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Segurança em Caldeiras, Vasos de Pressão,

Tubulações e Tanques Metálicos de


Armazenamento)
Daniel Walker Junior
Engº de Produção Mecânico
Engº de Segurança do Trabalho, Perito Judicial e Inspetor de Caldeiras,
Vasos de Pressão, Tanques Metálicos de Armazenamento e Tubulações
Apresentação

Vamos nos apresentar?


Qual é o seu nome?
Qual a sua formação profissional?
Quais as expectativas?
Objetivo do Minicurso

Preparar profissionais com


competências relativas a segurança
em caldeiras, vasos de pressão,
tubulações e tanques metálicos de
armazenamento, de forma a evitar
acidentes e a preservar as boas
condições do equipamento, de acordo
com normas técnicas de saúde e
segurança do trabalho.
Conteúdo Programático da Disciplina

- Utilização de caldeiras e vasos de pressão na indústria;


- Riscos de acidentes;
- Consequências de uma explosão;
- Inspeções de Segurança;
- Segurança na operação de caldeiras e vasos;
- Análise da Norma de Inspeção: NR-13;
- Operadores habilitados;
- Profissionais engenheiros habilitados para inspeção;
- Pressão Máxima de Trabalho Permitida;
- Produção de Vapor;
Histórico da NR-13

Em 27/12/1994, com reedição em 26/04/1995, foi estabelecida através do Ministério


do Trabalho a Portaria Nº 23, NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão, a qual fixa
normas de segurança relativas a Caldeiras e Vasos de Pressão.

As caldeiras, mesmo antes desta Portaria, já eram inspecionadas normalmente,


sendo que os vasos de pressão foram relegados a um segundo plano, com poucas
inspeções, o que gerava acidentes, com perdas humanas e materiais. Deve-se
destacar que vasos de pressão armazenam uma infinidade de produtos químicos,
gases e demais substâncias tóxicas e que são instalados dentro da fábrica, em
meio à circulação de funcionários.
Alterações da NR-13
NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSMT n.º 02, de 08 de maio de 1984 07/06/84
Portaria SSST n.º 23, de 27 de dezembro de 1994 Rep.:26/04/95
Portaria SIT n.º 57, de 19 de junho de 2008 24/06/08
Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014 02/05/14
Portaria MTb n.º 1.084, de 28 de setembro de 2017 29/09/17
Portaria MTb n.º 1.082, de 18 de dezembro de 2018 20/12/18
Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19
Portaria SEPRT n.º 1.846, de 1º de julho de 2022 04/07/22
NR-13
OBJETIVO

13.1.1 O objetivo desta Norma Regulamentadora - NR é estabelecer


requisitos mínimos para a gestão da integridade estrutural de caldeiras,
vasos de pressão, suas tubulações de interligação e tanques metálicos de
armazenamento nos aspectos relacionados à instalação, inspeção,
operação e manutenção, visando a segurança e saúde dos trabalhadores.

Dois pontos principais “dois pilares”

....gestão da integridade estrutural....

....segurança e saúde dos trabalhadores...


GLOSSÁRIO DA NR-13
• Caldeiras: são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão
superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme
códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e similares.

• Vasos de pressão: recipientes estanques, de quaisquer tipos, formato ou


finalidade, capazes de conter fluidos sob pressões manométricas positivas ou
negativas, diferentes da atmosférica, observados os critérios de enquadramento
desta NR.

• Tubulações: conjunto formado por tubos e seus respectivos acessórios,


projetados por códigos específicos, destinado ao transporte de fluidos.

• Tanques metálicos de armazenamento: equipamentos estáticos, metálicos, não


enterrados, sujeitos à pressão atmosférica ou a pressões menores que 103kPa,
cujo costado se desenvolve, em regra, a partir de um eixo vertical de revolução,
com preponderância para as construções cilíndricas.
ATIVIDADE ECONÔMICA POSSÍVEIS EQUIPAMENTOS ENQUADRADOS NA NR-13
Curtume Caldeiras
Indústria de Sabão Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Lavanderia Industrial Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Hotéis Caldeiras, Motores a Combustão (Casa de Bombas de Incêndio)
Fabricação e Placas de Borracha, Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de
Calçados Armazenamento
Renovadora de Pneus Autoclaves, Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Indústria de Vestuário Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Pintura Automotiva Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Laticínio Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Depósito de Gêneros Alimentícios Tanques Metálicos de Armazenamento
Fabricação de Garrafões de Água Mineral Compressores de Ar (Compressores de Ar)
Fabricação de Placas de Gesso Compressores de Ar (Compressores de Ar)
Indústria Cerâmica Compressores de Ar (Compressores de Ar)
Fabricação de Papel Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Shopping Center Chiller
Usina de Asfalto Compressores (Compressores de Ar)
Indústria Farmacêutica Caldeiras, Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
Engenho Caldeiras
Abatedouros Caldeiras e Vasos de Pressão (Compressores de Ar)
TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO...
CALDEIRAS...
CALDEIRAS...
VASOS DE PRESSÃO...
TUBULAÇÕES...
TUBULAÇÕES...
NR-13: Tanques Metálicos de Armazenamento

