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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ –CREA-CE - CNPJ 07.135.

601/0001-50

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 7036
Segunda edição
25.02.2022

Recebimento, armazenagem, instalação e


manutenção de transformadores de distribuição
até a classe de tensão de 36,2 kV, imersos em
líquido isolante
Receiving, storage, installation and maintenance of liquid-immersed
distribution transformers up to 36.2 kV voltage level
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 29.180; 29.140.01 ISBN 978-85-07-08971-1

Número de referência
ABNT NBR 7036:2022
21 páginas

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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Requisitos específicos.......................................................................................................3
4.1.1 Expedição............................................................................................................................3
4.1.2 Transporte e movimentação...............................................................................................3
4.2 Requisitos gerais................................................................................................................4
4.2.1 Local de recebimento.........................................................................................................4
4.2.2 Inspeção de recebimento...................................................................................................4
4.2.3 Descarregamento e movimentação...................................................................................5
4.2.4 Procedimentos e ensaios de recebimento para transformadores imersos em líquido
isolante.................................................................................................................................5
4.2.5 Armazenagem......................................................................................................................7
4.3 Instalação.............................................................................................................................8
4.3.1 Generalidades......................................................................................................................8
4.3.2 Montagem do transformador.............................................................................................9
4.3.3 Ensaios após a montagem...............................................................................................10
4.3.4 Energização....................................................................................................................... 11
4.4 Manutenção....................................................................................................................... 11
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4.4.3 Registros............................................................................................................................12
4.4.4 Análise das informações..................................................................................................12
4.4.5 Transformadores-reserva.................................................................................................12
Anexo A (informativo) Orientações para instalação de transformadores imersosem líquido
isolante...............................................................................................................................13
A.1 Instalação...........................................................................................................................13
A.2 Montagem do transformador...........................................................................................13
A.2.1 Conservador......................................................................................................................13
A.2.2 Dispositivos de alívio de pressão....................................................................................14
A.2.2.1 Tipo tubular ou “tubo de explosão”................................................................................14
A.2.2.2 Tipo válvula........................................................................................................................14
A.2.3 Sistema de resfriamento...................................................................................................14
A.2.4 Radiadores.........................................................................................................................14
A.2.5 Buchas...............................................................................................................................14
A.2.6 Tubulações.........................................................................................................................15
A.2.7 Secadores de ar.................................................................................................................15
A.2.8 Providências para o processo de vácuo.........................................................................15
A.2.9 Enchimento com líquido isolante....................................................................................15
A.3 Cuidados e recomendações durante e após a montagem............................................15
A.3.1 Comutador de derivações em carga...............................................................................15

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A.3.2 Acessórios.........................................................................................................................16
A.3.3 Relé de gás........................................................................................................................16
A.3.4 Relé de proteção do comutador......................................................................................16
A.3.5 Nível do líquido isolante...................................................................................................16
A.3.6 Desareação (sangria)........................................................................................................16
A.3.7 Secador de ar.....................................................................................................................16
A.3.8 Posição dos registros.......................................................................................................17
A.3.9 Indicador de temperatura.................................................................................................17
A.3.10 Ligações de aterramento..................................................................................................17
A.3.11 Buchas e conectores........................................................................................................17
A.3.12 Vazamentos........................................................................................................................17
A.4 Ensaios...............................................................................................................................17
A.5 Energização.......................................................................................................................18
Anexo B (informativo) Tabelas..........................................................................................................19
Bibliografia..........................................................................................................................................21

Tabelas
Tabela B.1 – Recomendações para transformadores com óleo mineral isolante........................19
Tabela B.2 – Recomendações para transformadores com óleo vegetal isolante........................20
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 7036 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Transformadores de Distribuição para Postes, Plataformas, Uso Subterrâneo e Industrial
até a Classe de Tensão de 36,2 kV de Fabricação com Líquido Isolante ou a Seco (CE-003:014.014).
O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 27.11.2021
a 27.01.2020. O 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11,
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de 10.11.2021 a 09.12.2021.

A ABNT NBR 7036:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 7036:1990, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 7036 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the required conditions for transportation, receiving, storage, assembly,
installation, commissioning, energizing and maintenance of liquid-immersed distribution transformers
with voltage class up to 36.2 kV, single phase or three phases, new or used.

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Recebimento, armazenagem, instalação e manutenção de


transformadores de distribuição até a classe de tensão de 36,2 kV,
imersos em líquido isolante

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para o transporte, recebimento, armazenagem, montagem, insta-
lação, comissionamento, energização e manutenção de transformadores de distribuição imersos em
líquido isolante, com classe de tensão até 36,2 kV, monofásicos ou trifásicos, novos ou usados.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5356-1:2007, Transformadores de potência – Parte 1: Generalidades

ABNT NBR 5458, Transformador de potência – Terminologia

ABNT NBR 7070, Amostragem de gases e óleo mineral isolantes de equipamentos elétricos e análise
dos gases livres e dissolvidos

ABNT NBR 7274, Interpretação da análise dos gases de transformadores em serviço


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ABNT NBR 8840, Amostragem de líquidos isolantes – Requisitos

ABNT NBR 10576, Óleo mineral isolante de equipamentos elétricos – Diretrizes para supervisão
e manutenção

ABNT NBR 13882, Líquidos isolantes elétricos – Determinação do teor de bifenilas policloradas (PCB)

ABNT NBR 15422, Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos

ABNT NBR 16518, Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos – Diretrizes para supervisão
e manutenção

ABNT NBR 16788, Óleo vegetal isolante – Interpretação da análise dos gases dissolvidos
de transformadores em operação, imersos em óleo vegetal isolante

ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão – Parte 2: Sistemas de medição

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 5458 e os seguintes.

3.1
ar seco
ar sintético engarrafado ou obtido a partir de equipamento apropriado (por exemplo, máquina de ar seco)

3.2
armazenagem
operação que envolve equipamento não instalado e comissionado por períodos superiores a 90 dias
após a expedição

3.3
éster natural isolante
óleo vegetal isolante
fluido dielétrico refrigerante à base de éster de origem natural

3.4
expedição
processos realizados após a conclusão dos ensaios e aprovação do equipamento, novo ou reformado,
quando há transporte ou movimentação do equipamento, englobando os ensaios preliminares para
expedição, desmontagem do equipamento e preparação para transporte

3.5
gás seco
gás utilizado para preservação do ambiente interno do tanque do transformador, quando da redução
parcial ou total do volume do fluido dielétrico isolante
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NOTA Em função de características técnicas de cada fluido, o gás seco é diferente para transformadores
que utilizem óleo mineral ou óleo vegetal.

