades
para solicitações de frente lenta (CVfl) e os coeficientes de variação da distribuição das sobretensões
de frente lenta (CVsfl), para fase-terra e fase-fase.

9.5 Distâncias mínimas para sobretensões de frente rápida


9.5.1 Distância mínima fase-terra

9.5.1.1 A distância mínima para sobretensões de frente rápida deve ser o maior valor calculado entre
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

polaridade positiva e negativa.

9.5.1.2 Para sobretensões de frente rápida de polaridade positiva, a distância mínima entre o cabo
condutor de uma fase ou de seus acessórios às partes aterradas do suporte deve ser calculada
por [9][10][16]:

Para dft,fr ≤ 10 m:
Ufr+
dft ,fr = +
530 kafr k zfr kgfr

9.5.1.3 Para sobretensões de frente rápida de polaridade negativa, a distância mínima entre o cabo
condutor de uma fase ou de seus acessórios às partes aterradas do suporte deve ser calculada
por [10][15]:

Para dft,fr ≤ 10 m:
Ufr−
dft ,fr = −
700 kafr k zfr kgfr

onde
Ufr+ é o valor de suportabilidade de polaridade positiva da cadeia de isoladores, correspondente
a 90 % de probabilidade, expresso em quilovolts (kV);

56 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Ufr− é o valor de suportabilidade de polaridade negativa da cadeia de isoladores, correspondente


a 90 % de probabilidade, expresso em quilovolts (kV);

df t,f r é a distância mínima fase-terra para sobretensões de frente rápida, podendo ser de
polaridade positiva ou negativa, expressa em metros (m);

kzfr é o fator de desvio para frente rápida, definido por

k zfr = 1 − 1, 3 zfr

zfr é o coeficiente de variação da distribuição de probabilidades da suportabilidade da distância


em ar considerada, para sobretensões de frente rápida (σfr /U50fr), cujo valor pode ser
considerado igual a 0,03

kafr é o fator de correção das condições atmosféricas para sobretensões de frente rápida,
adimensional;

kgfr é o fator de espaçamento para sobretensões de frente rápida da configuração considerada,


adimensional.

9.5.1.4 O fator de espaçamento para sobretensões de frente rápida de polaridade positiva é dado por:
+ = 0, 74 + 0, 26 k
kgfr g

9.5.1.5 O fator de espaçamento para sobretensões de frente rápida de polaridade negativa é dado por:

− =
1, 5 − 0, 5 kg kg ≤ 1, 44
kgfr 
 0, 78 kg > 1, 44
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

9.5.2 Distância mínima entre fases

Para sobretensões de frente rápida, a distância mínima entre fases deve ser calculada por [8]:
1, 2 Ufr+
dff ,fr = +
530 kafr k zfr kgfr

onde

df t,f r é a distância mínima entre fases para surtos de frente rápida, expressa em metros (m).

9.5.3 Determinação de Ufr+ e Ufr−

9.5.3.1 Os valores de Ufr+ e Ufr− podem não ser conhecidos nesta etapa inicial do projeto do isolamento,
podendo, neste caso, ser estimados a partir da suportabilidade da cadeia de isoladores, ferragens e
suporte, obtidos por ensaios conforme a ABNT NBR IEC 60060-1 ou metodologia equivalente [15].

9.5.3.2 Como estimativa inicial de dimensionamento para determinação das sobretensões de frente
rápida aplicadas sob a cadeia de isoladores, podem ser considerados valores mínimos aqueles indicados
na Tabela 15.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 57


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela 15 – Suportabilidade de frente rápida mínima, na ausência de dados específicos


Tensão nominal Ufr
kV kV
Até 69 500
138 820
230 1 070
345 1 605
440 1 870
500 2 015
800 2 950

9.5.3.3 Caso a distância mínima calculada em 9.5 para o espaçamento envolvendo a cadeia
de isoladores seja maior que a distância estabelecida em frequência fundamental (9.3.1), deve-se
seguir o estudo de desempenho frente a descargas atmosféricas.

9.6 Critérios para verificação das distâncias mínimas

9.6.1 Geral

9.6.1.1 As distâncias mínimas definidas nesta Seção devem ser verificadas com os condutores e
cadeias de isoladores, quando for o caso, deslocados sob a ação do vento.

9.6.1.2 O cálculo dos ângulos do balanço das cadeias de suspensão verticais e dos cabos condutores
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

deve ser feito de acordo com a Seção 8.

9.6.1.3 As distâncias devem ser mantidas em qualquer posição da cadeia de isoladores e do condutor,
entre a condição de repouso e a condição com o ângulo de balanço máximo previsto, βmax, conforme
8.9.4, para o tipo de sobretensão considerado.

9.6.1.4 Onde for o caso, a verificação das distâncias em questão deverá considerar o deslocamento
relativo entre a estrutura e as cadeias de isoladores, como no caso de estruturas do tipo cross-rope.

9.6.2 Distâncias mínimas entre os cabos condutores e seus acessórios às partes aterradas
do suporte

9.6.2.1 Para verificação destas distâncias, deve ser considerado o ângulo de balanço máximo,
calculado conforme 8.9, para as condições de vento relacionadas a seguir.

a) Para tensões de frequência fundamental: vento com período de retorno mínimo de 10 anos.

b) Para impulsos de frente lenta: vento com período de retorno mínimo de 2 anos.

Para impulsos de frente rápida, não se considera a ação do vento.

9.6.2.2 As distâncias em questão devem ser verificadas segundo um modelo tridimensional do


condutor e suporte, uma vez que a menor distância entre o condutor e seus acessórios e partes
aterradas do suporte, pode não ocorrer no plano vertical que passa pelo eixo da cadeia de isoladores
e pelo eixo do suporte.

58 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

9.6.3 Distâncias mínimas entre condutores de fases diferentes no suporte

Esta distância deve ser verificada, onde for o caso, considerando as duas cadeias deslocadas
no mesmo sentido, sendo uma com seu ângulo de balanço máximo, βmax, e a outra com seu ângulo
de balanço mínimo, βmín, conforme 8.9.5, nas mesmas condições de vento definidas em 9.6.2.1.

9.6.4 Distâncias mínimas entre condutores do mesmo suporte, ao longo do vão

A distância entre condutores ao longo do vão deve ser verificado considerando os dois condutores
deslocados no mesmo sentido, sendo um com seu ângulo de balanço máximo, βmax, e o outro com
seu ângulo de balanço mínimo, βmín, conforme 8.9.5, nas mesmas condições de vento definidas
em 9.6.2.1.

NOTA De forma complementar, pode-se aplicar a metodologia proposta em [17], especificamente em


sua Seção 5.

10 Campos elétrico e magnético, corona e interferências


10.1 Geral

10.1.1 Nesta Seção, são estabelecidos critérios para o cálculo e os limites para os campos elétricos
e magnéticos e outras interferências geradas por linhas aéreas de transmissão em corrente contínua
e corrente alternada em frequência fundamental.

10.1.2 Os limites para exposição humana a campos elétricos e magnéticos e outras interferências,
devem seguir o que está estabelecido na legislação vigente [18] e nas resoluções da ANEEL, ANATEL
e CONAMA em vigor.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

10.1.3 Na existência de linhas de transmissão paralelas ou corredores de linhas de transmissão,


deve ser considerada a composição da influência de todos os circuitos, na sua condição operacional
mais crítica, para determinação das intensidades dos campos e interferências.

No caso de corredores compartilhados por linhas CA e CC, ou linhas CA em frequências distintas,


devem-se apresentar estudos específicos, visto que as resultantes dos campos não podem ser
consideradas em valor eficaz.

10.1.4 Para o cálculo de campos elétricos e magnéticos, o projetista deve utilizar os seguintes critérios
para estabelecer a altura dos cabos em relação ao solo.

10.1.4.1 Para corrente alternada, os limites devem ser atendidos no interior e no limite da faixa,
definidos nas resoluções da ANEEL, para qualquer condição operativa, a 1,5 m do solo.

10.1.4.2 Para corrente contínua, os limites devem ser atendidos no interior e no limite da faixa para
qualquer condição operativa, ao nível do solo.

10.1.5 Em áreas edificadas, os limites estabelecidos nas resoluções da ANEEL devem ser atendidos
para qualquer altura, a partir do limite da faixa.

10.2 Campo elétrico de corrente alternada e corrente contínua


Os valores-limite para campo elétrico são os níveis de referência estabelecidos pela ANEEL [12].

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 59


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

No interior da faixa de passagem, para corrente alternada a 1,5 m do solo e para corrente contínua
ao nível do solo, devem ser atendidos os níveis de referência para exposição ocupacional.

A partir do limite da faixa de passagem, para corrente alternada a qualquer altura e para corrente
contínua ao nível do solo, devem ser atendidos os níveis de referência para todo o público.

Para situações em que ocorram ocupações verticais do entorno da faixa de passagem, deve ser
realizada a avaliação dos perfis verticais do campo elétrico e demonstrado o atendimento aos níveis
estabelecidos pela ANEEL [12].

No caso de travessias de rodovias, ruas, avenidas e áreas de circulação de pedestres, devem ser
respeitados os limites para todo o público.

10.3 Campo magnético de corrente alternada e corrente contínua


Os valores-limite para campo magnético são os níveis de referência estabelecidos pela ANEEL [19]

No interior da faixa de passagem a 1,5 m do solo devem ser atendidos os níveis de referência para
exposição ocupacional.

A partir do limite da faixa de passagem, devem ser atendidos, a qualquer altura, os níveis de referência
para todo o público.

Para situações em que ocorram ocupações verticais do entorno da faixa de passagem, deve ser
realizada a avaliação dos perfis verticais do campo magnético e demonstrado o atendimento aos
níveis estabelecidos pela ANEEL [19].

No caso de travessias de rodovias, ruas, avenidas e áreas de circulação de pedestres, devem ser
respeitados os limites para todo o público.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

10.4 Induções
Os valores-limite para correntes de contato em pessoas devido à indução provocada pela linha de
transmissão são os estabelecidos pela ICNIRP [20].

No Interior da faixa de passagem, devem ser atendidos os níveis de referência para exposição ocupacional;

A partir do limite da faixa de passagem, havendo a possibilidade da presença de pessoas, devem ser
atendidos, a qualquer altura, os níveis de referência para todo o público.

A avaliação deve contemplar situações potenciais de risco que possam estar presentes como estruturas
enterradas e aéreas, como por exemplo: cercas, calhas, telhados e antenas.

10.5 Corona visível


A linha de transmissão, incluindo cabos, ferragens das cadeias e acessórios dos cabos condutores,
não pode apresentar corona visível para condição atmosférica de tempo bom (condição sem chuva e
umidade relativa de até 80 %).

10.6 Interferência eletromagnética


Os limites para interferência eletromagnética, aplicados a linhas CA e CC, devem estar de acordo
o estabelecido na legislação vigente [21].

60 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

10.7 Ruído audível


O ruído audível (RA) no exterior da faixa de passagem para a tensão máxima de operação deve estar
de acordo com o estabelecido na legislação vigente [22].

No projeto da linha deve ser assegurado que os limites de ruído audível, estabelecidos pela legislação
vigente, sejam obedecidos na condição de tempo bom.

10.8 Corrente iônica


Especificamente para linhas de corrente contínua, devem ser apresentados estudos quanto à
exposição a corrente iônica, tanto ocupacional quanto público em geral.

NOTA Em caráter orientativo, pode-se aplicar a brochura técnica Cigre nº 388 [23].

10.9 Interferência de isoladores


Os valores de tensão de radiointerferência (RIV) dos conjuntos de cadeias de isoladores e ferragens
devem atender aos órgãos regulamentadores, aplicando a metodologia da ABNT NBR 15121.

10.10 Interferência com sistemas dutoviários


Situações envolvendo a interferência entre linhas de transmissão em sistema de dutos (tubulação
enterrada ou aérea) devem ser avaliadas conforme a série ABNT NBR 16563.

