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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

MÓDULO BÁSICO:

GESTÃO ORGANIZACIONAL
ÉTICA, MORAL E CIDADANIA
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FIEP – FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA

Presidente: Francisco de Assis Benevides Gadelha

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBA

Diretora Regional: Maria Gricélia Pinheiro de Melo

Diretor Administrativo Financeiro: José Aragão da Silva

Diretor de Operações: Maria Berenice de Figueiredo Lopes

Diretora de Planejamento e Marketing: Patrícia Gonçalves de Oliveira


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Federação das Indústrias do Estado da Paraíba


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional da Paraíba

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

MÓDULO BÁSICO:

GESTÃO ORGANIZACIONAL
ÉTICA, MORAL E CIDADANIA

Campina Grande - PB

Fevereiro de 2011
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É autorizada reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou


sistema desde que a fonte seja citada.

Informamos que não será permitida qualquer alteração neste material, sem que haja
autorização da UNIEP.

SENAI. PB.

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO INDUSTRIAL: Aprendizagem/SENAI

Departamento Regional da Paraíba. – Campina Grande, 2011.

1. Módulo Básico: Gestão organizacional

Ética, Moral e Cidadania

CDD

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional da Paraíba

Avenida: Manoel Guimarães – 195 – José Pinheiro

CEP: 58100-440 – Campina Grande – PB

Fone: (83) 2101.5300

Fax: (83)2101.5394

E-mail: senaipb@fiepb.org.br

Home page: http://www.fiepb.org.br


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APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

Neste momento, você está iniciando seus estudos na área de Assistente


Administrativo do SENAI – Departamento Regional da Paraíba.
Este módulo contém informações necessárias sobre o curso de Assistente
Administrativo e tem como objetivo levá-lo a conhecer os princípios e normas
técnicas utilizadas no dia-a-dia do profissional desta área.
O presente módulo é composto de atividades, nas quais são apresentados
conteúdos técnicos necessários para a compreensão de conceitos básicos, a fim de
operacionalizar a realização da parte prática.
Trata-se de um material de referência, preparado com todo o cuidado para
ajudá-lo em sua caminhada profissional. Por isso, desejamos que ele seja, não
apenas a porta de entrada no mundo do trabalho, mas, que também indique os
vários caminhos que este mundo pode oferecer, quando se tem curiosidade,
criatividade e vontade de aprender.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 09

2. CONCEITOS............................................................................................ 10

2.1. ÉTICA....................................................................................................... 10

2.1.1. Conclusão............................................................................................... 10

2.1.2. Lidando com o problema ético............................................................. 11

2.2. MORAL.................................................................................................... 11

IMPORTÂNCIA PARA AS RELAÇÕES FAMILIARES E 15


3. PROFISSIONAIS.....................................................................................

4. VALORES INDIVIDUAIS E COLETIVOS................................................ 17

CRISE ÉTICA NA CONTEMPORANEIDADE E SEUS EFEITOS NAS 18


5. RELAÇÕES INTERPESSOAIS...............................................................

6. ÉTICA PROFISSIONAL........................................................................... 18

6.1. ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES.............................................................. 19

6.2. Sugestões de como se Comportar na Empresa.................................. 20

7. CIDADANIA............................................................................................. 22

7.1. Leis e Direitos Humanos....................................................................... 24

7.2. Direitos e Deveres do Cidadão............................................................. 26

7.2.1. Direitos do Cidadão............................................................................... 26

7.2.2 Deveres do Cidadão.............................................................................. 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 30
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1. INTRODUÇÃO

Ser Ético ou ter Ética, ter Moral e ser Cidadão, não são temas muito fáceis de
estudar, porque cada indivíduo tem sua opinião e seus valores pessoas. Por isso,
essa apostila tem como objetivo provocar algumas reflexões sobre a construção e/
ou revisão de valores éticos, e a promoção da cidadania. para que venha desevolver
ou aprimorar um comportamento solidário, respeito as diferenças cultural e social de
cada e à equidade da sociedade
Serão desenvolvidos em algumas horas de trabalho, conceitos, estudos de
casos de modo que no final desse estudos alcançar um comportamento mas
assertivo perante atitudes e desejos de um melhor ser.
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2. CONCEITOS

