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CONTABILIDADE

BÁSICA

Filipe Martins da Silva


Plano de contas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar as principais contas do plano de contas.


 Reconhecer a funcionalidade de cada conta do plano de contas.
 Analisar o plano de contas com base no objetivo, no ramo ou no setor
de atividade para cada empresa.

Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer os procedimentos que devem ser ado-
tados para elaborar um plano de contas e compreender sua importância,
os pontos que devem ser considerados para que atenda às necessidades
de uma empresa e quais contas deve-se considerar. Você também vai ver
os diferentes planos de contas que existem para as pequenas e médias
empresas, quais as diferenças entre eles e como deve-se proceder para
apurar seu saldo.

Principais contas do plano de contas


O plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina
as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros
contábeis. É um instrumento de grande importância no desenvolvimento do
processo contábil de uma empresa. Cada empresa deve elaborar o seu plano de
contas, sempre observando os interesses e as características do negócio, com
base na legislação pertinente. Atualmente, o plano de contas deve obedecer às
disposições contidas na Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (RIBEIRO,
2013). Conta é a representação contábil de elementos patrimoniais de natureza
igual ou semelhante. É importante destacar que na elaboração do plano de
contas, deve-se definir as contas que irão representar e ajudar a controlar o
patrimônio da entidade (PADOVEZE, 2017).
2 Plano de contas

O plano é estruturado de forma ordenada, levando em consideração carac-


terísticas fundamentais, como porte da empresa, ramo da atividade, sistema
contábil utilizado e necessidade dos usuários (IUDICIBUS; MARION, 2009).
Nessas contas, serão registrados os fatos contábeis que ocorreram durante o
exercício, que deverão ser escrituradas pelo método das partidas dobradas,
sendo expressas com títulos em conformidades nesses fatos.
De acordo com a Resolução do CFC nº. 1.418/2012, que aprova a Inter-
pretação Técnica Geral (ITG) 1000 (Modelo Contábil para Microempresa e
Empresa de Pequeno Porte), o plano de contas deve ser elaborado levando em
consideração as especificidades e a natureza das operações realizadas, bem
como deve contemplar as necessidades de controle de informações no que se
refere aos aspectos fiscais e gerenciais, devendo conter, no mínimo, quatro
níveis: o nível 1 deve conter os grupos de ativo, passivo e patrimônio líquido
e contas de resultado (receitas, custos e despesas); o nível 2 deve apresentar
ativo circulante e ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circu-
lante e patrimônio líquido, receitas de venda, outras receitas operacionais,
custos e despesas operacionais; o nível 3 apresenta as contas sintéticas que
representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos
contábeis, como caixa e equivalentes de caixa; já o nível 4 apresenta as contas
analíticas, ou seja, aquelas que recebem os lançamentos contábeis, como
bancos conta movimento. A seguir, no Quadro 1, é apresentado o modelo de
plano de contas de acordo com a ITG 1000.
Plano de contas 3

Quadro 1. Modelo de plano de contas

Código Descrição das contas

1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Caixa Geral
1.1.1.01 Fundo Fixo
1.1.1.02 Caixa Flutuante
1.1.2 Bancos Conta Movimento
1.1.2.01 Banco A
1.1.3 Contas a Receber
1.1.3.01 Clientes
1.1.3.02 Outras Contas a Receber
1.1.3.09 (-) Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa
1.1.4 Estoque
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados
1.1.4.03 Insumos
1.1.4.04 Outros
1.3 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.3.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.3.1.01 Clientes
1.3.1.02 Outras Contas
1.3.2 INVESTIMENTOS
1.3.2.01 Participação Societária
1.3.3 IMOBILIZADO
1.3.3.01 Terrenos
1.3.3.02 Construções e Benfeitorias
1.3.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.3.3.04 Veículos
1.3.3.05 Móveis
1.3.3.10 (-) Depreciação Acumulada
1.3.4. INTANGÍVEL
1.3.4.01 Marcas e Patentes
1.3.4.10 (-) Amortização Acumulada
4 Plano de contas