11 Cabos condutores e cabos para-raios


11.1 Geral
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

11.1.1 Nesta Seção, são definidos os critérios para a aplicação de cabos condutores nus e de cabos
para-raios em linhas de transmissão.

11.1.2 Os seguintes tipos de cabos são contemplados:

a) CA (ABNT NBR 7271);

b) CAA (ABNT NBR 7270);

c) CAAL (ABNT NBR 15770);

d) CAL 6201 (ABNT NBR 10298);

e) CAL 1120 (ABNT NBR 16686);

f) CALA (ABNT NBR 5369);

g) Aço (ABNT NBR 16730);

h) CAA/RA (ABNT NBR 10841);

i) cordoalha de fio de aço revestido de alumínio (ABNT NBR 10712);

j) OPGW (ABNT NBR 14074).

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 61


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

11.1.3 Os cabos condutores e para-raios devem ser selecionados de modo a atender os requisitos
elétricos e mecânicos definidos no projeto, bem como os critérios definidos nesta Norma e na
ABNT NBR 17140.

11.1.4 Nesta Norma, os cabos utilizados como condutores e como para-raios são referidos,
genericamente, como cabos.

11.1.5 Não são tratados nesta Norma os aspectos relacionados à vida útil, à reutilização de cabos
e a aspectos relacionados ao núcleo óptico do cabo para-raios com fibras ópticas (OPGW).

11.1.6 Para a aplicação de cabos não listados em 11.1.2, devem ser elaborados estudos específicos.

11.2 Cálculo mecânico


11.2.1 O cálculo mecânico dos cabos deve contemplar no mínimo as seguintes hipóteses, onde for
o caso:

a) temperatura mínima;

b) temperatura média das mínimas diárias do mês mais frio;

c) vento de 10 min de projeto;

d) vento de 3 s de projeto;

e) temperaturas típicas e limites do cabo condutor;

f) balanço do cabo condutor.

11.2.1.1 O cálculo da carga de tração do cabo em cada uma destas hipóteses deve ser efetuado
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

por um processo de mudança de estado. Nesse cálculo, o cabo pode ser considerado em uma das
condições a seguir:

a) Condição inicial, quando o cabo é tracionado pela primeira vez ou quando as condições do cálculo
(carregamento, temperatura, fluência já ocorrida) acarretarem uma carga de tração maior do
que as que já tenham ocorrido anteriormente.

b) Condição final, considerando o cabo após ocorrência de fluência apreciável e/ou quando as
condições de cálculo (carregamento, temperatura, fluência já ocorrida) acarretem uma carga de
tração menor que a maior carga de tração já ocorrida.

11.2.1.2 Esta Norma não estabelece métodos de cálculo para a mudança de estado e da fluência
nem os parâmetros dos cabos a serem empregados nestes cálculos.

11.2.2 Na hipótese de cálculo de temperatura mínima, o cabo deve ser considerado na condição
inicial, sem vento, e sua temperatura deve ser considerada igual à temperatura mínima do ar. Nesta
hipótese, a carga de tração do cabo condutor deve ser limitada a 40 % da sua carga de ruptura.

11.2.3 Na hipótese de cálculo de temperatura média das mínimas diárias do mês mais frio, o cabo
deve ser considerado na condição inicial, sem vento, e sua temperatura deve ser considerada igual
à temperatura média do ar. Nesta hipótese, a carga de tração do cabo deve ser limitada de modo a
evitar problemas com a fadiga por vibrações eólicas, conforme 11.3.

62 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

11.2.4 Nas hipóteses de cálculo de vento (10 min e 3 s), o cabo deve ser considerado na condição
inicial e sua temperatura ser considerada igual à temperatura média das mínimas diárias.
11.2.4.1 Na hipótese de cálculo de vento de 10 min de projeto, a carga de tração do cabo deve ser
limitada a 70 % da sua carga de ruptura.
11.2.4.2 Na hipótese de cálculo de vento de 3 s de projeto, a carga de tração do cabo deve ser
limitada a 70 % da sua carga de ruptura.
11.2.5 Nas hipóteses de cálculo de temperaturas típicas e limites do cabo condutor, o mesmo deve
ser considerado na condição final, com fluência de 10 anos, sem vento, e a sua temperatura deve ser
considerada igual às temperaturas típica e limite de projeto, respectivamente.
11.2.6 Nas hipóteses de cálculo de balanço, o condutor deve ser considerado na condição final e
a sua temperatura conforme as Seções 10, 11 ou 18, de acordo com a condição de balanço a ser
verificada.
11.2.7 As cargas devidas aos dispositivos de sinalização colocados no cabo para-raios podem ser
consideradas uniformemente distribuídas ao longo do vão para o cálculo das cargas de tração nos
mesmos, caso não se disponha de metodologias mais elaboradas.
11.2.8 Temperatura dos cabos
A aplicação dos cabos condutores a temperaturas superiores a 90 °C deve ser precedida de estudos
específicos do comportamento mecânico dos mesmos e de suas conexões nestas temperaturas.
Para cabos condutores especiais, estes estudos devem ser realizados caso a temperatura-limite
especificada pelo fabricante possa ser ultrapassada.

11.3 Proteção contra vibrações eólicas


11.3.1 Para condutores singelos de alumínio (CA), alumínio com alma de aço (CAA), liga de alumínio
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

(CAL), alumínio com alma de liga de alumínio (CAAL) e de aço, sem nenhuma proteção contra
vibrações eólicas, o parâmetro da catenária (H/p) na temperatura média das mínimas diárias do mês
mais frio, deve ser menor ou igual aos valores da Tabela 16, em função da categoria do terreno.
11.3.1.1 Os limites do parâmetro da catenária acima definidos são adequados para a maioria das
condições de projeto. Entretanto, situações especiais requerem uma atenção específica, como no
caso de vãos muito longos, ou vãos expostos à poluição ou que operam em altas temperaturas, que
poderão reduzir o auto amortecimento ou a resistência à fadiga do cabo.
11.3.1.2 A utilização de cabos não relacionados em 11.3.1 deve ser precedida de estudos específicos.

Tabela 16 – Limites do parâmetro da catenária (H/p), em metros, para condutores singelos


sem proteção contra vibrações eólicas (de acordo com [24])
Categoria do terreno
Cabo
A B C D
CA, CAA, CAL, CAAL, CALA 1 000 1 125 1 225 1 425
Aço 1 800 1 800 1 800 1 800

onde
H é a componente horizontal da carga de tração na temperatura média das mínimas diárias do
mês mais frio, expresso em newtons (N);
p é o peso linear do cabo, expresso em newtons por metro (N/m).

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 63


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

11.3.2 Não são definidos valores-limite do parâmetro da catenária para cabos singelos com alguma
proteção contra vibrações eólicas nem para condutores em feixe. Para estes casos deverá ser feito
um estudo específico de proteção contra vibrações eólicas, uma vez que o limite a ser adotado
dependerá das características do cabo, do comprimento do vão, da rugosidade do terreno e do sistema
de proteção contra vibrações eólicas a ser adotado.

11.4 Corrosão nos cabos

11.4.1 A definição do tipo de cabo condutor ou para-raios, além da observância dos requisitos elétricos
e mecânicos, deve ainda considerar a agressividade do meio ambiente.

11.4.2 Em ambientes agressivos, deve ser analisada a aplicação de cabos mais resistentes a tais
meios, além da aplicação de técnicas de proteção contra a corrosão.

12 Suportes
Os suportes devem atender às prescrições das ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8451-3,
ABNT NBR 8451-4, ABNT NBR 8451-6, ABNT NBR 8453-3, ABNT NBR 8451-1, ABNT NBR 8451-2,
ABNT NBR 8451-5, ABNT NBR 8453-1, ABNT NBR 8453-2, ABNT NBR 16202 e ABNT NBR 6232.

12.1 Geral

12.1.1 Nesta seção, são definidas as hipóteses mínimas de carregamento a serem consideradas para
o dimensionamento dos suportes e os critérios para definição das cargas mecânicas de cada hipótese

12.1.2 Esta Seção não se aplica obrigatoriamente aos projetos de suportes de madeira, embora as
hipóteses de carregamento possam ser adotadas.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

12.2 Caracterização de projeto dos suportes


Um suporte pode ser utilizado com parâmetros daqueles utilizados no projeto, devendo ser verificado
se as cargas resultantes são compatíveis com as árvores de carregamento e que os novos ângulos
de balanço e distâncias de segurança são compatíveis com as dimensões do suporte.

Eventualmente pode ser necessária uma verificação do cálculo estrutural do suporte para verificação
da compatibilidade dos novos carregamentos.

12.3 Cargas de projeto


12.3.1 Geral

12.3.1.1 As cargas de projeto devem ser estabelecidas a partir das cargas definidas em 12.3.2 a 12.3.6,
multiplicadas por fatores de ponderação definidos em 12.6.

12.3.1.2 Os fatores de ponderação são aplicados às cargas de forma a considerar a incerteza na


determinação destas.

12.3.2 Cargas permanentes

As cargas permanentes correspondem ao peso dos suportes, isoladores, ferragens e demais


acessórios.

64 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.3.3 Cargas de vento

12.3.3.1 As cargas de vento sobre os suportes, cabos, isoladores e acessórios deverão ser calculadas
de acordo com a Seção 8.

12.3.3.2 Para as cargas de vento, as incertezas na sua determinação, bem como a confiabilidade
requerida, são consideradas na escolha do período de retorno. Assim sendo, para estas cargas e para
as componentes da carga de tração dos cabos com vento, o fator de ponderação é considerado igual
a 1,0.

12.3.4 Componentes da carga de tração dos cabos, na direção dos eixos vertical, transversal
e longitudinal do suporte

Na formulação das hipóteses de carregamento mecânico, a componente vertical da carga de tração


do cabo pode ser calculada como o produto do vão de peso considerado pelo peso do cabo por
unidade de comprimento.

12.3.5 Cargas de construção e manutenção

Para esta hipótese, as cargas transmitidas por um cabo ou feixe de cabos, devem ser calculadas
considerando:

a) Carga de tração do cabo calculada para o vão básico definido para esta hipótese na temperatura
mínima para projeto, sem vento, condição inicial;

b) Componente vertical da carga de tração transmitida pelo cabo ancorado no solo, de um lado
do suporte, e 60 % da carga vertical máxima transmitida pelo cabo, no vão oposto;

c) Para o cabo ancorado no solo, a relação entre a altura do ponto de suspensão e a distância
ao suporte do ponto de ancoragem no solo, deve ser considerado no mínimo 0,33 para suportes
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

de suspensão e 0,5 para suportes de ancoragem.

d) Além da carga vertical transmitida pelo cabo e dos pesos dos isoladores e das ferragens, deve
ser considerada uma sobrecarga vertical de montagem, representando o peso dos montadores
e seus equipamentos. Esta sobrecarga deve ser definida, para cada tipo de suporte, em função
das condições de trabalho previstas;

e) Estas cargas devem ser aplicadas de acordo com as sequências de montagem previstas para
o suporte.

12.3.6 Cargas de contenção de falha

12.3.6.1 A carga de contenção de falha é uma carga longitudinal aplicada em um ou mais pontos
de fixação dos cabos, definida em função do tipo de suporte.

12.3.6.2 No caso de feixe de cabos, a carga considerada deve ser igual a soma das cargas
correspondentes a cada cabo.

12.3.6.3 Para os cabos condutores nos suportes de ancoragem, a carga de contenção de falha deve
ser igual à 100 % da carga de tração de maior duração do projeto e para os cabos para-raios igual a,
no mínimo, 150 % desta carga.

12.3.6.4 Para os cabos condutores nos suportes de suspensão, a carga de contenção de falha deve
ser igual a no mínimo 60 % da carga de tração de maior duração e para cabos para raios deve ser
igual a no mínimo 140 % desta carga.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 65


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.3.7 Outras cargas

Cargas diferentes das citadas anteriormente, como cargas devido a esferas de sinalização e outros
acessórios, devem ser verificadas durante o desenvolvimento do projeto da linha de transmissão.