3.6
movimentação
eventos onde o equipamento sofre pequenos deslocamentos, após a expedição, que podem ocorrer
em qualquer de seus eixos, usando dispositivos auxiliares, como talhas, pontes rolantes, trilhos para
rodas, bases de arraste e empilhadeiras, por exemplo

3.7
parte ativa
conjunto formado pelo núcleo, enrolamentos e suas partes acessórias

3.8
parte por milhão
ppm
medida de concentração equivalente a 10-6 ou mg/kg

3.9
registrador de impactos
dispositivo que registra a magnitude das acelerações e impactos em função do tempo

NOTA Existem registradores de impactos com a possibilidade adicional de registro da velocidade de des-
locamento e das inclinações máximas, que são parâmetros relevantes para a detecção de ocorrências.

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3.10
romaneio de material
documento utilizado em transporte que contém a relação dos itens que compõem a carga transportada

3.11
transformador
equipamento estático com dois ou mais enrolamentos que, por indução eletromagnética, transforma
um sistema de tensão e corrente alternada em outro sistema de tensão e corrente, com valores geral-
mente diferentes, mas à mesma frequência, com o objetivo de transmitir potência elétrica
NOTA Nesta Norma, o termo “transformador” é utilizado, indistintamente, para indicar transformadores
e autotransformadores.

3.12
transformador imerso em líquido isolante
transformador cuja parte ativa é imersa em líquido isolante

3.13
transformador-reserva
transformador mantido como reserva para os casos de falha ou manutenção de outros transformadores
NOTA Os transformadores-reserva podem ser mantidos já no local de instalação ou armazenados.

3.14
transporte
operação realizada após a expedição do equipamento, quando este é movimentado utilizando-se
meios de transporte como veículos automotores, empilhadeiras, pranchas, trens ou navios

4 Requisitos
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4.1 Requisitos específicos


4.1.1 Expedição

4.1.1.1 Para ser transportado, o transformador deve ser desmontado o mínimo possível e, sempre
que possível, deve seguir completamente montado. Se desmontado, seus acessórios e componentes
devem ser embalados de modo a assegurar que durante o percurso não ocorram avarias ou danos
que possam alterar as condições de projeto e desempenho, bem como devem ser identificados
de maneira clara, indelével e rastreável.

4.1.1.2 Condições especiais para o transporte do transformador, estabelecidas pelo comprador


ou pelo fabricante, devem ser antecipadamente informadas ao responsável pelo transporte
e rigorosamente seguidas.
NOTA Como os transformadores com colchão de ar (sem conservador) já saem de fábrica selados com
ar ambiente ou nitrogênio, durante o transporte não demandam preenchimento de gás seco.

4.1.1.3 As instruções para o transporte do transformador devem ser atendidas, bem como
as limitações de peso total e peso por eixo, altura, largura e raios de curvatura para o trajeto a ser
realizado.

4.1.2 Transporte e movimentação

4.1.2.1 O transporte de transformadores com líquido isolante deve ser realizado preferencialmente
com o transformador completamente preenchido, com o seu nível normal de operação.

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4.1.2.2 Quando o transformador for transportado parcialmente preenchido com líquido isolante,
o nível do óleo isolante deve ser tal que cubra no mínimo a parte ativa, e as partes sem líquido isolante
devem ser preenchidas com uma camada de gás seco a uma pressão relativa entre 0,15 kgf/cm2
e 0,30 kgf/cm2, à temperatura de 25 °C.

Quando o transformador for transportado sem líquido isolante, o tanque deve ser pressurizado com
gás seco, mantendo-se a pressão relativa entre 0,15 kgf/cm2 e 0,30 kgf/cm2, à temperatura de 25 °C.

4.1.2.3 Caso o transformador seja provido de comutador(es) de derivações em carga, o(s)


alojamento(s) da(s) chave(s) comutadora(s) deve(m) estar em comunicação com o tanque do trans-
formador, para equalização da pressão entre os compartimentos.

4.1.2.4 De modo a garantir a conservação dos valores de pressão estabelecidos em 4.1.2.2, mediante
acordo entre o fabricante e o comprador, deve-se:

 a) instalar um sistema de pressurização composto por cilindro(s) acoplado(s) ao tanque por meio
de dispositivos que forneçam pressão positiva constante e de um manômetro que permita a
verificação da pressão interna do tanque;

 b) durante o percurso e antes do recebimento, realizar inspeções no sistema de pressurização de


gás para detecção de possíveis vazamentos;

 c) com referência à alínea a), a pressão-limite inferior do(s) cilindro(s) de suprimento do gás seco
deve ser de 20 kgf/cm2. Atingida esta pressão, este(s) cilindro(s) deve(m) ser substituído(s) por
outro(s) de pressão não inferior a 160 kgf/cm2 (pressões referidas à temperatura de 25 °C).

4.1.2.5 Mediante acordo entre o comprador e o fabricante, registradores de impacto podem ser ins-
talados para monitoramento do transporte. O dispositivo para registro de impactos deve ser mantido
até o descarregamento no local de recebimento. Se os valores medidos ultrapassarem os limites
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máximos indicados pelo fabricante, este fato deve ser comunicado ao fabricante, para avaliar os
resultados e indicar as ações de inspeção da parte ativa seguindo os procedimentos indicados em 4.2.5.

4.2 Requisitos gerais

4.2.1 Local de recebimento

4.2.1.1 Sempre que possível, o transformador deve ser descarregado diretamente no local de sua
instalação definitiva. Equipamentos a serem armazenados em almoxarifado devem ter condições de
entrega acordadas entre o fabricante e o comprador.

4.2.1.2 Quando for necessário o descarregamento em locais provisórios, deve ser verificado se
o local oferece plenas condições de segurança e distribuição de esforços, bem como se é nivelado
e limpo. O equipamento não pode ser colocado em contato direto com o solo.

4.2.1.3 Quando o descarregamento for feito em locais próprios para armazenagem (almoxarifado),
devem ser cumpridas as instruções específicas descritas em 4.2.5.

4.2.2 Inspeção de recebimento

4.2.2.1 Antes do descarregamento, deve ser feita, por pessoal especializado, uma inspeção preliminar
no transformador, devendo ser verificadas as condições externas do transformador, acessórios
e componentes quanto a deformações, vazamentos de líquido isolante e estado da pintura.