Tanques metálicos de armazenamento, com diâmetro externo maior do que três


metros, capacidade nominal acima de 20.000 l (vinte mil litros), e que
contenham fluidos de classe A ou B.
Fluidos de Classe “A” e “B” – Item 13.5.1.1.1

20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor < 60ºC

20.3.2 Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20ºC e a uma pressão
padrão de 101,3 kPa

20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC e < 93ºC
NR-13 – Tanques Metálicos de Armazenamento

13.7.1.1 As empresas que possuem tanques enquadrados nesta NR


devem elaborar um programa e um plano de inspeção que considere, no
mínimo, as seguintes variáveis, condições e premissas:

a) os fluidos armazenados;
b) condições operacionais;
c) os mecanismos de danos previsíveis;
d) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente
decorrentes de possíveis falhas dos tanques.
NR-13: Tubulações
NR-13 – Tubulações

13.6.1.1 As empresas que possuam tubulações enquadradas nesta NR


devem elaborar um programa e um plano de inspeção que considere,
no mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas abaixo:

a) os fluidos transportados;
b) a pressão de trabalho;
c) a temperatura de trabalho;
d) os mecanismos de danos previsíveis;
e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio
ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações.
NR-13 – Tubulações (Documentações Obrigatórias)

13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações deve ter a seguinte


documentação devidamente atualizada:

a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao


planejamento e à execução da inspeção;
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e dos seus
acessórios;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança; e
e) certificados de inspeção e testes dos dispositivos de segurança, se
aplicável.
NR-13 – Tubulações de Vapor

13.6.2.6 As tubulações de vapor de


água devem ser mantidas em boas
condições operacionais, de acordo com
um plano de manutenção.
Tubulações – Exemplos de Utilização

Tubulações de Condução de
Tubulações de Condução de Gás Amônia Gasosa
Liquefeito de Petróleo-GLP
NR-13: Vasos de Pressão
Vasos de Pressão – Conceitos

O nome vaso de pressão (pressure vessel)


designa genericamente todos os recipientes
estanques, de qualquer tipo, dimensões,
formato ou finalidade, capazes de conter um
fluido pressurizado.

Dentro de uma definição tão abrangente inclui-


se uma enorme variedade de equipamentos,
desde uma simples panela de pressão de
cozinha, até os mais sofisticados reatores
nucleares.
NR-13 – Vasos de Pressão

13.5.2.4 A instalação de vasos de pressão deve obedecer aos aspectos de


segurança, saúde e meio ambiente previstos nas normas regulamentadoras,
convenções e disposições legais aplicáveis.
Vasos de pressão - Disposição Geral / Tipos de fluido
13.5.1.1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão devem ser classificados conforme descrito a
seguir:

a) classe A:
I - fluidos inflamáveis;
II - fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a duzentos graus Celsius (200 ºC);
III - fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a vinte partes por milhão (20 ppm);
IV - hidrogênio; e
V - acetileno.

b) classe B:
I - fluidos combustíveis com temperatura inferior a duzentos graus Celsius (200 ºC); e
II - fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a vinte partes por milhão (20 ppm).

c) classe C:
I - vapor de água;
II - gases asfixiantes simples; e
III - ar comprimido.

d) classe D:
I - outros fluidos não enquadrados nas classes anteriores.
Componentes de um Vaso de Pressão
Vasos de Pressão – Exemplos de Utilização

Consultório Odontológico
Vasos de Pressão – Exemplos de Utilização

Autoclave (Hospitais, Clínicas,


Autoclave Vertical Laboratórios)
Autoclave Hospitalar Horizontal
Vasos de Pressão – Exemplos de Utilização

Frigorífico

Pistola de Atordoamento para Abate de Bovinos


Vasos de Pressão – Exemplos de Utilização

Recauchutagem de Pneus

Autoclave Horizontal
Tanques Metálicos de Armazenamento – Exemplos
de Utilização

Distribuidora de Líquidos Inflamáveis e


Combustíveis (Etanol, Gasolina, Óleo Diesel)
NR-13: Caldeiras
Caldeiras – Conceitos

A função básica de uma caldeira é converter a


energia química, proveniente da queima de um
combustível (sólido, líquido, gasoso) ou energia
elétrica, em energia térmica. Essa energia
térmica é transportada pelo vapor, sendo
posteriormente convertida em trabalho
mecânico ou utilizada para aquecimento nos
mais variados tipos de processos industriais e
domésticos.