12.4 Hipóteses de carregamento mecânico

12.4.1 As hipóteses de carregamento mecânico indicadas nesta Norma são as hipóteses mínimas
a considerar no projeto do suporte. Outras hipóteses de carregamento mecânico podem ser
consideradas em função da especificidade do projeto.

12.4.2 As hipóteses de carregamento mecânico para o dimensionamento do suporte e suas fundações


devem ser formuladas considerando as diferentes cargas que possam ocorrer simultaneamente durante
a vida útil da linha de transmissão.

12.4.3 Para o caso de suportes de circuito duplo devem ser consideradas as hipóteses para um
ou dois circuitos lançados.

12.4.4 As hipóteses de carregamento mecânico dos suportes são apresentadas para os estados
limites de falha e de utilização.

12.4.5 As hipóteses de carregamento mecânico para o estado-limite de falha são aplicáveis a todos
os tipos de suportes, de acordo com 12.6.

12.4.6 As hipóteses de carregamento mecânico para o estado-limite de utilização são aplicáveis


aos suportes sujeitos a deslocamentos ou deformações consideráveis, sob a ação da componente
vertical da carga de tração das cargas permanentes e/ou ventos de baixa intensidade, que possam
comprometer as distâncias de segurança elétricas ou o aspecto visual do suporte.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

12.5 Coeficientes de ponderação das cargas

12.5.1 Os coeficientes de ponderação das cargas no estado-limite de falha são dados na Tabela 17.

Tabela 17 – Coeficientes de ponderação das cargas para o estado-limite de falha


Cargas
Hipótese Tração nos cabos
Permanente Vento
Vertical Transversal Longitudinal
Vento de 10 min 1,15 1,0 1,15 (0,87) 1,0 1,0
Vento de 3 s 1,15 1,0 1,15 (0,87) 1,0 1,0
Contenção de falha 1,15 – 1,15 1,0 1,0
Construção e manutenção 1,5 – 1,5 1,5 1,5
NOTA Os coeficientes de ponderação entre parênteses são aplicáveis às hipóteses com carga vertical reduzida.

12.5.2 Os coeficientes de ponderação das cargas no estado limite de utilização devem ser considerados
iguais a 1,0.

66 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.6 Hipóteses do estado-limite de falha

12.6.1 Vento de projeto de 10 min transversal, com a componente vertical máxima da tração
dos cabos

12.6.1.1 Cargas aplicadas em todos os tipos de suportes

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento, atuando na direção do eixo transversal do suporte.

b) Forças transmitidas ao suporte devido à ação do vento sobre os isoladores, estais e acessórios.

c) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais.

12.6.1.2 Cargas adicionais aplicadas nos suportes utilizados em ângulo

Componente transversal da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

12.6.1.3 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem intermediária

Carga longitudinal resultante da diferença das componentes longitudinais da carga de tração dos
cabos condutores e para raios, ocasionada por vãos básicos diferentes a ré e a vante.

12.6.1.4 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem terminal

Carga longitudinal devida às componentes longitudinais da carga de tração dos cabos condutores e
para-raios, atuando de um mesmo lado do suporte.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

12.6.2 Vento de 10 min transversal, com carga vertical reduzida

Componente vertical mínima da carga de tração dos cabos condutores e para raios, com vento,
compatível com o vão médio considerado, e demais cargas iguais às adotadas em 12.6.1.

12.6.3 Vento de 10 min oblíquo com carga vertical máxima

12.6.3.1 Cargas aplicadas em todos os tipos de suportes

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando em direção formando ângulo diferente de 0°
com o eixo transversal do suporte. Devem ser considerados os ângulos de 15°, 30° e 45°.

b) Forças transmitidas ao suporte devido à ação do vento sobre os cabos, isoladores, estais e acessórios.

c) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para-raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.3.2 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem intermediária

a) Componente transversal da carga de tração dos cabos condutores e para-raios.

b) Carga longitudinal devida à diferença das componentes longitudinais da carga de tração dos cabos
condutores e para-raios, admitindo que os vãos básicos adjacentes ao suporte são diferentes.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 67


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.6.3.3 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem terminal

Carga longitudinal devida às componentes longitudinais da carga de tração dos cabos condutores
e para-raios, atuando de um mesmo lado do suporte.

12.6.4 Vento de 10 min oblíquo, com carga vertical reduzida

Componente vertical mínima da carga de tração dos cabos condutores e para raios, compatível com
o vão médio considerado, e demais cargas iguais às adotadas em 12.6.3.

12.6.5 Vento de 3 s transversal

12.6.5.1 Cargas aplicadas em todos os tipos de suportes

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento, atuando na direção do eixo transversal do suporte.

b) Forças transmitidas ao suporte devido à ação do vento sobre os cabos, isoladores, estais e acessórios.

c) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para-raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.5.2 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem intermediária

Componente transversal da carga de tração dos cabos condutores e para-raios.

12.6.5.3 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem terminal

Carga longitudinal devida às componentes longitudinais da carga de tração dos cabos condutores e
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

para-raios, atuando de um mesmo lado do suporte.

12.6.6 Vento de 3 s oblíquo

12.6.6.1 Cargas aplicadas em todos os tipos de suportes

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando em direção formando ângulo diferente de 0°
com o eixo transversal do suporte. Devem ser considerados os ângulos de 15°, 30° e 45°.

b) Forças transmitidas ao suporte devido à ação deste vento sobre os cabos, isoladores, estais e
acessórios.

c) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.6.2 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem intermediária

Componente transversal da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

12.6.6.3 Cargas adicionais aplicadas nos suportes de ancoragem terminal

Carga longitudinal devida às componentes longitudinais da carga de tração dos cabos condutores e
para raios, atuando de um mesmo lado do suporte.

68 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.6.7 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados, autoportantes de
suspensão, com pernas inclinadas

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando na direção do eixo transversal do suporte,
somente abaixo do ponto de encontro do prolongamento dos montantes das pernas.

b) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

12.6.8 Vento de 3 s oblíquo, com ação parcial sobre suportes treliçados, autoportantes de
suspensão, com pernas inclinadas

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando em direção formando ângulo diferente de 0º,
somente abaixo do ponto de encontro do prolongamento dos montantes das pernas. Devem ser
considerados os ângulos de 15°, 30° e 45°.

b) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

12.6.9 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados, estaiados de
suspensão

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando na direção do eixo transversal do suporte,
somente abaixo do ponto de fixação dos estais ao suporte.

b) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

12.6.10 Vento de 3 s longitudinal com ação parcial sobre suportes treliçados, estaiados de
suspensão

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando na direção do eixo longitudinal do suporte,
somente abaixo do ponto de fixação dos estais ao suporte.

b) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

12.6.11 Vento de 3 s transversal, com ação parcial sobre suportes treliçados, estaiados
monomastro de suspensão

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando na direção do eixo transversal do suporte,
somente acima do ponto de fixação dos estais ao suporte.

b) Forças transmitidas ao suporte devido à ação deste vento sobre os cabos, isoladores, estais e
acessórios.

c) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores e para raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 69


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.6.12 Vento de 3 s longitudinal, com ação parcial sobre suportes treliçados, estaiados
monomastro de suspensão

a) Força exercida sobre o suporte pelo vento atuando na direção do eixo longitudinal do suporte,
somente acima do ponto de fixação dos estais ao suporte.

b) Forças transmitidas ao suporte devidas à ação deste vento sobre os cabos, isoladores, estais
e acessórios.

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens e acessórios.

12.6.13 Contenção de falha com desequilíbrio longitudinal do cabo para-raios, para suportes
de suspensão e ancoragem intermediária

a) Carga de contenção de falha para o cabo para raios, conforme estabelecido em 12.3.6, aplicada,
alternadamente, em cada um dos pontos de fixação dos cabos para raios.

b) 70 % da componente vertical da carga de tração do cabo para raios aplicada no ponto onde
se considerou a carga longitudinal e 100 % desta componente no ponto de fixação do outro
cabo para raios, quando existir.

c) Componente vertical da carga de tração do cabos para raios nos demais cabos para raios.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.14 Contenção de falha com desequilíbrio longitudinal do cabo condutor, para suportes
de suspensão e ancoragem intermediária

a) Carga de contenção de falha para o condutor conforme estabelecido em 12.3.6 aplicada,


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

alternadamente, em cada um dos pontos de fixação dos condutores.

b) Componente vertical máxima da carga de tração dos cabos condutores.

c) 70 % componente vertical da carga de tração do cabo condutor aplicada no ponto onde se


considerou a carga longitudinal e 100 % desta componente nos pontos de fixação dos demais
condutores.

d) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.15 Construção e manutenção

12.6.15.1 Cargas aplicadas em todos os tipos de suportes

a) Carga vertical de construção e manutenção para os cabos condutores e para raios, conforme
estabelecido em 12.3.5.

b) Sobrecarga adicional de montagem.

c) Peso próprio do suporte, isoladores, ferragens, estais e acessórios.

12.6.15.2 Cargas adicionais aplicadas nas estruturas utilizadas em ângulo

Componente transversal da carga de tração dos cabos condutores e para-raios na condição de


trabalho de maior duração.

70 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

12.7 Hipóteses para o estado limite de utilização

As hipóteses de carregamento mecânico para o estado-limite de utilização devem considerar


combinações adequadas das seguintes cargas:

a) Cargas permanentes;

b) Cargas de vento associadas ao projeto do isolamento;

c) Cargas de tração de cabos.

13 Fundações
13.1 Geral

13.1.1 Nesta Seção são descritos os critérios técnicos para o projeto de fundações da linha de
transmissão ou seu reaproveitamento.

13.1.2 As fundações têm por finalidade garantir a estabilidade dos suportes sob a ação das cargas
atuantes. A escolha e o projeto das mesmas devem ser executados após a realização de investigações
geológico-geotécnicas e inspeção de campo.

13.1.3 As fundações devem atender, quando aplicável, às prescrições da ABNT NBR 6122.

13.2 Investigações geológico-geotécnicas

13.2.1 Investigações geológicas


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Serão feitas através de mapeamento geológico detalhado ao longo do traçado da linha de transmissão,
com base nas informações existentes (aerofotogrametria, mapas geológicos, mapas geomorfológicos,
mapas pedológicos e levantamento topográfico).

13.2.2 Investigações geotécnicas

São feitos através de ensaios de campo, ensaios de laboratório e provas de carga.

13.2.2.1 Ensaios de campo

Recomenda-se a execução de sondagens (SPT, rotativa, trado etc.), poços de inspeção e outras
investigações adequadas para a estimativa dos parâmetros do terreno.

13.2.2.2 Ensaios de laboratório

13.2.2.2.1 A realização de ensaios de laboratório dependerá do tipo de obra, da natureza do solo


encontrado e do maior ou menor conhecimento geológico-geotécnico da região.

13.2.2.2.2 Deve-se ter especial atenção na determinação e identificação de solos expansivos e


colapsíveis.

13.2.2.2.3 Os ensaios geotécnicos em amostras deformadas e indeformadas auxiliam a determinação


dos parâmetros do solo para a elaboração dos projetos de fundação.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 71


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

13.2.2.3 Provas de carga

Visam determinar, por meios diretos, as características de deformação e resistência do terreno.

13.2.3 Investigações da agressividade do terreno

Recomenda-se a realização de ensaios de campo e/ou ensaios de laboratório com o objetivo de


avaliar a existência de agressividade do terreno, para eventuais medidas de proteção dos elementos
constituintes das fundações.

13.3 Inspeção de campo

A inspeção de campo deverá ser feita com o objetivo de verificar se os locais de implantação dos
suportes estão adequados.

