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ABR 1995 NBR 13297


Recebimento, instalação e manutenção
de transformadores de potência secos
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal
1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Procedimento
Origem: Projeto 03:014.08-003-1993
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:014.08 - Comissão de Estudo de Recebimento, Instalação e Manutenção
de Transformadores de Potência
NBR 13297 - Acceptance, installation and maintenance of dry-type power
transformers - Procedure
Copyright © 1995,
ABNT–Associação Brasileira
Descriptor: Transformer
de Normas Técnicas Válida a partir de 29.05.1995
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Transformador 9 páginas
Todos os direitos reserva-
dos

SUMÁRIO NBR 10295 - Transformadores de potência secos -


1 Objetivo Especificação
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 12176 - Identificação de gases em cilindros -
4 Condições gerais Procedimento
5 Condições específicas
IEC 376 - Specification and acceptance of new
ANEXO - Condições do gás isolante
sulphur hexafluoride
1 Objetivo IEC 376-A - First supplement to Publication 376
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis que (1971) - Specification and acceptance of new sulphur
o transformador de potência seco com tensão máxima hexafluoride - Section Thirteen: Mineral oil content
igual ou inferior a 36,2 kV deve apresentar, após a entrega
IEC 376-B - Second supplement to Publication 376
à responsabilidade do comprador, para recebimento, ins-
(1971) - Specification and acceptance of new sulphur
talação e manutenção.
hexafluoride - Clause 26
1.2 Conforme o modelo construtivo, os transformadores
3 Definições
são classificados em:
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
a) transformadores selados;
nas NBR 5356, NBR 5458 e NBR 10295.
b)transformadores não-selados.
4 Condições gerais
2 Documentos complementares
4.1 Transporte
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
4.1.1 O transporte deve ser realizado de modo a proteger
NBR 5356 - Transformador de potência - Especifica- todo o equipamento contra quebra ou danos devido ao
ção manuseio, bem como contra a penetração de água, quan-
do aplicável.
NBR 5380 - Transformador de potência - Método de
ensaio 4.1.2 Nos casos em que os transformadores forem emba-
lados, o material utilizado e o arranjo da embalagem de-
NBR 5458 - Transformador de potência - Termino- vem suportar os esforços durante o transporte, a fim de
logia proteger o transformador.
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4.1.3 Os transformadores devem ser embarcados com 4.3 Ensaios


seus enrolamentos de alta-tensão ligados em sua tensão
mais alta, salvo especificação em contrário pelo compra- Imediatamente após o recebimento, a fim de confrontar
dor. os valores obtidos com os do relatório de ensaio do fabri-
cante, é recomendável, a critério do comprador, realizar
4.1.4 No recebimento, cada unidade deve ser submetida os seguintes ensaios:
à inspeção visual, conforme 4.2.
a) resistência de isolamento;
4.1.5 Sendo constatada qualquer anormalidade, o rece-
bedor deve anotar no documento de embarque as irre- b) relação de tensões;
gularidades encontradas e, dentro do prazo regulamenta-
c) resistência ôhmica;
do, notificá-las ao fabricante, ao transportador ou à com-
panhia de seguro, para que sejam tomadas as providên- Nota: Caso haja alguma suspeita de anormalizadade no
cias exigidas em cada caso. recebimento do equipamento, recomendam-se os
ensaios citados nas alíneas d) e e), ou outros indica-
4.1.6 A notificação da ocorrência deve também conter os dos pelo fabricante, especialmente o ensaio de des-
seguintes dados: cargas parciais.