O trabalho mecânico pode ser utilizado na


geração de energia elétrica, na propulsão de
navios, trens etc.
Caldeiras - Continuação

Chama-se caldeira o equipamento que ferve a


água gerando o vapor num ambiente fechado
(com pressão, portanto) e envia esse vapor
(temperatura por volta de 150 °C) por linhas de
tubulações de vapor para os vários pontos de
consumo.
Caldeiras - Continuação

Uma caldeira é composta de dois sistemas


básicos separados. Um é o sistema vapor
d´água, também chamado de lado de água da
caldeira, e o outro é o sistema combustível-ar-
gás da combustão, também chamado de lado
de fogo da caldeira.
Tipos de Combustíveis utilizados
em geradores de vapor (caldeiras)

Os combustíveis usados nas fornalhas (queimadores) de


caldeiras podem ser os mais variados, entre os quais:

• lenha, cavacos de madeira, briquete etc;


• carvão;
• GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);
• Óleo BPF (Baixo Ponto de Fusão);
• gás natural;
• biogás;
• óleo combustível e diesel;
• usa-se também a eletricidade para aquecimento da
água nas caldeiras.
Princípio de Funcionamento de uma Caldeira

Numa caldeira, que é um recipiente fechado, a pressão aumenta a medida que o


vapor vai se formando e sendo acumulado em seu interior. Esse aumento de
pressão é limitado pelas condições de projeto, fabricação e operação da
caldeira. Dessa forma, cada caldeira é projetada para trabalhar numa
determinada pressão, a qual jamais deve ser ultrapassada em operação normal,
sob o risco de explosão do equipamento.

Existem diversos tipos de caldeiras, cada qual projetada e construída para uma
determinada atividade e com características peculiares, tanto de produção de
vapor quanto de operação, inspeção e manutenção. Os tipos de caldeiras
abordados aqui serão:

Flamotubulares, Aquotubulares, Mistas e Elétricas.


Caldeira Flamotubular ou Fogotubular

Horizontal

Vertical
Caldeiras Flamotubulares
Caldeira Flamotubular ou Fogotubular
Caldeira Flamotubular ou Fogotubular
Caldeira Flamotubular ou Fogotubular

As caldeiras do tipo fogotubular os gases quentes circulam dentro de tubos


envolvidos pela água existente dentro da caldeira. São as caldeiras de
aquecimento mais comuns e as que servem hospitais, hotéis, lavanderias,
recauchutadora de pneus etc.
Caldeira Flamotubular ou Fogotubular

O vapor é gerado pelo calor transferido dos gases


quentes da combustão, através das paredes metálicas
dos tubos, para a água que fica circundando estes
tubos.
Caldeira Aquotubular

Neste tipo de caldeira, a água passa por


dentro e os gases quentes da combustão
passam por fora dos tubos. Esses tubos
são normalmente conectados entre dois ou
mais tubulões cilíndricos.
Caldeira Aquotubular

O tubulão superior tem seu


nível de água controlado em
cerca de 50% e o inferior
trabalha totalmente cheio de
água.
O aquecimento da água circula
resfriando os tubos,
aquecendo-os e liberando
vapor no tubulão superior.
A água fria adicionada no
tubulão superior desce para o
tubulão inferior e a quente
sobre para o tubulão superior.
Caldeira Mista

Quanto ao tipo de combustível utilizado


existem:

• Caldeiras a combustível sólidos;


• Caldeiras a combustíveis líquidos;
• Caldeiras a gás.
Caldeira Mista

A produção de parte do vapor nas caldeiras


mistas acontece na fornalha devido ao
aquecimento da água dentro dos tubos
com os gases do lado externo, sendo esta
uma característica das caldeiras
aquatubulares. Há passagem dos gases de
combustão pelo interior dos tubos e o
aquecimento da água do lado externo
devido aos tubos, característica das
caldeiras flamotubulares.
Caldeira Elétrica

