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1. Introdução...........................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................2
1.2. Metodologia................................................................................................................3
2. Conceito de Ética................................................................................................................4
3. Conclusão..........................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas.................................................................................................12
1. Introdução
A empresa, enquanto instituição moderna estruturada para produzir as condições de vida,
é, em última instância, algo inerente ao ser social do ser humano. A primeira decorrência
ética dessa afirmação, conforme o professor Camargo (2006), é que nenhuma empresa ou
organização pode ver o ser humano como se ele fosse uma simples “peça de uma
engrenagem”, isto é, como se ele fosse um objeto a mais entre outros que a empresa
possui. Ao contrário, afirma o autor, as pessoas precisam ser vistas como o “motor” da
estrutura organizacional, isto é, como agentes, pensantes, participativos, integrantes, com
vontade própria e com capacidade para construir junto o ser social da empresa.
Falar sobre ética, no sentido de regras de conduta, no mundo dos negócios e no mundo do
trabalho, atualmente, é quase uma obrigação. À medida que a sociedade se torna cada vez
mais plural e os valores cada vez mais etéreos, fica cada vez mais difícil estabelecer
princípios norteadores para o mundo empresarial e, consequentemente, para as relações de
trabalho. Não é mais possível pensar numa ética universal, válida para todos, em diferentes
tempos e espaços. Ao contrário, a ética está cada vez mais fragmentada e situada em
tempos e espaços diferentes.
A ética empresarial se refere aos valores que são observados por uma empresa na relação
com seus clientes, fornecedores e funcionários. Uma postura ética é de fundamental
importância para a sobrevivência da empresa no mundo empresarial. Para que a postura
ética da empresa se efetive, é extremamente necessário que haja uma coerência muito
grande entre a teoria, os valores que a empresa diz cultivar, e a prática, os valores que
realmente aparecem no seu dia-a-dia.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Abordar sobre a ética profissional na dimensão sectorial do trabalho.
1.2. Metodologia
2. Conceito de Ética
A palavra “Ética deriva do grego ethos, que significa caráter distintivo, disposição, modo de
ser adquirido”, segundo Camargo (2006). O termo “ética” é utilizado para denominar a
ciência da conduta humana, com vistas à felicidade; estudando a vida do ser humano,
analisando a qualidade da sua conduta. O homem é dotado de uma consciência moral, que
o faz distinguir entre o certo ou errado, bom ou ruim e com isso é capaz de avaliar suas
atitudes. Nesse sentido, é possível encontrar no bem-estar dos indivíduos uma contribuição
para seu crescimento.
Pode-se dizer, então, que a ética busca entender o ato comportamental do ser humano e as
causas que levam a um determinado comportamento ou conduta. A ética pode ser
conceituada como o estudo do senso, em que se refere à conduta humana, avaliando o
ponto de vista do bem e do mal a uma determinada sociedade.
Segundo Sá (2010), o ser humano vai construindo sua conduta, discernindo entre o certo e o
errado, através de respostas aos estímulos mentais comandados pelo cérebro,
diferenciando-os a um comportamento, pois está sujeito a alterações em seus efeitos. A
história da ética teve sua origem na antiguidade grega, através dos estudos de Sócrates,
Platão e Aristóteles, que se preocuparam em refletir sobre as ideias do bem e da virtude
ética. De acordo com Vázquez (2006) “Resumindo, para Sócrates, bondade, conhecimento e
felicidade se entrelaçam estreitamente”.
Para ele, a ética é a felicidade, mas para alguém ser feliz é necessário ser bom e para ser
bom é preciso ser sábio. Para Platão, a alma é o princípio que anima o homem e se divide
em três partes, que são as virtudes de cada parte da alma: a razão que deve aspirar a
sabedoria; a vontade que deve que deve aspirar a coragem e o apetite ou desejos que
devem ser controlados para atingir a temperança. As virtudes são determinadas pela
natureza da alma. Na verdade, ele propunha uma ética das virtudes, que seriam função da
alma (Nalini, 2008).
A ética nos negócios inclui essas virtudes que, após muito tempo, ainda continuam válidas
até hoje. Para as empresas que pretendem ter uma vida longa e sólida é fundamental que
seus gestores sejam honestos, terem coragem para assumir decisões, serem tolerantes e
flexíveis, serem íntegros e humildes. A ética de Platão está relacionada com sua filosofia
política, porque, para ele, o Estado é o terreno próprio para a vida moral, pois o conduzia à
prática de virtudes e ao conhecimento para serem felizes (Vázquez, 2006).
