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INSTRUÇÃO DE TRABALHO Número: IT-07

Título: Coleta de amostra de óleo isolante- Revisão: 04


CLIENTE Abr/2019

1 - Objetivo

Orientar os clientes nos procedimentos corretos para uma boa amostragem, para posterior envio de
amostra ao laboratório.

2 - Aplicação

É aplicável a coleta de amostra realizada pelo cliente.

3 - Documentos Complementares

 NBR 8840- Diretrizes para amostragem de líquidos isolantes.

4 - Definições

Equipamentos elétricos são transformadores, reatores, disjuntores, comutadores e outros nos quais
possa ser efetuada a retirada de amostras de óleo.

5 - Procedimentos Gerais para Amostragem

5.1. Escolha do recipiente de amostragem- LABORATÓRIO BRASTRAFO

Os volumes de óleo e tipo de frascos apresentados na tabela abaixo se referem aos utilizados e
indicados nos procedimentos internos da Brastrafo.

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Frasco de vidro Volume mínimo de


Ensaios Seringa de vidro
âmbar óleo (ml)
Gases Dissolvidos
SIM - 20
(Cromatografia)
Físico-Químico - SIM 1000
Teor de PCB SIM 30
DBPC - SIM 50
2 FAL - SIM 50
DBDS - SIM 50
TTA - SIM 50
BTA - SIM 50
Enxofre Corrosivo - SIM 100
Enxofre Corrosivo- Método DBO - SIM 1000
Contagem de partículas - SIM 500
Teor de Metais - SIM 100
Sedimentos - SIM 100
Ponto de Fulgor - SIM 500
Ponto de Combustão - SIM 500
Ponto de Anilina - SIM 500
Ponto de Fluidez - SIM 500
Estabilidade à Oxidação por
- SIM 500
Bomba Rotativa (ROBOT)
Viscosidade - SIM 100
Composição Carbônica - SIM 500
Estabilidade a Oxidação por
- SIM 1000
Indução
Cloretos e Sulfatos - SIM 500
Tabela 1- Volumes de óleo e tipo de frascos- Laboratório Brastrafo

OBSERVAÇÕES:
1) No caso da análise dos gases dissolvidos no óleo (CROMATOGRAFIA) é necessário o uso de
SERINGAS DE VIDRO DE 20 OU 50ML, equipadas com torneiras de três vias, assegurando-se
que esta possa ser fechada hermeticamente.
2) Os frascos no geral devem ser fechados com BATOQUE E TAMPA ROSQUEADA.
3) Os frascos e seringas devem estar limpos, secos e descontaminados.
4) Para o ensaio de PCB se faz necessário o uso de FRASCOS VIRGENS (nunca antes
utilizados), evitando assim contaminação cruzada. Também deverá ser utilizado FRASCO DE
VIDRO ÂMBAR. Amostras de Teor de PCB que vierem fora dos padrões de qualidade da
Brastrafo, mesmo que o cliente aprove a realização da análise, sairá uma nota no RELATÓRIO
DE ENSAIO fazendo referência à Não Conformidade encontrada.

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5) Dependendo do estado da amostra recebida (frasco inadequado, volume abaixo do solicitado,


falta de identificação, etc.), a Brastrafo se reserva no direito de não executar a análise e solicitar
nova amostragem.
6) As fichas de identificação e etiquetas devem ser preenchidas com letra legível, a caneta, sem
rasuras e com o máximo de informações possíveis.
7) Evitar colocar veda rosca, fita isolante ou fitas em geral na boca dos frascos. Também etiquetas
que cubram a extensão dos mesmos, dificultando a visualização do óleo.
8) ATENÇÃO AO VOLUME de amostras, devem atender ao especificado na Tabela 1.
9) ATENÇÃO ao Kit de Amostragem, no caso de óleos minerais, as mangueiras plásticas devem
ser do tipo de fluoradas ou de borracha de silicone. E no caso, de óleos não minerais (por
exemplo, ésteres naturais e sintéticos), as mangueiras de conexão podem ser de polipropileno
ou politetrafluoretileno (PTFE).
10) ATENÇÃO ao modo de envio do material, no final desta Instrução há orientações a respeito de
embalagens e proteção da amostra.