Transformam água no estado líquido para o estado gasoso (vapor) usando


exclusivamente a corrente elétrica como fonte de calor.
Esquema de Caldeira Elétrica

Tabela de tipos de caldeiras elétricas


Produção de vapor 20 kg/h 1.500 kg/h
Trifásico 220 V 30 A Não usar
Trifásico 380 V 20 A 1.800 A
Trifásico 440 V 15 A 1.200 A
Quadro de Tipos de Caldeiras

Itens Fogotubular Aquatubular


Tipo de vapor produzido Vapor saturado Vapor superaquecido
Temperatura de vapor 150ºC 400ºC
Uso do vapor Aquecimento Acionamento de eixos
Combustível Madeira, óleos e gases Madeira, óleos e gases
Capacidade de produzir vapor De 100 a 5.000 kgv/h Mais de 5.000 kgv/h
Utilização de Vapor

VAPOR SATURADO
Para aquecimento
(85% dos casos)

VAPOR SUPERAQUECIDO
Para geração de energia
(15% dos casos)
Tipos de Caldeiras movidas a diferentes combustíveis

Lenha Óleo BPF


Gás Natural
Quais são as exigências para Caldeiras?

13.4.1.2 As caldeiras devem ser dotadas dos seguintes itens:

a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à Pressão
Máxima de Trabalho Admissível - PMTA, respeitados os requisitos do código de construção
relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de pressão de ajuste;

b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;

c) injetor ou sistema de alimentação de água independente do principal, nas caldeiras de


combustível sólido não atomizado ou com queima em suspensão;

d) sistema dedicado de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação de álcalis, com


ações automáticas após acionamento pelo operador; e

e) sistema automático de controle do nível de água com intertravamento que evite o


superaquecimento por alimentação deficiente.
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Garrafa de Nível

Visor de Nível
Garrafa de Nível com válvulas e eletrodos
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Manômetro Pressostato

Válvulas de Segurança
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Placa de Identificação Painel de Comando


Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Câmara de Combustão
(Fornalha)
Espelho da Caldeira
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Injetor

Válvula de
Retenção
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

MotoBombas
Caldeira a Vapor e seus Principais Componentes

Válvulas de Descargas de Fundo Sistema de Exaustão


Interligado com Chaminé
Sobre as Válvulas de Segurança

As válvulas de segurança, mesmo que ajustadas


para abertura na PMTA deverão:

- Ser adequadamente projetadas;

- Ser adequadamente instaladas;

- Ser adequadamente mantidas.


Válvulas de Segurança inadequadas

Funciona com um sistema de contrapeso, onde


um peso (esfera) ao ser movimentado ao longo de
uma alavanca altera à pressão.
Sobre as Válvulas de Segurança

13.4.4.8 As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser


inspecionadas periodicamente conforme segue:

a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca,
em operação, para caldeiras das categorias B e C, excluídas as caldeiras que
vaporizem fluido térmico e as que trabalhem com água tratada conforme
previsto no item 13.4.3.3;

b) as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas, inspecionadas e


testadas em bancada, e, no caso de válvulas soldadas, feito o mesmo no campo,
com uma frequência compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo
estabelecidos como limites máximos para essas atividades os períodos de
inspeção estabelecidos nos itens 13.4.4.4 e 13.4.4.5, se aplicável, para caldeiras
de categorias A e B.
Sobre as Válvulas de Segurança

13.4.4.9 Adicionalmente aos testes prescritos no item 13.4.4.8, as válvulas


de segurança instaladas em caldeiras podem ser submetidas a testes de
acumulação, a critério do PH.
Para casos onde estas premissas não forem atendidas a
válvula de segurança será considerada como inexistente.

A quantidade e o local de instalação das válvulas de segurança deverão atender


aos códigos ou normas técnicas aplicáveis.

O acréscimo de pressão, permitido durante a descarga da válvula de segurança,


deve ser no máximo o recomendado no código de projeto do equipamento.
Para casos onde estas premissas não forem atendidas a
válvula de segurança será considerada como inexistente.

No caso específico do código ASME Seção I, caldeiras com superfície de


aquecimento superior a 47 m2 devem possuir duas válvulas de segurança.
Neste caso, é permitido um acréscimo de pressão durante a descarga, com as
duas válvulas abertas de no máximo 6% da PMTA.