4.2.2.2 A lista de materiais (romaneio de material) expedida, quando houver, deve ser conferida.

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4.2.2.3 Deve ser confirmado o recebimento da documentação técnica, contendo os documentos


com as instruções de montagem e armazenagem do equipamento e de seus acessórios, em conjunto
com o equipamento. Deve-se incluir também todos os certificados de ensaios e demais documentos
técnicos a serem fornecidos, conforme condições estabelecidas entre o comprador e o fabricante.

4.2.2.4 As ocorrências significativas, verificadas durante o percurso, devem ser devidamente


registradas e imediatamente comunicadas ao fabricante e à parte responsável pelo transporte.

4.2.3 Descarregamento e movimentação

4.2.3.1 Todos os serviços de descarregamento e remoção do equipamento, seus componentes


e acessórios devem ser executados e supervisionados por pessoal especializado, obedecendo-se
às normas de segurança e utilizando-se os pontos de apoio apropriados.

4.2.3.2 As movimentações devem ser realizadas pelos pontos de içamento, tração e apoios para
macacos indicados pelo fabricante. A utilização de outros pontos pode acarretar danos ao equipamento.

4.2.3.3 As movimentações do equipamento devem ser feitas de forma planejada e cuidadosa,


evitando-se movimentos bruscos ou paradas súbitas que possam causar danos. Devem ser realizadas
com ferramentas, equipamentos e materiais adequados, possibilitando máxima segurança ao pessoal
envolvido e ao transformador. A apresentação do plano de movimentação de carga (rigging) deve ser
acordado entre comprador e fabricante, quando aplicável.

4.2.3.4 Caso o transformador esteja equipado com registrador de impacto, este deve estar instalado
e operando durante todo o procedimento de descarregamento e movimentação.

4.2.4 Procedimentos e ensaios de recebimento para transformadores imersos em líquido


isolante

4.2.4.1 Para equipamentos transportados com líquido isolante, devem ser realizadas amostragens
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de óleo conforme a ABNT NBR 8840, para análises físico-químicas e cromatográficas de gases
dissolvidos para transformadores acima de 300 kVA. Para a as análise físico-químicas em óleo
mineral, recomenda-se o uso da ABNT NBR 10576 e, para o óleo vegetal, recomenda-se o uso
da ABNT NBR 16518. A amostragem para a análise cromatográfica deve ser conforme
a ABNT NBR 7070 e resultados interpretados conforme a ABNT NBR 7274 para óleo mineral
e a ABNT NBR 16788 para óleo vegetal isolante.

4.2.4.2 Para equipamentos transportados sem líquido isolante, deve-se verificar a pressão do gás
seco no tanque e nos cilindros de suprimento. A pressão do tanque deve estar entre 0,05 kgf/cm2
e 0,35 kgf/cm2 para temperaturas entre 10 °C e 50 °C.

Se a pressão residual for inferior ao limite requerido, o equipamento deve ser pressurizado com
0,3 kgf/cm2 e mantido por 24 h. Após este período, se houver variação da pressão superior a 0,05 kgf/cm2,
corrigida em função da variação de temperatura, conclui-se que há um vazamento. A correção em
função da variação de temperatura deve utilizar a lei de Clayperon (lei dos gases ideais), considerando
a variação de pressão diretamente proporcional à variação da temperatura, expressa em kelvin (K),
conforme a seguir:
T2 P
= 2
T1 P1

No caso da existência de vazamento, este vazamento deve ser localizado e corrigido, se possível,
em campo, caso acordado com o comprador. Caso não seja possível o reparo deste vazamento
em campo, o transformador deve retornar para a fábrica, para retrabalho.

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4.2.4.3 O intervalo entre a despressurização após o transporte e o enchimento do transformador com


líquido isolante deve ser o mínimo possível. O transformador deve permanecer com pressão positiva
de ar seco sempre que não houver necessidade de abertura do compartimento interno. No caso de
equipamentos cuja parte ativa seja impregnada com óleo vegetal isolante, deve ser observado um
período máximo total de 168 h cumulativamente (horas do equipamento pressurizado com ar seco
mais horas de exposição à atmosfera), que pode ser intercalado com períodos de vácuo. Interrupções
ocasionais da montagem devem respeitar os períodos de armazenagem especificados em 4.2.5.

4.2.4.4 Havendo necessidade de uma inspeção interna, quando da ocorrência de registros de


impactos superiores aos limites ou conforme critério do fabricante ou do comprador, por exemplo,
para retirada de calços adicionais de transporte, ensaios de rotina com valores fora dos parâmetros
especificados ou quando o resultado do ensaio de análise de resposta de frequência indicar essa
necessidade, os seguintes procedimentos são indicados:

NOTA Em relação à segurança dos mantenedores, recomenda-se observar os termos da legislação


vigente [1] 1 e demais normas de segurança pertinentes.

4.2.4.4.1 O equipamento não pode ser aberto com condições ambientais que possam levar
à contaminação da parte ativa, como umidade relativa acima de 70 %, temperatura inferior a 0 °C
e existência de vento forte, que pode levar material particulado para dentro do equipamento.

4.2.4.4.2 A temperatura do equipamento deve ser pelo menos igual à do ambiente. Se ela for menor,
qualquer penetração acidental do ar ambiente pode provocar condensação de umidade.

4.2.4.4.3 O equipamento deve permanecer aberto pelo menor tempo possível para realização da
inspeção, abrindo-se a quantidade mínima de acessos necessários, se possível, somente um ponto
de acesso.

4.2.4.4.4 No caso de utilização de nitrogênio como gás para transporte, deve-se retirar o gás com-
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pletamente, fazendo o vácuo até aproximadamente 20 kPa (150 mmHg).

4.2.4.4.5 A quebra do vácuo deve ser feita com ar seco (ver 3.1).

4.2.4.4.6 Deve ser aberta somente uma tampa de inspeção. Estabelecer um fluxo de ar seco no
sentido tanque-ambiente, durante o tempo de inspeção. Convém que a inspeção seja realizada por
uma única pessoa.

4.2.4.4.7 A pessoa que executa a inspeção deve usar roupa adequada e estar com os bolsos vazios
e os sapatos envoltos por sapatilhas.

4.2.4.4.8 As ferramentas eventualmente necessárias devem ser amarradas em pontos fixos e con-
feridas após a inspeção.

4.2.4.4.9 A fonte para iluminação interna deve ter bateria própria.

4.2.4.4.10 Outra pessoa deve permanecer no lado de fora do transformador, nas imediações da tampa
de inspeção, em contato frequente com a pessoa no interior do tanque, para auxiliá-la.