Para Aristóteles, o ser humano consegue realizar seu fim último, que é a felicidade, somente
na comunidade social e política. O meio para conseguir a felicidade são as virtudes,
enquanto os hábitos, que lhe são próprios, são constantes e firmes. Há duas espécies de
virtudes: intelectuais ou dianoéticas e práticas ou éticas (Vázquez, 2006).
A prática da ética causa mudanças nas organizações, torna mais respeitável o ambiente de
trabalho e seus produtos ou serviços prestados são considerados como excelentes nas
relações de negócios empresariais (Filho, Benedicto & Calil, 2008). As organizações podem
incluir em sua política empresarial instrumentos como manuais e códigos de ética
empresarial. Esse procedimento irá promover bons resultados quanto à conduta ética dos
funcionários, fornecedores, clientes e a todos que estão envolvidos com a empresa.
Sá (2009) especifica que em qualquer sociedade que se observe, sempre será notado a
existência de conflitos morais em seu interior, eles ocorrem a partir do momento em que
um indivíduo, perante uma circunstância, tem uma atitude que contraria aquilo que, de
forma geral, a sociedade estabeleceu como padrão de comportamento para aquela situação
em específico. Em consonância com Sá (2009), tais conflitos não são exclusivos do âmbito
pessoal e da relação entre diferentes tipos de comunidades, elas também surgem na esfera
profissional, principalmente por questões de conflito de interesse dentro de cada
organização.
Para Camargo (2008) a ética profissional e a aplicação da ética geral no campo das
atividades profissionais; a pessoa tem estar imbuída de certos princípios do ser humano
para vivê-los nas suas atividades do trabalho. Para que o profissional conduza seu trabalho
com eficiência, eficácia e efetividade é necessário ter responsabilidade individual perante
seu grupo.
De acordo com Sá (2009), nem sempre a escolha coincide com a vocação, mas feita a
eleição, inicia-se um compromisso entre o indivíduo e o trabalho que se propõe a realizar.
Quando o ser humano elege seu trabalho, ele se compromete com todos os deveres éticos
de oferecer com satisfação e qualidade suas atividades.
Sá (2009) relaciona uma série de virtudes chamadas como valores necessários e compatíveis
à prática dos serviços profissionais. Algumas delas são: abnegação, atitude, benevolência,
coerência, disciplina, eloquência, fidelidade, gratidão, honestidade, idealismo, entre outras.
Quando as virtudes são realizadas com qualidade, é possível identificar o caráter do
profissional e o exercício de sua profissão. Assim como as atitudes virtuosas garantem o
bem, a ética tem sido um caminho para o benefício de todos.
Barros (2010) agrega que a Ética Profissional pode ser definida como um conjunto de
normas e valores que direcionam as condutas dos colaboradores para que estes
mantenham uma reputação positiva no ambiente de trabalho. O mesmo autor ainda
destaca que um círculo organizacional onde os indivíduos possuem ética profissional, o
clima tende a ser bem agradável, e refletir assim no rendimento de toda a equipe.
Barros (2010), afirma também que a pessoa ética, naturalmente é admirada e o respeito
que os clientes e colegas de trabalho têm por ele, mantém-no em destaque. O mesmo autor
ainda afirma que a Ética Profissional atua como um filtro, impedindo a passagem de fofocas,
mentiras, entre outros itens negativos que possam prejudicar um colaborador, dessa forma,
afirma-se que cabe aos líderes serem profissionais éticos, pois, assim, em vez de deixar o
ambiente de trabalho desarmônico, eles devem promover um clima harmônico.
Por sua vez, Sá (2009) diz que a Ética Profissional nada mais é que as normas de
comportamento que indicam a conduta mais apropriada defrontem algumas situações, que
visam manter a harmonia no âmbito empresarial. Ainda em consonância com o mesmo
autor, quando o colaborador aceita e reconhece o dever de cumprir tais normas, ele passa a
agir moralmente e a emitir juízos de valor condizentes com a cultura de qualidade que cada
organização pretende adotar.
Por fim, Barros (2010) agrega que a conduta Ética de um profissional é demonstrada diante
de sua classe, clientes e concorrentes, dessa forma ele deve agir para deixar claro seu
compromisso e independência perante suas ações, através da recusa de prêmios e
presentes, não tomando decisões individuais que possam colocar em risco o alcance dos
objetivos da empresa ou de seus contratantes, entre outros.
Barros (2010) cita que discutir e definir padrões éticos dentro de uma empresa nem sempre
é uma missão simples, porém este tem sido o caminho que várias organizações adotam para
proteger ou garantir o seu espaço no mercado. Ainda conforme a autora, as entidades
precisam livrar-se daquela visão de que investir em novas tecnologias e estratégias
agressivas é o único caminho a percorrer para proporcionar melhores resultados, e devem
adotar o posicionamento de que o caminho para atingir seus objetivos está no seu pessoal,
para isso a ética profissional é de grande valia, visto que promoverá um ambiente bom para
se trabalhar.
