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Curso de Higiene

Ocupacional
Agentes Químicos
Gustavo Rezende de Souza
Engenheiro e Higienista Ocupacional Certificado – HOC 0117
Membro da ABHO, AIHA, ACGIH e BOHS
Agentes Químicos na Higiene Ocupacional

Agente químico ou contaminante químico é uma substância química


que durante os processos de extração, armazenamento, uso,
transporte, manuseio e/ou processamento.

Presentes no ambiente na forma de: poeiras, fumos, névoas, neblinas,


gases, vapores e fibras.
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E ao atingir o trabalhador há uma probabilidade de causar danos à


saúde.
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Um gás é uma substância química em que as moléculas se movem


livremente no espaço nas condições de temperatura e pressão ambiente.

Um gás pode ser mais bem descrito como uma fase de uma substância
química que não possuí forma e volume

Fases: sólido, líquido e gasoso


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Exemplos: Dióxido de Carbono, Acetileno, Monóxido de Carbono,


Nitrogênio, Propano e Butano.
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Já o vapor é a fase gasosa de uma substância que é líquida nas


condições ambientais, ou seja, se uma substância evapora nas condições
ambientais ela gera um vapor.
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A tendência de evaporação de uma substância pode ser medida pela


pressão de vapor, já que quanto maior a pressão de vapor, maior é a
volatilidade da substância.

Pressão de vapor: pressão exercida por um vapor quando este


encontra-se em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu
origem.
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https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/
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Exemplos de substâncias voláteis: gasolina, etanol, benzeno, acetona,


éter etílico, formaldeído, vapores de mercúrio, tolueno e xileno.
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Poeiras: material particulado sólido gerado em processo de


rompimento mecânico de sólidos.

Tipos de atividade: trituração, corte, lixamento, moagem e rebarbação.


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Fumos: Suspensão no ar de partículas sólidas geradas em processos de


combustão.

Exemplos: fumos de plástico, de cera e de borracha.


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Fumos metálicos: suspensão no ar de partículas


sólidas metálicas geradas a partir de processos
de vaporização, oxidação e condensação em
pequenas partículas.

Exemplos: solda a arco elétrico, processos


mig/mag, muito pouco em solda do tipo
oxiacetilênica.
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Névoas: Suspensão no ar de partículas líquidas geradas por ruptura


mecânica de um líquido.

Exemplos: pintura a pistola,

aplicação de agrotóxicos (agroquímicos).


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Fibras: partículas sólidas produzidas por


ruptura mecânica de sólidos, que se
diferenciam das poeiras, pois têm uma forma
alongada, com comprimento 3 vezes superior
ao diâmetro.

Exemplos: algodão, asbestos, fibra de vidro,


fibra de lã.
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Vias de ingresso dos agentes químicos:

Respiratória: inalação;

Pele: absorção cutânea;

Digestão: ingestão.
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https://www.cas.org/about/cas-content
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CAS – Chemical Abstracts Service

Funciona como uma espécie de CPF para cada substância química


reconhecido mundialmente;

Facilita a identificação, pois pelo número de identificação podemos


localizar uma substância independente do idioma utilizado.
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Mais de 200.000.000 milhões de substâncias catalogadas.

Cerca de 50.000 substâncias possuem uso industrial

Aproximadamente:

• 1.500 (aproximadamente) possuem LEO no mundo (3% em relação ao uso


industrial);

• 700 (aproximadamente) possuem LEO na ACGIH (1,4% em relação ao uso industrial);

• 136 possuem LEO no Brasil (~ 0,3% em relação ao uso industrial).


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Hidrocarbonetos: Classe de substâncias orgânicas que em sua estrutura possuem apenas


átomos de carbono e hidrogênio.

Exemplos: n-Hexano, Benzeno, Tolueno, Heptano, Butano.

Os hidrocarbonetos podem ser subdivididos em outras subclasses como:

• Hidrocarbonetos alifáticos (cadeia aberta): pentano, hexano, cortes leves de destilados


do petróleo usados nas gasolinas e querosene.

• Hidrocarbonetos cíclicos (cadeia fechada): ciclohexano, meticiclohexano, alfa-pireno.