NOTA Recomenda-se consultar a legislação vigente [1].

1 Números entre colchetes referem-se ao item da Bibliografia.

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4.2.4.4.11 O inspetor no interior do tanque deve ter o máximo cuidado para que nenhuma parte interna
seja danificada, principalmente as partes isoladas.

4.2.4.5 Deve ser inspecionado o seguinte:

 a) cabos de ligação, derivações e terminais e seus isolamentos;

 b) comutador de derivações sem tensão: alinhamento, acionamento interno e, quando possível,
folga, pressão e encaixe dos contatos;

 c) comutador de derivações em carga: conexões das derivações para a chave seletora. Em casos
específicos: acionamento interno, sistema de transmissão, alojamento (cilindro) da chave comu-
tadora e cabos de conexão para o compartimento;

 d) visual das isolações acessíveis;

 e) núcleo: verificar se houve deslocamento e as condições de aterramento;

 f) calços e espaçadores: fixação e deslocamentos. Se existirem calços temporários colocados para
fins de transporte, eles devem ser removidos;

 g) transformador de corrente (TC): inspecionar terminais secundários, suportes e fiações;

 h) condutores de ligação às buchas: inspecionar quanto ao isolamento, sistema de fixação, contato
com partes aterradas ou de potencial diferente;

 i) parafusos e contraporcas: reapertar, se necessário;

 j) fundo do tanque: verificar a presença de partículas e/ou objetos desprendidos;


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 k) blindagens de tanque e componentes: verificar a correta fixação, o contato com partes aterradas,
e a existência de deslocamentos.

NOTA Recomenda-se que atenção especial seja dada às instruções do fabricante.

4.2.4.6 Quando se tratar de equipamentos em garantia, qualquer ocorrência deve ser comunicada
ao fabricante, para que este indique as providências a serem tomadas.

4.2.5 Armazenagem

Quando o transformador não for colocado em serviço imediatamente, ele deve ser armazenado com
líquido isolante em seu nível normal.

Normalmente são especificados dois períodos em termos de armazenagem: inferior a seis meses e
superior a seis meses. Para o transporte a partir da fábrica ou oficina de reparo, a contagem do tempo
de armazenagem é iniciada após a conclusão da preparação para transporte, antes da expedição.

Para períodos de até seis meses, a armazenagem deve ser feita com gás seco ou preenchimento com
líquido isolante. Períodos superiores a seis meses requerem o preenchimento total do equipamento
com líquido isolante ou mantendo um volume de expansão mínimo que não permita exposição da
parte ativa, e pressurizando com gás seco.

O gás seco a ser utilizado, para transformadores com óleo vegetal isolante ou óleo mineral isolante,
deve ser o nitrogênio com teor de água inferior ou igual a 5 ppm por volume à pressão atmosférica

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e grau de pureza superior a 99,96 %. Somente para transformadores com óleo mineral isolante é
permitido o uso de ar seco com teor de água inferior ou igual a 5 ppm por volume, à pressão atmosférica
e dentro dos limites de concentração para ar respirável.

NOTA O interior de um transformador pressurizado com nitrogênio representa risco às pessoas por
apresentar concentrações de gases fora dos limites de ar respirável. Atentar para os riscos inerentes ao
ingresso em espaços confinados, conforme legislação vigente, e seguir os procedimentos descritos em
4.2.4.4.4 e 4.2.4.4.5.

No caso do volume de expansão mínimo, esta camada deve estar sob uma pressão relativa, máxima
positiva de 0,30 kgf/cm2, com valor-limite mínimo de 0,15 kgf/cm2, à temperatura de 25 °C.

No caso de armazenagem sem líquido isolante, devem ser observadas as especificações de 4.1.2.4.

Durante a armazenagem após a entrega, devem ser observadas ainda as especificações de 4.1.2.5,
sendo responsabilidade do proprietário do transformador manter o dispositivo de registro de impacto
durante o período de armazenagem. Neste caso, deve ser realizada, preferencialmente, a inspeção
ou monitoramento semanal da pressão de gás, de modo a detectar vazamentos em tempo hábil
e evitar contaminação com umidade.

Os componentes devem ser armazenados em locais adequados, atendendo às recomendações


e instruções do fabricante.

Os resistores de aquecimento de acionamentos motorizados e caixas ou painéis de circuitos auxiliares


devem ser mantidos energizados e em local abrigado, comandados por termostato regulado para
a temperatura recomendada.

O líquido isolante pode ser armazenado em tambores, que devem permanecer na posição horizontal,
ficando os tampões alinhados também na horizontal, evitando-se ainda o contato com o solo. Esta
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armazenagem deve obedecer aos critérios ambientais aplicáveis para os diferentes líquidos isolantes,
possuindo sistemas de contenção para eventuais vazamentos.

Chaves comutadoras sobressalentes devem seguir as instruções do fabricante ou armazenar as


chaves imersas em líquido isolante.

4.3 Instalação

O Anexo A apresenta um procedimento de instalação orientativo, que pode não ser integralmente
aplicável. Atenção especial deve ser dada às instruções do fabricante.

4.3.1 Generalidades

4.3.1.1 Antes da montagem do transformador, deve ser feita uma verificação, conforme a seguir:

 a) confirmação da identificação do equipamento em relação ao que deve ser instalado;

 b) inspeção visual da área, principalmente quanto ao correto nivelamento e alinhamento da base ou
trilhos, e o posicionamento do equipamento;

 c) inspeção visual, na parte externa do tanque do transformador, a fim de constatar a não ocorrência
de danos durante o manuseio.

4.3.1.2 Efetuar as conexões de aterramento do transformador na malha de terra da subestação.

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4.3.1.3 Para transformadores que permanecerem armazenados sem líquido isolante, deve ser
verificada a pressão interna. Caso tenha havido variação, observar o procedimento de 4.2.4.2.

4.3.1.4 Para transformadores transportados com líquido isolante, deve ser realizada a análise
de gases dissolvidos no óleo conforme a ABNT NBR 7070 e interpretados conforme a ABNT NBR 7274,
para óleo mineral, e conforme a ABNT NBR 16788 para óleo vegetal isolante, para transformadores
acima de 5 000 kVA, inclusive. É recomendável para potências acima de 300 kVA, a retirada
de amostra do líquido isolante para análise em laboratório.