OBSERVAÇÃO: A Brastrafo visando o atendimento a NBR 8840 e demais normas aplicáveis aos
ensaios FORNECE A SEUS CLIENTES TODA VIDRARIA NECESSÁRIA PARA COLETAR AS
AMOSTRAS, sendo as mesmas limpas e descontaminadas, garantindo assim que não haja
contaminação das amostras devido à vidraria utilizada, e no caso de PCB fornecemos frascos
virgens.

5.2 Segurança e Qualidade da Amostragem

As instruções dos fabricantes de equipamentos elétricos relacionados à amostragem devem ser


seguidas, e atenção particular deve ser data aos cuidados relacionados à segurança durante a
retirada da amostra.
Nos casos de equipamentos elétricos energizados, verificar se o óleo no interior deste não está sob
pressão negativa, antes da retirada da amostra. Durante a amostragem, a pressão negativa pode
introduzir bolhas de ar no óleo, provocando curto-circuito no equipamento e colocando em perigo o
profissional que está retirando a amostra.
Durante a retirada de amostra, cuidados devem ser tomados para garantir proteção contra a
liberação súbita de óleo, evitando acidentes e derramamentos.

A retirada de amostra representativa é de fundamental importância para se obter uma avaliação


confiável da condição operacional do equipamento elétrico. No caso de uma amostragem

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inadequada, até os métodos analíticos mais modernos não poderão fornecer resultados que
indiquem com segurança a qualidade do óleo equipamento.
Para maior confiabilidade dos resultados, o TEMPO MÁXIMO recomendado entre a amostragem e a
análise é de 30 dias.

6 – Limpeza dos Pontos de Amostragem

Atenção particular deve ser dada à limpeza dos dispositivos e pontos de amostragem, para evitar
possível contaminação das amostras de óleo.
O flange cego do registro de amostragem do equipamento elétrico deve ser removido e a saída do
registro deve ser cuidadosamente limpa, usando um pano limpo, livre de fibras e fiapos, para
remover toda a sujeira e poeira visível.

Abrir o registro de amostragem do equipamento elétrico e deixar fluir uma quantidade de óleo de pelo
menos três vezes o volume da tubulação, vigorosamente, para eliminar quaisquer contaminantes
(água, partículas sólidas), que possam estar acumuladas no orifício de saída do registro do
equipamento.

Para determinação do teor de água no óleo, a retirada da amostra deve ser realizada,
preferencialmente, nos dias com umidade relativa inferior a 70%, para evitar a condensação de
umidade sobre a superfície dos dispositivos de amostragem e a possível contaminação da amostra.

7 – PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM DE PCB

a) Executar todo o processo de limpeza conforme item 6;


b) Colocar a bandeja de retenção logo abaixo do registro;
c) Abrir o registro;
d) Reduzir a vazão até se tornar um fio de óleo;
e) Posicionar o frasco embaixo do registro e coletar a amostra;
f) Fechar o registro de amostragem;
g) Fechar o frasco com batoque e tampa rosqueada.
h) Identificar frasco com a etiqueta fornecida pela Brastrafo, preenchendo todos os campos
aplicáveis, sem rasura e a caneta.

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Figura 1
ATENÇÃO:
Não coletar a amostra de PCB através de sistema de amostragem ou qualquer outro dispositivo que
possa contaminar a amostra coletada.

8 – PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM DE ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICO, DBPC, DBDS,


2FAL, TTA, ENXOFRE CORROSIVO, ETC.
a) Realizar o processo de limpeza conforme item 6.0;
b) Acoplar o dispositivo de amostragem ao registro do equipamento elétrico.
c) Posicionar a bandeja de contenção logo abaixo do registro.

Figura 2 Figura 3

d) Abrir o registro do equipamento elétrico.


e) Realizar processo de lavagem interna do dispositivo de amostragem, pelo menos 3 vezes o
volume do dispositivo de amostragem e descartar o óleo.