• Hidrocarbonetos aromáticos (anel benzênico): benzeno, tolueno, xileno, etilbenzeno,


estireno, para-xileno,orto-xileno.
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Álcoois: são uma classe de compostos orgânicos que possuem em sua

estrutura uma hidroxila (OH) ligado a um carbono.

Exemplos: Etanol, álcool etílico (CH3CH2OH)

Isopropanol, álcool isopropílico, 2-propanol (CH3CH(OH)CH3)

Butanol, álcool butílico (CH3CH2CH2CH2OH)

sec-Butanol, álcool sec-butílico (CH3CH(OH)CH2CH3)


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Aldeídos: são substâncias orgânicas com uma ligação dupla entre

carbono e oxigênio, função chamada de carbonila no final da estrutura.

Exemplos: Metanal, formaldeído (HCOH)

Etanal, acetaldeído (CH3COH)


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Cetonas: são compostos orgânicos em que a função carbonila se


encontra entre dois carbonos.

Ex.: Acetona, propanona (CH3COCH3)

Metil Etil Cetona, Butanona (CH3COCH2CH3)


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A nocividade de um agente químico é determinada:

• Pela natureza e toxicidade da substância;

• Pela forma como é absorvida pelo organismo;

• Pelo tempo de exposição.

• Mecanismo de atuação
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Reconhecimento de agentes químicos


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Reconhecimento de agentes químicos


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Agentes químicos na
higiene ocupacional
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https://protecao.com.br/blogs/reconhecimento-de-agentes-quimicos-exemplo-pratico-parte-2/
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https://www.abho.org.br/wp-content/uploads/2014/02/artigo_termodegradacaodepolimeros.pdf
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Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ


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As sessões da FISPQ que são de maior interesse para a Higiene Ocupacional


são:
2 – Identificação dos perigos;
3 – Composição e informação dos ingredientes;
8 – Controle da exposição e EPIs;
9 – Propriedades fisico-químicas;
11 - Informações toxicológicas.
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Se as informações de composição da FISPQ não forem detalhadas deve-se

solicitar ao fabricante pois a NR 14.725-4:2014 determina o fornecimento


das informações:

• Nome químicos ou comum

• CAS

• Faixa de concentração
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Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ


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Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ


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APR-HO (Análise Preliminar de Risco – Higiene Ocupacional)

• Limite de Exposição Ocupacional


• GES/GHE
• Tipo de risco
• Vias de exposição
• Tipos de exposição
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A elaboração da APR-HO contempla as seguintes etapas ou passos:


• Coleta de dados sobre as instalações;
• Listagem dos agentes químicos utilizados;
• Listagem dos trabalhadores por função, atividade e tarefas similares;
• Descrição das medidas de controle existentes;
• Atribuição da potencialidade de alteração, dano ou lesão à saúde de cada
agente ambiental; − Definição do Perfil da Exposição Ocupacional;
• Categorização do GHE/GES;

• Análise Qualitativa da Exposição Ocupacional.


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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Limites de Exposição Ocupacional – LEO (Limite de Tolerância – LT):

• Os limites são bases de avaliação ou padrões de comparação;

• É a intensidade (agentes físicos) ou concentração (agentes químicos) relacionada com a


natureza e o tempo de exposição ao agente ambiental;

• Pretende-se não causar dano a saúde da maioria dos trabalhadores durante sua vida laboral.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

É usual, no Brasil, o emprego de pelo menos dois parâmetros de avaliação da exposição


ocupacional a riscos físicos, químicos e biológicos, a saber:

• A NR 15, para definição do direito ou não a adicionais de insalubridade,


através dos Limites de Tolerância constantes dos Anexos 1, 2, 3, 8, 11 e 12 e
dos termos qualitativos constantes dos Anexos 5, 6, 7, 9, 10, 13 e 14.