2.1 CONCEITO DE ÉTICA

A palavra ética é um substantivo feminino; vem do grego ethos, que significa


“modo de ser” ou ”caráter” enquanto forma de vida também adquirida ou
conquistada pelo homem. É o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta
humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja
relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
Por tanto a ética é o nome dado ao conjunto de valores que orientam o
comportamento dos indivíduos, de modo harmonioso. Estes valores precisam ter
características universais de modo a serem válidos para todas as
pessoas.
Os valores éticos influenciam opiniões, atitudes e
comportamentos de uma pessoa. O primeiro código de ética que se
tem notícia, principalmente para os católicos, são os dez
mandamentos.
É importante ressaltar que existem valores ligados a certas épocas, hoje
superados ou em extinção.
Resumidamente, ética é a arte do relacionamento, norteado por princípios e
valores. A ética é muito mais ampla, geral e universal que a moral. A ética diz
respeito a princípios mais abrangentes, enquanto que a moral se refere a
determinados campos da conduta humana. O que legítima a ética é a racionalidade:
transparência de determinados princípios que parecem evidentes em si mesmo. Não
matar é um princípio que deve fazer parte do senso comum. Se fosse permitido
matar, o caos se estabeleceria. Sociedades que mantêm princípios antiéticos duram
pouco tempo, pois logo entram em crises profundas e se desestruturam.

2.1.1 Conclusão:

A ética é uma espécie de cimento na construção da sociedade. Se existe um


sentido ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada.
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2.1.2 Lidando com o problema ético


Diante de um problema ético e em dúvida de como proceder, é importante
que as pessoas respondam a três perguntas:

a)- É legal?
Estarei violando a lei civil ou a política da companhia?

b)- É imparcial?
A decisão será justa ou favorecerá uma das partes em detrimento da outra, a
curto ou longo prazo? Promove relacionamento em que todos saiam ganhando.

c)- Vou me sentir bem comigo mesmo ?


Posso me orgulhar de minha decisão?
Eu me sentiria bem se ela fosse publicada no jornal?
Como me sentiria se minha família soubesse?

Para que nos possamos conduzir eticamente, quando vivemos num ambiente
de muitas pressões, é necessário considerarmos os princípios fundamentais da
tomada de decisões éticas.

2.2 CONCEITO DE MORAL


Substantivo feminino; vem do latim mor ou mores, que
significa “costume” ou “costumes”, conjunto de normas ou regras
adquiridas por hábitos. É a parte da filosofia que trata dos atos
humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em
sociedade e perante os de sua classe; conjunto de preceitos ou
regras para dirigir os atos humanos segundo a justiça e a eqüidade
natural; as leis da honestidade e do pudor.
“O que é bom é imoral, é pecado ou engorda”
Ético, anti-ético, a-ético.
Moral, imoral, amoral
Conduta do dia–a-dia Conduta moral ética orienta essa conduta
Amoral, utiliza equipamento a serviço da empresa
Imoral, fazer uso próprio sem autorização
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Moral, usar equipamento para agregar valor a empresa


Semelhantemente, os princípios da sociedade ou grupo pertencemos
determinam princípios éticos e ante-éticos que orientarão nossa conduta. Mas
entende-se que não existem princípios a-éticos, isto é , que não envolva a ética.

Estudo de Caso

Será transcrito abaixo um trecho da entrevista com o sociólogo Herbert de


Souza (Betinho).

Pergunta: O que é ética?

Betinho: Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as


relações humanas. Esses princípios devem ter características universais, precisam
ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Acho que essa é a definição mais
simples: um conjunto de valores, de princípios universais que regem as relações das
pessoas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para
quem possui formação católica, cristã, são os dez mandamentos. Regras como “não
matarás”, “não desejarás a mulher do próximo”, “não roubarás” são apresentadas
como propostas fundadoras da civilização ocidental e cristã.

Pergunta: Existe uma diferença entre moral e ética?