4.3.2 Montagem do transformador

A montagem do transformador deve ser efetuada conforme as instruções específicas do fabricante.


Adicionalmente, deve-se observar a sequência de procedimentos discriminados de 4.3.2.1 à 4.3.2.7.
A montagem deve ser executada por pessoas qualificadas, treinadas e experientes. Todo o processo
deve ser supervisionado e acompanhado integralmente no local por um coordenador técnico com
experiência comprovada neste tipo de atividade.

4.3.2.1 Antes de iniciar a montagem do equipamento, conferir novamente a lista de romaneio


do equipamento e a disponibilidade de ferramentas e dispositivos. As juntas de vedação a serem
utilizadas na montagem devem ser novas. Pontos que forem abertos ou reapertados devem ter sua
junta de vedação substituída.

4.3.2.2 Componentes e acessórios pressurizados com o líquido isolante devem passar por inspeção
interna ou, no caso de componentes não acessíveis, por inspeção visual. Se necessário, efetuar
a limpeza utilizando um solvente compatível.

4.3.2.3 Evitar a abertura de mais de uma tampa de inspeção simultaneamente para a montagem
dos acessórios. Estabelecer fluxo de ar seco no sentido do tanque para o ambiente, durante o tempo
de montagem.
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4.3.2.4 No momento da aplicação de vácuo, verificar se foi realizada a correta instalação de tubulação
de equalização de pressão nos componentes aplicáveis, por exemplo, entre comutador sob carga e
tanque principal, e também entre os volumes interno e externo da bolsa ou da membrana de borracha
no tanque de expansão. Componentes que não suportem vácuo pleno devem ser isolados por meio
de válvula ou flange.

4.3.2.5 A análise físico-química do líquido isolante antes do enchimento é recomendada para verificar
se não houve qualquer contaminação durante o transporte e, ou a armazenagem, para transformadores
fornecidos desmontados.

4.3.2.6 Quando aplicável e acordado entre as partes, deve ser realizada análise físico-química
e análise de gases dissolvidos. Em relação ao óleo mineral isolante, devem ser utilizados os valores
estabelecidos na ABNT NBR 10576. No caso de óleo vegetal isolante, devem ser observados
os valores estabelecidos na ABNT NBR 16518.

4.3.2.7 O enchimento com líquido isolante deve ser realizado sob vácuo.

4.3.2.8 O óleo mineral deve atender à especificação para líquido isolante novo, estabelecida pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

NOTA Ver legislação vigente [2].

4.3.2.9 Os óleos vegetais isolantes devem atender à ABNT NBR 15422. Outros líquidos isolantes
devem ser avaliados conforme normas específicas.

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4.3.3 Ensaios após a montagem


Todos os ensaios devem ser realizados por pessoal capacitado tecnicamente e habilitado conforme
as normas regulamentadoras de segurança vigentes, utilizando equipamentos calibrados e dentro
dos prazos de validade, em conformidade com a ABNT NBR IEC 60060-2. Os ensaios listados de
4.3.3.1 à 4.3.3.9 devem ser realizados após a montagem completa do equipamento e antes de sua
energização, como critério para prosseguimento.
4.3.3.1 A análise físico-química do líquido isolante deve ser conforme a ABNT NBR 10576 para óleo
mineral, a ABNT NBR 16518 para óleo vegetal isolante ou normas específicas para outros fluídos para
tranformadores acima de 300 KVA.
4.3.3.2 Para a análise cromatográfica do líquido isolante com o transformador montado, antes
de sua energização, deve ser realizada a análise de gases dissolvidos no óleo conforme
a ABNT NBR 7070 e interpretados conforme a ABNT NBR 7274, para óleo mineral, e conforme
a ABNT NBR 16788 para óleo vegetal isolante, para transformadores com potência acima de 5 000
kVA, inclusive. É recomendável para potências acima de 300 kVA, a retirada de amostra do líquido
isolante para análise em laboratório.
4.3.3.3 A determinação da concentração de bifenilas policloradas (PCB) deve ser conforme a
ABNT NBR 13882, em atendimento às legislações ambientais. Deve ser emitido laudo comprovando
que não houve contaminação.
4.3.3.4 A medição do fator de potência do isolamento dos enrolamentos do transformador deve ser
conforme a ABNT NBR 5356-1:2007, 11.20. Os valores obtidos devem ser comparados com os de
fábrica para aprovação dos resultados, que não podem sofrer incremento maior que 50 % em relação
às medições individuais de fábrica, já corrigidos para a temperatura de 20 °C para transformadores
acima de 5 MVA.
4.3.3.5 A medição da relação de transformação em todas as fases e posições do comutador
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de derivações deve ser conforme a ABNT NBR 5356-1:2007, E.3. Os valores obtidos devem ser
comparados com os calculados a partir dos valores de tensão da placa para aprovação, respeitando-
se as tolerâncias indicadas na ABNT NBR 5356-1:2007, Tabela 2.
4.3.3.6 A medição da resistência do isolamento dos enrolamentos do transformador, em corrente
contínua entre enrolamentos e contra a massa deve ser realizada conforme a ABNT NBR 5356-1:2007,
E.4, com as buchas isentas de impurezas, e utilizando uma tensão de ensaio igual à utilizada pelo
fabricante durante os ensaios em fábrica. Os valores obtidos devem ser comparados com os resultados
em fábrica para avaliação.
4.3.3.7 A medição da resistência elétrica de todos os enrolamentos, em todas as fases e posições
do comutador de derivações deve ser conforme a ABNT NBR 5356-1:2007, E.2. Os valores obtidos
devem ser comparados com os resultados em fábrica para aprovação dos resultados, corrigidos para
a temperatura de referência, respeitando-se uma tolerância de ± 5,0 % e admitindo-se um desvio entre
as leituras de todas as posições do comutador não maior que ± 0,5 %, para avaliação da linearidade
para transformadores acima de 5 MVA.
4.3.3.8 Simular, verificar e parametrizar a atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção
e sinalização, incluindo ventiladores, dispositivo de alívio de pressão, relé tipo Buchholz, indicadores
de nível de óleo, manômetros, termômetros, imagens térmicas, monitores de temperatura e outros
sistemas de controle e monitoramento.
4.3.3.9 Verificar as tensões e isolação dos circuitos auxiliares antes de sua energização.
4.3.3.10 Após a energização dos painéis e acionamentos motorizados, verificar o sentido de rotação
dos motores dos ventiladores e das bombas de circulação, e acionamentos motorizados e suas chaves

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fim de curso, indicadores remotos de posição, comando à distância do comutador de derivações em


carga, iluminação e aquecimentos dos armários.