• Os TLVS da ACGIH, usados para fins de efetiva prevenção (PPRA) e de


complemento ao estudo da insalubridade.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

“Os limites de exposição referem-se às


concentrações das substâncias ou intensidade
dos agentes físicos abaixo das quais, acredita-
se, que a maioria dos trabalhadores possa
estar exposta, repetidamente, dia após dia,
durante toda uma vida de trabalho, sem sofrer
efeitos adversos à saúde.”
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

“Limite de Tolerância é a concentração ou


intensidade máxima ou mínima, relacionada
com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral.”
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

ppm (partes por milhão) – esta unidade é empregada, comumente, para


representar a concentração de gases e vapores. Quando a concentração de um
agente químico for de 1 (um) ppm, significa que existe uma parte, em volume,
deste agente que está junto a um milhão de partes, em volume, de ar
contaminado.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

mg/m3 (miligrama por metro cúbico) – unidade normalmente empregada para


representar a quantidade de aerodispersóides. Quando temos, por exemplo, a
concentração de 1 mg/m³ de um agente químico, significa que existe uma
miligrama deste produto em um metro cúbico de ar.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.


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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

% em volume – não é uma unidade, porém usa-se para representar a


quantidade de gás ou vapor na forma de volume que está acompanhando
o ar contaminado.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Estudo de caso com os agentes químicos abaixo:

Cloreto de Vinila;

Xileno;

Álcool etílico.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

O limite de exposição TLV-TWA é definido pela


ACGIH (2021) como a concentração, para uma
jornada diária de 8 horas e semanal de 40
horas, que se acredita que quase todos os
trabalhadores possam estar repetidamente
expostos, dia após dia, durante uma vida de
trabalho, sem efeitos adversos à saúde.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Já a categoria TLV-STEL, conforme a ACGIH, é


um limite de exposição média ponderada em
15 minutos, no qual os trabalhadores podem
ficar expostos por curtos períodos de tempo,
quatro vezes durante a jornada, sem sofrer
efeitos à saúde.
O TLV-STEL é um limite que complementa o
TLV-TWA.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Já o TLV-C é definido pela ACGIH como aquele


limite que não deve ser excedido em nenhum
momento da exposição no trabalho.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Agente Químico Tipo de LEO


Hidróxido de Sódio TLV-C
Óxido de Cálcio TLV-TWA
Formaldeído TLV-TWA e TLV-STEL
Metil Propil Cetona TLV-STEL
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A1 — Carcinogênico humano confirmado

Baseado em evidências epidemiológica ou clínica, relativa a humanos expostos.

A2 — Carcinogênico humano suspeito

O agente está evidenciado como carcinogênico, porém os dados são conflitantes


ou insuficientes; ou, o agente é carcinogênico em animais, nas formas e
parâmetros considerados relevantes quanto à exposição de trabalhadores.
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A3 — Carcinogênico animal confirmado com relevância desconhecida para


seres humanos.

O agente é carcinogênico em animais, nas formas e parâmetros não


considerados relevantes quanto à exposição de trabalhadores. Dados
epidemiológicos não confirmam risco aumentado em humanos.

Evidências disponíveis sugerem que o agente não é provável de causar câncer


em humanos exceto sob condições excepcionais dos parâmetros.
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A4 — Não classificável como carcinogênico humano.

Não há dados adequados que possam redundar na classificação da


carcinogenicidade do agente quanto a humanos ou animais.

A5 — Não suspeito como carcinogênico humano.

Não suspeito, com base em pesquisa epidemiológica bem conduzida.


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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Os limites de exposição ocupacional podem ser corrigidos para jornadas não


usuais;

A intenção desses modelos é corrigir o limite com base na dose que garanta
que o pico de carga diária ou semanal não ultrapasse as exposições de 8 h/dia
5dias/semana;

Existem alguns métodos de correção baseados em dados farmacodinâmicos


que são mais complexos que o de Brief and Scala.
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

Nesse modelo o limite de exposição ocupacional é multiplicado por um fator de


correção de acordo com a jornada obtido pela equação abaixo:

Em que:

h = horas trabalhas por tudo ou a média semanal trabalhada respectivamente


24 ou 168 são as horas sem exposição por dia ou semana respectivamente
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Considerações sobre o modelo:


• Não deve ser utilizado para jornadas menores que 40 h. Não se deve aumentar o
limite de exposição ocupacional;
• Deve ser utilizado apenas para jornadas maiores de 8 horas diárias ou 40 horas
semanais;
• Necessário julgamento profissional para saber se este modelo se enquadra e se
deve ser aplicado, visando evitar superexposições;
• Modelo foi baseado no tempo de recuperação entre os períodos de exposição.
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Vamos analisar o caso do Acetato de Benzila que não possuí LEO no Anexo 11 da NR
15, mas que tem um TLV-TWA de 10 ppm na ACGIH (2021):
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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.