Betinho: A ética é muito mais ampla, geral, universal do que a moral. A primeira tem
a ver com princípios mais abrangentes, enquanto a segunda se refere mais a
determinados campos da conduta humana. Quando a ética desce de sua
generalidade, de sua universalidade, fala-se de uma moral sexual, uma moral
comercial. Acho que podemos dizer que a ética dura mais tempo, e que a moral e os
costumes prendem-se mais a determinados períodos. Mas uma nasce da outra. É
como se a ética fosse algo maior e a moral fosse algo mais limitado, restrito,
circunscrito.
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Pergunta: E o moralismo?

Betinho: A visão estreita de moralidade deriva para o moralismo. O moralismo


equivale a uma espécie de loucura da ética – é quando se perde o sentido geral das
coisas para se apegar a certos pontos ou normas, que são tomados de forma
absoluta, sem levar em conta a amplitude, o conjunto.

Pergunta: O que legitima a ética?

Betinho: A sua racionalidade. E, mais do que isso, a força e a transparência de


determinados princípios que parecem evidentes em si mesmos. Por exemplo, não
matar. “Não matar” é um princípio universal que deve ser universal, deve fazer parte
do senso comum. Se fosse permitido matar, o canibalismo, a guerra, o genocídio
também estariam autorizados e o caos se estabeleceria. Então a sociedade ficaria
inviável, porque não há possibilidade de convivência sem o respeito a certos
princípios.

Pergunta: Existem sociedades que mantêm atitudes antiéticas?

Betinho: Isso pode acontecer durante determinados períodos, mas tenho a


impressão de que, historicamente, logo essas sociedades entrarão em crises
profundas e se desestruturarão. A ética é uma espécie de cimento na construção da
sociedade: se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem-
estruturada, organizada; e, quando esse sentimento ético se rompe, ela começa a
entrar numa crise autodestrutiva.

Pergunta Por exemplo?

Betinho: Toda a violência que vivenciamos hoje, porque a vida foi deixando de ser
um valor. Quanto vale uma vida humana no Brasil? Se a medida for o salário
mínimo, vale 65 dólares. Ou seja, acabar com uma vida significa acabar com muito
pouco. Há muitos anos a vida não tinha preço; ela tinha um valor absoluto. Então
não se podia matar uma pessoa, exceto em legítima defesa. Matar em legítima
defesa corresponde a um ato extremo diante da ameaça à própria vida – entre a sua
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vida e a da outra pessoa, você protege a sua. Isso é a legítima defesa, que está
sempre ligada à defesa da vida. E a defesa da vida é um valor universal.
Pergunta: A sociedade brasileira está preocupada com a ética?

Betinho: Comecei a perceber a preocupação com a ética no sentido mais amplo e


universal, exatamente nos últimos anos e no período Collor, quando o Movimento
pela Ética na Política (MEP), que deu no impeachment, levantou a questão da ética
na política. O movimento afirma que a política sem ética é intolerável. Em outras
palavras: os políticos não podem mentir, enganar, não podem usar artifícios para
obter o poder. O poder, a luta pelo poder precisa de uma ética, precisa ter normas
válidas para todos, que sejam respeitadas por todos.

Pergunta: Você considera o Movimento pela Ética na Política (MEP) um marco na


história?

Betinho: No meu entendimento, o Movimento pela Ética na Política revelou uma


grande fome de ética, que já estava presente na sociedade. Até então, todo mundo
dizia que a sociedade era cínica, pragmática; que cada pessoa só queria cuidar de
si; que a Lei de Gerson, de levar vantagem em tudo, era a que vigorava. E o
movimento demonstrou que existia uma fome. Não uma fome de moralidade nem de
moralismo, mas uma fome de ética. A sociedade manifestou seu desejo de que
determinados princípios fossem aceitos, respeitados e seguidos por todos na vida
política, deixando claro que a política devia se subordinar à ética. Um presidente foi
eleito pelo voto, mas infringiu a ética. Roubou, mentiu, traiu os valores da nossa
sociedade. Portanto, tinha de ser processado do ponto de vista ético e banido da
política por causa da ética. Foi o momento em que vi a ética mais forte no país.
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3. IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PARA AS RELAÇÕES FAMILIARES E


PROFISSIONAIS

A ética será refletirá de acordo com o processo social do individuo: como demonstra
o exemplo abaixo:

Escola

Religião Família

Indivíduo

Trabalho Sociedade

Cultura
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Indivíduo - é o ser formado pela sociedade que vive, ele estará em busca de
cooperação, grupo, pesquisa, iniciativa, imaginação e participação. Para tanto se
fará necessário a associação de escola, família, sociedade (comunidade), cultura,
trabalho e religião.