Ashley (2003) afirma que com base nos valores morais existentes, existem alguns
fundamentos da ética profissional que determinam que a sociedade valoriza os profissionais
que possuam os seguintes requisitos éticos:
As organizações aplicam os padrões éticos da sociedade as suas regras internas para o bom
andamento dos processos de trabalho, alcance de metas e objetivos. A ética profissional
proporciona um exercício diário de honestidade, comprometimento, confiabilidade no
comportamento do profissional e na tomada de decisões em suas atividades. O profissional
deve seguir os padrões éticos da sociedade e as normas e regimentos internos das
organizações. A ética profissional proporciona ao profissional um exercício diário e
prazeroso de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que
conduzem o seu comportamento e a tomada de decisões em suas atividades. A recompensa
é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta exemplar
(Ashley, 2003).
O código prevê, inclusive, penalidades para a não observância das normas, que podem
culminar com a cassação do direito de exercer a profissão. Os códigos de ética profissional
também são chamados de códigos deontológicos, palavra que deriva do grego deon, que
significa o que deve ser feito. O código deontológico é o conjunto dos deveres exigidos no
exercício de uma determinada profissão, que se expressará em obrigações profissionais, ou
seja, o que um profissional deve fazer e o que ele não pode fazer no exercício da profissão
(Barbieri, 2007).
O profissional ético é uma pessoa com uma formação técnica consolidada, mas, sobretudo,
com uma formação moral adequada para exercer uma atividade laboral numa empresa, seja
ela grande ou pequena, ou de forma autônoma. A formação técnica também é um dos
elementos da formação ética, porque um profissional que se diz preparado, mas que não
possui as habilidades necessárias para realizar uma tarefa, na realidade prejudica a si
próprio, aos colegas e à empresa que o contratou (Barbieri, 2007).
A conduta ética dos profissionais de uma empresa poderá levá-los, por exemplo, a dizer não
para um cliente, sempre que for necessário dizer não, mesmo que isso venha a desagradá-
lo. Embora uma postura como essa possa fazer parecer que a empresa vai perder clientes
ou fornecedores, isso se dará no curto prazo, porque no médio e longo prazo, se as decisões
foram acertadas e tomadas a partir de critérios éticos, esses ou outros clientes ou
fornecedores tenderão a ver na empresa uma coerência que possibilitará mais segurança e
fidelização (Barbieri, 2007).
2.2. Código de Ética
O Código de ética é um documento, elaborado pelos principais gestores de uma
organização, ou pelos Conselhos que regem uma profissão, que objetiva evidenciar os
princípios, a missão, as atitudes e comportamentos adequados a uma determinada
profissão ou empresa, de forma a atender às necessidades que aquela categoria serve e
representa e os anseios da sociedade. A elaboração de um código de ética, busca enfatizar
os valores, os deveres e as obrigações que devem ser praticados e respeitados pelos
profissionais e pelas instituições e são, geralmente, embasados na legislação vigente do
país, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas e nas Resoluções e Normas
dos Conselhos Profissionais, de cada profissão (Dias, 2009).
As organizações, atualmente, têm aumentado o seu interesse por atitudes éticas, pois o que
tem sido observado é quando a mesma é negligenciada passa a vigorar a desconfiança entre
empresas, a falta de lealdade dos empregados e o uso da tecnologia a serviço da fraude,
colocando em jogo o destino da organização. As organizações aplicam os padrões éticos da
sociedade as suas regras internas para o bom andamento dos processos de trabalho,
alcance de metas e objetivos. A ética profissional proporciona um exercício diário de
honestidade, comprometimento, confiabilidade no comportamento do profissional e na
tomada de decisões em suas atividades. O profissional deve seguir os padrões éticos da
sociedade e as normas e regimentos internos das organizações. A ética profissional
proporciona ao profissional um exercício diário e prazeroso de honestidade,
comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o seu
comportamento e a tomada de decisões em suas atividades. A recompensa é ser
reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta exemplar.
4. Referências bibliográficas
Ashley, A. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2003.
Barbieri, C. Gestão ambiental empresarial. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
Camargo, M. Fundamentos de ética geral e profissional. 7ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
Filho, C.; Benedicto, G.; & Calil, J. Ética, responsabilidade social e governança corporativa.
São Paulo: Alínea, 2008.
Nalini, R. Ética geral e profissional. 6ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.