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Gustavo Rockenbach
Engenheiro Mecânico
Hospitais, hotéis e indústrias sempre têm caldeiras para aquecer a água, para se
preparar refeições e corresponder apoio a processos industriais que demandam calor.
O uso de caldeiras se impõe nesses casos. A caldeira é um dos equipamentos mais
comuns de uso e é extremamente útil, mas sua utilização exige uma série de cuidados
técnicos e operacionais, e quando esses cuidados não acontecem, elas podem levar a
grandes acidentes de explosão, causando conseqüências enormes, como perdas de
vidas humanas e de patrimônios.
HISTÓRICO
No século II a.C., após uma série de experiências, Heron de Alexandria criou
um aparelho, chamado de Eolípila, que vaporizava a água e movimentava uma esfera
em tomo de um eixo. Este foi o precursor das caldeiras e das turbinas a vapor.
Denis Papin, na França; James Watt, na Escócia; Wilcox, nos Estados Unidos
e muitos outros, entre cientistas, artífices e operários, ocuparam-se, ao longo dos
tempos, com a evolução dos geradores de vapor.
Em 1835, havia cerca de seis mil teares movidos a vapor. Mas foi após a 1a
Guerra Mundial que essa evolução se acentuou. As pressões e capacidade de
produção de vapor, características básicas das caldeiras alcançaram valores jamais
esperados pelos técnicos do século anterior.
Com o desenvolvimento da indústria, durante e após a I Guerra Mundial,
aumentou o número de instalação de caldeiras e, conseqüentemente, dos acidentes
caracterizados por grandes explosões. As caldeiras representam fonte de recurso e
solução para uma série de problemas enfrentados pelas indústrias. Por outro lado
também se constitui em uma fonte de risco quando não são tratadas com os devidos
cuidados que merecem.
Assim como houve um avanço na tecnologia, também era necessária que se
avançasse nas técnicas para proteger tanto os homens que trabalham próximos a
estes equipamentos, como a comunidade ao redor das fábricas.
Em 1905, a explosão da caldeira de uma fábrica da cidade de Massachusetts,
nos Estados Unidos causou a morte de 58 pessoas e 117 feridos, despertando a
necessidade de criar normas e procedimentos na construção, manutenção, inspeção e
operação destes equipamentos.
A partir daí, foram criados os códigos da American Society of Mechanical
Engineers (ASME), que se constituem na principal fonte de referência normativa sobre
caldeiras e vasos de pressão do mundo. Além destes códigos, existem as British
Standards (BS), as normas da Association Française Normalization (AFNOR), o Code d
'Appareilis á Pression (Codap), as normas soviéticas, alemãs, japonesas e outras.
No Brasil, desde 1943 a CLT, de forma incipiente, contempla a preocupação
com a segurança em caldeiras. Uma das primeiras normas técnicas para a inspeção de
caldeiras foi a NB 55, que vigorou sem alterações até o ano de 1975, quando sofreu a
primeira revisão com a inclusão dos testes hidrostáticos. Em 1978 foi criada a norma
sobre Caldeiras e Vasos sob Pressão, a NR-13, que estabeleceu as medidas de
segurança para os usuários destes sistemas:
De 1978 a 1984 a NR-13 pouco foi aplicada, não ajudando a diminuir os
índices de acidentes com cadeiras e vasos. Em 1984 a NR-13 foi alterada, e passou a
ser cobrada pelas Delegacias Regionais do Trabalho. Um dos grandes avanços foi a
exigência de curso de segurança para os operadores de caldeiras.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na NBR-12177/92 -
antiga NB- 55 - trata dos procedimentos de como fazer as inspeções, e a NB-227 , dos
códigos para projeto e construção de caldeiras estacionárias. Além disto, entidades
como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO), o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e a Associação Brasileira das
Indústrias Químicas (Abiquim), têm procurado contribuir elaborando estudos, pesquisas
e discussões sobre os aspectos de segurança nestes equipamentos.
Em 1995, através da portaria 23, a Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho publicou, no Diário Oficial da União, o novo texto da NR-13, elaborado por
uma comissão composta por representantes das empresas, Governo e trabalhadores.
As mudanças mais significativas foram:
GERADORES DE VAPOR
Um gerador de vapor, conhecido também como
caldeira, é um dispositivo usado para produzir
vapor aplicando energia térmica à água.
Vamos nos limitar ao estudo do uso do calor nos casos do item A (temperaturas de 0º a
200 ºC), o chamado calor de aquecimento. O estudo do vapor produzido em caldeiras
especiais para acionamento de eixos (um dos casos do item B) está fora do nosso escopo,
embora aqui e ali façamos citações.
A caldeira compõe-se de água que entra num vaso de pressão e o enche até certo nível.
Utiliza-se um combustível (gás, lenha e outros) que, com sua queima, libera calor que começa
a esquentar a água, transformando-a em vapor e, dessa forma, este, tendendo a expandir, cria
pressão interna dentro do vaso. A partir de linhas de vapor (tubos de aço, na sua maioria), os
vários pontos de uso são alimentados com o calor transportando pelo vapor.
A caldeira tem seu corpo principal construído com chapas de aço e usa camadas de lã de
vidro (algo como 50mm ou 2” de espessura) como isolamento térmico do ambiente quente do
seu interior. Os tubos de vapor também são revestidos contra a perda de vapor.
Sabemos que:
A gramática trabalha com palavras, e com a relação existente entre elas;
Físicas (vetoriais ou escalares): São aquelas grandezas que podem ser medidas.