Família - A família representa um grupo social primário que influencia e é


influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um
número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou
estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção.

Escola – é qualquer estabelecimento ou instituição de educação. Essa ideia surgiu da


filosofia dos gregos antigos, onde eles se reuniam em praças públicas para praticar filosofia
e trocar ideias.

Religião – (do latim: "religio" usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma
divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças
sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando
considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres
humanos ao que eles consideram como santo, sagrado, espiritual ou divino. Muitas
religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a
dar sentido à vida. Elas tendem a derivar em moralidade, ética, leis religiosas ou em
um estilo de vida preferido de suas idéias sobre o cosmos e a natureza humana.

Sociedade – A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma


"associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa
"companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo
que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros
compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como
tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de
um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.

Cultura – (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções,
sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo
a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a
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arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo
homem como membro da sociedade”.

Trabalho - o trabalho é definidor do ser uma vez que gerá as condições reais de sua
possibilidade de existência. Ou, dito de outro modo, o trabalho se inseriria numa
relação de mediação entre o sujeito e o objeto do seu carecimento.

4. VALORES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Ética subjetiva, pessoal.

Ética objetiva, social.

Uma é consciência do dever. A outra é formada por costumes, leis e normas


da sociedade.

O estado reúne os dois aspectos “totalidade ética”.

Hoje em dia a ética está num estágio mais avançado na evolução da

“consciência moral”. Não é mais sinônimo de comportamento moral.

Teste de Ética Pessoal

Você recebeu um troco maior do que deveria e não devolveu;

Você bebeu demais em uma festa, além do limite legal, e volta dirigindo para
casa;

Você já encontrou um celular e o devolveu;

O estacionamento do shopping está lotado, só há vagas reservadas a


deficientes físicos e você estaciona em uma delas;

Você precisa de uma caneta e pega de alguém sem avisar.


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Teste de Ética Profissional

Você já encontrou um celular no banheiro do seu trabalho e não devolveu;

Você já pegou o grampeador do seu colega e o perdeu, mas quando seu colega
pergunta sobre o grampeador para você, a sua resposta é que não o viu;

Você vai fazer compras para empresa e pedi uma nota fiscal ao fornecedor de
um valor a maior para pode se apossar da diferencia;

5. CRISE ÉTICA NA CONTEMPORANEIDADE E SUAS RELAÇÕES


INTERPESSOAIS.

Como é o comportamento da sociedade em relação a ética nos dias atuais?


Será que o homem segue seus princípios desde da era de seus avós?
Essas perguntas refletem o comportamento e relação do homem em relação
a sociedade, que por passar dos anos se leva em considerações vários aspectos
como cultura, religião entre outros.

6. ÉTICA PROFISSIONAL

A Ética Profissional é condição básica em nosso dia-a-dia. Respeitar os


clientes, os colegas de trabalho, a empresa e a sociedade. O objetivo do profissional
diante do mundo do trabalho é de encantar seus clientes com a qualidade dos seus
serviços e principalmente com a ética e segurança.
Diversas profissões, em especiais as liberais, têm seu código de ética ou de
conduta. Exemplos:
Administradores, advogados, contabilistas, psicólogos, médicos, dentistas e
entre outros.
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6.1 A ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES

As empresas podem criar um ambiente propício à conduta ética. São


exemplos de condutas éticas:
a- Honestidade – fazer o que é certo para a Empresa e para as pessoas que com
ela se relacionam;
b- Propósito – Visão clara do que queremos que a Empresa seja . Se não há
padrão de conduta, vale tudo.
c- Auto-estima – Reflexo da maneira como os empregados se sentem em sua
Empresa. Se as pessoas se sentem apreciadas , é provável que resistam à
tentação de agir de forma contrária à ética. Se sentem orgulho da sua empresa,
lutarão para manter a sua integridade.
d- Paciência – confiar que valores e convicções se manterão corretos a longo
prazo. Significa investir energia e fidelidade nos propósitos globais, políticas a
procedimentos aceitos na empresa como: qualidade do produto ou serviço; bom
relacionamento com clientes e fornecedores e não apenas na lucratividade a
curto prazo.
e- Perspectiva – quando gerentes, empregados e empresa, como um todo, param
para avaliar e refletir sobre o ponto para onde estão indo e de que modo vão
chegar lá.