Quadro 1. Modelo de plano de contas

Código Descrição das contas

2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 SIMPLES NACIONAL
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.1.04 IRPJ
2.1.1.05 CSLL
2.1.1.06 PIS
2.1.1.07 COFINS
2.1.1.08 IPI
2.1.1.09 ISSQN
2.1.1.10 ICMS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A – Operação X
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1 Financiamentos Bancários
2.2.1.01 Banco A – Operação X
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 Capital Social
2.3.1.01 Capital Social Subscrito
2.3.1.02 (-) Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.3 Lucros/Prejuízos Acumulados
2.3.3.01 Lucros Acumulados de Exercícios Anteriores
2.3.3.02 Lucros do Exercício Atual
2.3.3.03 (-) Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
2.3.3.04 (-) Prejuízos do Exercício Atual
Plano de contas 5

Quadro 1. Modelo de plano de contas

Código Descrição das contas

3 CUSTOS E DESPESAS
3.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.1 Custos dos Materiais
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados
3.1.2 Custos da Mão de Obra
3.1.2.01 Salários
3.1.2.02 Encargos Sociais
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas
3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas
3.3 Custo dos Serviços Prestados
3.3.1 Custo dos Serviços
3.3.1.01 Materiais Aplicados
3.3.1.02 Mão de Obra
3.3.1.03 Encargos Sociais
3.4 Despesas Operacionais
3.4.1 Despesas Gerais
3. 4.1. 01 Mão de Obra
3.4.1.02 Encargos Sociais
3.4.1.03 Aluguéis
3.5 Despesas Financeiras
3.5.1 Despesas Financeiras
3.5.1.01 Taxas e Comissões Bancárias
3.5.1.02 Juros Passivos
3.8 Outras Despesas Operacionais
3.8.1 Despesas Gerais
3.8.1.01 Custos Alienação Imobilizado

4 RECEITAS
4.1 Receita
4.1.1 Receita de Vendas
4.1.1.01 De Mercadorias
4.1.1.02 De Produtos
4.1.1.03 De Serviços Prestados
4.1.1.04 (-) Deduções da Receita de Vendas
4.3 Receitas Financeiras
4.8 Outras Receitas Operacionais
4.8.1 Diversos
4.8.2 Receita de Alienação de Imobilizado

Fonte: Adaptado de Conselho Federal de Contabilidade (2012).


6 Plano de contas

O plano de contas apresentado no Quadro 1 anterior foi elaborado tendo


como base a ITG 1000 — Modelo Contábil para Microempresa e Empresa
de Pequeno Porte, que foi publicada pela Resolução CFC (Conselho Federal
de Contabilidade) nº. 1.418/2012.

Elenco de contas
Para entender o significado de elenco de contas simplificado, é necessário
conhecer as contas contábeis. Contas patrimoniais são aquelas que represen-
tam, por meio do balanço patrimonial, a situação do patrimônio da empresa,
dividindo-se em ativas e passivas, sendo que o ativo é composto pelos bens
e pelos direitos e que o lado do passivo é composto pelas obrigações e pelo
patrimônio líquido. Porém, essas contas patrimoniais são agrupadas no balanço
patrimonial em grupos e subgrupos (RIBEIRO, 2013).
No ativo, você encontra todas as contas que representam os bens e os
direitos, devidamente classificadas em dois grupos: ativo circulante e ativo
não circulante. A ordem de disposição das contas no ativo, segundo a Lei nº.
6.404/1976, é a ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nelas
registrados, ou seja, de acordo com prazo nos quais bens e direitos podem ser
convertidos em dinheiro. O ativo circulante compreende as contas de curto
prazo de bens e direitos que, pela natureza de cada um, estão em constante
circulação, como a conta caixa, que a todo instante está sendo movimentada,
assim como estoques e bancos. Já no ativo não circulante são classificadas
todas as contas que representam a aplicação de recursos em direitos realizá-
veis a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangíveis, que são aqueles
direitos (ou bens) cujos vencimentos (ou expectativa que se realizem em
recursos financeiros) ocorrem após o término do exercício social seguinte ao
do balanço (RIBEIRO, 2013).
Segundo o CPC 00 R1 (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁ-
BEIS, 2011) — Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, o passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos
da entidade capazes de gerar benefícios econômicos, dividido em passivo cir-
culante (que representa as obrigações de curto prazo) e passivo não circulante
(que representa as obrigações de longo prazo), enquanto o patrimônio líquido,
de acordo com o CPC 00, representa o interesse residual nos ativos da entidade
depois de deduzidos todos os seus passivos, que, embora seja definido como um
valor residual, ele pode ter subclassificações, como recursos aportados pelos
sócios e reservas resultantes de retenções de lucros.
Plano de contas 7