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Misturas de agentes químicos

Deve ser dada atenção especial à aplicação dos TLVs para determinar os riscos à
saúde que podem ser associados com exposições a misturas de duas ou mais
substâncias.
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Misturas de agentes químicos

Exemplo de aplicação para o TLV-TWA:

O ar contém 240 ppm de acetona (TLV, 250 ppm), 5 ppm de ciclohexanona (TLV,
20 ppm) e 100 ppm de metil etil cetona (TLV, 200 ppm).

400/150 + 5/20 + 100/200 = 0,96 + 0,25 + 0,5 = 1,71

O limite de exposição (TLV ) foi excedido.


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Misturas de agentes químicos

Exemplo de aplicação para o TLV-STEL:

O ar contém 150 ppm de acetona (STEL, 500 ppm), 8 ppm de ciclohexanona


(STEL, 50 ppm) e 20 ppm de metil etil cetona (STEL, 300 ppm).

150/500 + 8/50+ 220/300 = 0,3 + 0,16 + 0,07 = 0,53

O limite de exposição (STEL) não foi excedido.


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Limites de Exposição Ocupacional – LEO para os agentes químicos.

https://limitvalue.ifa.dguv.de/

https://www.ontario.ca/page/current-occupational-exposure-limits-ontario-workplaces-under-regulation-833

https://lovdata.no/dokument/SF/forskrift/2011-12-06-1358#KAPITTEL_8
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Limiar de odor: é a menor concentração de um certo composto com


odor que é perceptível pelo olfato humano.

Algumas substâncias o limiar de odor é superior ao limite de exposição


ocupacional.

Limiar de odor do benzeno: 61 ppm


TLV-TWA 0,1 ppm
VRT NR 15 Anexo 13 A 1 ppm
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Poeiras
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Poeiras
Concentração: é a quantidade relativa de uma substância em uma mistura.
Em higiene ocupacional é a razão da massa do agente químico pelo volume de
ar (mg/m³).
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Tamanho de Partículas:
• “Total”
• Inalável
• Torácica
• Respirável

A nocividade das partículas está Respirável


diretamente relacionada com o seu
diâmetro.
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A ACGIH apresenta alguns TLV’s de acordo com a fração dos


particulados.
Exemplos:
Alumínio (fração respirável)
Óxido de ferro (fração respirável)
Poeira de madeira (fração inalável)
Poeira de farinha (fração inalável)
Diesel combustível (fração inalável e vapor)
Anidrido trimetílico (fração inalável e vapor)
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Segundo o anexo B da ACGIH os limites de exposição para


Particulados Não Classificados de Outra Forma (PNOS) são:

• 10 mg/m³ para particulado inalável

• 3 mg/m³ para particulado respirável


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E para classificar como PNOS deve-se atentar para 3 regras:


• Insolúvel em água e preferencialmente no fluidos corpóreos;
• De baixa toxicidade. Não pode ser carcinogênico, mutagênico ou
causar intoxicações agudas.
• Não possuir um TLV específico.
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Poeira de papel
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Poeira de café
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Poeira de
arroz e feijão
(grãos)
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E para classificar como PNOS deve-se atentar para 3 regras:


• Insolúvel em água e preferencialmente no fluidos corpóreos;
• De baixa toxicidade. Não pode ser carcinogênico, mutagênico ou
causar intoxicações agudas. (Só essa característica)
• Não possuir um TLV específico.
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Ocitocina – Hormônio ativo usado em


um cliente para o gado, mais
especialmente para a estimulação da
contração do útero
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Control Banding (Controle de Bandas)