a) potência nominal; d) tensão suportável nominal à freqüência indus-


trial, durante 1 min, ao dielétrico. Recomenda-se
b) tensão nominal; aplicar 75% dos valores de tensão estabelecidos
pela NBR 10295
c) número de série;
e)no caso dos transformadores recebidos com gás
d) tipo de transformador; (selados), verificar se a umidade do gás isolante
está condizente com os valores prescritos pelo fa-
e) fabricante;
bricante.
f) número de conhecimento de transporte;
Nota: Antes dos ensaios é recomendável efetuar um reaperto
geral nas conexões do transformador.
g) número da nota fiscal.
4.4 Manuseio
4.2 Inspeção visual
4.4.1 Se o transformador não puder ser conduzido por um
O equipamento deve ser examinado, de modo a verificar:
guindaste/carro hidráulico ou rodas próprias, pode então
a) o estado da embalagem, quando existente; ser deslocado sobre roletes. Neste caso, devem ser colo-
cadas pranchas para melhor distribuição dos esforços
b) se as características da placa de identificação do na base.
transformador estão de acordo com o pedido;
4.4.2 O transformador e/ou invólucro de proteção devem
c) a inexistência de fissuras ou lascas nos corpos ser sempre levantados por todas as alças de suspensão
isolantes das buchas e danos externos no tanque/ destinadas a este fim, nunca devendo ser levantado ou
invólucro protetor ou acessórios (arranhões ou movido por laços colocados nas buchas, no olhal de sus-
amassados); pensão da tampa ou em outros acessórios.

d) a totalidade dos conectores e acessórios; 4.4.3 Devem ser evitados movimentos bruscos e choques
durante seu manuseio. Caso ocorram, torna-se fundamen-
e) em transformadores não-selados, a ausência de tal a realização dos ensaios citados em 4.3 ou consulta
danos em bobinas, núcleo, ligações e calços, bem ao fabricante.
como a de corpos estranhos;
4.4.4 No seu manuseio em locais não abrigados, devem-
f) em transformadores selados com gás, a pressão se tomar os devidos cuidados para que o transformador
interna em função da temperatura, conforme orien- não seja atingido por chuva (transformadores não sela-
tação do fabricante; dos).

g) a inexistência de danos no painel de comutação 4.5 Armazenagem


ou comutador de derivações, e componentes ex-
ternos do sistema de comutação. Nesta ocasião, 4.5.1 Quando o transformador não for posto em serviço
efetuar a mudança para todas as posições, a fim imediatamente, este deve ser armazenado, de preferên-
de determinar possíveis defeitos do sistema, ocorri- cia, em ambiente seco. No caso de transformadores se-
dos durante o transporte, retornando à posição lados com gás, deve ser acompanhada a pressão deste
inicial; no manovacuômetro. O armazenamento deve ser feito,
de preferência, em condições tais que o transformador
h) a inexistência de corrosão em qualquer ponto do não fique sujeito às intempéries, à luz solar direta, às
transformador; grandes variações de temperatura e a gases corrosivos,
bem como a sofrer danos mecânicos.
i) a marcação correta dos terminais;
4.5.2 Recomenda-se a utilização de pranchas ou dormen-
j) a inexistência de peças soltas, bem como o aperto tes como base, para que os transformadores não fiquem
das uniões e terminais aparafusados. em contato direto com o solo.
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5 Condições específicas 5.1.2.7 Deve-se evitar que pequenos animais ou objetos


estranhos entrem em contato com o transformador.
5.1 Transformadores para redes não subterrâneas
5.1.2.8 Os transformadores devem ser protegidos adequa-
5.1.1 Verificação damente contra surtos de tensão, curtos-circuitos e sobre-
cargas, devendo estas proteções ser instaladas o mais
Antes da instalação do transformador devem ser feitas as perto possível do transformador.
verificações prescritas em 5.1.1.1 a 5.1.1.4.
5.1.3 Ligações
5.1.1.1 Inspeção visual, principalmente nas buchas, conec-
5.1.3.1 As ligações do transformador devem ser realizadas
tores, terminais e acessórios, para constatar a ausência
de eventuais danos ou vazamentos (transformadores se- de acordo com o diagrama de ligações de sua placa de
lados) que poderiam ocorrer devido ao manuseio e trans- identificação, atentando-se para a correta seqüência de
porte do transformador. fases.

