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Resumo: O propósito deste artigo é destacar as contribuições que o exerce nas instituições contábeis. Para o
desenvolvimento deste estudo faz-se uso de métodos de estudo exploratória qualitativa. Os códigos de ética
constituem o ponto de partida para a prática da ética nas empresas. Buscou-se verificar as contribuições que o
código de conduta traz para o âmbito profissional contabilista, diante dos conceitos sobre ética, moral, ética
profissional, código de ética. Como base legal e formal foi utilizada a Resolução CFC nº 803/96, que trata do
Código de Ética do Contador. Portanto, é importante destacar a importância do Código de Ética Profissional para
nortear o profissional nas questões abordadas no seu âmbito de trabalho; e suas as contribuições para a categoria
contábil e por meio da aplicabilidade, agir de forma ética e profissional, respeitando-o na realização dos
trabalhos contábeis.
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmicas do Curso de Ciências Contábeis da FSG.
2
Mestre em Ciências Sociais. Professor de Filosofia e Ética da FSG.
2 CONCEITOS
2.1 Ética
A palavra ética vem do grego ethos, que significa “modo de ser” ou “caráter”. Mas
esse vocabulário apresenta um sentido bem mais amplo em relação ao que se refere à palavra
“ética”. O ético compreende, antes de tudo, as disposições do homem na vida, seu caráter,
seus costumes e, naturalmente, sua moral. Na realidade, poderia se traduzir como uma forma
de vida no sentido preciso da palavra, isto é, diferenciando-se da simples maneira de ser.
A ética estuda os valores morais e os princípios ideais de conduta humana. Conforme
Silva (1995, p.62), “Aristóteles a empregou pela primeira vez para denominar um dos seus
livros, Ética a Nicômaco, onde descrevia que a ética existe, sempre, para a busca incessante
da felicidade, da virtude, da prudência e da justiça cultivada pelos homens.”
Há várias formas e tipos de condutas éticas, como, por exemplo, na política, na
religião e na profissão, sendo esta última conduzida pelo código regulador das ações que
determinam os modelos de condutas para seus membros.
A ética é estudo da forma pelo qual normas morais pessoais se aplicam às atividades e
aos objetivos das empresas. Não se trata e um padrão moral separado, mas do estudo de como
o contexto profissional cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua
como gerente desse sistema.
Para Vásquez (1997), a ética seria a teoria ou a ciência do comportamento moral dos
homens em sociedade, ou seja, a ciência de uma forma específica de comportamento humano;
ocupa-se de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos de moral,
constituído por um tipo peculiar de fatos visando descobrir-lhes os princípios gerais.
Embora a ética esteja intimamente ligada às práticas morais não se devem confundi-
las, pois a ética trata apenas do questionamento sobre o que é bom ou ruim, ou seja, dos
aspectos reflexivos em relação às regras e normas constituídas pelos grupos sociais. É a partir
da ética que analisamos do que é certo ou errado, se determinadas normas ou regras são
justas, e se devem ser reformuladas, enquanto que os costumes é a prática da ética.
Para Aristóteles (apud SÁ, 1997), a ética seria a busca do equilíbrio, e através dela as
pessoas conseguiriam ser felizes e viver em harmonia.
2.2 Moral
A palavra moral vem do latim mor ou mores, “costume” ou “costumes”, que significa
maneira de se comportar regulada pelo uso, por isso, costume. Para Vásques (1997), a moral
seria o conjunto de normas de conduta consideradas válidas, que de modo absoluto para
qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. A moral se refere ao
comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem. Cada sociedade tem seus
costumes, ou seus valores morais, por isso a moral não pode ser considerada como uma regra
universal.
A moral é o conjunto das regras assumidas pelos indivíduos de um grupo social com a
finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e o mal; costumes
e tradições de uma sociedade, ou seja, ela está vinculada a um sistema de valores próprios da
cultura de cada povo e tem como objetivo regular e organizar as relações entre os indivíduos,
possibilitando assim uma convivência pacífica (MARTINS, 2003).
Portanto, a moral é variável e mutável, e cada povo tem suas regras de conduta. Sua
importância no mundo evidencia-se pelo fato de que não existe vida social sem a presença de
normas ou regras de conduta.
exercer sua função com maestria, e também não menos importante estar sempre com uma
atenção no que diz respeito às regras de conduta moral.
É imprescindível a um profissional que, além de ter os conhecimentos técnicos, que
tenha comportamento ético em relação aos demais colegas e a terceiros interessados. Dessa
forma, nem sempre o profissional que está atendendo seu cliente, aplicando todos os
conhecimentos e meios disponíveis para resolver os problemas, estará comportando-se
eticamente, caso, ao fornecer a melhor solução, não esteja também adotando todos os
princípios e regras da moral.
Através de um procedimento competente e honesto, cada indivíduo cria seu conceito
profissional, que será simplesmente o reconhecimento por terceiros de suas virtudes e
capacidade de exercer um trabalho habitual de qualidade superior. “A profissão, pois, que
pode enobrecer pela ação correta e competente pode também ensejar a desmoralização,
através da conduta inconveniente com a quebra de princípios éticos” (SÁ, 2000, p. 138).