Ocitocina – Hormônio ativo usado em


um cliente para o gado, mais
especialmente para a estimulação da
contração do útero
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A sílica cristalina é um agregado de pequenos cristais,


devido ao arranjo estrutural bem definido existente entre
os átomos de oxigênio e silício. As suas formas mais
comuns são o quartzo, cristobalita e tridimita, sendo que o
quartzo é o responsável por mais de 99% das exposições
ocupacionais.
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Essa propriedade cristalina do material é muito


importante, pois algumas propriedades físico-químicas dos
materiais mudam, por exemplo, a dureza, a resistência
química e a toxicidade, como é o caso da diferença entre
quartzo (sílica cristalina) e sílica amorfa.
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O silício é um ametal (elemento químico eletronegativo,


mau condutor de calor e eletricidade).
Exemplo: em um arame de solda contendo silício não é
necessário ter preocupação com a presença do silício, mas
sim com o óxido de silício. Mesmo que haja sílica na
composição deste elemento, a dispersão deste agente
químico no ar gera sílica amorfa e não a forma cristalina.
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A análise de sílica cristalina é uma análise química que deve ser feita para prevenção
de doenças ocupacionais, como silicose e o câncer de pulmão. Ela deve ser feita com o
intuito de mensurar o quanto do agente químico está presente no ar e avaliar se o
trabalhador está ou não exposto acimas dos limites de exposição ocupacionais,
concentrações que se acredita que a maioria dos trabalhadores possam estar expostos
dia após dias de sua vida laboral sem apresentar danos à saúde.
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Na prática, qualquer material


particulado que tenha 1% ou
mais de sílica livre cristalina,
deverá ser analisado como tal.
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Essa análise é feita por meio de uma amostra do ar,


utilizando um cassete com filtro de PVC. Esse cassete,
por sua vez, é conectado uma bomba de
amostragem pessoal que puxa o ar. Desta forma,
ocorre a filtragem do particulado, que fica retido ao
filtro de PVC, o qual é enviado o laboratório que
realizará as análises.
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Devemos nos atentar aos destalhes contidos no anexo 12 da NR 15, pois temos dois limites de tolerância
(ou se preferir limite de exposição ocupacional) para poeiras que contenham sílica livre cristalina na sua
composição, todavia, ambos não são valores de limite de tolerância fixos como é o caso da maior parte dos
riscos ambientais, neste caso os limites de tolerância dependem da % de quartzo presentes na massa de
material particulado coletado.
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Exemplo de cálculo do limite de


tolerância para a caracterização do
adicional de insalubridade:
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Para coletar a amostra de poeira respirável foi usado uma bomba de amostragem com sistema de
compensação de perda de fluxo de carga (item importantíssimo em qualquer avaliação de agentes
químicos), operando com uma vazão média de 1,7 l/min; um cassete com filtro de PVC de 5 micrômetros e
37 milímetros acoplado a um ciclone de nylon, o volume de ar que passou pela bomba durante os 480
minutos de amostragem foi de 816 litros e os métodos seguidos foram: análise de particulado respirável
(NIOSH 0600) e a análise de sílica livre cristalina (NIOSH 7602), gravimetria e espectrofotometria de
infravermelho, respectivamente.
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Para coletar a amostra de poeira total foi usado uma bomba de amostragem com sistema de compensação
de perda de fluxo de carga, operando com uma vazão média de 2,0 l/min; um cassete com filtro de PVC de
5 micrômetros e 37 milímetros, o volume de ar que passou pela bomba durante os 480 minutos de
amostragem foi de 960 litros e os métodos seguidos foram: análise de particulado total (NIOSH 0500);
análise de sílica livre cristalina (NIOSH 7602), gravimetria e espectrofotometria de infravermelho,
respectivamente.
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Após a análise do laboratório de análises químicas contratado chegamos aos seguintes resultados de
concentração de poeira respirável e total, bem como os seus respectivos percentuais de sílica livre cristalina
(quartzo) na composição:

Concentração de poeira respirável: 1,36 mg/m³; percentual de sílica livre cristalina: 7,71%.