A existência de pelo menos um instrumento que indique a pressão do vapor


acumulado pressupõe que este esteja corretamente especificado, instalado e
mantido.
Válvula de Alívio pode ser utilizada em geradores
de vapor (CALDEIRAS)?

Não.
Para a válvula de alívio, a unidade da
vazão é em volume por tempo (por
usar líquidos e gases).

Na válvula de segurança, a vazão é


dada em massa por tempo, já que é
usada especificamente para gases ou
vapores.
Válvula de Alívio – Exemplos de Aplicação

Quando o compressor chega na pressão máxima, o


pressostato desarma e o compressor desliga. Porém,
dentro do cilindro fica uma bolsa de ar pressurizado que
não atingiu a pressão máxima para entrar no reservatório.
Este ar pressurizado que ficou preso precisa ser
eliminado para garantir que na próxima vez que o motor
elétrico venha partir, o sistema não esteja pesado (carga
muito grande na partida) e evitar a sobrecarga do motor.
Válvula de Segurança – Exemplos de Aplicação

Em compressores é comum encontrar válvulas de


segurança na cabeça do cilindro de menor pressão para
evitar a quebra de componentes internos, caso haja falha
de vedação das placas de válvulas do estágio de maior
pressão.
Calibração de Manômetro
Não Conformidades

Burla em Válvula de Compressor Visor de Nível com vedações


inapropriadas
Não Conformidades

Espelho de caldeira com chapas com baixa espessura


Não Conformidades

Caixa d´agua sem visor de nível


Não Conformidades

Suporte de madeira para fixação de disjuntor Suporte de madeira para fixação de disjuntor
e fiação elétrica exposta e inadequada
NR-13 – Instalação de Caldeiras

13.4.2.1 A autoria do projeto de instalação de caldeiras é de


responsabilidade de PLH*, e deve obedecer aos aspectos de segurança,
saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras,
convenções e disposições legais aplicáveis.

____________________________
*Profissional Legalmente Habilitado
NR-13 – Segurança na Operação de Caldeiras

13.4.3.1 Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua


portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:

a) procedimentos de partidas e paradas;


b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência; e
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
ambiente.
Visor de Nível Sujo

Entende-se por sistema de indicação de nível de


água, qualquer dispositivo com função equivalente
aos visores de coluna de água. Caso a coluna de
água não consiga ser lida corretamente por
problemas de vazamento ou bloqueio, deverá ser
imediatamente acionado o procedimento de
paralisação da caldeira.
Placa de Identificação da Caldeira

13.4.1.4 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil
acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as
seguintes informações:

a) nome do fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático de fabricação;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição
Placa de Identificação

A placa de identificação deve ser fabricada de material resistente às intempéries


tais como: alumínio, bronze, aço inoxidável etc, possuir caracteres gravados de
forma indelével, em língua portuguesa, devendo ser fixada ao corpo da caldeira
através de rebites, parafusos ou soldas.

A placa de identificação deverá ser afixada em local de fácil acesso e


visualização. Deve-se tomar cuidado para que a placa não seja fixada em partes
que possam ser removidas da caldeira, tais como: bocas de visita, chapas de
isolamento térmico etc.
Categorias de Caldeiras

a) Caldeiras da Categoria A - são aquelas


cuja pressão de operação é igual ou
superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2), com
volume superior a 50 L (cinquenta litros);

b) caldeiras da categoria B - são aquelas


cuja a pressão de operação seja superior
a 60 kPa (0,61 kgf/cm2) e inferior a 1960
kPa (19,98 kgf/cm2), volume interno
superior a 50 L (cinquenta litros) e o
produto entre a pressão de operação em
kPa e o volume interno em m³ seja
superior a 6 (seis).
Identificação da Caldeira

13.4.1.5. Além da placa de identificação, deve constar, em local visível, a


categoria da caldeira, conforme definida no item 13.4.1.2 desta NR, e seu
número ou código de identificação.
Categoria da Caldeira

13.4.1.5. Além da placa de identificação, deve constar, em local visível, a


categoria da caldeira, conforme definida no item 13.4.1.2 desta NR, e seu
número ou código de identificação.

Essas informações poderão ser


pintadas em local de fácil
visualização, com dimensões tais
que possam ser facilmente
identificadas.