4.3.4 Energização

4.3.4.1 Após a conclusão da montagem para transformadores com o óleo preenchido no local
da instalação, aguardar um período mínimo de 24 h antes da energização do equipamento para
transformadores imersos em líquido isolante.

4.3.4.2 Todo transformador deve ser energizado inicialmente em vazio. Nesta situação, o comutador
de derivações em carga deve ser acionado em todas as posições.

4.3.4.3 Para transformadores imersos em líquido isolante acima de 5 000 kVA, inclusive, efetuar
a análise cromatográfica do líquido isolante após a energização, com periodicidade conforme a
ABNT NBR 10576, para o óleo mineral, e conforme a ABNT NBR 16518, para os óleos vegetais
isolantes. Para o diagnóstico dos resultados, seguir a ABNT NBR 7274 para óleo mineral
e a ABNT NBR 16788 para óleo vegetal isolante. É recomendável para potências acima de 300 kVA
a retirada de amostra do líquido isolante para análise em laboratório.

4.4 Manutenção
4.4.1 Generalidades

Cada empresa deve possuir um plano de manutenção e um plano de contingência para ocorrências
inesperadas em seus equipamentos. Estes planos devem ter como base as recomendações dos
manuais dos equipamentos e a experiência de cada empresa, englobando no mínimo:

 a) inspeção visual;

 b) registros de manutenção;


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 c) análises fisico-químicas do líquido isolante (somente para transformadores imersos em líquido
isolante acima de 300 kVA);

 d) a análise cromatográfica de gases dissolvidos no líquido isolante (somente para transformadores
imersos em líquido isolante acima de 5 000 kVA, inclusive. Sendo recomendável para potências
acima de 300 kVA a retirada de amostra do líquido isolante para análise em laboratório);

 e) ensaios elétricos periódicos;

 f) monitoramento de componentes;

 g) registro da quantidade de comutações;

 h) avaliação térmica de contatos e terminais (termovisão).

Atenção especial deve ser dada aos componentes, como buchas condensivas e itens com partes
móveis, ou seja, comutadores em carga, ventiladores e bombas.

4.4.2 Plano de contingências

O plano de contingências deve especificar ações emergenciais para mitigação dos impactos causados
por uma falha inesperada. Este plano deve contemplar, mas não se limitar a:

 a) ações a serem tomadas em função dos alarmes e sistemas supervisórios;

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 b) agenda de contatos de emergência;

 c) registro e controle de equipamentos, materiais e componentes-reserva.

No Anexo B são apresentadas as Tabelas B.1 e B.2, respectivamente, para o óleo mineral e para o
óleo vegetal isolante. Estas tabelas apresentam sugestões para tratamento do líquido isolante quando
as análises deste resultarem em valores fora dos limites de aceitação.

4.4.3 Registros

Devem ser registradas todas as intervenções de manutenção, ocorrências e ações corretivas ou


preventivas efetuadas.

4.4.4 Análise das informações

Os dados extraídos da operação do transformador devem ser analisados pela equipe especializada e
classificados quanto ao seu risco e criticidade em quatro grupos:

 a) ocorrências que requeiram desligamento imediato, pois colocam o equipamento e as instalações
em risco iminente;

 b) ocorrências que requeiram desligamento programado (que não ofereçam riscos imediatos), cujos
reparos sejam efetuados no menor prazo possível, dentro das condições operacionais do sistema;

 c) ocorrências que não requeiram desligamento, podendo ser efetuados reparos dentro das condi-
ções operacionais do sistema;

 d) ocorrências que não requeiram ações adicionais.


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4.4.5 Transformadores-reserva

Os procedimentos devem ser os mesmos recomendados para transformadores energizados.

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Anexo A
(informativo)

Orientações para instalação de transformadores imersos


em líquido isolante

A.1 Instalação
A.1.1 Antes de qualquer providência para montagem do transformador, recomenda-se que seja veri-
ficada a disponibilidade de pessoal qualificado, assim como de equipamentos e ferramentas adequadas.

A.1.2 Não é recomendada a montagem do transformador em dias chuvosos.

A.1.3 Antes da montagem do transformador, recomenda-se que seja feita uma verificação de:

 a) correto nivelamento da base;

 b) fixação correta do transformador, por meio da inspeção do dispositivo de ancoragem;

 c) ausência de danos na parte externa do tanque do transformador, durante o manuseio;

 d) compatibilidade dos dados de placa com a especificação técnica do equipamento;

 e) constatação, nos transformadores religáveis, de que a ligação de expedição de fábrica (tensão de
operação) atende à tensão de energização especificada.
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A.1.4 Para transformadores transportados sem líquido isolante, recomenda-se a verificação da


pressão e do ponto de orvalho do gás (URSI).

A.1.5 Para transformadores transportados com líquido isolante, recomenda-se que seja retirada
uma amostra do líquido isolante para análise em laboratório, conforme as ABNT NBR 7070 e
ABNT NBR 8840.

A.1.6 Recomenda-se que sejam verificadas as conexões de aterramento do transformador.

A.2 Montagem do transformador


Recomenda-se que a montagem do transformador seja efetuada conforme as instruções específicas
do fabricante. Quando as instruções do fabricante não estiverem disponíveis, é recomendado seguir
os procedimentos discriminados em A.2.1 a A.2.9. Para transformadores despachados sem líquido
isolante, durante toda a montagem do sistema descrito em 4.1.2.3, recomenda-se que este sistema
permaneça acoplado, a fim de se estabelecer um fluxo de gás seco para fora do transformador,
impedindo a penetração da umidade.

A.2.1 Conservador

A.2.1.1 Verificar se o conservador está seco e limpo internamente e, caso necessário, lavá-lo com
líquido isolante limpo e preferencialmente aquecido (máximo 50 °C).

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A.2.1.2 Caso exista um sistema de preservação do líquido isolante no conservador (membrana


ou bolsa), recomenda-se que seja providenciada a sua instalação e/ou que seja verificada a sua
integridade e o correto funcionamento.

A.2.1.3 Convém que sejam instalados o conservador e os respectivos suportes eventualmente


existentes, bem como o(s) seu(s) indicador(es) de nível.