Não físicas: São aquelas grandezas que não podem ser medidas:
Este é um item que é muito pedido em grande parte de concursos que exigem
matemática, são justamente onde muitas pessoas que estudam este tema têm comprometido
seus resultados.
MÉTRICO (metros):
ÁREA (metro quadrado):
MASSA (kilograma):
TEMPO (segundos):
ELETRICIDADE BÁSICA:
Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres, que estão em constante
movimento de forma desordenada.
Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma ordenada, nos fios, é
necessário ter uma forma que os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (V).
É a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. Sua unidade de medida é o volt (V).
É o movimento ordenado dos elétrons livres nos fios. Sua unidade é o ampère (A).
POTÊNCIA ELÉTRICA:
A tensão elétrica faz movimentar os elétrons de forma ordenada, dando origem à corrente
elétrica, tendo corrente elétrica a lâmpada se acende e se aquece com uma certa intensidade
essa intensidade de calor e luz percebida por nós (efeitos) nada mais é do que potência que é
determinada pela seguinte fórmulas:
FÍSICA APLICADA:
MUDANÇA DE ESTADO:
FORÇA:
Forças são grandezas vetoriais, possuem módulo, direção e sentido. São representadas
por vetores.
Aplicação da lei de Newton.
Analisemos agora o caso de um bloco preso a um fio, que está atado a um pino FIXO em
uma mesa horizontal e perfeitamente lisa. Posto em movimento, esse bloco passará a se
deslocar em movimento circular uniforme em tomo do pino, como vemos na figura.
Como já foi visto em cinemática, qualquer corpo próximo à superfície da Terra é atraído por
ela e adquire uma aceleração cujo valor independe da massa do corpo em questão,
denominada aceleração da gravidade g.
Se o corpo adquire certa aceleração, isso significa que sobre o mesmo atuou uma força. No
caso, diremos que a Terra atrai o corpo e chamaremos de peso P do corpo à força com que ele
é atraído pela Terra. De acordo com o 2° princípio, podemos escrever:
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A pressão mede a "força por unidade de área" que atua perpendicularmente sobre uma
superfície.
Ela pode ser expressa em diversas unidades, tais como: mmHg (milimetros de mercúrio);
mH20 (metro de água); psi (libras por polegada quadrada), kgflcm2 (quilograma-força por
centímetro quadrado), Pascal (N/m2), bar, mbar (milibares), etc. Lembramos que;
Pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. Para calcular qualquer
tipo de pressão utiliza-se a fórmula:
Uma mesma força poderá produzir pressões diferentes, dependendo da área sobre a
qual atuar. Assim, se a área for muito pequena, poderemos obter grandes pressões, mesmo
com pequenas forças.
PRESSÃO NA CALDEIRA
UNIDADES DE PRESSÃO
VAZÃO
1) Vazão e pressão:
O tanque A tem grande volume, V A , a baixa altura de água, h A . O tanque B tem menor
volume, V B, e grande altura, H B .
Abriram-se orifícios nos fundos dos tanques A e B, sairá mais vazão do tanque B que do
tanque. Isso é hidráulica. Na termodinâmica, a quantidade de calor é o volume hidráulico e a
temperatura é a pressão.
2) Temperatura:
A temperatura mede a agitação térmica de um corpo. A escala de medida de temperatura
usa a temperatura de congelação da água 0ºC, e a temperatura em que a água ferve 100ºC.
Esses dois pontos de temperatura são muito específicos, pois neles ocorrem mudanças de
estado, a saber: de água do estado líquido para o sólido (0ºC) e do estado líquido para o
estado gasoso (100ºC).
Nos países de língua inglesa, usa-se outra escala a escala fahrenheit com correlação
direta:
3) Volume
É medido em litros (L) ou em metros cúbicos (m³), que vale mil litros.
Um litro (L) é o volume de um recipiente com um decímetro (DM) de largura, um decímetro
(DM) comprimento e um decímetro (DM) de altura.
4) Pressão
Seja um tanque cheio de água e há um tubo de líquido a ele ligado como mostra a figura
Pode-se dizer que numa caldeira com pressão atuante de 1,83 kgf/cm² tudo se passa como
se ela tivesse ligada a um tubo com água com 18,3m de coluna de água.
5) Calor
O calor é medido em calorias. Cem gramas de amendoim têm a capacidade térmica de 563
calorias.
Quantidade de calor que se deve fornecer a um grama de um corpo para variar de um grau.
A água tem calor específico igual a um. Assim, para esquentar 43 kg de água de 23ºC para
81ºC, a quantidade de calor necessária é de:
Notar que é mais fácil esquentar metais que a água (devido a calores específicos menores
dos metais). Nos dias frios, é usual tomar sopa (que essencialmente é água). Por quê? É que
se temos três pratos de comida, todos com mesma massa, todos a 50°C, o prato com sopa é
que demandou mais calor para chegar a 50°C, e será a comida que mais calor transmitirá, por
isso, ao corpo que se alimentar.
Quem mais exige calor para esquentar reserva mais calor e transmite mais calor ao se
esfriar.
Para a água:
• Calor latente de fusão (passar de gelo para água) - 80 calorias por grama;
• Calor latente de evaporação (passar de água para vapor) - 540 calorias por grama de água.
Digamos que a energia, chamada neste caso de calor, pode passar de um corpo para o
outro de três maneiras diferentes. A estas três maneiras damos o nome de condução,
convecção e irradiação. Vamos ver cada uma delas separadamente (apesar delas ocorrerem
muitas vezes ao mesmo tempo).