Concentração de poeira total: 2,25 mg/m³; percentual de sílica livre cristalina: 0,49%.
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Poeira respirável
contendo sílica livre
cristalina:

A concentração de poeira
respirável foi de: 1,36 mg/m³
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Poeira total
contendo sílica
livre cristalina:

A concentração de poeira
total foi de: 2,25 mg/m³
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Exercícios:

Concentração de poeira respirável: 1,18 mg/m³; percentual de sílica livre


cristalina: 2,50%.

Concentração de poeira total: 4,00 mg/m³; percentual de sílica livre


cristalina: 0,004%.
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Exercícios:

Concentração de poeira respirável: 2,00 mg/m³; percentual de sílica livre cristalina: 1%.

Concentração de poeira total: 0,05 mg/m³; percentual de sílica livre cristalina: 0,0002%.
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Especialização
Agentes Químicostécnica de higiene
na Higiene ocupacional
Ocupacional
Especialização
Agentes técnica
Químicos de higiene
na Higiene ocupacional
Ocupacional

Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Atenção: Iremos usar LITROS ao invés de m³ e MINUTOS ao invés de segundos.


Portanto: usaremos a unidade L/m para representar a vazão.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

https://www.cdc.gov/niosh/npg/npgsyn-a.html
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Temos de fazer algumas perguntas antes de tomar uma decisão em

relação ao contaminante, como:

• A substância possui limite de tolerância?

• Possui metodologia para amostragem de campo?

• Possui metodologia de análise?

• Essa metodologia já foi implantada?


Agentes Químicos na Higiene Ocupacional

https://www.abho.org.br/wp-content/uploads/2015/02/Manual_NIOSH_Estrategia_Amostragem.pdf
Curso de agentes químicos: parte teórica

01 ª Passo:
Identificar qual é o tipo de produto usado pelos trabalhadores!

Faça um inventário dos produtos químicos que são usados pelos


trabalhadores de um setor ou processo.
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02 ª Passo:
Determine a composição do produto químico usado!

Análise a composição da mistura, identificando os agentes


químicos que o constituem.
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02 ª Passo:
Para isso utilize os dados da FISPQ!

Uma boa Ficha de Informação de Segurança de Produtos


Químicos – FISPQ, deve ser elaborada com base nas 16 seções
previstas na NBR 14.725-4:2014.
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02 ª Passo:
Para isso utilize os dados da FISPQ!

A seção 3 da FISPQ que trata da composição da mistura é a mais


importante de ser analisada em um primeiro momento!
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02 ª Passo:
Composição de um fluído (óleo) de corte
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03 ª Passo:
Análise a geração de um agente químico
no ar!

Mas antes de sair medindo, faça uma


análise de como o produto é usado, no
caso do óleo de corte
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03 ª Passo:
Um fluido de corte é um líquido
aplicado na ferramenta e no
material que está sendo usinado, a
fim de facilitar a operação do corte.
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03 ª Passo:
O atrito causado pelo corte e/ou
perfuração, além da própria
temperatura elevada em um
determinado processo, pode gerar
vapores oriundos desse fluído no ar.
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03 ª Passo:
Vamos usar um dos componentes da mistura como exemplo
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04 ª Passo:
Agora é necessário analisar o
método analítico a ser aplicado na
análise do Tricloroetileno.
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04 ª Passo:
Método: NIOSH 1022
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04 ª Passo:

https://www.cdc.gov/niosh/docs/2003-154/pdfs/1022.pdf
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05 ª Passo:
É necessário ver a vazão e o volume
do método analítico para realizar o
ajuste de campo da bomba de
amostragem.
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05 ª Passo:
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05 ª Passo:
Limite de Tolerância do Tricloroetileno:

• Anexo 11 da NR 15: 78 ppm;

• ACGIH TLV/TWA: 10 ppm.


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05 ª Passo:
Nosso objetivo é analisar a concentração para comparar com um limite de
tolerância, média ponderada no tempo, para 8 horas de trabalho.

Vazão (Q) = Volume (L) / Tempo (min)


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05 ª Passo:
Nosso objetivo é analisar a concentração para comparar com um limite de
tolerância, média ponderada no tempo, para 8 horas de trabalho.

Método: NIOSH 1022

Vazão indicada: 0,01 l/min a 0,2 l/min

Volume recomendado: 1 Litro a 30 Litros


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05 ª Passo:
Nosso objetivo é analisar a concentração para comparar com um limite de
tolerância, média ponderada no tempo, para 8 horas de trabalho.