NOTA 1 Para o caso de transformadores recebidos com ou sem líquido isolante, porém com conservador
resistente a vácuo, convém que seja montada a tubulação de interligação entre o conservador e a tampa do
transformador, incluindo o relé de gás e respectivos registros.

NOTA 2 Para o caso dos transformadores recebidos sem líquido isolante e do conservador não resistente
a vácuo, recomenda-se montar a tubulação conforme a Nota 1, porém não convém montar o relé de gás e
respectivos registros. Convém que a extremidade da tubulação do conservador seja fechada com flange cego.
A extremidade da tubulação ligada à tampa do transformador pode ser utilizada para aplicação do vácuo.

A.2.2 Dispositivos de alívio de pressão

A.2.2.1 Tipo tubular ou “tubo de explosão”

Se o transformador for projetado para ser submetido a vácuo, não convém que este dispositivo seja
montado. Na abertura, recomenda-se colocar um flange de vedação.

A.2.2.2 Tipo válvula

Este dispositivo pode ser montado em qualquer situação.

A.2.3 Sistema de resfriamento


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Após inspeção e eventual limpeza, convém montar as tubulações e os componentes de resfriamento


forçado (trocadores de calor, bombas de circulação de líquido isolante etc.).

A.2.4 Radiadores

Recomenda-se que os radiadores sejam inspecionados quanto à limpeza e umidade e, caso necessário,
convém que sejam lavados com líquido isolante limpo e preferencialmente aquecido (máximo 50 °C).

A.2.5 Buchas

A.2.5.1 Antes da montagem, convém que as buchas estejam perfeitamente limpas, secas e
ensaiadas quanto ao fator de potência ou perdas dielétricas e capacitâncias.

A.2.5.2 Recomenda-se que as juntas de vedação sejam cuidadosamente colocadas e os seus


elementos de fixação apertados, a fim de se conseguir uma boa estanqueidade.

A.2.5.3 Recomenda-se que as buchas sejam montadas uma de cada vez, a fim de reduzir a
possibilidade de penetração de ar ambiente, aproveitando a abertura de inspeção para um controle
mais efetivo das ligações internas.

A.2.5.4 Para maior segurança durante a montagem das buchas, convém que sejam utilizados os
dispositivos próprios para içamento e manuseio.

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A.2.6 Tubulações

Quando aplicável, montar as tubulações entre o(s) comutador(es) de derivações em carga e o


conservador, os relés de fluxo de líquido isolante e demais tubulações porventura existentes.

A.2.7 Secadores de ar

Nos transformadores que não permitem ser submetidos a vácuo para o enchimento com líquido
isolante, recomenda-se que sejam instalados secadores de ar.

A.2.8 Providências para o processo de vácuo

Para transformadores que necessitem ser submetidos a vácuo e que sejam providos de comutador(res)
de derivação(ões) em carga, recomenda-se que seja estabelecida uma interligação entre o(s)
compartimento(s) da(s) chave(s) comutadora(s) e o tanque, bem como entre os conservadores.
Convém que haja igualdade de pressão nos dois lados da bolsa ou membrana de borracha.

A.2.9 Enchimento com líquido isolante

A.2.9.1 Recomenda-se que o enchimento seja realizado conforme instruções do fabricante.

O óleo mineral deve atender à especificação para líquido isolante novo, estabelecida pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os óleos vegetais isolantes devem
atender à ABNT NBR 15422. As análises fisico-químicas devem estar conforme a ABNT NBR 10576,
para óleo mineral e, no caso de óleo vegetal isolante, conforme a ABNT NBR 16518.

NOTA Ver legislação vigente [2].

Convém que para a análise cromatográfica do líquido isolante deve ser realizada a análise de gases
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dissolvidos no óleo, conforme a ABNT NBR 7070 e interpretados conforme a ABNT NBR 7274 para
óleo mineral e a ABNT NBR 16788 para óleo vegetal isolante atenda ao seguinte:

— oxigênio: < 5 000 ppm;

— acetileno (C2H2): não detectado.

A.2.9.2 No caso de transformadores providos de bombas de circulação de líquido isolante, convém


que o processo de enchimento seja interrompido quando o nível de líquido isolante cobrir a tubulação
superior relativa às bombas, devendo estas ser acionadas por aproximadamente 2 h, sendo que, após
este período, o enchimento pode ser completado.

A.3 Cuidados e recomendações durante e após a montagem

A.3.1 Comutador de derivações em carga

A.3.1.1 É recomendado tomar precauções para que sejam retirados calços eventualmente
colocados no seletor para fins de transporte. Verificar se o compartimento da chave comutadora está
preenchido com líquido isolante.

A.3.1.2 Quando o comando de acionamento do comutador for expedido separadamente, convém


que cuidados especiais sejam tomados para assegurar um correto acoplamento entre o comando e
o comutador, de maneira a se evitar a ligação destes componentes em posições diferentes entre si.

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Para tipos de comutadores externos, convém verificar se o compartimento da chave comutadora


suporta vácuo, antes de se proceder a uma aplicação de vácuo.

A.3.1.3 Verificar e, se necessário, ajustar:

 a) chave(s) comutadora(s);

 b) lubrificação do mecanismo de acionamento;

 c) sentido de rotação do motor de acionamento;

 d) chaves-limite (fim de curso);

 e) indicadores de posição.

A.3.1.4 O líquido isolante utilizado no comutador deve ser do tipo e com as características indicadas
pelo fabricante do comutador.

A.3.2 Acessórios
Recomenda-se que todos os acessórios do transformador sejam verificados antes de sua montagem,
quanto à inexistência de oxidação, partes quebradas, atritos, corrosão etc.

NOTA A montagem de acessórios não utilizados para o processo de vácuo e enchimento, bem como
para as interligações elétricas de todos os acessórios, pode ser executada durante o processo de vácuo
e enchimento.

A.3.3 Relé de gás


A.3.3.1 Durante a montagem, recomenda-se verificar se a inclinação da tubulação do relé do gás
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é adequada e se a posição da montagem do relé de gás, no tocante ao sentido do fluxo de gás entre
o transformador e o conservador está correta.

A.3.3.2 Verificar o correto funcionamento dos contatos de alarme e desligamento.

A.3.4 Relé de proteção do comutador


Verificar o correto funcionamento dos contatos de desligamento.

A.3.5 Nível do líquido isolante


Verificar o nível do líquido isolante nas buchas (quando aplicável), conservador(es), poço(s) de termô-
metros e secador(es) de ar (cuba).