Condução: Quando uma molécula começa a vibrar com mais intensidade, ela pode "passar"
parte desta vibração para as moléculas que estão a sua volta. Digamos que ela transfere parte
da sua energia diretamente para as moléculas vizinhas. Logicamente fica mais fácil deste
fenômeno acontecer quando as moléculas estão próximas umas das outras (como no caso dos
sólidos). Veja que aqui uma molécula conduziu a energia para a outra sem que nenhuma delas
mudasse de lugar dentro do corpo. Não houve transporte de matéria. (A condução é o
processo de "distribuição" ou troca de calor que acontece entre os sólidos)
Para caracterizar não o corpo, mas a substância que o constitui, define-se o calor
específico como a capacidade térmica por unidade de massa do corpo:
O calor específico assim definido varia grandemente de uma substância para outra.
Mas, tomando amostras com o mesmo número de partículas, isso não acontece. Por isso,
define-se também a capacidade térmica molar:
Seja um tanque de aço totalmente fechado, com água pela metade, e o resto, com ar e
submetido a aquecimento.
Há, nas caldeiras, uma relação matemática implacável entre pressão e temperatura e a
quantidade de calor cedido pela fonte de calor a uma caldeira suposta inicialmente fria (zero
graus centesimais).
Vapor saturado
É o vapor produzido pelas caldeiras comuns (de aquecimento) onde existe
permanentemente água em ebulição e esse vapor provém da camada mais próxima da
superfície do líquido dentro da caldeira.
Vapor seco
Vapor saturado, mas com pouca umidade, umidade essa retirada por pequenos
equipamentos chamados de purgadores.
Vapor úmido
É o vapor saturado com muita água. É um vapor pobre, com baixa capacidade de
cessão de calor. Esse vapor acontece em linhas de vapor com deficiência e vai-se
condensando face a, por exemplo, falhas de isolação térmica. O vapor, antes de chegar ao seu
destino, já vai virando água quente. Um sistema ainda frio de vapor (caldeira fria e linhas de
vapor frios, por não terem tido utilização) tem no início do seu trabalho vapor úmido, pois o
vapor gerado encontra a linha de vapor fria e vai-se condensando.
Vapor superaquecido
É o vapor saturado que sofreu mais aquecimento, e as gotículas de água existente
viraram vapor. O vapor superaquecido não acontece nas caldeiras comuns de aquecimento,
caldeiras essas que são as que nos interessam. O vapor superaquecido é produzido em
supercaldeiras. Ele é usado para girar eixos, turbinas etc.
São aquelas em que a água circula dentro dos tubos e os gases quentes originados da
combustão fluem sobre os tubos, por fora. Hoje são usadas quase completamente caldeiras
tipo tubo de água, dando ensejo a que se tenha e produzam grandes quantidades de vapor a
elevadas pressões e temperaturas.
Esse tipo de caldeira baseia-se no princípio de convecção. Por esse princípio, quando um
líquido é aquecido, as partículas aquecidas ficam mais leves e sobem (evaporam), enquanto que
as partículas frias, que são mais pesadas, descem. Recebendo calor, elas tornam a subir,
formando um movimento contínuo, até que a água entre em ebulição.
De resistência.
De eletrodo submerso.
Para que a água seja considerada boa condutora de corrente elétrica deve-se adicionar
determinados sais como: adição cáustica ou fosfato trisódico para que ela possa obter uma
determinada condutividade. Para que a geração de vapor seja eficiente, devemos observar a
condutividade, nível de água, distância entre os eletrodos e evitar incrustações nas resistências
elétricas.
A caldeira cria o vapor a partir da água, usando o calor liberado pela queima de
combustíveis. A única caldeira sem combustível é a caldeira elétrica que usa a passagem de
corrente elétrica para aquecer a água, transformando-a em vapor.
Voltemos às caldeiras que queimam combustíveis líquidos (óleo), gasosos (gás GLP ou gás
natural, por exemplo) ou combustíveis sólidos (madeira, bagaço de cana etc.).
Para queimar os combustíveis, usamos o equipamento chamado de queimador, que vem junto
com a caldeira. Ei-lo
• Acendedor (elétrico);
• Insuflador de ar que antecede por comando automático a ocorrência da centelha. A insuflação
prévia de ar é para afastar gases não queimados eventualmente, existentes dentro da caldeira
e que podem até explodir;
Tudo isso é feito hoje em dia de maneira automática, ou seja, é uma série programada
de procedimentos que o queimador obedece.
Observações complementares:
1. Em fogões a gás de GLP não há insuflação de ar, mas nos velhos fogões, a lenha. Ao
abanar do fogo, equivale à ação de insuflamento de ar. A divisão da saída do gás no bico
dos fogões em mais de quarenta orifícios é para melhorar a mistura gás-ar.
2. Nos fogões, existe controle de adição (três posições do controlador de entrada) de gás,
gerando maior ou menor liberação de calor. No queimador da caldeira também existe
regulagem de um ou dois pontos de intensidade de liberação de calor.
Óleo (diesel, óleo combustível, BPF) - tem problemas de poluição atmosférica, mas, às vezes,
é o único combustível existente na região. O óleo BPF (baixo-ponto de fusão) é um óleo de
sobra, de péssima qualidade e tende a ser cada vez menos usado. O problema é que ele é
produzido obrigatoriamente e tem de ser disposto de alguma maneira.
Lenha - só é usada em regiões distantes e sem maiores recursos, embora muitas cidades de
porte pequeno para médio tenham usinas termoelétricas a partir de caldeiras acionadas por
queima de madeira.