A ordem de apresentação das contas no passivo, segundo a Lei nº. 6.404/1976,


é a ordem decrescente do grau de exigibilidade, ou seja, são classificadas de
acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais
rapidamente pela empresa. Assim, serão classificadas no passivo circulante as
obrigações cujos vencimentos ocorram em prazo inferior a um ano, enquanto
no passivo não circulante, as obrigações cujos vencimentos ocorram após um
ano da data do respectivo balanço. No patrimônio líquido, são classificadas
as contas que representam o capital próprio da empresa, como capital e lucros
acumulados (RIBEIRO, 2013).
Por fim, as contas de resultado dividem-se em dois grupos: despesas e
receitas. Conforme já mencionado, por meio dessas contas que é possível
apurar o resultado da empresa em um determinado período (RIBEIRO, 2013).

Instituições Financeiras, como bancos, têm um plano de contas específico. O Plano


Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) foi criado com a edição
da Circular nº. 1.273, em 29 de dezembro de 1987, com o objetivo de unificar os diversos
planos contábeis existentes à época e uniformizar os procedimentos de registro e
elaboração de demonstrações financeiras, o que veio a facilitar o acompanhamento,
a análise, a avaliação do desempenho e o controle das instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional. O COSIF está dividido em quatro capítulos:
 No capítulo 1, Normas Básicas, estão consolidados princípios, critérios e procedi-
mentos contábeis que devem ser utilizados por todas as instituições integrantes
do Sistema Financeiro Nacional.
 No capítulo 2, Elenco de Contas, são apresentadas contas integrantes do plano
contábil e respectivas funções.
 No capítulo 3, Documentos, são apresentados os modelos de documentos de
natureza contábil que devem ser elaborados pelas instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional.
 No capítulo 4, Anexos, são apresentadas as normas editadas por outros organismos
(CPC, IBRACON, etc.), que foram recepcionadas para aplicação às instituições finan-
ceiras e demais instituições autorizadas a funcionar por este Banco Central do Brasil.
Fonte: Banco Central do Brasil (2018, documento on-line).
8 Plano de contas