13.4 Esforços atuantes

Para determinação dos esforços a serem utilizados no cálculo das fundações, devem ser utilizados
os carregamentos nas fundações considerados nos projetos dos suportes.

13.5 Escolha dos tipos de fundação

Após as análises das investigações geológico-geotécnicas, da inspeção de campo, da avaliação


da agressividade do terreno, da verificação do seu local de implantação e dos carregamentos nas
fundações considerados nos projetos dos suportes, devem ser escolhidos os tipos de fundações,
levando-se em consideração os aspectos técnicos e econômicos.

13.6 Dimensionamento geotécnico das fundações


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

13.6.1 As fundações são dimensionadas com fatores de segurança dos métodos de cálculo geotécnico
e estrutural das fundações, de acordo com os carregamentos nas fundações considerados nos projetos
dos suportes.

13.6.2 Recomenda-se, na medida do possível, a adoção de métodos probabilísticos.

13.6.3 Verificação à compressão

A tensão média atuante no solo deve ser menor ou igual à sua tensão resistente.

13.6.4 Verificação ao arrancamento

A carga atuante de tração deverá ser menor ou igual à sua carga resistente.

13.6.5 Verificação ao tombamento

Devem ser comparadas as solicitações (tensão e momento) atuantes com as resistentes, de maneira
a garantir o equilíbrio da fundação.

13.7 Dimensionamento estrutural das fundações

Para o dimensionamento estrutural das fundações deverão ser observadas as normas pertinentes.

72 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

13.8 Durabilidade das fundações


Uma vez constatada a agressividade do terreno conforme 13.2.3, deve ser tomada medidas suficientes
e necessárias para assegurar a durabilidade das fundações.

13.9 Recuperação e reforço das fundações


No caso de recuperação e/ou reforço de fundações existentes, devem ser atendidas as prescrições
desta Norma.

14 Isoladores, ferragens e conectores


14.1 Geral
14.1.1 Nesta Seção, são definidos os critérios para aplicação de isoladores, ferragens e conectores
em linha de transmissão.

14.1.2 Os isoladores e as ferragens eletrotécnicas devem atender às ABNT NBR 5032,


ABNT NBR 7095, ABNT NBR 7107, ABNT NBR 7108-1, ABNT NBR 7108-2, ABNT NBR 7109,
ABNT NBR 15874, ABNT NBR 15643, ABNT NBR 15122, ABNT NBR 15232 e série ABNT IEC/TS 60815.

14.2 Cargas mecânicas de trabalho


14.2.1 Os isoladores e as ferragens de uma linha de transmissão devem ser dimensionados para
suportar as cargas máximas determinadas de acordo com 8.6.

14.2.2 Nas condições de trabalho sem ação do vento, os isoladores e as ferragens não podem estar
submetidos a uma carga superior a 40 % das suas cargas de ruptura nominais.

14.2.3 Nas hipóteses de vento de 10 min para projeto, vento de 3 s para projeto e de construção e
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

manutenção dos suportes, os isoladores e as ferragens não podem estar submetidos a uma carga
superior a 60 % das suas cargas de ruptura nominais.

14.2.4 Em caso de cadeia múltipla de isoladores, a carga total a que estará submetida esta cadeia
deve ser dividida entre as pencas.

15 Sistema de aterramento
15.1 Os suportes da linha devem ser aterrados de maneira a tornar a resistência de aterramento
compatível com o desempenho desejado e a segurança de terceiros, conforme a ABNT NBR 17140.

15.2 O aterramento deve se restringir à faixa de segurança.

15.3 A configuração usual do eletrodo de aterramento dos suportes de linhas de transmissão é


o contrapeso. Sob determinadas condições, as partes metálicas das fundações (stubs, armaduras,
hastes de âncora etc.) podem ser consideradas como parte do eletrodo de aterramento do suporte,
como eletrodos não naturais. Eventualmente podem ser utilizados anéis de aterramento no entorno
da base ou dos pés do suporte.

A Figura 23 ilustra um arranjo genérico de um eletrodo de aterramento de um suporte autoportante


de uma linha de transmissão, em um local onde haja disponibilidade de espaço, onde temos:

a) “L1” é a configuração básica do contrapeso;

b) “L2” e “L3” são contrapesos complementares que podem ser especificados pelo projeto;

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 73


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 23 – Arranjos de eletrodos de aterramento

15.4 Quando necessário, devem ser tomadas medidas para reduzir a possibilidade de acidentes
causados por tensões de toque e de passo dentro da faixa de passagem.

15.5 As características técnicas dos materiais utilizados para o aterramento dos suportes devem
estar de acordo com os requisitos da ABNT NBR 16254.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

NOTA Admite-se o uso do cabo de aço zincado 38 mm2 para contrapeso de linhas abaixo de 230 kV.

15.6 Deve ser medida a resistência de aterramento de cada suporte após a sua montagem e antes
do lançamento dos cabos para raios. Os equipamentos de medição devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 15749.

NOTA Não são admitidos equipamentos como multímetros, alicates de medição de loop de terra e outros
similares.

15.7 Se os para raios já estiverem lançados, admitem-se as seguintes alternativas:

a) isolar os para raios do suporte;

b) desconectar os contrapesos da base do suporte;

15.8 No caso de suportes de concreto ou madeira, as ferragens de fixação dos isoladores devem
ser ligadas ao eletrodo de aterramento do suporte por meios de condutores de aterramento adequados.

16 Aspectos de meio ambiente


16.1 Geral
16.1.1 Nesta Seção são descritos os critérios ambientais que se recomenda que sejam aplicados
nas fases de planejamento, implantação, operação e manutenção da linha de transmissão.

74 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

16.1.2 A linha de transmissão deve ser avaliada, na fase de projeto, visando reduzir o impacto ao
meio ambiente.

16.1.3 Deve ser elaborado um planejamento ambiental abordando a necessidade de ações ambientais
e/ou alterações técnicas com vistas às atividades de implantação, operação e manutenção da linha
de transmissão.

Situações que importem riscos decorrentes da queda de árvores sobre suportes, estais e cabos
deverão ser avaliadas, evitando-se riscos à operação e manutenção.

16.1.4 O planejamento ambiental e o projeto de linha de transmissão devem atender as exigências


e regulamentações dos Órgãos Ambientais, tanto a nível federal, estadual e municipal conforme
legislação em vigor.

16.2 Impactos ambientais da linha de transmissão


16.2.1 As etapas de planejamento, implantação, operação e manutenção da linha de transmissão
devem ser avaliadas sob o aspecto ambiental.

16.2.2 Recomenda-se que a avaliação das etapas de implantação da linha de transmissão contemple os
aspectos relacionados aos impactos ambientais considerando os meios físico, biótico e socioeconômico.

16.2.3 Recomenda-se uma atenção especial, sob o aspecto ambiental, às etapas de implantação,
operação e manutenção da linha de transmissão relacionadas nos itens seguir.

a) projeto básico da linha de transmissão;

b) planejamento, topografia e estudo do traçado;

c) manejo de vegetação na faixa;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

d) abertura e manutenção de estradas de acesso;

e) sistema de aterramento;

f) implantação dos suportes;

g) implantação de canteiros.

16.2.4 Recomenda-se que a avaliação dos impactos ambientais se inicie com as atividades de projeto
básico e de engenharia do traçado da linha de transmissão, devido às facilidades de alteração das
soluções propostas e as possibilidades de ganhos social, ambiental e econômico através destas atividades.

16.2.5 Os critérios e limites técnicos desta Norma devem ser considerados como referência para
a avaliação dos impactos e para elaboração dos relatórios ambientais.

16.2.6 Recomenda-se que seja evitada a implantação da linha de transmissão em áreas de preservação
permanentes, unidades de conservação, reservas legais ou especiais, assim consideradas pelos
Órgãos Ambientais.

16.2.7 Recomenda-se que, durante a fase de planejamento da linha, nos casos de travessia em áreas
de florestas nativas, adote-se distância vertical suficiente entre o cabo e a altura média do dossel
da vegetação.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 75


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

17 Largura da faixa de passagem


17.1 Geral
17.1.1 A largura mínima da faixa deve ser determinada considerando a segurança operativa da linha
e a segurança geral da população, conforme estabelecido nesta Norma.

17.1.2 A largura da faixa de passagem deve ser igual ou maior que a largura da faixa de segurança
definida em 17.2.

17.1.3 A largura da faixa de passagem pode variar ao longo do traçado da linha em função de
condições particulares de cada trecho ou local específico.

17.1.4 No caso de suportes estaiados, a largura da faixa pode ser ampliada na região dos suportes,
porém deve manter-se constante ao longo do restante do vão, conforme a Figura 24.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 24 – Ampliação da faixa de passagem em torno de suportes estaiados

76 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

17.2 Largura da faixa de segurança

17.2.1 A largura da faixa de segurança deve ser calculada com base nos seguintes critérios:

a) balanço dos condutores sob a ação do vento;

b) efeito de campos elétrico e magnético;

c) radiointerferência e ruído audível.

17.2.2 Critério do ângulo de balanço dos condutores

17.2.2.1 Deve ser mantida uma distância segura entre os condutores das fases externas da linha e
o limite da faixa de passagem ou das fases, suportes e estais de outro circuito em paralelo, na condição
de balanço dos cabos, devido à ação do vento.

17.2.2.2 A força exercida pelo vento sobre o condutor para cálculo da flecha e do ângulo de balanço
deve ser calculado considerando:

a) temperatura do condutor igual a temperatura ambiente máxima;

b) altura média das fases no suporte;

c) velocidade do vento com período de retorno de 50 anos e tempo de integração de 30 s.

17.2.2.3 O ângulo de balanço do cabo deve ser calculado de acordo com 8.9.

17.2.2.4 O ângulo de balanço da cadeia deve ser considerado igual ao ângulo de balanço do condutor.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

17.2.2.5 No caso de uma única linha de transmissão, a largura definida pelo ângulo de balanço é
calculada pelas equações a seguir:

17.2.2.5.1 No caso de suportes com fases dispostas de forma simétrica com relação ao seu eixo:

L = 2 (b + d + D )

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 77


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Figura 25 – Faixa de passagem – Condutores dispostos de forma simétrica

17.2.2.5.2 No caso de suportes com todas as fases de um mesmo lado do seu eixo:

L = 2 (d + D )
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 26 – Faixa de passagem – Condutores dispostos verticalmente

78 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

NOTA Neste caso, o eixo da linha é definido pela interseção do plano vertical que passa pelo ponto de
fixação do condutor mais afastado do eixo do suporte, com a superfície do terreno.

onde

L é a largura da faixa de passagem, expressa em metros (m);

b é a distância horizontal do eixo do suporte ao ponto de fixação do condutor mais afastado


deste eixo, expressa em metros (m);

d é a soma das projeções horizontais da flecha do condutor e do comprimento da cadeia de


isoladores considerando o ângulo de balanço calculado de acordo com 17.2.2.1 e 17.2.2.2,
expressa em metros (m);

D é a distância horizontal de segurança, calculada de acordo com 7.3.

17.2.2.6 No caso de um corredor composto por n linhas de transmissão, a largura definida pelo ângulo
de balanço é calculada por:
L = ∑ds j + d1 + b1 + D1 + dn + bn + Dn

onde

∑ds j = ds12 + ds23 + … + dsn −1,n é a soma das distâncias entre os eixos de duas linhas
adjacentes, expressa em metros (m);

d1, D1, dn, Dn são as distâncias da primeira e última linha do corredor,


conforme indicadas na Figura 27 e calculadas conforme 17.2.2.5;
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

d1, bn são as distâncias horizontais, da primeira e última linha do


corredor, dos eixos dos suportes mais externos aos seus pontos
de fixação do condutor mais afastado, conforme indicadas
na Figura 27.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 79


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 27 – Faixa de passagem – Corredor de linhas de transmissão

17.2.2.7 A distância entre os eixos de duas linhas adjacentes deve ser calculada de acordo com a
Figura 14 (7.4), considerando a distância medida a partir do cabo deslocado pelo vento na direção
horizontal e igual à distância horizontal definida em 7.4.2.