Opcionalmente à pintura direta,


informações poderão fazer parte
de uma placa com visualização
equivalente.
Prontuário da Caldeira

13.4.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a


seguinte documentação devidamente atualizada:

a) Prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as seguintes


informações: código de projeto e ano de edição; especificação dos materiais;
procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final; metodologia
para estabelecimento da PMTA; registros da execução do teste hidrostático de
fabricação;
b) Registro de Segurança, em conformidade com o item 13.4.1.9;
c) Projeto de Instalação, em conformidade com o item 13.4.2.1;
d) PAR (Projeto de Alteração e Reparo), em conformidade com os itens 13.3.6 e
13.3.7;
e) Relatórios de inspeção, em conformidade com o item 13.4.4.14;
f) Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
A documentação deve ser mantida durante toda a vida útil do equipamento.

13.4.1.7 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário da caldeira deve ser


reconstituído pelo empregador, com responsabilidade técnica do fabricante
ou de PH, sendo imprescindível a reconstituição das características
funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e memória de cálculo
da PMTA.
Sobre o Registro de Segurança

13.4.1.11 A documentação referida no item 13.4.1.6 deve estar sempre à


disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de
inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o empregador
assegurar pleno acesso a essa documentação.
Sobre o Registro de Segurança

13.4.1.9 O Registro de Segurança deve ser constituído por livro de páginas


numeradas, pastas ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente
onde serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de


segurança da caldeira;

b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária,


devendo constar a condição operacional da caldeira, o nome legível e assinatura
de PH e do operador de caldeira presente na ocasião da inspeção.
Instalação de caldeiras a vapor

13.4.2.1 A autoria do projeto de instalação de caldeiras a vapor, no que


concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de PH, e deve
obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas
Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.

A autoria de projeto de instalação de caldeiras é de responsabilidade de


Profissional Habilitado. Sempre que na elaboração do projeto o Profissional
Habilitado solicitar a participação de profissionais, especializados e
legalmente habilitados, estes serão tidos como responsáveis na parte que
lhes diga respeito, devendo ser explicitamente mencionados como autores
das partes que tiverem executado.
Instalação de caldeiras a vapor

O projeto de instalação deverá conter todos os documentos, plantas,


desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, análises, normas, especificações
relativos ao projeto, devidamente assinados pelos profissionais legalmente
habilitados.
Limpeza Química
Casa de Caldeiras

13.4.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em


casa de caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado área de
caldeiras.

Deverá ser entendido como Casa de Caldeiras um local reservado do


estabelecimento, delimitado por paredes ou divisórias e devidamente coberto
onde estejam instaladas as caldeiras.
Casa de Caldeira

Deverá ser entendido como Área de Caldeiras um local


onde a caldeira não esteja confinada, exposto ou não à
ação do tempo, destinado à instalação das caldeiras. A
simples existência de cobertura não caracteriza o local
como sendo "Casa de Caldeira".

A opção pela instalação das caldeiras em Área ou Casa de


Caldeiras será definida na fase de projeto e independente
das dimensões da Caldeira ou de seus parâmetros
operacionais.
Caldeira instalada em Ambiente Aberto

13.4.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a área de


caldeiras deve satisfazer aos seguintes requisitos:

a) estar afastada de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de: outras instalações do
estabelecimento; de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios
para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade; do limite de
propriedade de terceiros; do limite com as vias públicas;

b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente


desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas;
Caldeira instalada em Ambiente Aberto

c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da


caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas;

d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,


provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às
normas ambientais vigentes;

e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

f) ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.


Escada com Guarda Corpo
Iluminação – Casa de Caldeira

A NR-17 subitem 17.5.3.3. determina que "os níveis mínimos de


iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de
iluminância estabelecidos na ABNT NBR 5413."

Deve ser entendido como sistema de iluminação de emergência todo


sistema que, em caso de falha no fornecimento de energia elétrica, consiga
manter adequadamente iluminados os pontos estratégicos à operação da
caldeira. São exemplos destes sistemas lâmpadas ligadas a baterias que se
autocarregam nos períodos de fornecimento normal, geradores movidos a
vapor ou motores a combustão etc.
Casa de Caldeira em Ambiente Fechado

13.4.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente fechado, a casa de


caldeiras deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo


ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém
com as outras paredes afastadas de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de outras
instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com as vias públicas e
de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até
2000 l (dois mil litros) de capacidade;

b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas,


sinalizadas e dispostas em direções distintas;
Casa de Caldeira em Ambiente Fechado