5.1.3.2 Os cabos ou barramentos devem estar devidamen-


5.1.1.2 Harmonização dos dados da placa de identificação
te apoiados, com a correta instalação de elementos flexí-
com o sistema em que o transformador deve ser instalado. veis, para não haver esforços sobre os terminais.
A correta ligação do painel de derivações ou a posição
do comutador em relação ao diagrama de ligações. 5.1.3.3 As ligações do circuito de proteção térmica do
transformador e/ou acessórios devem ficar suficientemen-
5.1.1.3 Para transformadores não-selados, inexistência te distanciadas e isoladas da parte ativa do transformador.
de corpos estranhos e possíveis folgas nas suas
conexões e terminais. 5.1.3.4 As ligações aparafusadas devem, de preferência,
ser apertadas com dinamômetro ou chave limitadora de
5.1.1.4 Para transformadores selados a gás, verificação torque, nos valores recomendados pelo fabricante.
da pressão de trabalho, conforme orientação do fabrican-
te. 5.1.3.5 O dispositivo de aterramento do transformador e
seu invólucro devem ser ligados a terra.
5.1.2 Procedimentos de instalação
5.1.4 Verificações finais
5.1.2.1 A instalação do transformador deve atender às
5.1.4.1 Antes da energização, a critério do comprador,
normas de segurança, assim como aos espaçamentos podem ser efetuados os ensaios descritos em 4.3.
mínimos das partes vivas do transformador para terra e
entre fases, conforme norma aplicável. 5.1.4.2 Após a energização do transformador, é necessária
uma inspeção final com medição da tensão secundária.
5.1.2.2 Em locais onde esteja limitado o nível de ruído,
pode ser necessária a adoção de medidas adicionais na 5.1.4.3 Nas primeiras horas de funcionamento em carga
instalação do transformador. ou quando houver uma mudança na carga, recomenda-
se monitorar a temperatura do transformador, para asse-
5.1.2.3 O transformador deve ficar apoiado e imobilizado gurar que não exceda a sua classificação térmica.
no piso por igual nos pontos de apoio de sua base, para
assegurar a sua estabilidade e evitar deformações. 5.2 Transformadores selados para redes subterrâneas

5.2.1 Verificação
5.1.2.4 Os transformadores não-selados devem ser insta-
lados em lugar abrigado, protegidos de chuva e luz solar
Conforme 5.1.1.1, 5.1.1.2 e 5.1.1.4.
direta.
5.2.2 Procedimentos de instalação
5.1.2.5 Para transformadores não-selados, devem ser evi-
tados locais de instalação onde exista gotejamento. Caso 5.2.2.1 Todos os transformadores subterrâneos devem ser
não seja possível, devem-se tomar precauções para im- encaminhados, já completos com o gás isolante e com a
pedir que a parte ativa do transformador seja atingida devida pressão de trabalho ao local da instalação.
pela água de gotejamento ou acidentalmente, como, por
exemplo, por meio de uma janela aberta ou ruptura de 5.2.2.2 Os transformadores subterrâneos normalmente são
tubulação, ou uso de água perto desta. instalados em câmaras subterrâneas, estanques ou não.

5.1.2.6 Uma ventilação adequada é essencial para a re- 5.2.2.3 O transformador deve ser transportado para o local
frigeração do transformador. É desejável que o ar seja de instalação, e seu manuseio deve obedecer ao
limpo. Ar filtrado pode acarretar numa menor freqüência indicado em 4.4.
de manutenção. Quando os transformadores estão insta-
lados em recintos reduzidos, deve ser providenciada venti- 5.2.2.4 Para o dimensionamento dos ventiladores, devem
lação adequada, a fim de atender os limites de tempera- ser considerados:
tura do ar de refrigeração. É necessário uma ventilação
a) temperatura na entrada de ar;
de, no mínimo, 2,8 m3 de ar por minuto por kW de perdas
do transformador. A área necessária para as aberturas b) temperatura na saída de ar;
de ventilação depende da altura do recinto, localização
das aberturas e das máximas perdas do transformador. c) perdas máximas do transformador;
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d) volume líquido da câmara; 5.3 Manutenção

e) perdas nos dutos; 5.3.1 Generalidades

f) pressão estática no local. Esta seção se refere a transformadores funcionando em


condições normais e serve como referência geral para
Nota: O sistema de ventilação deve considerar que o gás SF6 é os serviços de manutenção, juntamente com as instruções
mais pesado que o ar. e precauções especiais indicadas pelo fabricante. As ins-
truções nesta Norma recomendam providências e manu-
5.2.3 Equipamentos acessórios tenções periódicas tanto nas oficinas como no campo,
que visam assegurar o funcionamento e um tempo de vi-
5.2.3.1 Os transformadores em que são previstos o acopla- da útil normal para cada transformador.
mento da chave interruptora a óleo ou gás e protetor de
rede devem ser instalados completamente montados, 5.3.2 Transformadores para redes não subterrâneas
sempre que possível.
5.3.2.1 Transformadores não-selados - Inspeções periódicas