Qual seria sua decisão?


Como você votaria diante da questão que segue?

• Um homem encontrou no metrô uma sacola esquecida e, ao abri-la verificou que


havia nela muito dinheiro.
• O homem que encontrou a sacola ficou sem saber o que fazer e para quem
devolver, se é que ia fazer isso.
• Alguns dias depois viu, na televisão, reportagem diretamente do metrô, com
alguém dizendo que havia perdido uma sacola que continha todo o dinheiro de
uma instituição de crianças carentes. Esse dinheiro destinava-se à reforma do
prédio para abrigar mais crianças.
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• Ele não havia roubado e precisava de dinheiro pois estava sendo despejado de
sua casa e não tinha para onde levar sua esposa e filhos pequenos. Porém já
sabia a quem pertencia aquela quantia e sua finalidade.

Se você estivesse no lugar desse homem:


a- Devolveria o dinheiro? Por quê?
b- Não devolveria? Por quê?

6.2 SUGESTÕES DE COMO SE COMPORTAR NA EMPRESA

1. USO DO COMPUTADOR - Usar o computador do escritório de forma


inadequada, navegar na Internet atrás de pornografia ou passar o expediente
procurando informações sobre qualquer assunto de natureza controversa.
Outro perigo é a troca de e-mails pessoais. A empresa pode rastreá-los e é
provável que o faça.

2. FALTA DE ÉTICA- Nunca comente o desempenho de um colega com os


outros, exceto para elogiar. Falar mal da empresa em locais públicos pode
aniquilá-lo. “SE VOCÊ TEM UMA OPINIÃO NEGATIVA SOBRE SUA
EMPRESA NÃO DEVERIA TRABALHAR LÁ.”

3. DESTOAR - Jamais bata de frente com a cultura de sua empresa. Conheças


as normas e transforme-as em hábito. “AS EMPRESAS CONTRATAM PELA
COMPETÊNCIA, MAS DEMITEM POR INADEQUAÇÃO”.

4. NÃO SEJA CABEÇA DURA - Quando surgirem mudanças, não resista a


elas. Você pode não gostar, mas as mudanças fazem parte da vida. Depois
que tudo se ajeita, muitas mudanças se mostram vantajosas.

5. ESTUDE - Por mais experiente que alguém seja, sempre é possível adquirir
novos conhecimentos.
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6. SEJA MODESTO - Fale dos seus êxitos, mas de uma forma tranqüila e sem
querer ser superior a ninguém. Divida seus créditos com sua equipe e a torne
vencedora.

7. ASSUMA SEUS ERROS - Não negue seus erros, as pessoas são muito mais
compreensivas quando você admite logo que errou e se desculpa. Mas
lembre se os erros não podem fazer parte de sua rotina.

8. SEJA DISPONÍVEL E DISPOSTO ® Participe das reuniões, festas e


palestras da sua empresa. Assim seus superiores reconhecerão em você uma
qualidade muito procurada e pouco encontrada: “A DISPONIBILIDADE”.
Freqüente os locais onde as pessoas de sua área se reúnem. Troquem
informações sobre lideranças, mercados e sobre o setor em geral

Ética e valores são partes naturais do desenvolvimento humano. Ética se


aprende em casa, na escola, através da religião e de outras influências.

Ética profissional é o conjunto de princípios morais (normas) que se devem


observar no exercício de uma profissão, onde os conceitos básicos e as normas de
conduta e de caráter serão extraídos da formação familiar, passados à vida social e
transferidos à vida profissional.

Podemos citar alguns princípios morais/éticos que aplicamos


profissionalmente:

• Boa educação e a cordialidade no dia de uma empresa, desde a portaria


até a diretoria;
• Não utilizar recursos da empresa para benefícios próprios;
• Trajar-se de forma adequada ao ambiente de trabalho;
• Sigilo de informações (o que acontece na organização, “fica” na
organização).
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As informações que tomamos conhecimento com nosso trabalho devem ser


restritas a empresa, pois, não é ético divulgar assuntos de interesse da empresa a
pessoas externas. Pode ocorrer de um colaborador tomar conhecimento de um
assunto que não lhe diz respeito, pois ficou sabendo “por acaso” e sair falando a
todos dentro da empresa, depois se o fato ocorre de forma diferente ou não
ocorrem, todos ficarão sabendo da notícia e por onde ela começou.