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Figura 4

f) Com o óleo fluindo, colocar a mangueira no fundo o frasco de amostragem e permitir o enchimento
até cerca de 1/3 do volume do frasco. Este óleo é utilizado para lavagem do frasco e deve ser
descartado em recipiente apropriado.

Figura 5

g) Introduzir novamente a mangueira no frasco, e enche-lo, deixando aproximadamente 4


centímetros de ar livre a ser medido a partir da borda do recipiente.

h) Fechá-lo imediatamente com o batoque e tampa.

g) Fechar o registro do equipamento;


h) Identificar frasco com a etiqueta fornecida pela Brastrafo, preenchendo todos os campos
aplicáveis, sem rasura e a caneta.

Observação: Os frascos não podem ser cheios completamente, o nível de óleo nos frascos deve
ficar em torno de 4 cm abaixo da borda, para permitir a expansão do óleo e do ar em função das
alterações de temperatura.

9 – PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM EM SERINGA (CROMATOGRAFIA GASOSA)

Obs.: Seringa de vidro graduada, estanque a gás, de tamanho adequado para o volume de amostra
de óleo (20 a 50 ml) equipada com bico metálico tipo “luer lock’’ e válvula de três vias plástica com
corpo e rotor de polietileno de alta densidade.

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O uso da seringa com tambor e êmbolo correspondentes é recomendado no caso da retirada de


amostra para análise de gases dissolvidos, visando garantir que o êmbolo flua livremente com as
variações do volume de óleo e evitando a formação de pressão dentro da seringa e possível quebra
durante o seu manuseio.

a) Realizar o processo de limpeza conforme item 6.0.

b) Acoplar dispositivo de amostragem ao registro do equipamento

Obs.: Caso tenha ocorrido o processo de lavagem interna do dispositivo de amostragem com o óleo
do equipamento a ser amostrado, realizar o mesmo passando cerca de 3 vezes o volume do
dispositivo de amostragem.

c) Conectar a seringa ao sistema de amostragem conforme foto abaixo:

Figura 6

Figura 7

d) Abrir a válvula da seringa para permitir a entrada lenta do óleo na seringa. O êmbolo não pode ser
puxado, porém deve-se permitir que ele se mova para trás sob a pressão do óleo, até completo
enchimento da seringa.

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Figura 8

e) Realizar o processo de enxague da seringa, invertendo a posição da válvula para permitir,


mediante o pressionamento do êmbolo, a drenagem do óleo da seringa para o recipiente de
descarte.

f) Drenado o óleo da seringa, operar a válvula para permitir a entrada lenta do óleo na seringa
novamente. O êmbolo não pode ser puxado, porém deve-se permitir que ele se mova para trás sob
a pressão do olé, até completo enchimento da seringa.

Figura 9

g) Fecha a válvula de três vias e fechar o registro de amostragem do equipamento.

Figura 10

h) Desconectar a seringa.

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i) Colocar a seringa na posição vertical e verificar a existências de bolhas, havendo bolhas as


mesmas deverá ser retirada.
j) Para retirar as bolhas, segure a seringa na posição vertical com a válvula para cima abra a válvula
e pressionando o êmbolo lentamente até eliminar as bolhas.
k) Identificar as amostras com a etiqueta específica fornecida pela Brastrafo, preenchendo todos os
campos aplicáveis, sem rasura e a caneta.

Observação: Evitar a contaminação da superfície externa do embolo e das superfícies internas do


tambor da seringa por poeira ou areia. Estas partículas podem afetar a qualidade da vedação da
seringa. Este tipo de contaminação pode ser provocado por ventos carregando poeira ou pelo
manuseio inadequado da seringa.

10 - Identificação da Amostra/ Fichas de Identificação

a) As amostras devem ser identificadas adequadamente antes do seu despacho ao Laboratório da


Brastrafo.
b) Preencher as informações solicitadas na Ficha de Identificação de Óleo Isolante que é
encaminhada junto com a vidraria fornecida pela Brastrafo.
c) Imprescindível fornecimento dos dados de placa para realização de diagnóstico preciso.