Assim sendo, ao abordamos sobre a evolução do conceito de ética nas empresas não
podemos deixar de nos basearmos na declaração de Ouvires (2007, p. 3):
Conforme o autor acima, percebemos que várias empresas, atualmente, têm grande
preocupação em relação à ética, não somente visando o lucro, mas, concomitantemente, ao
interesse social. Assim sendo, a ética na atividade profissional é ter um olhar atento para o
outro, sem o qual o eu não se humaniza, ou seja, as suas atividades estão dirigidas para o
outro.
instituição. Além disso, tem como objetivo a formação da consciência profissional, além de
tornar os princípios éticos obrigatórios.
Normalmente o código de ética contém princípios éticos gerais e regras particulares
relacionadas a problemas que surgem na prática da profissão, englobando até opiniões de
órgãos competentes e associações profissionais, procurando abranger todos os problemas que
possam aparecer.
As profissões são normatizadas por código regulador de ações. Código de Ética é que
determina os modelos de conduta para seus membros. Pois que, a conduta moral e ética está
intimamente ligada aos costumes da sociedade em que vivem a pessoas. Em se tratando de
conduta, Sá (1997, p 8) diz que, “em qualquer atividade a conduta do profissional só é aceita
como ilibada, respeitosa e ética, se observado o código que rege a profissão e sua conduta
tenha amparo nos usos e costumes da sociedade profissional.”
As empresas que dão a devida importância ao código de ética estão investindo em
programas de treinamento ético e colocando em prática novos instrumentos de
conscientização profissional, tais como: seminários sobre ética, formação de comitês de ética,
apoio aos sindicatos e associações de classes para debates sobre ética.
Cada vez mais os códigos tornam imprescindível nas organizações entende-se que
para difundir os princípios de ética, mudanças são necessárias, partindo da formação dos
futuros profissionais de contabilidade. Procuram especificar o comportamento esperado dos
empregados e ajudam a definir o marcos básico de atuação.
Entre as questões abordadas sobre as contribuições do código de ética, predominam
alguns como o respeito às normas pré-estabelecidas, proteção das informações confidências
da instituição, lealdade entre os funcionários, respeito entre os chefes e subordinados,
transparência nas comunicações internas e com os stakeholders da organização, denúncia,
práticas de suborno e corrupção em geral, propriedade de informação, contratos com/do
governo, entre outros (ARRUDA, 2002).
A busca do desempenho ético envolve a determinação formal de normas
organizacionais, o treinamento necessário para a implementação de seus. Lei Ética Fonte:
(CRANE; MATTEN, 2004, p.9) padrões éticos, a criação dos controles necessários para
3 METODOLOGIA
A elaboração deste estudo tem início pela análise dos conceitos ligados a ética e
consulta ao Código de Conduta do Contabilista. Para o desenvolvimento deste estudo faz-se
uso de métodos de natureza exploratória, no intuito de alcançar o objetivo proposto, qual seja
evidenciar as contribuições do código de conduta por alunos que estão graduando o curso de
Ciências Contábeis.
A coleta de dados fundamenta-se no procedimento de aplicação entrevista com
profissional contábil. O estudo é transversal por representar um instantâneo de um
determinado momento (COOPER; SCHINDLER, 2003), e descritivo com abordagem
exploratória, articulando-se com a pesquisa quase experimental. Segundo Wood e Haber
(2001, p. 103).
Para classificar a pesquisa foi verificado que Gil (1988) afirma que é possível
classificar a pesquisa com base nos seus objetivos, procedimentos e técnicas, podendo a
pesquisa ser classificada como exploratória documental. :
A pesquisa exploratória ou diagnóstica tem a finalidade de realizar um estudo com o
intuito de obter informações ou dados mais esclarecedores e consistentes sobre o
tema abordado. Essa modalidade de pesquisa também pode envolver o levantamento
bibliográfico (FIORENTIN; LORENZATO 2006 apud JESUS p.16 2008).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
ARRUDA, M.C.C. Código de Ética: um instrumento que adiciona valor. São Paulo:
Negócio Editora, 2002.
CAMARGO, Ynel Alves de. Ética Profissional. Revista Brasileira de Contabilidade. V. 21,
n. 79, 1992.
CRANE, A.; MATTEN, D. Ética e Negócios. New York: Oxford University Press, 2004.
LINTON, Ralph. O Homem. 3. ed., São Paulo: Livraria Martins Editora, 1959.
LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. 1.ed. São Paulo:
Atlas, 1998.
LOPES DE SÁ, Antônio. Ética Profissional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NASH, Laura. Ética nas empresas. São Paulo : Makron Books do Brasil, 1993, p. 6
PEREIRA, Otaviano. O que é Moral. Editora Brasiliense Primeiros Passos, 1991, São Paulo.
SÁ, Maria Thereza Antunes Pompeu. Ética Geral e Profissional: Proposta de Programa para
Ensino nos Cursos de Graduação em Ciências Contábeis. Revista Enfoque – Reflexão
Contábil. UEM,n. 15, 1997.
SUNG, Jung Mo; SILVA, Josué Cândido da. Conversando sobre Ética e Sociedade. 8 ed.,
Petrópolis – RJ: Vozes, 1995.
VÁSQUES, Adolfo Sanchez. Ética. 17 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.