7. CIDADANIA

O homem é um ser social. Vive em grupos, modificando-se e adaptando-se


de acordo com suas necessidades e aspirações. O comportamento do indivíduo é
regido pelo consenso geral, abrangendo valores (sociais, morais, éticos, religiosos,
etc.) que são determinados por normas de comportamento em todos os setores da
vida.
Para se ter idéia do que é cidadania, é necessário que se conheça alguns
conceitos relacionados com o assunto:

País – Território habitado por uma coletividade, que constitui uma realidade
histórica e geográfica, com designação própria, possuindo soberania e governo
próprio.
Ex: Brasil, Espanha, Argentina, Japão, etc.

República – Organização política de um estado com vistas a servir a coisa


pública, ao interesse comum. Sistema de governo em que um ou vários indivíduos
eleitos pelo povo, exercem o poder supremo por tempo determinado.

Estado – Divisão territorial de certos países. Ex. Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Bahia, etc.

Cidade – Complexo demográfico, formado, social e economicamente, por


uma importante concentração, populacional não agrícola, dedicado a atividade de
caráter mercantil, industrial, financeiro e cultural.
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Ex. Santa Luzia, Belo Horizonte, Campinas, Vitória, etc...

Democracia – Doutrina ou regime político baseado nos princípios da


soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder, ou seja, regime de governo
que se caracteriza em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos
poderes e pelo controle da autoridade.

Cidadão – Indivíduo com poder de usufruir dos direitos civis e políticos de um


estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.

Ética – Segundo Roberto da Matta é o limite que faz com que uma pessoa
diga “não” a si mesma. A ética se diferencia da censura porque, enquanto a censura
vem de fora, dependendo da política, a ética ao contrário vem de dentro. A ética é a
voz da consciência, não a sirene do camburão. Censura tem a ver com violência.
Ética fala da incessante luta da consciência consigo mesmo. Acabe-se com a
censura e uma floresce; tira-se a ética e não há civilização.

CIDADANIA - é, portanto, o direito de ter deveres. É poder expressar suas


idéias. É ter direito de escolher livremente seus governantes e ter o dever de
escolher o melhor, o mais correto, o mais honesto, o mais ético. É ter direito de
denunciar o que for injusto, incorreto, não sofrer discriminação de cor, Religião, raça,
classe social, etc. É ter o dever de respeitar o sinal vermelho do trânsito, de não
jogar papel na rua e não destruir a coisa pública.

Reflexões
• Os direitos do cidadão estão claramente definidos no papel?
• Vamos analisar cada um deles e verificar se a sociedade brasileira tem
respeitado esses direitos?
• Eu cumpro com meus deveres enquanto ser humano e ser cidadão?
• Eu estou em condições de saber distinguir o que é ético?
• Eu sei buscar os meus direitos enquanto cidadão?
• Eu posso ajudar na conquista da cidadania para todos os brasileiros?
• O que posso fazer, como, onde e quando?
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7.1 LEIS E DIREITOS HUMANOS

Refletir sobre os organismos de apoio ao cidadão.


• A Constituição Federal
• O Código Civil
• Leis do Trabalho
• O Código Penal
• As Leis de Trânsito
• O Código do Consumidor
• O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
• O PAT – Posto de Amparo ao Trabalhador