Funcionalidade das contas do plano de contas


O plano de contas contábil é uma relação de códigos e classificações, que
representam diversas contas contábeis (por exemplo, caixa, banco e clientes),
utilizada para registrar todos os fatos contábeis que ocorrem na empresa, isto
é, todas as movimentações que têm valor monetário. A função do plano de
contas é quantificar e controlar o patrimônio contabilizado de uma entidade,
sendo que esse controle se dá pelo registro de todas as transações dos eventos
econômicos nos livros contábeis, para que seja possível, de maneira rápida
e organizada, determinar o valor e a descrição dos elementos patrimoniais e
dos gastos e recebimentos (PADOVEZE, 2017).
Cada conta tem uma função específica, demonstrada no manual de contas,
o que justifica sua presença no plano de contas. As contas são concebidas
para receberem lançamentos da mesma natureza. Por exemplo, não é possível
registrar um bem para venda (estoque) em móveis e utensílios, pois essa conta
não foi criada com esse objetivo, e sim para registrar móveis e utensílios que
são utilizados para a sua atividade (BASSO, 2011).
A natureza das contas também deve ser observada no plano de contas.
As contas podem ter natureza devedora ou credora. As contas do ativo têm
natureza devedora e as contas de passivo e patrimônio líquido têm natureza
credora, com exceção das contas retificadoras, como as contas retificadoras do
ativo que têm natureza credora (por exemplo, provisão para crédito de liqui-
dação duvidosa [PCLD] e depreciações acumulados) e as contas retificadoras
do patrimônio líquido que têm natureza devedora (por exemplo, prejuízos
acumulados) (BARBOSA, 2013). A seguir, no Quadro 2, será apresentada a
função das principais contas contábeis:
Plano de contas 9

Quadro 2. Função das contas

Conta Função Débito Crédito Saldo

Bancos Registra a Depósitos Emissão de Devedor


movimentação bancários, cheques,
de dinheiro resgates de transferência
da empresa aplicações de valores
em poder de financeiras e para
estabelecimentos recebimentos aplicação
bancários, de crédito na financeira
mantido em empresa, por e débitos
conta de via bancária, na conta
disponibilidades. de qualquer bancária.
origem.

Clientes Registra os Pela venda Pelo Devedor


valores a receber a prazo. recebimento
de clientes da venda
decorrentes das a prazo,
vendas a prazo seja parcial
de mercadorias, ou total.
produtos e
serviços.

Estoques Registra a Pela Pela Devedor


movimentação compra de venda da
no estoque de mercadorias mercadoria
mercadorias para revenda ou utilização
adquiridas para ou matéria- da matéria-
revenda ou para -prima. -prima.
produção.

Fornecedores Registra a Pelo Pelas Credor


movimentação pagamento compras
de matérias- das contas a prazo.
-primas ou com
mercadorias fornecedores.
para revenda
adquiridas,
porém que
serão pagas
no futuro.

Fonte: Adaptado de Basso (2011).


10 Plano de contas

Contas analíticas e sintéticas


São denominadas contas analíticas aquelas que representam os elementos
patrimoniais em seu maior grau de detalhamento, sendo normalmente contas
de quinto grau. Seu saldo é obtido por meio dos lançamentos contábeis, ou
seja, do registro de cada fato administrativo que ocorreu na empresa, como
uma conta denominada “Banco Conta X”, em que registrará as movimentações
ocorridas na conta-corrente da empresa (PADOVEZE, 2017).
Já as contas sintéticas são contas cujo saldo é o somatório de duas ou mais
contas analíticas e, por consequência, não recebe lançamentos. Constituem contas
de menor grau no plano de cotas. Quanto menor o grau da conta, mais sintético
é o seu saldo. Por exemplo, a conta sintética “Bancos” representará o saldo de
todas as contas analíticas que representam as contas correntes na empresa.

A estrutura do plano de contas é complementada por um conjunto de normas, contendo


a descrição, a aplicação e os critérios sobre o uso de cada uma das contas, denominado
de Manual de Contas. Com a adoção da escrituração digital (SPED), foi elaborado um
plano de contas referencial. A empresa deverá cadastrar seu plano de contas próprio
e, ao mesmo tempo, indicar as contas correspondentes no plano de contas referencial.
Fonte: Assescrip (2018, documento on-line).