A.3.6 Desareação (sangria)


Efetuar a drenagem do ar em todos os pontos previstos (radiadores, buchas, relé de gás, tampas
de inspeção, comutadores, registros etc.), limpando criteriosamente os resíduos de líquido isolante
após o serviço.

A.3.7 Secador de ar
Prover o secador de ar com substância higroscópica (sílica-gel) seca ou acionar o secador do tipo livre
de manutenção.

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A.3.8 Posição dos registros

Controlar a posição de todos os registros das tubulações de preservação e resfriamento de líquido


isolante.

A.3.9 Indicador de temperatura

Convém que os indicadores de temperatura e seus capilares estejam protegidos, evitando sua danifi-
cação durante os trabalhos subsequentes.

A.3.10 Ligações de aterramento

Verificar se todas as ligações de aterramento do transformador estão corretas.

A.3.11 Buchas e conectores

Recomenda-se que os conectores sejam devidamente apertados. Verificar se os terminais para ensaio
das buchas capacitivas estão devidamente aterrados.

A.3.12 Vazamentos

Verificar a ocorrência de vazamentos e providenciar a sua supressão.

A.4 Ensaios
É recomendável a execução dos seguintes ensaios:
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 a) análise físico-química, conforme a ABNT NBR 10576, para óleo mineral e, no caso de óleo vegetal
isolante, conforme a ABNT NBR 16518;

 b) análise cromatográfica, conforme a ABNT NBR 7274 para o óleo mineral, e conforme a
ABNT NBR 16788 para o óleo vegetal isolante;

 c) medição do fator de potência do transformador e fator de potência e capacitância das buchas, se
providas de derivações capacitivas;

 d) medição da resistência de isolamento do transformador e da fiação de painéis e acionamento(s)


motorizado(s);

 e) medição da relação de transformação em todas as fases e posições do comutador de derivações


sem tensão. Para o comutador de derivações em carga, recomenda-se que haja medição pelo
menos das posições extremas e centrais de todas as fases;

 f) simulação e verificação da atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção, sinalização,


termômetros e imagens térmicas;

 g) medição da relação de transformação, saturação e polaridade dos transformadores de corrente.


Curto-circuitar e aterrar todos os secundários dos transformadores de corrente que não tiverem
previsão de uso;

 h) verificar as tensões e isolação dos circuitos auxiliares antes de sua energização;

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 i) após a energização dos painéis e acionamentos motorizados, verificar o sentido de rotação dos
motores dos ventiladores e das bombas de circulação, acionamentos motorizados, chaves de
fim de curso elétricas, indicadores remotos de posição, comando à distância do comutador de
derivações em carga, iluminação e aquecimentos dos armários e acionamentos motorizados;

 j) medição da resistência elétrica em todos os enrolamentos, em todas as fases e posições do


comutador de derivações em carga.

A.5 Energização
A.5.1 Antes de sua energização, é recomendada uma nova desareação das buchas, relé de gás,
cabeçote do comutador de derivações em carga etc. Inspecionar todos os dispositivos de proteção e
de sinalização do transformador.

A.5.2 Os transformadores devem ser energizados após decorridas pelo menos 24 h da conclusão
de enchimento com líquido isolante, ou conforme instrução do fabricante.

A.5.3 Ajustar e travar a posição do comutador manual, conforme recomendado pela operação do sistema.

A.5.4 Convém que todo o período de montagem, de ensaios e de energização, se possível, seja
acompanhado por um supervisor do fabricante.

A.5.5 Se possível, convém que o transformador seja energizado inicialmente em vazio. Nesta
situação, recomenda-se que o comutador de derivações em carga seja acionado em todas as
derivações.

A.5.6 Recomenda-se efetuar análise cromatográfica do líquido isolante antes da energização


(referência), entre o período de 24 h a 36 h, 10 dias e 30 dias após a energização, para detecção de
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defeitos incipientes. Utilizar o diagnóstico conforme a ABNT NBR 7274 para o óleo mineral e conforme
a ABNT NBR 16788 para o óleo vegetal.

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Anexo B
(informativo)

Tabelas

Tabela B.1 – Recomendações para transformadores com óleo mineral isolante


Tgδ (%) ou
Teor
FP (%) (fator Rigidez Índice de Tensão
de Recomendações
de perdas dielétrica neutralização interfacial
água
dielétricas)

A Nenhuma
A
Regeneração ou troca do
A A N
líquido isolante
Regeneração ou troca do
N –
líquido isolante e limpeza da PA
Recondicionamento do líquido
A
isolante
A
Regeneração ou troca do
A N
A líquido isolante
Regeneração ou troca do
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N –
líquido isolante e limpeza da PA

N Secagem da PA e do líquido
A
isolante
A Secagem da PA e
N regeneração ou troca do
N
líquido isolante
Secagem da PA e
N – regeneração ou troca do
líquido isolante
Regeneração ou troca do
N – – – –
líquido isolante
Legenda
PA = Parte ativa.
A = Atende.
N = Não atende.
NOTA Regeneração ou troca do líquido isolante (o que for mais econômico).

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Tabela B.2 – Recomendações para transformadores com óleo vegetal isolante


Tgδ (%) ou
Teor
FP (%) (fator Rigidez Índice de
Viscosidade de Recomendações
de perdas dielétrica neutralização
água
dielétricas)
A Nenhuma
A A Regeneração ou troca do
N
líquido isolante
Recondicionamento do
A
líquido isolante
A
Regeneração ou troca do
N
líquido isolante

A Recondicionamento
do líquido isolante. Se
N o fator de potência do
A A
transformador estiver
elevado, considerar a
N secagem da PA
Recondicionamento e
regeneração do líquido
N
isolante ou troca do líquido
isolante
Recondicionamento e
regeneração do líquido
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N − − −
isolante ou troca do líquido
isolante
N − − − − Troca do líquido isolante
Legenda

PA = Parte ativa.
A = Atende.
N = Não atende.
NOTA Regeneração ou troca do líquido isolante (o que for mais econômico).

Consultar o “Guia de Manutenção do Cigré” [3], elaborado pelo Grupo de Trabalho A2.05 e publicado
em Novembro/2013. Os métodos típicos de secagem de transformadores são listados em 5.7
do referido guia [3].

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Bibliografia

[1]  NR 33, Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

[2]  Resolução ANP nº 36 de 05/12/2008

[3]  GTA205 - Guia de manutenção para transformadores de potência, elaborado pelo Grupo de
Trabalho A2.05 do Cigré
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