O foco dessa atividade é estimular o grupo para a contextualização do tema


cidadania, resgatando ao máximo esse conceito e situações onde a mesma se
encontra deficitária na relação de direitos e deveres.
Trabalhar a noção de direitos e deveres favorece o desenvolvimento da
responsabilidade social. É importante que o participante reflita sobre os
compromissos que precisa assumir para exercer plenamente a cidadania.
Conscientize o grupo de que nenhum cidadão tem apenas direitos e de que
a própria interpretação da lei leva em consideração as exigências relativas ao bem
comum. Chame a atenção do grupo para o fato de que as questões públicas não
são responsabilidade apenas do governo, elas exigem vigilância permanente do
cidadão.
Com essa consciência, torna-se possível relacionar vivências do dia-a-dia a
situações mais amplas, de modo que o exercício da cidadania – campo dos direitos
e deveres – não se restrinja a um discurso desvinculado da vida cotidiana.
Desenvolva a percepção e a consciência de que ser cidadão se refere,
principalmente, à participação e a atuação de cada um no meio em que vive.
Serão apresentados abaixo dois textos de apoio. O primeiro para
conhecimento e o segundo para a realização da última atividade.
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Declaração universal dos direitos humanos:

Todos nascemos livres e somos iguais em dignidade e direitos.


Todos temos direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal e social.
Todos temos direito de resguardar a casa, a família e a honra.
Todos temos direito ao trabalho digno e bem remunerado.
Todos temos direito ao descanso, ao lazer e às férias.
Todos temos à saúde e assistência médica e hospitalar.
Todos temos direito à instrução, à escola, à arte e à cultura.
Todos temos direito ao amparo social na infância e na velhice.
Todos temos direito à organização popular, sindical e política.
Todos temos direito de eleger e ser eleito às funções de governo.
Todos temos direito à informação verdadeira e correta.
Todos temos direito de ir e vir, mudar de cidade, de Estado ou país.
Todos temos direito de não sofrer nenhum tipo de discriminação.
Ninguém pode ser torturado ou linchado. Todos somos iguais perante a lei.
Ninguém pode ser arbitrariamente preso ou privado do direito de defesa.
Toda pessoa é inocente até que a justiça, baseada na lei, prove a contrário.
Todos temos liberdade de pensar, de nos manifestar, de nos reunir e de crer.
Todos temos direito ao amor e aos frutos do amor.
Todos temos o dever de respeitar e proteger os direitos da comunidade.
Todos temos o dever de lutar pela conquista e ampliação destes direitos

(Versão popular de Frei Beto)


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7.2 DIREITOS E DEVERES

7.2.1 Direitos do cidadão

• Todo Homem tem o direito de ser reconhecido como pessoa perante a lei.
• Todo homem tem direito à instrução.
• Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
• Ninguém será arbitrariamente preso detido ou exilado.
• Todo homem que trabalha tem o direito a uma remuneração justa.
• Todo homem tem o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
• Todo homem tem direito ao trabalho e a livre escolha de emprego.
• Todo homem tem direito à segurança social.
• Todo homem tem direito à alimentação, vestuário, habitação e cuidados
médicos.
• Todo homem tem direito de tomar parte no governo de seu país.
• Todo homem tem direito a uma ordem social em que seus direitos e
liberdades possam ser plenamente realizados.

7.2.2 Deveres do Cidadão

Cobrar o cumprimento da lei e propor mudanças através de sua participação:

1. Conselhos Municipais (da mulher, da criança e do adolescente, do idoso,


da saúde, da assistência social, etc.).
2. Associação de bairros e Conselhos Comunitários.
3. Sindicatos e classe.
4. Partido políticos
5. Comitês.
6. Voto.
7. Pagamento de impostos.
8. Servir a Pátria.
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Documentos do cidadão

Registro ou Certidão de Nascimento.

Este documento deve ser providenciado pelos pais logo após o nascimento da
criança, pois passados 15 dias, será cobrada multa. A pessoa que não possui não
existe legalmente. Somente a partir do registro de nascimento é que se prova sua
existência. Deve ser feito em qualquer cartório de registro civil.

Documentos necessários:

__Cartão de berçário da criança;


__Documento de identidade do responsável (pai, mãe ou doutor), por
exemplo: certidão de casamento, carteira de identidade, etc.

Carteira de Identidade

Este documento é o mais utilizado pelo cidadão, que deve sempre estar de posse
dele, para se identificar quando necessário. Para obtenção da carteira de Identidade,
a pessoa deverá procurar a Secretaria da Segurança Pública.

Documentos necessários:

• Certidão de nascimento (Original ou xerox autenticado);


• 2 fotos 3x4 (recentes) de frente, sem carimbo, sem necessidade de data.