Bagaço - a produção de cana gera enormes quantidades de bagaço de cana que tem de ser
disposto. Sua utilização como combustível, acionando caldeiras, e o vapor superaquecido
alimentando turbinas e, com isso, gerando energia elétrica, é imenso e fundamental para
viabilizar o uso da cana.
Outros produtos sólidos, como restos vegetais e até lixo urbano, podem ser usados em
situações específicas.
Ignição - chama inicial, pois, com o fogo aceso, ela permanece atuante, funcionando
permanentemente. É um acendedor elétrico.
Pressão mínima de gás. O GLP tem de ser fornecido ao queimador com a pressão mínima de
l.000 mm (1 m) de coluna de água. Entendamos o que quer dizer essa pressão. Com a válvula
de alimentação de gás fechada junto ao queimador, a pressão mínima do gás tem de ser a
indicada. Aberta a válvula, o gás chega ao queimador com a pressão atmosférica.
A maior parte do ar atmosférico é nitrogênio, que é um gás inerte (mais de 70%), e ele nada
interfere no processo de combustão, mas absorve calor. Logo, se exagerarmos na ventilação
da caldeira, estará aquecendo nitrogênio, que nada fará, e será lançado quente na atmosfera.
PARTES DE UMA CALDEIRA
COMPONENTES INTERNOS
c) Feixe tubular: como o próprio nome indica é constituído de tubos de vários perfis que
interligam os tambores. Esses tubos, colocados sobre as paredes da fornalha e no percurso
dos gases quentes, integram a superfície de troca de calor da caldeira aquotubular. Tem como
finalidade realizar a troca de calor, entre os gases quentes que deixaram o superaquecedor, e
a água que se vaporiza nos tubos de subida e se aquece nos tubos de descida (traseiros).
EXERCICIOS APLICADOS
INSTRUMENTO E DISPOSITO DE CONTROLE DE CALDEIRAS
DISPOSITIVO DE ALIMENTAÇÃO
· De água:
O sistema de bombeamento de água da caldeira é composto de duas unidades independentes:
Alimentação com água fria: a sucção da bomba deverá ser ligada diretamente ao tanque de
serviço de água, observando o seguinte: ligação direta com mínimo de curvas; se houver
curvas tem que ser bem suave sem joelhos e o tubo não deverá ter o diâmetro menor que 2” .
Não esquecendo de colocar uma válvula gaveta antes do filtro no caso de necessidade de
desmontar o filtro, a bomba ou a válvula de retenção.
VISOR DE NÍVEL
É um tubo de vidro fixado na coluna de nível d’água cuja finalidade é determinar a altura
exata em que se encontra a água da caldeira, está situado na faixa de separação vapor / água.
Periodicamente, devemos acionar a válvula de dreno, para constatarmos que a altura
marcada é a correta, servindo também para remover a sílica acumulada que costuma danificar
os vidros.
São instrumentos que servem para medir a pressão para que a operação se torne segura e
econômica. É o manômetro o aparelho com o qual se mede a pressão dos gases, de vapores e
de outros fluidos. Comumente os dois tipos de manômetros mais usados são: com mola e
tubular. A pressão máxima de funcionamento da caldeira deverá estar sempre marcada sobre
a escala do manômetro, com um traço feito à tinta vermelha, para servir de alerta ao operador
no controle da pressão.
O manômetro é um aparelho que mede o diferencial de pressão. Dois tipos de
manômetro são utilizados no sistema: o de Bourdon e o de Núcleo Móvel.
VÁLVULA DE SEGURANÇA
VÁLVULA DE SEGURANÇA
a) Acumulação ou pressão de acúmulo: é o acréscimo da pressão de trabalho, em termos
percentuais, permissível no equipamento durante a descarga da válvula.
DISPOSITIVOS AUXILIARES
São aqueles projetados para garantir que a caldeira funcione em perfeita segurança.
b) Válvulas solenóides: São comandadas eletricamente. Existe uma bobina elétrica que ao
energizar-se cria um campo magnético, abrindo a válvula para passagem do óleo combustível
ou vapor. Quando se corta a corrente, termina o campo magnético e a mesma se fecha.
VÁLVULAS E TUBULAÇÕES
a) Válvula principal de saída de vapor: válvula tipo globo em sua maioria, podendo usar
válvula tipo gaveta quando não se tem e não se quer um rigoroso controle da vazão, ou
queremos bloquear a linha.
b) Válvula de segurança: as válvulas de segurança destinam-se a evitar que a pressão das
caldeiras eleve-se além do limite especificado pelo projeto. Isto reverte em favor da segurança
e em vida mais longa para o equipamento.
e) Válvula de descarga de fundo: são instaladas na região mais baixa da caldeira e tem por
finalidade purgar o sistema, quando abertas, retira da mesma toda a lama ou lodo dos
materiais sólidos em suspensão que se deposita no fundo, são também instaladas nas colunas
de níveis de água. Existem dois tipos de válvulas de descarga de fundo: de descarga lenta; de
descarga rápida.
f) Válvulas de vapor: tipo globo para suprir de vapor a válvula solenóide que controla o
aquecimento do pré-aquecedor do óleo combustível, supre também o combustor quando a
atomização do óleo é processada pelo vapor, os injetores e bombas de alimentação de água.
h) Válvulas de ar: tipo globo, nos inícios e fins de operação, controla a saída ou entrada de ar
na caldeira.
i) Rede geral de alimentação de água: é a tubulação que interliga o tanque geral de água à
bomba de água, sempre que possível instalando um tanque de serviço entre os dois, para uma
possível queda de pressão e aproveitamento do condensado. Esta rede deve possuir um
número bastante reduzido de curvas e atender somente a este equipamento.
k) Rede de drenagem: duas redes de drenagem devem ser previstas: uma que trabalhará sob
a pressão da caldeira (rede fechada) e outra que estará à pressão atmosférica (rede aberta).