5.2.3.2 Para a manobra e manutenção dos acessórios 5.3.2.1.1 A cada 12 meses ou a critério do usuário, deve
citados em 5.2.3.1, os transformadores devem ser instala- ser realizada no campo uma inspeção externa visual com
dos com no mínimo 0,8 m de distância do acessório à o transformador energizado, verificando-se, quando apli-
parede da câmara. cável, o estado do equipamento quanto a:

5.2.4 Ligações a)inexistência de fissuras, lascas ou sujeiras nas


buchas e danos externos no invólucro ou aces-
5.2.4.1 As ligações do transformador devem ser realizadas sórios (arranhões ou amassados);
de acordo com o diagrama de ligações de sua placa de
identificação, atentando-se para a correta seqüência de b) estado dos terminais e ligações do transformador;
fases.
c) pontos de corrosão em qualquer parte;
5.2.4.2 A ligação do transformador à rede do lado de alta
d) inexistência de ruídos anormais de origem mecâ-
tensão deve ser feita por meio da caixa terminal ou chave
nica ou elétrica;
interruptora a óleo ou gás (quando acoplada) ou por meio
de sistema desconectável. e) fixação do transformador;
5.2.4.3 A ligação do transformador à rede do lado de bai- f) aterramento e equipamentos de proteção do
xa-tensão deve ser feita com os cabos ligados ao trans- transformador;
formador ou protetor da rede (quando acoplado), por meio
de conectores apropriados. g) estado do sistema de ventilação;

5.2.4.4 Todas as partes vivas da ligação do transformador h) leituras da temperatura interna do transformador
à rede devem ser devidamente isoladas. e da temperatura máxima registrada no instrumen-
to;
5.2.4.5 O dispositivo de aterramento do transformador e
seu tanque/invólucro devem ser ligados a terra. i) inexistência de poeira excessiva, sujeira e corpos
estranhos na parte ativa do transformador ou dutos
5.2.5 Verificações finais
de ventilação;

j) condensação de água nos instrumentos de leitura;


5.2.5.1 Antes da energização, a critério do comprador,
podem ser efetuados os ensaios descritos em 4.3. l) deterioração das gaxetas e juntas.

5.2.5.2 Devem ser verificados os itens abaixo, se aplicável: 5.3.2.1.2 A cada 5 anos ou a critério do usuário devem ser
realizados os seguintes ensaios e procedimentos com o
a) vedação da câmara; transformador desenergizado:

b) ventiladores; a) resistência de isolamento;

c) pressão da chave a gás e do transformador, confor- b) inspeção interna para verificação de possíveis
me instruções do fabricante; pontos de folga e maus contatos;

c) verificação de circuitos de proteção no transforma-


d) instrumentos do transformador;
dor.
e) bomba de recalque; 5.3.2.1.3 Se houver indicação de necessidade de uma re-
visão completa no transformador, recomenda-se enviar
f) possíveis vazamentos no tanque e acoplamentos. a unidade para oficinas especializadas ou fabricantes.

5.2.5.3 Após a energização do transformador, são neces- Nota: A periodicidade de manutenção está relacionada às condi-
sários uma inspeção final com medição da tensão secun- ções do local de instalação, e a recomendação do fabri-
dária, bem como o funcionamento do protetor de rede. cante.
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5.3.2.2 Transformadores selados - Inspeções periódicas e relação de tensões e, eventualmente, resistência elétri-
ca dos enrolamentos em todas as fases e, quando apli-
5.3.2.2.1 A cada 12 meses ou a critério do usuário deve cável, em todas as posições do comutador.
ser realizada no campo uma inspeção externa visual com
o transformador energizado, verificando-se, quando apli- 5.3.2.3.2 A desmontagem do transformador deve constar
cável, o estado do equipamento quanto a: de:

a) inexistência de fissuras, lascas ou sujeiras nas a) retirada do gás isolante (transformador selado a
buchas e danos externos no tanque ou acessórios gás);
(arranhões ou amassados);
b) retirada da tampa/invólucro e buchas, quando
b) estado dos terminais e ligações do transformador; aplicável;

c) vazamentos de gás das buchas; c) soltura da parte ativa do tanque/invólucro;


d) pontos de corrosão em qualquer parte; d) levantamento da parte ativa, através das alças de
suspensão, atentando-se para não danificar a iso-
e) inexistência de ruídos anormais de origem mecâ-
lação;
nica ou elétrica;
e) abertura do invólucro (transformadores não sela-
f) fixação do transformador;
dos);
g) aterramento e equipamentos de proteção do trans-
formador; f) soltura das ligações dos terminais e acessórios.