Carteira de Trabalho

A carteira de trabalho pode ser feita por pessoas que já completaram 14 anos
de idade. É um documento muito importante para o trabalhador, pois nela são
registrados o tempo de serviço e a contribuição previdenciária, indispensáveis para a
aposentadoria. A carteira de trabalho pode ser feita nos Postos de Emissão do
Ministério do Trabalho ou Postos credenciados, como unidades do SESI, Rodoviária,
Prefeitura, etc.
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Documentos necessários:

• 1 foto 3x4 (de frente, sem carimbo e não há necessidade de data);


• certidão de nascimento ou de casamento ou carteira de identidade.
• Quando as folhas de anotações na carteira forem totalmente preenchidas,
o trabalhador deverá fazer outra continuação da anterior. Para isso deverá
apresentá-la, juntamente com 1 foto 3x4.
• A carteira em continuação receberá o mesmo número e série da anterior. É
direito do trabalhador ter anotado em sua carteira o tempo de trabalho,
mesmo que seja serviço temporário de experiência.
• Todas as carteiras de trabalho devem ser bem guardadas, pois é único
documento que comprova tempo de serviço para aposentadoria.

Título de Eleitor

Este é o documento que permite a participação do cidadão na vida política do


país. O título eleitoral e o voto são obrigatórios para todos os brasileiros de 18 anos.
O título é obtido nos Cartórios Eleitorais ou em posto credenciados pela justiça
Eleitoral, mediante preenchimentos de um modelo de requerimento próprio.

Documentos necessários:

Certificado de Nascimento ou outro que substitua (carteira de identidade,


certificado de reservista).

CPF
O CPF (Cadastro de Pessoa Física) da Secretaria da Receita Federal –
Ministério da Fazenda. Para obtê-lo basta, preencher o formulário próprio,
adquirindo nos correios e apresentar qualquer documento de identidade. Este
documento pode ser feito por maiores de 18 anos, em casos especiais, por menores
de 18 anos por motivo de herança, pensão alimentícia ou emprego. Nesses casos a
pessoa deverá procurar a agência da Receita Federal de sua cidade. O CIC é
utilizado para abertura de contas bancárias, creditários, etc.
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Certidão de Casamento

Este é o documento que comprova, legalmente o casamento. Para a sua


obtenção é necessário a apresentação das certidões de nascimento dos noivos e a
presença de duas testemunhas munidas de carteira de identidade. Caso os noivos
sejam menores de 21 anos, torna-se necessário o consentimento dos pais.

Carteira de Saúde

É um documento exigido por empresas do gênero alimentício, hotéis e


similares, clubes esportivos, saunas, massagens, salão de beleza (cabeleireiro,
barbeiro, manicura e pedicura) para admissão de empregado. Para obtenção da
carteira é necessário dirigir-se a um Centro de Saúde para Consulta Médica.

Cuidados necessários para preservação dos documentos

• Plastificado, se possível;
• Guardar em local seguro, seco e longe do alcance das crianças;
• Evitar muitas dobras;
• Cuidar para não rasgar, molhar e mofar;
• Notificar a polícia imediatamente em caso de perda, roubo ou extravio,
providenciando a Segunda via;
• Portar sempre a carteira de identidade, e os demais documentos, quando
necessário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RANDEN, Nathaniel. O Poder da auto-estima. 6. ed. São Paulo : Saraiva, 2008


CHAUÍ, Marilena de Souza. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez Editora,
2008.
DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. São Paulo: Ática, 2009.
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CRÉDITOS

SENAI – DR
UNIEP – Unidade de Educação Profissional

Coordenador:
Felipe Vieira Neto

Equipe Técnica:
Alexsandro Santos de Figueiredo
Florivaldo Barbosa da Silva
Walber Bruno Braz da Silva

Conteudistas:
Ana Paula Batista Cruz
Claúdia Maria Pereira de Almeida
Evelinne de França Vasconcelos Dourado
Jamile Maria Moreira da Silva
Jordão Moreira da Silva Junior
Jurandi Galdino Ferreira
Kalina Sousa Pereira de Almeida
Rafaelly Gomes Barbosa Galdino

Digitador:
Walber Bruno Braz da Silva

Normalização Bibliográfica:
Heliane Maria Idalino da Silva

Capa:
Hélio Soares

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