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser


bloqueadas;

d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de


caldeira a combustível gasoso;

e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;

f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da


caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas;
Casa de Caldeira em Ambiente Fechado

g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,


provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes;

h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de


iluminação de emergência.
Casa de Caldeira

13.4.2.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos itens


13.4.2.3 e 13.4.2.4, deve ser elaborado projeto alternativo de instalação, com
medidas complementares de segurança, que permitam a atenuação dos
riscos, comunicando previamente a representação sindical dos trabalhadores
predominante no estabelecimento.
Casa de Caldeira

Este requisito se aplica tanto às instalações existentes como para novas instalações.
As medidas complementares citadas, neste item, referem-se à prevenção e não à
consequência de eventuais explosões. Desta forma o Projeto Alternativo deve
priorizar a implantação de medidas que melhores a confiabilidade operacional da
caldeira. São exemplos de medidas concretas que permitam a atenuação dos riscos:

a) Realização de inspeções com maior frequência e maior rigor quanto a aplicação


de ensaios não destrutivos;
b) Aperfeiçoamento dos sistemas de controle;
c) Independemente da pressão, atender a requisitos mais apurados de qualidade e
tratamento de água;
d) Reduzir a pressão de operação quando possível;
e) Empregar combustíveis de melhor qualidade etc.
Caldeiras (Ambiente Fechado x Ambiente Aberto)
Profissional Habilitado

13.3.2. Para efeito desta NR, considera-se Profissional Legalmente Habilitado –


PLH aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento
da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras,
vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos, em conformidade com a
regulamentação profissional vigente no País.
PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível

Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) - É o maior valor de


pressão a que um equipamento pode ser submetido continuamente, de
acordo com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as
dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.

A PMTA é calculada ou determinada utilizando-se fórmulas e tabelas


disponíveis no Código de Projeto da Caldeira.
Inspeção em Caldeiras

Frequência de Inspeção:

 Antes de entrar em operação – Inspeção Inicial


 Após reforma, modificações ou acidentes – Inspeção Extraordinária
 Periodicamente, em função da Categoria (NR13) – Inspeção de Segurança
Periódica
 Após inatividade > 6 meses – Inspeção Extraordinária
Inspeção de Segurança
Teste Hidrostático

Quando realizar?
Quando nova antes de entrar em operação: usar a Pressão descrita no Código de
construção calculada com base nos valores da PMTA de todas as partes da caldeira.
Com remoção das válvulas de segurança

Após serviços de inspeção e manutenção é comum a realização do Teste de


Estanqueidade, com pressão 10% inferior a pressão de abertura das válvulas de
segurança para avaliação de vazamentos. Sem a remoção, nem travamento das
válvulas de segurança.
Teste Hidrostático

Pressão de Teste para Caldeira nova

Quando nova antes de entrar em operação: usar a Pressão descrita no Código de


construção calculada com base nos valores da PMTA de todas as partes da
caldeira.

 Pressão usual =1,5 x PMTA – com base na menor PMTA

 Para Caldeiras com PMTA > 40Kgf/cm2 costuma ser adotado a Pteste = 1,2 x
(PMTA)
Vazamento durante teste hidrostático
Ensaios Não Destrutivos

Medição de Espessura Líquido Penetrante


por Ultrassom.
Ensaios END - em Soldaduras

Ensaio de Líquido Penetrante


Teste Hidrostático em Vasos de Pressão
Vazamento em Espelho de Caldeira
Videoscopia
Riscos na Casa de Caldeira

Como exemplos de situação irregular, podemos citar os riscos a seguir:

a) : gera problemas relativos à


segurança porque:

• dificulta o deslocamento dos operadores em situação normal e em


situações de emergência;
• causa desconforto em virtude das temperaturas elevadas no ambiente;
• dificulta a ventilação
• dificulta a manutenção.
Riscos na Casa de Caldeira

b) : facilita o aumento da
temperatura ambiente, provocando danos, entre outros, à fiação elétrica,
aos instrumentos, aos controladores, com riscos de acidentes e prejuízos à
saúde dos trabalhadores.

c) : deixa de garantir condições de conforto


e segurança ao caldeirista.

d) : propicia o surgimento de
condições inseguras, como piso escorregadio, por exemplo.
Riscos na Casa de Caldeira

e) Casa de caldeiras sem estrutura adequada: aumenta a possibilidade de


ferimentos graves em caso de explosão. A casa de caldeira deve ser
construída em alvenaria, tendo o teto em estrutura leve ou, no caso de laje,
deve estar simplesmente apoiada. Os objetivos destas características em
relação ao teto é direcionar a formação de choque para cima, em caso de
explosão.
Riscos na Casa de Caldeira