17.2.2.8 No caso de suportes estaiados compartilhando a faixa de passagem, na definição da distância


entre os eixos de duas linhas adjacentes, devem ser considerados:

a) a distância necessária entre os condutores destas linhas, calculada conforme definido em 7.4;

b) a aproximação do cabo balançado pelo vento com relação aos estais da outra linha;

c) a possibilidade de interferência entre as fundações dos estais de uma linha com as fundações
dos suportes e/ou estais da linha adjacente.

17.2.2.9 Nos grandes vãos da linha, a largura da faixa deve ser reavaliada de forma a garantir a segurança.

80 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

17.2.3 Critério de campos elétrico e magnético

Os níveis de campos elétrico e campo magnético, dentro e fora da faixa, devem atender ao disposto
em 10.2 e 10.3.

17.2.4 Critério dos níveis de rádio interferência e ruído audível

Os níveis de radiointerferência e ruído audível, no limite da faixa de passagem, devem atender ao


disposto em 10.6 e 10.7.

18 Uso e ocupação da faixa de passagem


18.1 Zoneamento da faixa de passagem quanto ao uso e ocupação

18.1.1 Para fins de uso e de ocupação da faixa de passagem da linha de transmissão, as seguintes
zonas são definidas:

— ZONA A: Localiza-se no entorno dos suportes da linha de transmissão e se destina a permitir


o acesso do pessoal da manutenção com seus respectivos veículos e equipamentos e servir
para colocação de proteção contra abalroamentos aos suportes. É definida por uma área no
entorno do piquete central da estrutura que contemple ao menos o limite da superfície de
arrancamento da fundação da sua perna ou estai mais afastado;

— ZONA B: É a faixa de terreno, excluída a zona A, entre as projeções verticais dos cabos mais
afastados do eixo, em repouso, ao longo da linha de transmissão;

— ZONA C: É a porção da faixa de passagem cujos limites externos são os limites da faixa de
passagem, excluindo-se as zonas A e B;
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

— ZONA C´: É a porção da Zona C a ser excluída de compartilhamento envolvendo estradas,


rodovias, ferrovias, ruas e avenidas, associada às projeções no solo dos cabos mais afastados
do eixo, para condição de balanço máximo, conforme definido em 18.4.2.

NOTA A Zona A não ficará restrita ao limite da faixa.

18.1.2 O zoneamento da faixa de passagem típico está exemplificado na Figura 28. O zoneamento
da faixa de passagem no entorno de um suporte estaiado está exemplificado na Figura 29.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 81


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 28 – Zoneamento da faixa de passagem

82 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 29 – Zoneamento da faixa de passagem – Exemplo de suporte estaiado

18.1.3 Para fins de implantação, as áreas destinadas às atividades de apoio à construção, tais como
praças de lançamento de cabos, áreas de manobra e praças de torre, não estão sujeitas aos limites
da faixa de passagem, e devem estar incluídas no processo de licenciamento da linha de transmissão.

18.2 Critérios para o uso e a ocupação da faixa de passagem

18.2.1 Como critério geral, a faixa de passagem da linha de transmissão não pode ter obstáculo,
vegetação ou execução de atividade por terceiros que permita a ocorrência das situações relacionadas
a seguir.

a) Permanência de pessoas e veículos.

b) Riscos a terceiros.

c) Riscos de desligamento ou de dano à linha de transmissão.

18.2.2 O uso da faixa de passagem deve ser avaliado por meio de estudos sobre a convivência da
linha de transmissão com obstáculos e com a execução de atividades por terceiros.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 83


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

18.2.2.1 Na elaboração dos estudos, devem ser observadas as condições de regime de operação e
a possibilidade de ocorrência de acidentes relacionados com a linha de transmissão.

18.2.2.2 Os estudos para avaliação do uso da faixa de passagem devem ser submetidos à aprovação
da concessionária, proprietário ou responsável pela linha de transmissão.

18.3 Restrições quanto ao uso e a ocupação da zona A

Na zona A da faixa de passagem, somente serão permitidas atividades que não ofereçam risco
ou limitação relacionadas à operação e a manutenção da linha de transmissão, e nem a pessoas.

18.4 Restrições quanto ao uso e a ocupação das zonas B e C

18.4.1 Não é permitida a utilização das zonas B e C da faixa de passagem para a implantação de
edificações, instalações de quaisquer natureza e porte e para qualquer finalidade, permanente ou
temporária, tampouco para atividades que impliquem na concentração de pessoas, como por exemplo,
não se limitando a elas:

a) Construções de alvenaria, metálicas ou de madeira, barracas, tendas ou similares, acampamentos


e outros;

b) Cercas eletrificadas;

c) Outdoors e similares;

d) Prédio para clube, centro cultural, centro comunitário e construções similares;

e) Área de lazer, passeio público, estacionamento e área de manobra;


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

f) Posto de abastecimento ou armazenamento de combustível e estação de gás ou área de


manipulação e de transferência de combustível.

g) Parque de diversões;

h) Praças para prática de esportes;

i) Pontos de ônibus;

j) Arena de rodeio e circo;

k) Parque de exposição e quermesse.

l) Bancas de revista, barracas de camelôs e de ambulantes, quiosques ou similares;

m) Fornos, chaminés, sistemas de irrigação ou qualquer outra instalação que possa modificar a
rigidez dielétrica do ar;

n) Antenas, suportes metálicos e mastro de bandeiras;

o) Depósitos de materiais metálicos, de materiais inflamáveis e de explosivos, tais como, pólvora,


sucatas, papéis, plásticos, lixo reciclável, carvão, combustível e similares;

p) Depósitos de lixo, de entulho e de ferro velho, aterros;

84 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

q) Extração minerária ou quaisquer outras que provoquem processos erosivos e alteração da


topografia;

r) Culturas que possam violar as distâncias de segurança aos cabos condutores, ou com alto poder
calorífico;

s) Atividades que resultem em queimadas;

t) Atividades econômicas de qualquer natureza que utilizem explosivos;

u) Cais, marinas, embarcadouros e locais destinados à pesca;

v) Movimentação de máquinas e equipamentos que não permitam a observância das distâncias


de segurança preconizadas nesta Norma.

18.4.2 A implantação de instalações como estradas, rodovias, ferrovias, ruas, avenidas, dutos,
tubulações, redes elétricas, de comunicação e dados e linhas de transmissão, poderá ser permitida,
mediante apresentação prévia de projeto para análise e aprovação da concessionária, proprietária
ou responsável pela linha, com a utilização das zonas B e C da faixa de passagem para travessias
ou a utilização da zona C em compartilhamento.

Para situações de compartilhamento envolvendo estradas, rodovias, ferrovias, ruas e avenidas deverá
ser excluída da Zona C, a região associada às projeções no solo dos cabos mais afastados do eixo,
mais a distância elétrica horizontal, para condição de balanço máximo, definida como Zona C’.

18.4.3 A concessionaria deve promover rotinas de monitoramento e procedimentos de comunicação


com vistas a prevenir a não ocorrência de usos e ocupações incompatíveis com a operação segura
da linha de transmissão.

18.5 Cerca na faixa


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

As cercas na faixa devem ser seccionadas e aterradas, com o objetivo de mitigar tensões de
transferência, toque e passo em seres humanos e animais.

19 Manutenção de faixa de passagem, e implantação e manutenção de estradas


de acesso
19.1 Geral
19.1.1 Nesta Seção, estão descritas as recomendações referentes à supressão ou permanência
de vegetação durante a construção, operação e manutenção da linha de transmissão, e a implantação
e manutenção de estradas de acesso em áreas de interesse à linha de transmissão.

19.1.2 O manejo da vegetação na faixa de passagem deverá ser definido em função das condições
específicas de cada local, considerando entre outros aspectos, o risco operacional (por exemplo por
incêndio, aproximação de vegetação, queda de árvores) e limitação à manutenção (por exemplo,
impossibilidade de acesso às estruturas e estais, às zonas de passagem dos cabos).

19.1.3 Em situações excepcionais, onde for caracterizado risco operacional, o manejo da vegetação
pode extrapolar os limites da faixa de passagem.

19.1.4 O manejo da vegetação deve observar as distâncias horizontais e verticais envolvidas


contemplando ainda a taxa de crescimento da vegetação e os potenciais riscos de ignição e propagação
de incêndios da vegetação no período entre intervenções.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 85


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

19.1.5 Deve ser apresentado na fase de projeto o desempenho da linha em função do risco de
incêndio, com base de registros ao longo do ano de acordo com cada região e bioma atravessado
pela linha, baseado em amostragens de pelo menos 5 anos, obtidas em um período recente, por meio
de técnicas de sensoriamento remoto utilizando como base os dados do satélite de referência adotado
no Brasil.

19.1.6 Entre os critérios para a avaliação do risco de falha devem ser observados, além do risco
de incêndio, o bioma atravessado, a altura da vegetação em relação aos condutores, a distância
entre as fases ou polos, a pressão atmosférica, a necessidade de manejo de vegetação em áreas
de sensibilidade ambiental e outras previstas na legislação vigente, vão a vão.

19.1.7 Para a retirada ou a permanência de obstáculos em áreas de interesse à implantação da linha


de transmissão e para o zoneamento da faixa de passagem quanto à ocupação e à manutenção,
deverá ser considerado a Seção 10.

19.1.8 A manutenção da faixa de passagem e a implantação ou manutenção de estradas de acesso


à linha de transmissão deverão ser executadas procurando-se limitar seu impacto sobre o meio
ambiente, minimizando os processos erosivos, garantindo a segurança laboral, o pleno desempenho
operacional e a confiabilidade da instalação.

19.1.9 Para fins de atendimento de desempenho frente ao risco de desligamento por queimadas,
consideradas as limitações técnicas das instalações anteriores à publicação da atual revisão, as
impossibilidades de atendimento pleno às recomendações da metodologia sugerida nesta norma
deverão ser embasadas por meio de análise técnica da responsável.

19.1.10 Para as instalações existentes anteriores a atual revisão desta Norma, a metodologia deve
ser aplicada buscando o atendimento das distâncias de segurança.

19.2 Vegetação na faixa de passagem


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

19.2.1 Definição da área de manejo de vegetação

19.2.1.1 Quando a distância vertical entre o cabo e a vegetação, e a distância entre fases/polos
existentes não forem suficientes para garantir a suportabilidade elétrica do ar quando submetido a
queimada, deve ser definida a área ideal de manejo da vegetação sob os cabos condutores a fim de
garantir a condição segura para a operação da linha.

19.2.1.2 Desta forma, o projetista deve apresentar estudo específico acerca dos riscos da vegetação,
em função das espécies encontradas tanto no interior da faixa quanto na faixa paralela, observando
as distâncias de segurança.

19.2.1.2.1 No interior da faixa deve-se observar as distâncias verticais de segurança conforme 7.2.4.1
e nas Figuras 8 e 9.

19.2.1.2.2 Na faixa paralela deve-se observar as distâncias horizontais de segurança conforme 7.3
e Figura 13.

19.2.1.3 Deve ser calculada a distância mínima de segurança entre fases, considerando a temperatura
equivalente com a distância h.

19.2.1.4 O comprimento da área de manejo ao longo do vão deve ser suficiente até que todos os
pontos críticos estejam respeitando a mínima distância de segurança cabo – vegetação.

86 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

19.2.1.5 Para a definição da largura da área de manejo, a mínima distância lateral deve ser suficiente
para refletir em uma mínima distância vertical cabo – vegetação e uma mínima distância direta cabo –
vegetação que garanta a segurança operacional da linha durante eventos de queimadas.