h) estado do sistema de ventilação; 5.3.2.3.3 A revisão da parte ativa deve constar de:

i) leituras da temperatura interna do transformador a) limpeza da parte ativa. Quando selado a gás, esta
e da sua temperatura máxima registrada no instru- deve ser feita através de aspiração;
mento;
b) verificação do estado dos isolamentos. Caso ne-
j) leitura da pressão interna no transformador e da cessário, devem ser refeitos;
pressão máxima registrada;
c) verificação da posição das bobinas e núcleo;
l) deterioração das gaxetas e juntas;
d) verificação das bobinas e núcleo, inclusive sua
m)condensação de água nos instrumentos de leitura; geometria;

n) operação do sistema de trocador de calor; e) reaperto dos contatos terminais, refazendo as sol-
das duvidosas e verificando o estado de todas as
o) os ensaios de cromatografia de gás e umidade do ligações internas, calços e isoladores;
gás (dew point), durante o período de garantia,
devem seguir a periodicidade do fabricante. f) remoção de todas as impurezas existentes;

5.3.2.2.2 A cada 5 anos ou a critério do usuário devem ser g) verificação e limpeza do comutador ou painel de
realizados os seguintes ensaios e procedimentos com o derivações e religações;
transformador desenergizado:
h) reaperto dos parafusos e porcas de aperto, aten-
a) resistência de isolamento; tando-se para não danificar as isolações;

b) inspeção externa para verificação de possíveis i) secagem da parte ativa, se necessário, conforme
pontos de folga e maus contatos; orientação do fabricante.
c) caso haja necessidade, a pressão de gás deve 5.3.2.3.4 A revisão do conjunto tanque/invólucro e radia-
ser completada com o transformador desenergi- dores, se aplicável, deve constar de:
zado.
a) retirada de todas as peças, placa de identificação,
Nota: Se houver indicação de necessidade de uma revisão com-
conectores de aterramento, etc.;
pleta no transformador, recomenda-se enviar a unidade
para oficinas especializadas ou fabricantes.
b) reparo das partes amassadas;
5.3.2.2.3 Os usuários devem evitar que ocorram sobre-
cargas no transformador. Em caso de carregamento acima c) reparo das soldas;
da potência nominal, consultar o fabricante.
d) limpeza das chapas, fazendo a remoção das oxi-
5.3.2.3 Execução da revisão completa (selados e não- dações por meio de lixa, escova de aço ou outro
selados) processo igualmente eficaz, nos pontos em que a
superfície esteja parcialmente atacada. Além disto,
5.3.2.3.1 Antes da desmontagem devem ser realizados as superfícies não atacadas devem ser lixadas
no transformador os ensaios de resistência de isolamento antes de receber nova pintura;
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e) limpeza total através de jato abrasivo ou decapa- g) vácuo de acordo com os valores prescritos pelo
gem, nos casos em que o tanque/invólucro tiver fabricante (transformadores selados a gás);
toda a sua superfície afetada;
h) enchimento do tanque através do dispositivo pre-
f) pintura, aplicando uma proteção anticorrosiva nos visto para este fim, com gás novo ou tratado em
pontos onde a ferrugem foi removida com posterior condições satisfatórias (Tabela do Anexo) (trans-
aplicação de uma tinta de acabamento na super- formadores selados a gás);
fície total;
i) identificação das buchas de forma legível e indelé-
g) pintura, aplicando uma proteção anticorrosiva e vel, de acordo com a marcação da placa de iden-
pintura de acabamento, em todo o tanque/invólu- tificação.
cro;
5.3.2.3.10 Após a montagem completa do transformador,
h) verificação de flanges e parafusos; é recomendável executar, conforme as NBR 5356,
NBR 5380 e NBR 10295, os ensaios de rotina acrescidos
i) substituição das gaxetas. de análises de cromatografia do gás e umidade do gás
isolante (ver Tabela do Anexo), sendo os dielétricos a
5.3.2.3.5 A revisão das buchas/terminais deve constar de: 75% das tensões ali especificadas.