Compõem o sistema fechado às redes das válvulas de descarga de fundo e descarga da
coluna de nível de água e o sistema aberto às redes do purgador da serpentina e dreno do pré-
aquecedor de óleo, torneiras de prova e injetor da caldeira, válvula de descarga do indicador de
nível de água.
l) Descarga de fundo - A descarga de fundo da caldeira deve ser feita geralmente sob
pressão. A pressão e a temperatura da água (acima da ebulição) poderão destruir o sistema de
esgoto, por isso, recomenda-se instalar um tanque de descarga entre a caldeira e o esgoto,
onde os golpes e a temperatura elevada da água serão eliminados.
Em muitas caldeiras, principalmente as de menor porte, é suficiente instalar uma
válvula de descarga rápida (válvula de fundo de caldeira) para se obter a extração de lodo e
sais. Mas as caldeiras de maior porte requerem um dispositivo adicional para a dessalinização
contínua e a automatização da válvula de descarga periódica.
j) Rede de vapor: a válvula de saída de vapor para o consumo está localizada na parte
superior da caldeira, onde ocorre a extração de vapor para o consumo, a abertura e
fechamento desta válvula não devem ocasionar choques (mecânicos ou térmicos) no restante
da instalação, deve ocorrer lenta e continuamente. A tubulação principal de vapor deve ser
feita, na mesma bitola da saída da válvula de saída.
A perda de carga (queda de pressão) e a conseqüente condensação nas linhas dependem
do comprimento, do diâmetro e do número de curvas da rede, por este motivo, algumas vezes
é necessário construir as linhas com maior bitola que o especificado. Uma redução de pressão
implica num aumento de diâmetro da tubulação da rede, uma vez que o volume aumenta.
O sistema de purga e condensado deve ser previsto nas partes mais baixas da rede,
evitando-se assim bolsas de água, este condensado além de prejudicar a distribuição de vapor
irá fatalmente às máquinas dificultando o funcionamento das mesmas e podendo causar
grandes avarias, teremos também de prever a purga do ar na tubulação. A rede de distribuição
de vapor é composta de: rede principal e secundária, e devido ao aquecimento da mesma, as
tubulações se dilatam, devemos prever os pontos que se devem colocar as juntas de dilatação
e as que a absorvem. Além de isolá-las termicamente para evitar perdas de calor latente do
vapor.
TIRAGEM DE FUMAÇA
b) Tiragem induzida: nesta tiragem, o circuito total permanece com compressão reduzida,
podendo ser conseguida de duas maneiras: aspiração com ejetor; aspiração com exaustor. O
sistema mais difundido nas caldeiras é a aspiração por exaustores. O ventilador é
dimensionado para a vazão total dos gases da combustão à temperatura de saída.
c) Tiragem forçada: a tiragem forçada é realizada por ventiladores tipo centrífugo ou axial.
Estes ventiladores devem ser dimensionados, levando em consideração a perda de carga no
sistema, o suprimento de ar de combustão e garantir a saída dos gases de combustão até a
saída para a atmosfera. Para impedir a fuga de gás no sistema, estas caldeiras têm que ter
perfeita vedação. São também chamadas de caldeiras pressurizadas.
PARTIDA E PARADA
Admitamos que a caldeira esteja fria, mas com água (a caldeira foi desligada, sem uso), e
tudo está pronto e sem problemas.
“• o nível de água dentro da caldeira, que deve” estar entre um valor máximo e mínimo;
• complementarmente deve verificar se o reservatório geral de água da instituição (hotel,
hospital, indústria etc.) tem água;
Verifica se a pressão do gás está no mínimo 300 mmCA (milímetros de coluna de água);
o processo começou
• Como já há gás alimentando o queimador com a faísca, forma-se a chama no estágio inicial.
• Como estamos na fase inicial de queima, a temperatura na caldeira é a ambiente (algo como
20°C) e a pressão no manômetro da caldeira é nula (pressão ambiente).
Daqui a alguns minutos começará a água a ferver e será a 100°C pois estamos a pressão
ambiente. Com o tempo, e alcançada a pressão de trabalho (regime), a água da caldeira
mudará de fase, virando vapor a uma temperatura maior).
• A caldeira está quente. Se tivermos termômetro do vapor, ele indicará essa temperatura. Se
não tivermos termômetro na caldeira, basta olhar o seu manômetro (equipamento
indispensável). Basta saber a pressão do vapor que, matematicamente, via tabela (Tabela de
Flieger-Mollier) a temperatura do vapor.
• Começa a água a vaporizar, e como a saída de vapor está fechada (hipótese), começa a
caldeira a ter pressão que chegará até próximo à pressão máxima de trabalho.
• Liga-se a caldeira às linhas de vapor, abrindo a válvula de saída do vapor e este começará a
circular pelas linhas, alimentando os pontos de consumo de vapor.
Mais tarde ele voltará bem menos quente (condensado) ao tanque de condensado.
O que volta ao tanque de condensado é uma mistura de vapor e água quente (temperatura
inferior a 100°C). Essa mistura via uso de bomba retoma à caldeira.
• Olhar o termômetro de saída dos gases queimados que estará na mesma temperatura do
vapor produzido na caldeira.