19.2.1.6 A necessidade de manejo da área no vão deve ser estimada de modo a garantir o atendimento
às distâncias mínimas entre o cabo condutor e a vegetação para a garantia das condições de operação
e manutenção da linha de transmissão, observado em 19.1.2.

19.2.2 Área de manejo nas proximidades dos suportes

19.2.2.1 Para as regiões com alto risco de incêndio, deve ser previsto o manejo por corte raso e roço
na área dos suportes visando a confiabilidade e a manutenção dos componentes da linha, observado
19.1.2.

19.2.2.2 Suportes autoportantes devem ter dimensões de roço de quatro metros a partir da projeção
das fases laterais.

19.2.2.3 Como alternativa de menor impacto para a manutenção da área dos suportes estaiados,
é permitido o roço ao longo da projeção horizontal dos estais, e com uma área no entorno da base
do suporte, afastado ao menos 2 m a partir da base.

19.2.2.4 As áreas de fundações tanto para autoportantes quanto para estaiadas, devem ter um aceiro
realizado no entorno destes componentes com dimensões de 4 m × 4 m visando a redução de riscos
de danos em componentes plásticos e em selos de ou pintura.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 30 – Áreas de manejo mínimas

19.2.2.5 Em função dos critérios definidos em 19.2, as dimensões para a limpeza das zonas B e C
dependem das distâncias entre cabo e vegetação.

19.2.2.5.1 A limpeza na zona B deve ser definida visando a prevenção contra incêndios.

19.2.2.6 Recomenda-se o roço da vegetação na zona A e a metodologia de dimensionamento de área


de manejo na vegetação conforme 19.2 na zona B da faixa de passagem.

19.2.2.7 Deve ser praticado o manejo da vegetação nas zonas B e C nos trechos de faixa de passagem
de modo a evitar a densidade de vegetação suficiente para, em caso de incêndio, elevar a temperatura
ao ponto de provocar o desligamento da linha de transmissão.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 87


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

19.2.2.8 Nos casos das linhas de transmissão, com faixas compartilhadas, deve ser considerada como
zona B, a área compreendida entre eixos das linhas de transmissão nos trechos de paralelismo, desde
que os estudos técnicos da metodologia de corte seletivo não indiquem o contrário.

19.2.2.9 Deve ser evitado, sempre que possível, o corte raso e roço de vegetação em terrenos que
desencadeiem ou acelerem processos de erosão existentes na região.

19.2.3 Vegetações no entorno da faixa de passagem

19.2.3.1 Para árvores situadas fora da faixa de passagem e que apresentem risco de queda ou
aproximação em relação à linha de transmissão deverá ser avaliado o manejo, de forma a evitar
desligamentos ou comprometimento à operação da linha de transmissão.

19.2.3.2 Para a faixa lateral à faixa de passagem em que vegetação apresentar com alto risco de
incêndio, com potencial de desligamento da linha de transmissão, deverá ser adotado o manejo da
vegetação, inclusive por corte raso e roço.

19.2.4 Áreas de preservação permanente

19.2.4.1 Deve ser considerada a possibilidade de corte seletivo de vegetação em áreas consideradas
como de preservação permanente quando houver riscos operacionais de queda de indivíduos arbóreos
ou mesmo de queimadas, respeitando a legislação vigente.

19.2.4.2 A abertura de clareiras, para locação e montagem dos suportes e para as praças de
lançamento dos cabos, deve ser reduzida ao estritamente necessário, observado a todo o tempo, a
necessidade de obtenção de autorização dos órgãos ambientais responsáveis, para a sua implantação
e manutenção.

19.2.4.3 Na documentação de projeto devem estar indicadas as áreas de preservação permanente


e indivíduos arbóreos de especial interesse para preservação, existentes na faixa de passagem, como
forma de facilitar a implantação, operação e manutenção da linha de transmissão.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

19.2.5 Culturas

19.2.5.1 As culturas poderão permanecer na faixa de passagem desde que sejam de baixo risco
de incêndio e as distâncias mínimas entre o topo das mesmas, consideradas as suas alturas máximas
de crescimento, e os cabos condutores, em repouso ou sob a ação do vento, estejam de acordo
com 19.1.2.

A aplicação de culturas que possam induzir a permanência prolongada de pessoas no interior da faixa
não é recomendável.

19.2.5.2 Não pode haver cultura de cana-de-açúcar no interior da faixa de passagem da linha.

19.2.5.3 Outras culturas sujeitas periodicamente a queimadas, intencionais ou não, devem ter o
manejo adequado.

19.2.6 Estradas de acesso

19.2.6.1 Todo suporte deve ter seu acesso preferencialmente definido por terreno natural, estradas
e caminhos existentes ou, caso necessário, por implantação de estrada de acesso.

19.2.6.2 As estradas de acesso, em geral, devem ser preferencialmente implantadas em regiões


de menor impacto ambiental.

19.2.6.3 As estradas de acesso contidas no interior da faixa de passagem, devem ser preferencialmente
implantadas na zona B.

88 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

19.2.6.4 Deve ser avaliada a permanência das estradas de acesso em caráter definitivo, após
a construção da linha de transmissão, de forma a atender as necessidades das equipes de operação
e manutenção, evitando a construção de caminhos alternativos.

19.2.6.5 Na implantação e manutenção das estradas de acesso devem ser adotadas técnicas de
construção adequadas de modo a evitar a formação de processos erosivos, mantendo quando
possível, a cobertura vegetal compatível com a trafegabilidade de veículos.

19.2.6.6 Nas travessias de córregos ou leitos d’água, a implantação de estrada de acesso não pode
obstruir o fluxo das águas, observadas ainda outras limitações impostas para o terreno no seu entorno,
decorrente de aspectos ambientais.

20 Travessias e aproximações
20.1 Geral

Nesta Seção, são definidos os critérios que devem ser observados nas travessias e aproximações
de linhas aéreas de transmissão com os seguintes obstáculos: rodovias, ruas e avenidas, ferrovias,
outras linhas de transmissão ou distribuição, linhas de telecomunicação, tubulações metálicas,
vias navegáveis, florestas e demais formas de vegetações consideradas de preservação permanente.

20.2 Critérios para o projeto de travessia

20.2.1 As distâncias de segurança devem ser verificadas nas condições típica e limite, nos regimes
nominal e de sobrecorrente, para as respectivas temperaturas de projeto, definidas de acordo com
a Seção 7.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

20.2.2 A distância de segurança nas travessias deve ser mantida considerando o abaixamento do
cabo condutor da linha de transmissão provocado por procedimentos de manutenção, inclusive em
linha energizada.

20.2.3 Nas travessias onde pelo menos um dos suportes adjacentes for de suspensão, no qual
a fixação do condutor tenha possibilidade de deslocamento no sentido longitudinal do vão, deve
ser verificado o abaixamento do cabo condutor sobre o obstáculo, devido ao rompimento do mesmo
no vão adjacente ao vão de travessia, mantendo a distância mínima de segurança limite em
sobrecorrente prevista na Seção 9.

Nas linhas de transmissão com feixe de cabos condutores, essa verificação é dispensada.

20.3 Cruzamento entre linhas aéreas

20.3.1 O cruzamento entre linhas deve ser efetuado de forma que a linha com maior tensão nominal
cruze por cima da linha de menor tensão.

20.3.2 As distâncias de segurança entre os cabos das linhas devem ser verificadas utilizando os
seguintes critérios:

a) Condutores da linha superior: condições típica e limite dos regimes nominal e de sobrecorrente.

b) Cabos da linha inferior: temperatura ambiente média.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 89


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

20.4 Travessia e aproximação de rodovias, ruas e avenidas

20.4.1 Os suportes da linha de transmissão devem ser colocados fora da faixa de domínio das
rodovias.

Excepcionalmente, por limitações técnicas ou ambientais, fundações dos suportes poderão ser
colocadas dentro da faixa de domínio das rodovias, devendo guardar uma distância mínima das cristas
dos cortes e das saias dos aterros, compatível com as características do terreno.

20.4.2 Nas proximidades de rodovias, ruas e avenidas, havendo possibilidade de choque de veículos
com os suportes da linha de transmissão, os pés dos suportes e fundações de estais devem ser
protegidos convenientemente.

20.4.3 No caso de travessias sobre rodovias federais sob jurisdição do DNIT, deve ser atendida
a legislação vigente [25].

20.5 Travessia sobre ferrovias

20.5.1 Os suportes da linha de transmissão devem ser colocados fora da faixa de domínio das ferrovias.

20.5.2 A distância mínima de segurança calculada entre os cabos condutores e a ferrovia deve ser
referida à superfície de rolamento da mesma.

20.6 Travessia, aproximações e paralelismos com tubulações metálicas

20.6.1 Nas travessias, aproximações e paralelismos envolvendo tubulações metálicas devem ser
realizados estudos de interferência eletromagnética, analisando-se os acoplamentos indutivo, capacitivo
e resistivo, para verificar a integridade das tubulações e seus acessórios, bem como a segurança de
pessoas.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

No caso de travessias sobre tubulações aéreas deve ser verificada a transferência de potenciais
em caso de queda de um condutor sobre a tubulação.

20.6.2 No caso de tubulações metálicas com proteção catódica, os estudos de interferência


eletromagnética devem avaliar o risco à integridade da linha de transmissão na presença desta
proteção.

20.7 Travessia sobre águas navegáveis

20.7.1 No cálculo das distâncias dos cabos condutores à superfície de águas navegáveis, deve
ser considerado o nível da maior cheia ocorrida e a altura do maior mastro fixado pela autoridade
responsável pela navegação na via navegável considerada.

20.8 Travessia sobre florestas e vegetações de preservação permanente

As distâncias de segurança dos cabos condutores a florestas e vegetações de preservação permanente


devem ser referidas à altura máxima estabelecida para os espécimes arbóreos existentes.

20.9 Apresentação de projetos de travessias

20.9.1 Devem ser apresentados projetos de travessias aos proprietários ou responsáveis das
instalações mencionadas em 20.1, caso estes sejam exigidos.

90 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

20.9.2 Na apresentação de um projeto de travessia para aprovação pelo órgão responsável pela via
ou instalação atravessada, caso não existam recomendações específicas, devem constar no mínimo
os seguintes elementos:

a) Projeto executivo da travessia apresentado preferencialmente em meio digital, modelado em


três dimensões, considerando os estados possíveis tanto da linha quanto do obstáculo,
georreferenciado a partir de levantamento topográfico atualizado, com utilização do devido estado
da técnica, como, mas não limitado a: imagens de satélite, levantamento aéreo, Lidar etc.

b) Planta de localização georreferenciada da travessia, contendo os principais pontos de referência


(cidades, rodovias, rios etc.) do local da travessia.

c) Detalhes esquemáticos dos suportes utilizados, com indicação do tipo e dimensões principais.

d) Detalhes, na escala mínima 1:25, da fixação dos cabos condutores e dos cabos para-raios
aos suportes da travessia, com indicação da quantidade, tipo e características principais dos
isoladores (material, dimensões, carga de ruptura).

e) Características mecânicas dos cabos condutores e para-raios utilizados (número, material, seção,
bitola ou diâmetro, código, carga de ruptura, carga de tração e temperatura para a catenária
mostrada no desenho do perfil).

f) Características elétricas da linha projetada (tensão nominal, número de fases, número de circuitos,
número de condutores por fase).

g) Distância mínima de segurança na condição mais crítica, para efeito de comparação com a
distância indicada no perfil.

h) Projeto de pintura e sinalização.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

20.9.2.1 O perfil e planta da travessia devem possuir as seguintes escalas mínimas.

Tabela 18 – Escalas mínimas recomendadas


Escala
Vão da travessia
Horizontal Vertical
Igual ou inferior a 200 m 1:500 1:100
Entre 200 m e 1 000 m 1:2 500 1:500
Igual ou superior a 1 000 m 1:5 000 1:1 000

20.9.2.2 Na planta, devem estar indicados o nome da via ou instalação, prefixo ou equivalente,
a posição quilométrica, georreferenciamento do local da travessia e os nomes das localidades
mais próximas, o ângulo formado pelos dois eixos no ponto da travessia, posição dos suportes do vão,
linhas de telecomunicação existentes e os limites da faixa de domínio atravessada, onde for o caso.