a) limpeza do corpo isolante, ou sua substituição, 5.3.3 Transformadores para redes subterrâneas (selados)
caso necessário;
5.3.3.1 Inspeções periódicas
b) troca de todas as juntas das buchas (transforma-
dores selados);
5.3.3.1.1 A cada mês, ou a critério das normas internas da
concessionária, deve ser realizada uma inspeção externa
c) secagem das porcelanas em estufas, caso haja
visual com o transformador energizado, verificando:
necessidade (transformadores selados).
a) inexistência de fissuras, lascas ou sujeiras nas bu-
5.3.2.3.6 A revisão dos terminais de alta e baixa tensão
chas e danos externos no tanque ou acessórios
deve constar da limpeza, tratamento químico e mecânico,
(arranhões ou amassados);
removendo qualquer oxidação existente, principalmente
nas superfícies de contato elétrico.
b) vazamentos no acoplamento da chave interruptora
5.3.2.3.7 Para revisão dos flanges das buchas, recomenda- ou caixa terminal de alta-tensão, quando aplicável;
se a decapagem e posterior zincagem ou ainda a sua
substituição. Quanto aos parafusos, porcas e arruelas, c) pontos de corrosão em qualquer parte;
processar sua limpeza ou substituição (transformadores
selados). d) inexistência de ruídos anormais de origem mecâ-
nica ou elétrica;
5.3.2.3.8 Efetuar a limpeza e calibração dos acessórios
existentes e, caso necessário, proceder a sua substituição. e) aterramento e equipamentos de proteção do
transformador;
5.3.2.3.9 Após todas as revisões citadas, deve-se montar
o transformador com o seguinte procedimento: f) pressão de trabalho do gás;

a) imediatamente após a secagem da parte ativa e g) leituras de temperatura do transformador e da


de um reaperto geral, esta deve ser colocada e fi- temperatura máxima registrada no instrumento;
xada dentro do tanque/invólucro;
h) leitura da pressão interna do transformador e da
Nota: Em transformadores encapsulados, a secagem pode pressão máxima registrada no instrumento;
ser dispensada, conforme orientação do fabricante.
i) válvula de alívio de pressão, quando aplicável.
b) montagem das buchas, atentando-se para que a
gaxetas de vedação permitam a vedação total Nota: Caso constatada alguma anomalia, deve-se programar o
(transformadores selados) desligamento do referido transformador, a fim de se pro-
cessarem os respectivos reparos ou até a sua substi-
c) ligação dos terminais de baixa tensão e alta-tensão tuição. Nesta ocasião, recomenda-se a limpeza do tanque,
aos condutores de saída das respectivas bobinas, acessórios e câmara, verificando também o funcionamento
quando aplicável; do protetor de rede.

d) montagem da tampa; 5.3.3.1.2 No final do primeiro ano de operação, e posterior-


mente, a cada 3 anos, ou a critério das normas internas
e) aperto uniforme dos parafusos das tampas, para a da concessionária, devem ser realizados os ensaios
perfeita vedação do tanque/invólucro; conforme definido em 5.3.2.2.2, acrescidos das verifica-
ções dos instrumentos de supervisão, proteção e sinaliza-
f) montagem de todos os acessórios antes removidos ção. Constatada alguma anomalia, deve-se proceder uma
para a revisão; inspeção interna, a fim de se detectar a causa do defeito.
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5.3.3.1.3 Caso seja definida a necessidade de uma revisão d) enchimento do tanque sob vácuo, com gás isolante
completa, proceder conforme: novo ou tratado em condições satisfatórias (ver
Tabela do Anexo).
a) todas as alíneas da revisão completa de 5.3.2.3.2
a 5.3.2.3.10 aplicáveis a transformadores selados; - no caso de transformadores com tampas gaxeta-
das, os seus parafusos devem ser apertados ade-
b) desacoplamento do protetor e/ou chave interrup- quadamente, para perfeita vedação do tanque;
tora;
- no caso de transformadores com tampa soldada,
deve ser colocada uma proteção entre o tanque
c) retirada e revisão dos instrumentos de proteção e e a tampa, prendendo-a por meio de grampos
supervisão. em todo o perímetro do tanque. Nesta situação,
executar os ensaios preliminares. Após os en-
5.3.3.2 Execução da revisão completa saios, soldar a tampa, evitando empenos devido
a alta temperatura, respingos de solda no interior
5.3.3.2.1 Antes da desmontagem, devem ser realizados do tanque ou qualquer outro dano ao transfor-
no transformador os ensaios de resistência de isolamento mador;
e relação de tensões, bem como índice de polarização e
fator de potência. e) montagem de todos os demais acessórios antes
removidos para a revisão;
5.3.3.2.2 A desmontagem do transformador deve constar
de: f) identificação das buchas de forma legível e inde-
lével, de acordo com a marcação da placa de iden-
a) retirada dos acessórios; tificação