Os principais acidentes que podem ocorrer em uma Casa de Caldeiras que


esteja fora de condições de segurança são:

• por calor na caldeira ou nas tubulações de vapor;


• provocadas por piso escorregadio ou por iluminação deficiente;
• provocadas por acesso inadequado às partes altas, como
válvulas, instrumentos etc;
• por fios elétricos soltos ou desencapados;
• contra equipamentos ou tubulações provocadas por espaço
insuficiente ou por desconhecimento das instalações.
Condição de Grave e Iminente Risco

13.3.1 As seguintes situações constituem condição de grave e iminente risco:


a) operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem os dispositivos de segurança
previstos nos subitens 13.4.1.2 "a", 13.5.1.2 "a", 13.6.1.2 e 13.7.2.1;
b) atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras;
c) ausência ou bloqueio de dispositivos de segurança, sem a devida justificativa técnica,
baseada em códigos, normas ou procedimentos formais de operação do equipamento;
d) ausência ou indisponibilidade operacional de dispositivo de controle do nível de água
na caldeira;
e) operação de equipamento enquadrado nesta NR, cujo relatório de inspeção ateste a
sua inaptidão operacional; ou
f) operação de caldeira em desacordo com o disposto no item 13.4.3.3 desta NR.
Dispositivos de Segurança

Disco de Ruptura

Válvula de Segurança
Bloqueio de Dispositivos de Segurança

Válvulas esfera de fechamento entre o vaso de pressão e a válvula de segurança.


Visores de Nível de Água

Visor de Nível Comum x Visor de Nível Blindado


Relatório de Inspeção de Caldeira
Inapta para Operação
Operar caldeira, sem curso, é considerado
condição de risco grave e iminente
O Início de Tudo - Explosão de uma caldeira em
Brockton, Massachusetts - 1905

ANTES

DEPOIS
Acidentes envolvendo Caldeiras

Inúmeros outros acidentes envolvendo caldeiras e vasos alertam as


dimensões dos riscos envolvidos no uso dessas máquinas nos processos
produtivos. Daí a importância dos cuidados que se deve ter como
inspeções constantes, manutenção preventiva etc, realizados por
profissionais habilitados para tal.

Cerca de 75% dos acidentes com caldeiras e vasos de pressão ocorreram


(65%) por falha no projeto, manutenção e instalação e (10%) por defeitos
operacionais.
Fotos de acidentes com caldeiras em suas mais
variadas utilizações e por diversos fatores causadores:
Fotos de acidentes com caldeiras em suas mais
variadas utilizações e por diversos fatores causadores:
Fotos de acidentes com caldeiras em suas mais
variadas utilizações e por diversos fatores causadores:
Caldeira desativada – cuidados de manutenção

• Manter a caldeira “cheia de água


até o máximo” (proteção úmida);

• Inertização com nitrogênio


(proteção seca);

• Introduzir produtos sequestrantes


de oxigênio (bissultito de sódio)
Recomendações Técnicas
1. Apresentar, em prancha própria, Projeto da Casa ou Área de Caldeira, assinado por
profissionais habilitados;

2. Apresentar layout contendo disposição das caldeiras e/ou vasos de pressão em


prancha;

3. Elaborar Instrução Técnica Específica para Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e


Tanques Metálicos de Armazenamento;

4. Exigir apresentação de laudos de calibração de dispositivos de segurança (válvula de


segurança e manômetro), em caldeiras e vasos de pressão;

5. Exigir apresentação de ART (Projetos, Laudos etc);

6. Exigir laudo de inspeção de segurança em caldeiras, vasos de pressão, tubulações e


tanques metálicos de armazenamento – Tipo Inicial, Periódica ou Extraordinária.
Recomendações Técnicas
7. Exigir Análise Preliminar de Risco do Empreendimento;

8. Exigir Laudo de Conformidade do Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio do Empreendimento


(Teste Hidrostático de Mangueiras, Rede de Hidrantes/Sprinkler, Central de Alarme etc;

9. Exigir instalação de Iluminação de Emergência na Casa de Caldeira.

10. Realizações ações conjuntas de fiscalização com CREA, Ministério Público e Ministério do Trabalho
Norma Técnica 001/2020
Norma Técnica 001/2020
Norma Técnica 001/2020
Site: http://www.qualityengenharia.eng.br | E-mail: daniel@qualityengenharia.eng.br
Site: http://www.caeb.coop.br | E-mail: presidente@caeb.coop.br
Contatos
Daniel Walker Junior

E-mail:
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