20.9.2.3 No perfil, devem ser indicados:

a) a catenária do cabo condutor na temperatura correspondente à condição que conduz à situação


mais crítica do par de valores temperatura-distância de segurança, com a respectiva distância
do cabo condutor ao obstáculo atravessado e indicação desta temperatura;

b) a catenária do cabo para-raios;


c) as cercas existentes e os eixos dos suportes do vão de travessia.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 91


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

CABO OPGW

Figura 31 – Exemplo de projeto de travessia (continua)

92 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 93


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 31 (continuação)

94 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 31 (conclusão)

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 95


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

21 Cálculo das correntes admissíveis por período climático


21.1 Nesta Seção, são definidos os critérios utilizados no cálculo das correntes admissíveis em cada
um dos períodos climáticos considerados no projeto, para uma linha de transmissão com a locação
das estruturas já definida.

21.2 São consideradas, de forma distintas, linhas de transmissão projetadas de acordo com a metodologia
descrita na Seção 6 e linhas existentes projetadas segundo outras metodologias ou normas.

21.3 As temperaturas de projeto típica e limite para os regimes de corrente nominal e de sobrecorrente
foram definidas como as maiores temperaturas entre as calculadas para cada período climático e para
o respectivo regime.

21.4 Para os demais períodos climáticos, a corrente admissível para um dado regime e a condição
devem ser determinadas através dos seguintes passos:

a) calcula-se, por um processo iterativo, a corrente cuja distribuição estatística tem o risco térmico
definido para a temperatura típica de projeto no regime em consideração;

b) calcula-se, por um processo iterativo, a corrente cuja distribuição estatística tem o risco térmico
definido para a temperatura limite de projeto no regime em consideração;

c) a menor das duas correntes calculadas nos passos (a) e (b) é a corrente admissível do período
climático para o regime em consideração.

21.5 Uma alternativa, para facilitar e agilizar o processo iterativo, é processar de antemão, de acordo
com 6.4, o modelo matemático de equilíbrio térmico para uma faixa de valores de correntes e tabelar,
ou plotar os resultados em gráficos, para futuras interpolações. Estes resultados podem ser as estatísticas
(média, desvio-padrão e mínima) ou os próprios riscos térmicos.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

22 Aproximação de aeroportos e sinalização


22.1 Ao passar nas proximidades de aeroportos, as linhas devem ser projetadas de forma a ficarem
inteiramente situadas abaixo do gabarito de aproximação do aeroporto e ser sinalizadas, em
conformidade com a legislação vigente.

22.2 No que se refere à sinalização, o projeto de linha deve atender aos requisitos aplicáveis das
ABNT NBR 6535, ABNT NBR 7276 e ABNT NBR 8664.

96 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Anexo A
(informativo)

Recomendações para tratamento de dados de velocidades máximas anuais


do vento

A.1 Geral
Neste Anexo, são descritas as recomendações para tratamento de dados dos ventos de séries de
dados máximo anuais.

A.2 Cálculo da velocidade prospectiva do vento em função do período de retorno


A.2.1 Análises de séries de velocidades máximas anuais do vento têm demonstrado que as
mesmas podem ser representadas pela distribuição estatística de valores máximos de Gumbel,
nos prognósticos das velocidades dos ventos de projeto. A função de probabilidade acumulada da
distribuição de valores máximos de Gumbel é:
F (v ) = exp {− exp [ −α (v − β )]}

onde α e β são, respectivamente, os parâmetros de locação e de forma da distribuição e são estimados


a partir da média v e do desvio-padrão s da série de dados observados.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

A.2.1.1 A estimativa da média da série de dados da velocidade máxima anual e do desvio-padrão,


devem ser feitas com base em séries com no mínimo 10 anos de dados.

A.2.1.2 No caso de uma série de velocidades máximas anuais do vento, a função de probabilidade
acumulada da distribuição de valores máximos de Gumbel expressa a probabilidade de que a
velocidade máxima do vento em um ano seja menor ou igual à velocidade v.

A.2.1.3 A probabilidade de que a velocidade máxima do vento em um ano seja maior que v é, então:
P (v ) = 1 − F (v )

A.2.1.4 Em termos de período de retorno T, pode-se escrever:


1
P (vT ) =
T

1
F (vT ) = 1 −
T

onde

vT é a velocidade do vento com período de retorno T, expresso em metros por segundo (m/s).

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 97


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

A.2.2 Dentre as várias metodologias para estimar os parâmetros α e β da distribuição de Gumbel,


recomenda-se a metodologia que considera em sua formulação o número de anos (n) de coleta de
dados e que estima os parâmetros pelas equações:

C1
α=
s

C2
β =v −
α

onde v e s são, respectivamente, a média e o desvio-padrão da série de dados.

A.2.2.1 Os parâmetros C1 e C2 e dependem somente do número de anos da série de dados, n,


a partir do qual são calculados os valores de zi, sua média z , e variância s2:
 i 
zi = −ln  −ln  1≤ i ≤ n
 n + 1

1 n
z= ∑ zi
n i =1

1 n
z= ∑ zi
n i =1

A variância pode ser reescrita como

1 n 2 2
s2 = ∑z −z
n i =1 i
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Os parâmetros C1 e C2 são dados por:


C1 = s
C2 = z

A.2.2.2 Os valores de C1 e C2, para alguns anos de observação, estão mostrados na Tabela A.1.

Tabela A.1 – Parâmetros C1 e C2 da distribuição de Gumbel (continua)


N C1 C2 C2 C1

10 0,949 63 0,495 21 0,521 48


15 1,020 57 0,512 84 0,502 50
20 1,062 82 0,523 55 0,492 60
25 1,091 45 0,530 86 0,486 39
30 1,112 37 0,536 22 0,482 05
35 1,128 47 0,540 34 0,478 82
40 1,141 31 0,543 62 0,476 82
45 1,151 84 0,546 30 0,474 28

98 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela A.1 (conclusão)


N C1 C2 C2 C1

50 1,160 66 0,548 54 0,472 61


∞ 1, 282 55 = π 6 0,577 22 * 0,450 05
* Constante de Euler, γ

A.2.3 Considerando as definições em A.2.2, a equação em A.2.1 pode ser escrita como

  C  C s 
F (v ) = exp  −exp  − 1  v − v + 2   
  s  C1   

A.2.4 Considerando as equações em A.2.1.4 e A.2.3, obtém-se


C s s
vT = v − 2 −

{ 1 
ln  −ln  1 −  
C1 C1   T }
A.2.5 A partir de A.2.4, a velocidade do vento para um período de retorno T, pode ser calculada por:

vT = v + KT ,n s

onde

KT,n é o fator de frequência, que depende do número de anos da série e do período de retorno:

C − C2
KT ,n = T
C1
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

onde

 1 
CT = −ln  −ln  1 −  
  T

A Tabela A.2 apresenta o fator de frequência para valores de n e T.

Tabela A.2 – Fator de frequência da distribuição de Gumbel KT,n (continua)

Número Período de retorno (anos)


de anos 2 10 30 50 150 250
7 –0,127 2,026 3,322 3,914 5,178 5,763
8 –0,130 1,953 3,207 3,779 5,002 5,568
9 –0,133 1,895 3,116 3,673 4,863 5,415
10 –0,136 1,848 3,042 3,587 4,751 5,291
11 –0,138 1,809 2,981 3,516 4,659 5,188
12 –0,139 1,777 2,930 3,456 4,580 5,101
13 –0,141 1,748 2,886 3,405 4,513 5,027

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 99


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela A.2 (conclusão)

Número Período de retorno (anos)


de anos 2 10 30 50 150 250
15 –0,142 1,724 2,814 3,321 4,404 4,906
16 –0,143 1,703 2,784 3,286 4,359 4,855
17 –0,144 1,683 2,757 3,255 4,318 4,811
18 –0,145 1,666 2,733 3,227 4,282 4,770
19 –0,146 1,651 2,711 3,202 4,249 4,734
20 –0,147 1,637 2,692 3,179 4,219 4,701
21 –0,148 1,625 2,674 3,158 4,191 4,670
22 –0,148 1,613 2,657 3,138 4,166 4,642
23 –0,149 1,603 2,642 3,120 4,143 4,617
24 –0,150 1,593 2,628 3,104 4,121 4,593
25 –0,150 1,584 2,614 3,089 4,101 4,571
30 –0,151 1,575 2,560 3,026 4,019 4,480
35 –0,153 1,541 2,520 2,979 3,958 4,412
40 –0,154 1,515 2,489 2,943 3,911 4,360
45 –0,155 1,495 2,464 2,913 3,873 4,318
50 –0,156 1,479 2,443 2,889 3,842 4,283
100 –0,157 1,466 2,341 2,770 3,686 4,111
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

A.2.6 A equação em A.2.3, expressa em termos do coeficiente de variação, CV, da série de dados
resulta em:

vT = v (1 + KT ,n CV )

A Tabela A.3 apresenta os valores do fator (1 + KT,n CV) para coeficientes de variação característicos
das séries de velocidades de 10 min máximas anuais medidas no Brasil.

Tabela A.3 – Fator (1 + KT,n CV ) para a distribuição de Gumbel (continua)


CV T = 2 anos T = 10 anos
n (anos) n (anos)
10 15 20 25 50 100 10 15 20 25 50 100
0,10 0,986 0,986 0,985 0,985 0,984 0,984 1,18 1,17 1,16 1,16 1,15 1,14
0,11 0,985 0,984 0,984 0,983 0,983 0,982 1,20 1,19 1,18 1,17 1,16 1,15
0,12 0,984 0,983 0,982 0,982 0,981 0,981 1,22 1,20 1,19 1,19 1,18 1,17
0,13 0,982 0,981 0,981 0,980 0,980 0,979 1,24 1,22 1,21 1,20 1,19 1,18
0,14 0,981 0,980 0,979 0,979 0,978 0,978 1,26 1,24 1,23 1,22 1,21 1,20
0,15 0,980 0,978 0,978 0,977 0,976 0,976 1,28 1,26 1,24 1,24 1,22 1,21
0,16 0,978 0,977 0,976 0,976 0,975 0,974 1,30 1,27 1,26 1,25 1,23 1,22

100 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela A.3 (conclusão)


CV T = 30 anos T = 50 anos
n (anos) n (anos)
10 15 20 25 50 100 10 15 20 25 50 100
0,10 1,30 1,28 1,27 1,26 1,24 1,23 1,36 1,33 1,32 1,31 1,29 1,28
0,11 1,33 1,31 1,30 1,29 1,27 1,26 1,39 1,37 1,35 1,34 1,32 1,30
0,12 1,37 1,34 1,32 1,31 1,29 1,28 1,43 1,40 1,38 1,37 1,35 1,33
0,13 1,40 1,37 1,35 1,34 1,32 1,30 1,47 1,43 1,41 1,40 1,38 1,36
0,14 1,43 1,39 1,38 1,37 1,34 1,33 1,50 1,46 1,45 1,43 1,40 1,39
0,15 1,46 1,42 1,40 1,39 1,37 1,35 1,54 1,50 1,48 1,46 1,43 1,42
0,16 1,49 1,45 1,43 1,42 1,39 1,37 1,57 1,53 1,51 1,49 1,46 1,44

CV T = 150 anos T = 250 anos


n (anos) n (anos)
10 15 20 25 50 100 10 15 20 25 50 100
0,10 1,48 1,44 1,42 1,41 1,38 1,37 1,53 1,49 1,47 1,46 1,43 1,41
0,11 1,52 1,48 1,46 1,45 1,42 1,41 1,58 1,54 1,52 1,50 1,47 1,45
0,12 1,57 1,53 1,51 1,49 1,46 1,44 1,63 1,59 1,56 1,55 1,51 1,49
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

0,13 1,62 1,57 1,55 1,53 1,50 1,48 1,69 1,64 1,61 1,59 1,56 1,53
0,14 1,67 1,62 1,59 1,57 1,54 1,52 1,74 1,69 1,66 1,64 1,60 1,58
0,15 1,71 1,66 1,63 1,62 1,58 1,55 1,79 1,74 1,71 1,69 1,64 1,62
0,16 1,76 1,70 1,67 1,66 1,61 1,59 1,85 1,78 1,75 1,73 1,69 1,66

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 101


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Anexo B
(informativo)

Recomendações para obtenção e tratamento de dados da temperatura


do cabo condutor e do cálculo do risco térmico

B.1 Série horária da temperatura


B.1.1 A série horária da temperatura superficial do cabo condutor para uma corrente constante
deve ser calculada a partir de dados ambientais aplicados ao modelo de equilíbrio térmico de regime
permanente recomendado na legislação vigente [1], ou sua sucessora.