5.3.3.2.4 Para transformadores com tampa soldada, após


b) retirada dos componentes internos da chave inter- a soldagem, a pintura deve ser retocada na região do
ruptora, quando esta estiver soldada ao tanque; cordão de solda.

c) todas as alíneas de 5.3.2.3.2 a 5.3.2.3.10, 5.3.3.2.5 Após a montagem completa do transformador, é


aplicáveis a transformadores selados. recomendável executar, conforme a NBR 5356, NBR 5380
e NBR 10295, os ensaios de rotina acrescidos de análises
5.3.3.2.3 Após todas as revisões citadas em 5.3.3.2.1 e de cromatografia do gás e umidade do gás isolante (ver
5.3.3.2.2, deve-se montar o transformador com o seguinte Tabela do Anexo), sendo os dielétricos a 75% das tensões
procedimento: ali especificadas.

a) imediatamente após a secagem da parte ativa, e 5.4 Considerações finais


de um reaperto geral, esta deve ser colocada e fi-
5.4.1 Quando forem necessárias peças sobressalentes
xada dentro do tanque;
ou informações detalhadas sobre um determinado trans-
formador, devem-se especificar para o fabricante os dados
b) montagem das buchas de alta e baixa-tensão,
principais de sua placa de identificação, tais como: tipo,
atentando-se para que as gaxetas permitam a ve-
número de série e potência.
dação total;
5.4.2 Os transformadores avariados, se enviados para
c) ligação dos terminais de alta e baixa tensão aos conserto e revisão completa em oficina, devem ser acom-
condutores de saída das bobinas; panhados, de preferência, com todos os seus acessórios.

/ANEXO
Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A
8 Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb NBR 13297/1995
Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A
NBR 13297/1995 Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb 9

ANEXO - Condições do gás isolante

A-1 - Características do gás isolante d) volume hidráulico;

O gás isolante (hexafluoreto de enxofre - SF6) deve aten- e) tara do cilindro;


der às características estabelecidas na Tabela.
f) órgão de inspeção;
A-2 Embalagem
g) data de fabricação;
A-2.1 O gás isolante deve ser embalado em cilindros
pintados externamente na cor bege notação Munsell
h) data do último ensaio hidrostático.
10 YR 7/6 de acordo com a NBR 12176.

A-2.2 Cada cilindro deve conter as seguintes marcações: A-2.3 Os cilindros devem suportar uma pressão mínima
de 68,6 x 105 Pa.
a) número da norma de fabricação do cilindro;
A-3 Quantidade
b) pressão de trabalho;
A quantidade deve ser especificada no pedido de compra,
c) identificação do cilindro e do fabricante; em kg.

Tabela - Hexafluoreto de enxofre - Características

Características Unidade Concentração máxima


permitida (massa por massa)

Conteúdo de água ppm 15 (A)

Ar (O2 + N2) % 0,05

CF4 % 0,05

Fluoretos hidrolisáveis ppm 1,0


expressos como HF

Acidez ppm 0,3

Teor de óleo mineral 10

(A) Corresponde a uma temperatura de condensação (ponto de orvalho) de -40°C.

Nota: Os valores da Tabela devem ser medidos segundo as IEC 376, IEC 376-A e IEC 376-B.

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