A sequência mostrada ocorre quando a caldeira está fria. Com a caldeira quente há sempre a
necessidade de entrada de água nova, pois no circuito de água quente sempre há perdas. A
água nova é fria e seria um problema enviar água fria para um local com alta temperatura, o
que poderia levar a danos ao aço da caldeira face ao choque térmico.
Face a isso, como em todo o sistema de caldeiras costuma existir um aquecedor (boiler) com
água na faixa em torno de 50°C, o certo é alimentar a caldeira quente com essa água do
aquecedor (boiler), evitando o choque térmico.
1. Associação de caldeiras
Se uma caldeira (caldeira A) estiver para começar a funcionar, alimentando linhas de vapor já
alimentadas por outra caldeira (caldeira B), a ligação da caldeira A com o sistema só deve
acontecer quando a pressão de A for igual à pressão de B, pois senão haverá refluxo de vapor
com sérias consequências para a caldeira A (a de menor pressão de vapor).
2. A entrada de uma caldeira com as linhas de vapor frias gera mais condensados do que na
situação normal das linhas quentes.
3. Quando uma caldeira entra num sistema com linhas frias e vazias, além da geração de mais
condensados, temos o problema da necessidade de expulsar o ar que ocupa as linhas,
substituindo-o pelo vapor. As linhas de vapor devem ter, portanto, dispositivos de expulsão
desse ar. Feito tudo isso, o sistema entra em regime (operação contínua).
A indústria que possui um sistema de várias caldeiras deve possuir um barrilete distribuidor
de vapor com o número de entradas igual à quantidade das mesmas e número de saídas de
acordo com o processo. Na linha principal de vapor devem ser instaladas válvulas de retenção
para evitar que o vapor das outras caldeiras retorne para as mesmas quando estiverem
paradas.
Estes barriletes têm como acessórios as válvulas de entrada e saída de vapor, geralmente
do tipo globo, purgadores, manômetros e termômetros, além de serem isolados termicamente
Por vezes, uma caldeira que acreditamos que está sem problema vai ser posta para
funcionar e não parte.
Esses são alguns dos problemas de partida (e operação) de uma caldeira. Bons
manuais de operação da caldeira indicam, para cada defeito, a solução recomendada.
Na falta de um bom manual, faça você uma lista de verificações (check list).
ROTEIRO DE VISTORIA
. A correta operação de uma caldeira exige rotinas que podemos dividir em rotinas horárias,
diárias.
Atenção, acima destas regras estão as regras de segurança do manual da caldeira. Neste livro
são dadas informações genéricas, enquanto no manual estão as informações específicas.
Rotinas horárias
1. Na passagem de turno, verificar (ler) o que o operador anterior deixou escrito no livro de
operação. O operador que sai só deve deixar a casa da caldeira quando quem o rendeu leu o
relatório de passagem. Não aceite informações verbais. Quando deixar o turno, escrever tudo o
que de importante aconteceu.
2. Olhar o nível de água dentro da caldeira através do visor de nível. Falta de água é algo
gravíssimo e obriga o desligamento manual imediato do aquecimento (fogo). Excesso de água
indica falha no automatismo de ligar e desligar a bomba de alimentação de água. Corrigir O
automatismo e descarregar o excesso de água.
Pressão muito baixa pode indicar um excesso de consumo ou problema (falta) de alimentação
de água ou gás. Pressão muito alta - desligar imediatamente o aquecimento e verificar a causa.
Como indicado em outro capítulo, há uma relação implacável nas caldeiras de vapor saturado
entre pressão do vapor dentro da caldeira e a temperatura do vapor. Conhecendo a pressão,
sabe-se a temperatura, e conhecendo a temperatura, sabe-se a pressão.
Rotina diária
• verificar o estado das válvulas de segurança das caldeiras. Acionar as válvulas manualmente;
• testar o alarme de gás. Lembrar que o GLP é mais pesado que o ar atmosférico e, se livre, se
acumula perto do chão. O gás natural é mais leve que o ar e sobe para os pontos mais altos da
casa de caldeira que deve ser muito bem ventilada com saídas por baixo e por cima;
• correr uma vez por dia toda a linha de vapor, anotando tudo o que esteja ocorrendo e deixar
isso por escrito no livro de operação da caldeira. Nada de verbal deve ser comunicado na
passagem de turno. Só vale o que está escrito.
Dica:
Se a caldeira for a gás, fazer o teste de detector de vazamento de gás a cada semana.
EXERCICIOS APLICADOS
TRATAMENTO DE ÁGUA
Vapor é água que sofreu mudança de estado de líquido para gás. Logo a importância da
qualidade da água é vital para se produzir vapor. De onde pode vir a água?
Água potável é, sumariamente, uma água cristalina, agradável de beber (leve e sem gosto) e
que não transmite doenças.
Água potável não quer dizer, entretanto, água pura. A água potável sempre tem:
• sólidos dissolvidos que não produzem cor ou turbidez;
• gases dissolvidos, como o oxigênio.
O fato de uma água ser potável não quer dizer que, para ser usada em caldeiras, possa
prescindir de tratamento. Analogamente, a água potável não serve como água para bateria,
pois, mesmo cristalina, tem muitos sólidos dissolvidos invisíveis. Para água de bateria, se
destila a água potável e, com isso, se eliminam os sais dissolvidos. O mesmo se poderia fazer
com a água de caldeiras, mas como o consumo de água na caldeira é muito grande, é inviável
economicamente se destilar água para o uso na caldeira (usada em navios).
1. Como dito, a água potável tem muitos sólidos dissolvidos e se a usarmos, esses sólidos não
saem com o vapor e ficam se acumulando na caldeira, podendo formar incrustações na parte
metálica da caldeira e das linhas de vapor e, com isso, geram-se problemas muito graves.