10.1. Amostra de PCB- Frasco 30 ml


Os frascos deverão conter a etiqueta de identificação de análise PCB devidamente preenchida com:
 Nome do cliente;
 N.º de série do equipamento;
 Colar no frasco;

10.2. Amostras de ensaios Físico-Químicos, DBPC, DBDS, 2FAL, TTA, Enxofre corrosivo, etc.
a) Os frascos deverão conter a etiqueta de identificação da respectiva análise, devidamente
preenchida com:
 Nome do cliente;
 N.º de série do equipamento;
 Colar no frasco frasco;

10.3. Seringa 20 ou 50ml (Cromatografia)

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a) As seringas deverão conter na etiqueta de identificação da análise cromatográfica devidamente


preenchida com:
 Nome do cliente;
 N.º de série do equipamento;
 Anexá-la junto à caixa de seringa;

10.4. Fichas de Identificação


As fichas de identificação deverão ser acondicionadas junto das amostras e devem ser colocadas
dentro de um saco plástico lacrado. Caso ocorra a quebra de alguma amostra, as fichas não serão
danificadas.

11 - Transporte e Armazenamento de Amostras


As amostras em recipientes de vidro transparente (seringas) devem ser protegidas contra luz, por
exemplo, dentro da caixa de papelão que a seringa foi enviada, pois o oxigênio dissolvido presente
na amostra de óleo pode ser consumido, e hidrocarbonetos e óxidos de carbono podem ser
formados por oxidação.

 Frascos de 30 ml PCB
Os frascos devem ser armazenados em caixas proporcionais ao seu tamanho; A mesma
deve ser forrada de jornal ou outra proteção que evite a quebra dos frascos, devido ao atrito
entre eles. A caixa pode ser de isopor ou semelhante, preferencialmente identificada.
OBS.: Para melhor diferenciação, os frascos de PCB fornecidos pela Brastrafo possuem as
tampas coloridas.

 Seringas
As caixas utilizadas para o transporte de amostras em seringas devem ser capazes de protegê-las
firmemente durante o transporte. As seringas devem ser envolvidas em plástico bolha e
acondicionadas na caixa de papelão específica fornecida pela Brastrafo.

 Frascos de 1 litro ensaio Físico Químico


Frascos de 1 litro devem ser acondicionados em caixas plásticas ou isopor. Entre os frascos deve-se
colocar jornal ou outra proteção para evitar a quebra dos mesmos devido ao atrito entre eles.

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 Frascos de 50, 100 e 500ml

Devem ser acondicionados em caixas plásticas ou isopor. Entre os frascos deve-se colocar jornal
ou outra proteção para evitar a quebra dos mesmos devido ao atrito entre eles.

Figura 11

Observação: Para envio através de transportadora as caixas de amostras devem ter a identificação de
“material frágil”.

12 - Outras Dúvidas

No caso de dúvidas relacionadas à coleta das amostras, existe a possibilidade de entrar em contato
com o Laboratório da Brastrafo pelo telefone (019) 3889-9202.

13 - Histórico de Alterações

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
DATA REV. Nº DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
15/05/2014 00 Emissão.
28/05/2015 01 Inclusão do item: Recipiente para amostragem.
08/12/2016 02 Adequação a NBR 8840.
02/10/2018 03 Revisão (Inclusão da ficha de Identificação preenchida)
Inclusão da tabela no item 5. Foram inseridas algumas observações
01/04/2019 04
importantes também no item 5. Revisão geral.

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14- Quadro de Aprovação

QUADRO DE APROVAÇÃO
RESPONSABILIDADE NOME FUNÇÃO DATA
Elaboração Jéssica Galbiati Técnico de laboratório 01/04/2019
Analise Crítica Mariel Patrícia Patiño Quizás Analista de laboratório 02/04/2019
Aprovação Luiz Gustavo Leonel Gerente Geral 03/04/2019

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