B.1.1.1 A série horária a ser aplicada deve ser representativa das condições climatológicas mais
críticas da região atravessada pela linha.

B.1.1.2 Os coeficientes de emissividade e absorção devem representar as características do cabo


condutor no final da vida útil da linha de transmissão.

B.1.1.3 Para linhas em operação a serie horária de temperatura pode ser obtida pela medição
direta nos condutores ou indiretamente através de metodologia de monitoramento.

B.1.2 Os dados meteorológicos para o cálculo da temperatura superficial do cabo condutor em


regime permanente devem ter as seguintes características de medição:
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

a) velocidade e direção do vento com períodos de integração da média de 10 min a 1 h, para altura
de referência de 10 m.

b) radiação solar e temperatura do ar correspondente ao valor médio do período de 10 min, medidas


a 1,5 m de altura.

B.1.3 Nos casos de obtenção da série horária da temperatura do condutor através de medição da
temperatura ou monitoramento, a série deve ser discretizada em séries parciais com valores constantes
de corrente.

B.2 Risco térmico


O risco térmico de uma dada temperatura de referência do condutor, para a corrente, é calculado por:
t
P (t ≥ tref ) = 1 − F (t ) = 1 − ∫−∞
ref
f (t ) dt

Onde f (t ) é a função densidade de probabilidade da temperatura do condutor, definida por uma série de
variáveis (temperatura ambiente, vento, radiação solar etc.) que podem ou não ter correlação entre si.

O conceito de risco térmico está representado na Figura B.1, que consiste em uma série de dados
obtidos em uma estação meteorológica, no qual aplicou-se a um condutor com corrente, obtendo-se
uma amostragem de temperaturas. Aplicando-se a Equação B.2, obteve-se a curva de risco térmico,
Figura B.2, no qual por exemplo pode-se obter qual é o risco de 10 %.

102 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

0.05

0.045

0.04

0.035

0.03

0.025
f(t)

0.02

0.015

0.01

0.005

0
20 30 40 50 60 70 80

Temperatura

Figura B.1 – Exemplo de histograma de temperaturas observadas em função da probabilidade

0.9
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

0.8

0.7

0.6
P(t)

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

20 30 40 50 60 70 80

Temperatura

Figura B.2 – Risco térmico para os dados da Figura B.1

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 103


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Anexo C
(informativo)

Projeto do isolamento

Este Anexo complementa as informações contidas na Seção 9.

C.1 Fatores de espaçamento para sobretensões de frente lenta (fase-terra)

C.1.1 Valores iniciais

Como primeira aproximação, aplicam-se os fatores de espaçamento da Tabela C.1, baseados na


ABNT NBR 8186:2021, Tabela C.2, exceto pelo tipo “condutor – estai,” baseado em [16].

Tabela C.1 – Valores iniciais de fatores de espaçamento de frente lenta, fase-terra


Tipo de espaçamento kg
Condutor – braço de torre 1,45
Condutor – janela 1,25
Condutor – plano abaixo 1,15
Condutor – haste abaixo 1,47
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Condutor – estrutura lateral 1,45


Estrutura haste – haste 1,35
Condutor – estai 1,40

C.1.2 Cálculo detalhado

Após a determinação das dimensões nos suportes, os fatores de espaçamento podem ser calculados
pelas fórmulas a seguir, com as dimensões indicadas na Tabela C.2.

C.1.2.1 Condutor-braço da torre:


H    −8 S   D 
kg = 1, 45 + 0, 015  t − 6 + 0, 35 exp   − 0, 2 + 0,135  2 − 1, 5
 D1    D1    D1 

C.1.2.2 Condutor-janela:

H   −8 S  
kg = 1, 25 + 0, 005  t − 6 + 0, 25 exp   − 0, 2 
D    D1  

104 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

C.1.2.3 Condutor-estrutura abaixo:


1167
,  1167
,
 H'   H'   H'   H'    −2S  
kg = 1,15 + 0, 81 t  + 0, 02  t  − A 1, 209  t  + 0, 03  t   0, 67 − exp 
 Ht   D   Ht   D   D  

onde A = 0, se S/D < 0,2, caso contrário, A = 1.

C.1.2.4 Condutor-estrutura lateral:


H   −8 S  
kg = 1, 45 + 0, 024  t − 6 + 0, 35 exp   − 0, 2
D    D1 

C.1.2.5 Estrutura haste-haste:


 H'   D 
kg1 = 1, 3 − 0,1 t  −  1 − 0, 5
 Ht   Ht 

 H'   H'    −3S  


kg 2 = 1 + 0, 6  t  − 1, 093 A  t  0, 549 − exp 
 Ht   Ht    D2  

onde

A = 0, se S/D < 0,2, caso contrário A = 1.

kg1 é o fator de espaçamento para distância D1. Nesse caso, para aplicação desse fator é
necessário que D2 > D1, D1 = 2 a 10 m e D1/Ht = 0,1 a 0,8.

kg2 é o fator de espaçamento para a distância D2, que é aplicado quando D2 < D1, D2 = 2
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

a 10 m e qualquer S/D2.

C.2 Fatores de espaçamento típicos ou de referência para sobretensões


de frente lenta (fase-fase)
Os fatores de espaçamento para algumas configurações podem ser obtidos na Tabela C.3, conforme
a ABNT NBR 8186.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 105


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela C.2 – Parâmetros típicos para descarga disruptivas fase-terra para impulso de frente lenta
(conforme a ABNT NBR 8186:2021)
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

106 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Tabela C.3 – Fatores de espaçamento Kgfl para configurações típicas fase-fase


(conforme a ABNT NBR 8186:2021)
Configuração α = 0,5 α = 0,33
Anel-anel ou grandes eletrodos regulares 1,80 1,70
Condutores cruzados 1,65 1,53
Haste-haste ou condutor-condutor (ao longo do vão) 1,62 1,52
Barramentos suportados por isolador 1,50 1,40
Geometrias assimétricas 1,45 1,36

C.3 Determinação fator de coordenação estatístico


O fator de coordenação estatístico KCS, baseado no modelo EPRI5) [13], pode ser determinado
pela Figura C.1 para um risco de falha entre 10–6 e 10–1, para os seguintes parâmetros:

a) 1, 10, 20, 50, 100, 200, 500 ou 1 000 espaçamentos em paralelo;

b) coeficiente de variação da distribuição das suportabilidades para solicitações de frente lenta CVfl
de 3 % ou 6 %;

c) coeficiente de variação da distribuição das sobretensões de frente lenta CVsfl de 5 %, 10 % ou 15 %.

NOTA O valor de CVsfl para sobretensões entre fases pode ser diferente das sobretensões fase-terra.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

5) Observa-se que, na referência [13], Eq. 5.13-10, define-se R = V50 S2 e, para esta Norma, utiliza-se
KCS = U90 V2 .

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 107


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura C.1 – Risco de falha versus KCS (continua)

108 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura C.1 (continuação)

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 109


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura C.1 (conclusão)

110 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

Bibliografia

[1]  ANEEL, Resolução normativa nº 906 de 8 de dezembro de 2020. Aprova o Módulo 4 – Prestação
dos Serviços das Regras dos Serviços de Transmissão de Energia Elétrica, a revisão do
Módulo 1 – Glossário das Regras dos Serviços de Transmissão de Energia Elétrica e dá outras
providências.

[2]  BRASIL, NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, Portaria da Secretaria


Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT) 915, de 30 de julho de 2019.

[3]  IEEE, Std 516 – IEEE Guide for Maintenance Methods on Energized Power Lines, 2021.

[4]  J. I. Silva Filho, A. A. Menezes Jr., A. P. Ruffier, L. F. Estrella Jr. e J. L. G. Dias, “Esforços devidos
ao vento sobre componentes de LTs e fatores de correção normativos compatíveis com a realidade
brasileira,” em XVIII SNPTEE, Curitiba, 2005.

[5]  IEC, Overhead transmission lines – Design criteria, standard 60826, 2017.

[6]  ASCE, “MOP 74: Guidelines for Electrical Transmission Line Structural Loading,” 2020.

[7]  R. H. Frith e A. M. Watts, “Dynamic Behaviour of Transmission Line Conductors under the Influence
of Wind,” em The Engineering Conference, Adelaide, Australia, 1980.

[8]  CENELEC. Overhead electrical lines exceeding AC 1 kV – Part 1: General requirements –


Common specifications, EN 50341-1, 2012.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

[9]  ABNT, Coordenação do isolamento – Diretrizes de aplicação, ABNT NBR 8186, 2021.

[10]  CIGRE WG 33.07, Guidelines for the evaluation of the dielectric strength of external insulation,
Technical Brochure nº 72, 1992.

[11]  IEC, Insulation co-ordination – Part 2: Application guide, standard 60071-2, 1996

[12]  I. Kishizima, K. Matsumoto e Y. Watanabe, “New facilities for Phase-to-Phase Switching Impulse,”
IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, pp. 1211-1216, June 1984.

[13]  EPRI, AC Transmission Line Reference Book – 200 kV and Above, Third Edition, Palo Alto, EUA, 2005.

[14]  CIGRE SC 33, Phase-to-phase insulation co-ordination, Parts I to IV, Electra, nº 64, 1979.

[15]  A. R. Hileman. Insulation coordination for power systems. CRC Press, 2018.

[16]  L. Paris e R. Cortina, Switching and lightning impulse discharge characteristics of large air gaps and
long insulator strings. IEEE Transactions on Power apparatus and systems, nº 4, p. 947-957, 1968.

[17]  CIGRE WG B2.06. Tower top geometry and mid span clearances, Technical Brochure nº 348, 2008.

© ABNT 2024 - Todos os direitos reservados 111


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.601/0001-50

ABNT NBR 5422:2024

[18]  BRASIL, Lei nº 11.934, de 5 de maio de 2009 – Dispõe sobre limites à exposição humana
a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei no 4.771, de 15 de setembro
de 1965; e dá outras providências.

[19]  ANEEL, Resolução Normativa nº 915 de 12 de dezembro de 2021.

[20]  ICNIRP, Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Electric and Magnetic Fields (1 Hz to
100 kHz), 2010.

[21]  ANATEL, Ato nº 9751, de 06 de julho de 2022.

[22]  CONAMA, Resolução nº 01, de 08 de março de 1990.

[23]  CIGRE JWG B2/ B4/ C1.17, Impact of HVDC lines on the economics of HVDC projects, Technical
Brochure Nº 388, 2009.

[24]  CIGRE TF B2.11.04, Overhead conductor safe design tension with respect to aeolian vibrations,
Technical Brochure nº 273, 2005.

[25]  DNIT, Instrução de Serviço nº 6 de 19/05/2008.


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

112 © ABNT 2024 - Todos os direitos reservados


Impresso por: CE - Fortaleza - IMPRESSÃO

Você também pode gostar