2. O oxigênio dissolvido que vem na água potável ataca os metais da caldeira, sendo, pois,
fonte de corrosão.
3. O vapor, sendo uma água vaporizada sem sólidos que ficou na caldeira, tem grande avidez
por sólidos e a pega nas estruturas metálicas que encontra na caldeira e nas linhas de vapor.
• acompanhar a qualidade da água da caldeira, tanto a que está entrando como a água dentro
da caldeira;
• fazer o tratamento da água da caldeira, que quase sempre é necessário;
• verificar as incrustações na chaparia da caldeira e em suas tubulações;
• verificar o eventual ataque à caldeira pelos sólidos dissolvidos (invisíveis) que vêm junto com
a água;
• fazer a inspeção anual prevista pela NR 13.
O tratamento de água da caldeira é uma atividade técnica especializada e cujos detalhes estão
fora do escopo deste livro. Daremos então informações sumárias que não eliminam a
necessidade de contratação de um profissional do ramo (engenheiro químico especializado).
Há tratamento de água fora da caldeira e que, portanto, trata a água que vai nela entrar. É o
caso de caldeiras especiais ou casos especiais (água de poço profundo com muitos sais) e que
são assuntos todo especiais. Os tratamentos de água fora da caldeira mais comuns são:
Vamos, nos ater ao tratamento de água dentro da caldeira e que tem por objetivos principais:
Com esse tipo de tratamento, evitamos bastante a incrustação e o ataque à parte metálica da
caldeira e linhas de vapor.
Forma-se dentro da caldeira continuamente uma lama de fácil decantação e não incrustante
que o operador da caldeira deve dispor para o esgoto de hora em hora, via válvula de descarga
de fundo (extração de fundo).
Nota - Para exprimir a concentração dos sólidos dissolvidos que causam os problemas nas
caldeiras foi criado o conceito de dureza da água. Quanto maior for a dureza da água, mais
sólidos dissolvidos teremos que remover.
Águas duras não espumam quando misturadas com sabão. Mãos de professores cheias de giz
ao serem lavadas não espumam. No sul do Brasil, as águas costumam ser mais moles, e no
nordeste são mais duras.
Considerações
1. Adição de água
• ponto de uso de vapor sem retorno de condensado por contaminação desse condensado;
• perdas por falhas nas conexões;
• descargas da lama do fundo (extração de fundo) da caldeira e que devem acontecer de hora
em hora, ou com espaço de tempo menor.
2. A questão do pH
Águas ácidas atacam os metais das caldeiras e, portanto, o pH da caldeira deve ser mantido
alcalino, o que se consegue adicionando, por exemplo, cal (hidróxido de cálcio), a mesma cal
de pintura. Cuidado com excesso de alcalinidade. O mostrador de vidro do nível de água da
caldeira pode ser atacado por um meio excessivamente alcalino.
Cabe sempre uma advertência - cada caldeira, em função do seu tipo e pressão exige certa
qualidade de água. Consultar o manual da caldeira e o especialista de tratamento de água.
4. O local de retirada de amostras para exame químico da água tem de ser na tubulação de
descarga do lodo, pois aí se acumulam os problemas. Por vezes, por dificuldades de acesso a
esse ponto, retira-se amostra de água em locais que falseiam os resultados.
EXERCICIOS APLICADOS
PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
RISCOS DE EXPLOSÃO
c) Dimensionamento incorreto
e) Incrustações
Com esse aumento de temperatura, alem das perdas de energia, do ponto de vista da
segurança, podem ocorrer às seguintes conseqüências indesejáveis:
• O aço previsto para trabalhar em temperatura da ordem de 300 ºC fica exposto a temperaturas
da ordem de 500 º C, fora dos limites de resistência e, portanto, em condições de risco de
explosão acentuado.
• Sendo quebradiça, uma parte de camada incrustante pode soltar-se, fazendo a água entrar em
contato direto com as paredes do tubo em alta temperatura veja a figura abaixo, o que provoca
a expansão repentina da água e, conseqüentemente, a explosão.
O tratamento interno da água, sem purificação previa, é desaconselhado, uma vez que
favorece a incrustação, a concentração de produtos orgânicos e conseqüentemente a ma
condução de calor, no caso das numerosas purgas e extrações necessárias não serem
efetuadas. A figura abaixo descreve a fotografia de um tubo de caldeira flamotubular
incrustado.
TUBO DE CALDEIRA FLAMOTULAR COM INCRUSTAÇÃO.
Quando uma caldeira possui potencia baixa em relação às necessidades das áreas
servidas pela sua produção de vapor, há o risco de operação em “marcha forçada”. Na
expectativa de atender a demanda, intensifica-se o fornecimento de energia à fornalha e,
dadas as limitações da caldeira, em vez de se alcançar a produção desejada, o que se
consegue é a ruptura, ou pelo menos a deformação dos tubos, potencializando-se assim, os
riscos de explosão.
Nas caldeiras flamotubulares, esse fenômeno pode também causar fissuras no
espelho traseiro, nas regiões entre os furos, da mesma forma que os prolongamentos
excessivos comentados no item “c”.
A circulação de água nas caldeiras é, na grande maioria dos caso, “natural”, isto é a
diferença de densidade entre a água nas partes mais quentes e nas partes menos quentes é
que coloca a água em circulação. As moléculas mais quentes dilatam-se e proporcionalmente a
esse aumento de volume, decresce a densidade.