Recomendo fixar o tempo, ou seja, um período de medição de pelo menos 70% da


jornada de trabalho, conforme o manual do NIOSH.

Vazão (Q) = Volume (L) / Tempo (min)


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05 ª Passo:
Mas suponhamos que a quantificação seja feita para um período de jornada
completa de trabalho, ou seja, 480 minutos (8h x 60 min = 480 minutos).

Vazão (Q) = Volume (L) / Tempo (min)

Vazão (Q) = Volume (L) / 480


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05 ª Passo:
Qual é o volume recomendado pelo método? → Volume recomendado: 1 Litro a 30 Litros.

Sempre tentamos coletar o volume máximo de ar possível.

Vazão (Q) = Volume (L) / 480

Vazão (Q) = 30 / 480

Vazão (Q) = 0,06 L/min → Vazão (Q) = Volume (L) / Tempo (min)
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05 ª Passo:
O valor da vazão foi de 0,06 l/min

Método: NIOSH 1022

Vazão indicada: 0,01 l/min a 0,2 l/min → 0,01 l/min > 0,06 l/min < 0,2 l/min

O Volume usado foi de 30 Litros, ou seja, dentro do que é recomendado pelo método!

Volume recomendado: 1 Litro a 30 Litros


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06 ª Passo:

Agora devemos analisar o


resultado obtido!
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05 ª Passo:
Conclusão:

Iremos analisar a concentração dos trabalhadores expostos ao Tricloroetileno com base no


método NIOSH 1022, para isso usaremos uma bomba de amostragem, nesse caso operando em
baixo fluxo (bomba que esteja operando com um fluxo de vazão < 0,5 l/min); a bomba estará
ligada a um tubo de carvão ativo de 100/50 mg.
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05 ª Passo:
Conclusão:

A bomba foi calibrada e irá operar com uma vazão de 0,06 l/min, ao final dos 480 minutos de coleta a
bomba terá coletado 30 litros de ar.

Importante: O laboratório PRECISA saber qual foi o volume de ar coletado para determinar a massa que
for retida no amostrador para determinar a concentração (lembre-se Concentração = massa / volume).

No final o laboratório lhe devolve o resultado da concentração com o resultado em ppm ou mg/m³
Especialização
Agentes técnica
Químicos de higiene
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Mas como escolher o método analítico?

Agora vamos verificar como checar o método analítico do Etanol no site do NIOSH
(NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards):

https://www.cdc.gov/niosh/npg/default.html
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Correção pelo branco de banco.


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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Sabemos agora que o volume sugerido pelo método é de 0,1 a 1 litro por minuto.
E que a vazão do método é de 0,01 a 0,2 L/min, mas que para o etanol deve ser inferior ou
igual a 0,05 l/min
(Obs. se trata de uma medição feita em baixa vazão, ou seja, tudo que for menor do que
0,50 L/min é uma medição em baixa vazão [ou a sua bomba de amostragem faz medição em
baixa vazão ou é preciso adquirir uma bomba de amostragem onde possa ser usado um
módulo de baixa vazão].
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Uma questão importante é determinar o tempo desta amostragem, pois isto pode variar
de acordo com o tipo de limite de exposição ocupacional (limite de tolerância).
• No caso do Etanol, no Brasil o LEO é de 780 ppm para uma jornada de 8 horas por dia
de trabalho válida até 48 por semana.

• Na ACGIH o LEO do Etanol é de 1000 ppm, todavia, se trata de um TLV-STEL.


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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

• Para avaliar a concentração dos vapores de etanol e comparar com o LEO do Anexo 11
da NR 15, teremos que quantificar, pelo menos, 70% da jornada integral de trabalho,
ou mesmo a jornada integral de trabalho.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

• Agora, para comparar com o critério da ACGIH teremos que realizar a medição
por apenas 15 minutos, se possível, em cada uma das exposições.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

E agora? Como calcular o


vazão para cada uma das
situações expostas?
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Volume de 0,1 a 1 litro

Vazão muito baixa


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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.