A carga motriz de circulação diminui à medida que a pressão de serviço aumenta, uma
vez que os pesos específicos da água e do vapor se aproximam, sendo, finalmente, iguais
quando a pressão atinge a denominada “pressão critica”, de aproximadamente 217 kgf/cm².
Na pratica, a circulação natural é utilizável até pressões em torno de 150 kgf/cm². De fato, a
potencia de vaporização das caldeiras de pressões da ordem de 100 kgf/cm² é tal que justifica
a utilização de bombas para forçar a circulação.
Por outro lado, todo aumento de velocidade, aumentam as perdas de carga (a perda
de carga é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade).
O equilíbrio das velocidades de circulação é prejudicado quando a carga motriz é
equilibrada pelas perdas de carga. A velocidade da água nos tubos de fornalha, a uma
circulação natural, é de 0,3 a 0,5 m/s.
Nota-se, desta forma, que para cada condição de solicitação da caldeira, haverá um
estado de equilíbrio deferente.
É necessário também, que cada tubo seja atravessado por uma quantidade de água
suficiente para “refrigerá-lo”. É preciso, pois, encontrar um bom equilíbrio da vazão de água.
Por outro lado, se houver a formação de uma bolha de vapor na parte baixa da fornalha
(ver detalhe na figura acima), ela isolará termicamente a parede da fornalha, da água da
caldeira, ocasionando superaquecimentos e eventuais deformações da fornalha nesse ponto.
Esse fenômeno se mantém e se agravam com a continuidade de suas ocorrência,
potencializando o risco de explosão.
DEFEITO DE MANDRILAGEM
b) geometria:
• defeitos planos;
• defeitos volumétricos;
• defeitos de execução;
• defeitos devido ao serviço da construção;
d) meios de detecção:
e) gravidade:
Esses critérios de classificação não são os únicos; podem ser adotados outro, tendo-se sempre
em mente que cada critério tem suas vantagens e desvantagens.
CORROSÃO
A detecção dessa causa de explosão só pode, portanto, ser obtida de uma única
forma: por meio das inspeções internas, daí a importância dessa medida, obrigatória não só
por lei, mas também como pratica recomendada pela boa técnica.
Nas caldeiras, a corrosão está presente não só no lado água, como também no lado
do gás (denominados interior e exterior, respectivamente), e embora seu mecanismo seja bem
conhecido nos dias de hoje, seu controle ainda é razoavelmente difícil em certos casos.
a) Corrosão interna
A corrosão interna das caldeiras processa-se sob diversas formas, segundo diversos
mecanismos, porém é sempre conseqüência direta da presença da água: de sua característica,
de suas impurezas e de seu comportamento, quando em contato com o ferro, nas diversas
faixas de temperaturas.
• Corrosão galvânica.
Esse tipo de corrosão ocorre quando dois metais deferentes estão e contato na
presença de um eletrólito, o que gera uma diferença de potencial e, conseqüentemente, um
fluxo de elétron (daí o nome “pilha”, comumente empregado para designar esse fenômeno).
Nas caldeiras, o par galvânico pode ser formado quando metais como o cobre e o
níquel se desprendem pela erosão, cavitação de em tubulações ou em rotores de bombas este
inserem em fendas ou nas regiões de mandrilagem de tubos.
• Aeração diferencial
Injetor: são peças confeccionadas para abastecer a caldeira de água fria em situações
de emergência. Não fazem sucção e não trabalham com água quente; o tanque de água
deve ser elevado, pois trabalham sob carga, e utilizam o próprio vapor da
caldeira como meio de impulsão da água.
Bombas centrífugas: possuem elevada capacidade de aspiração (com a tubulação de
sucção cheia de água), pela sua simplicidade é a que tem oferecido melhores
resultados. Nas caldeiras de baixa pressão, usamos bombas com apenas um estágio e
nas de alta pressão, usamos bombas de multi-estagios.
Tambor de vapor: é um vaso fechado, localizado no ponto mais alto da caldeira aquotubular,
onde se encontram em equilíbrio água líquida evaporando-se e vapor de água. Ao tambor
estão conectados os tubos de descida de água (economizadores) e os tubos de chegada da
mistura de vapor mais água (vaporizantes). O tambor é adaptado com válvulas de segurança,
entrada de água de alimentação e possuem internamente dispositivos destinados a evitar que
o vapor que sai do tambor arraste partículas de água e impurezas sólidas, chamadas de partes
internas do tambor.
· Tambor de lama: fica localizado no ponto mais baixo do sistema de tubos e tem por
finalidade acumular lama, ferrugem e outros materiais. Faz-se periodicamente a descarga
desses materiais. Este tambor trabalha cheio de água. No tambor estão conectados os tubos
economizadores, vaporizantes e no fundo, estão instaladas uma ou mais válvulas de
descargas de fundo, com a finalidade de purgar o sistema.
· Pré-aquecedor de ar: tem por finalidade elevar a temperatura do ar de combustão. Com, isto
se consegue melhor queima, aumentando o rendimento da caldeira.
· Fornalha: é o local destinado à queima do combustível, que pode ser sólido, líquido ou
gasoso. É composta do combustor (maçarico), que promove a queima do combustível e da
câmara de combustão onde se verifica a completa queima dos gases.
A CASA DE CALDEIRA
A NR 13 exige que a casa tenha duas saídas em posições opostas, para facilitar a
saída do operador em caso de emergência. Nossa recomendação é que deve haver um
sanitário nas imediações (no máximo a cinqüenta metros de distância), para diminuir ao
máximo o tempo de permanência do operador fora da casa da caldeira.
EXERCICIOS APLICADOS