Volume de 0,1 a 1 litro

Vazão muito baixa


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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• Você pode aumentar o volume?
Poder você pode, mas se o ambiente (ar) estiver com uma concentração elevada de
vapor de etanol isso pode fazer com que o seu amostrador fique saturado.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
Volume de 0,1 a 1 litro por minuto

Vazão OK !!!!!
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• Outra estratégia é utilizar mais de um amostrador (Sua medição vai ser dividida em
duas partes).
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• Porém, isto pode tornar a sua vazão inviável por conta do custo da análise de cada
amostrador, pois:

Vazão OK !!!!!
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• Outra estratégia é utilizar mais de um amostrador (Sua medição vai ser dividida em partes)
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• E para atender o TLV-STEL da ACGIH?
Neste caso o nosso tempo de medição deve ser de 15 minutos, ou seja, já é um tempo
fixado por conta do próprio LEO.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
Volume de 0,1 a 1 litro por minuto

Vazão Acima!
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
Volume de 0,1 a 1 litro por minuto

Vazão OK !!!!!
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
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químicos.
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químicos.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
• Na ACGIH ainda há um outro tipo de LEO denominado de TLV-C (Ceiling “Teto”) que
não deve ser excedido em momento algum da jornada de trabalho.

Neste caso o nosso tempo de medição deverá ser o mais curto possível !!!!!
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
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químicos.
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Seleção do método de amostragem para agentes


químicos.
Peróxido de metil etil cetona

Volume de 52 a 520 litros por minuto

Neste caso precisaremos de 26


Volume OK !!!
minutos para finalizar a medição.
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No Manual de Estratégia de Amostragem do NIOSH, o conceito


original resultou da seguinte questão: como fazer afirmações
sobre as exposições experimentadas ao longo dos dias por um
grupo homogêneo de exposição (GHE) ou grupo de exposição
similar (GES), a partir de uma dada determinação da exposição
de um integrante do grupo, em um dia típico?
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Para responder isso, os estatísticos assumiram certas premissas


para a distribuição estatística que se ajusta às exposições
interdias (ao longo dos dias) de um grupo homogêneo,
considerada como uma distribuição lognormal, e sua
variabilidade, expressa pelo desvio-padrão geométrico dela, o
qual foi fixado em 1,22.
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Também foi predefinido o coeficiente de variação dos métodos de


medição da exposição, que exprime sua precisão (variabilidade dos

procedimentos e instrumentos), em 0,1 ou 10%. A partir daí, resultou

um nível de ação de 0,5 — tal qual o conhecemos, com um significado

bem específico, ou seja:


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“Se o nível de ação for excedido em um dia típico, existe uma probabilidade
maior que 5% de que o limite de exposição será excedido em outros dias de
trabalho”.

Colocando o conceito de outra forma, pode-se dizer:

“Se o nível de ação for respeitado em um dia típico, existe uma probabilidade
maior ou igual a 95% de que o limite de exposição será respeitado, em outros
dias de trabalho”.
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Bombas de alta vazão: Acima de 0,5 l/min

Bombas de baixa vazão: Igual e menor do que 0,5 l/min


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Mecanismo de compensação
de fluxo de perda de carga
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Garante que o tamanho das


partículas coletadas, correspondam
à fração inalável, definida pelas
normas EN 481:1993 e ISO
7708:1995.

Curva de eficiência de coleta de


50% para as partículas com
tamanho de 100 micrômetros
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Vazão de 2 l/min
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Vazão de 2 l/min
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Garante que o tamanho das


partículas coletadas, correspondam
à fração torácica, definida pelas
normas EN 481:1993 e ISO
7708:1995.

Curva de eficiência de coleta de


50% para as partículas com
tamanho de 10 micrômetros
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Garante que o tamanho das


partículas coletadas, correspondam
à fração inalável, definida pelas
normas EN 481:1993 e ISO
7708:1995.

Curva de eficiência de coleta de


50% para as partículas com
tamanho de 4 micrômetros
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Mecanismo de compensação
de fluxo de perda de carga
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O cassete é usado diretamente


quando não precisamos ter
uma separação de partículas
em uma determinada fração.
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