Plano de contas de acordo com o objetivo e o setor


O plano de contas será elaborado de acordo com o objetivo de cada empresa,
sendo adaptado ao ramo ou ao setor da atividade. Dessa forma, dificilmente
encontrará uma conta de estoques em uma empresa prestadora de serviços.
As características operacionais da empresa são essenciais na elaboração de
um plano de contas (IUDÍCIBUS; MARION, 2009).
Conforme Basso (2011), é importante destacar alguns aspectos preliminares:

1. a natureza institucional da entidade que servirá o plano de contas;


2. o ramo da atividade da entidade;
3. a composição patrimonial e as variações mais comuns que possam vir
a ocorrer na empesa;
4. estrutura básica do plano contábil.
Plano de contas 11

A montagem do plano de contas deve ser personalizada por empresa, pois os


usuários das informações podem necessitar detalhamentos específicos, que variam
de empresa para empresa, que, ao utilizar um modelo de plano de contas genérico,
pode não atender à necessidade. Seu principal objetivo é estabelecer normas de
conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, deve
ser levada em conta a necessidade de informação da administração da empresa.
Deve-se respeitar a legislação vigente (Lei nº. 6.404/76 e suas alterações, bem
como pronunciamentos contábeis) e adaptar às exigências dos agentes externos,
principalmente às da legislação do imposto de renda (ZANLUCA, 2017).

Para mais informações sobre como elaborar um plano de contas contábil, acesse o
link a seguir.

https://goo.gl/8A9KUM

Modelo de planos de contas — comércio, indústria


e prestação de serviços
O Quadro 3 apresenta os modelos de planos de contas para empresas comerciais,
industriais e de prestação de serviços:

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

1 – ATIVO 1 - ATIVO 1 – ATIVO


1.1 - CIRCULANTE 1.1 - CIRCULANTE 1.1 - CIRCULANTE
1.1.1 - Caixa e 1.1.1 - Disponível 1.1.1 - Disponível
Equivalentes de Caixa 1.1.1.001 - Caixa 1.1.1.001 - Caixa
1.1.1.001 - Caixa 1.1.1.002 - Bancos 1.1.1.002 - Bancos
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento Conta Movimento
Conta Movimento 1.1.1.003 - Aplicações 1.1.2 - Direitos Realizáveis
1.1.2 - Direitos Realizáveis de Liquidez Imediata 1.1.2.001 - Clientes
1.1.2.001 - Clientes 1.1.2 - Direitos Realizáveis
(Continua)
12 Plano de contas

(Continuação)

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

1.1.2.002 - Impostos 1.1.2.001 - Clientes 1.2 - NÃO CIRCULANTE


a Recuperar 1.1.2.002 - ICMS 1.2.1 - Realiza a
1.1.3 – Estoques a Recuperar Longo Prazo
1.1.3.001 - Estoque 1.1.2.003 - IPI a Recuperar 1.2.1.001 - Títulos
de Mercadorias 1.1.3 - Estoques a Receber
1.2 - NÃO CIRCULANTE 1.1.3.001 - Estoque de 1.2.2 - Investimentos
1.2.1 - Realiza a Produtos Acabados 1.2.2.001 - Participações
Longo Prazo 1.1.3.002 - Estoque de em Outras Cias
1.2.1.001 - Títulos Produtos em Elaboração 1.2.2.002 - Imóveis
a Receber 1.1.3.003 - Estoque para Renda
1.2.2 - Investimentos de Matérias-Primas 1.2.3 – Imobilizado
1.2.2.001 - Participações 1.1.3.004 - Estoque de 1.2.3.001 - Equipamentos
em Outras Cias Materiais Secundários de Informática
1.2.2.002 - Imóveis 1.1.3.005 - Estoque de 1.2.3.002 - Imóveis
para Renda Materiais de Embalagem 1.2.3.003 - Instalações
1.2.3 – Imobilizado 1.2 - NÃO CIRCULANTE 1.2.3.004 - Máquinas
1.2.3.001 - Equipamentos 1.2.1 - Realizável a e Equipamentos
de Informática Longo Prazo 1.2.3.005 - Móveis
1.2.3.002 - Imóveis 1.2.1.001 - Títulos e Utensílios
1.2.3.003 - Instalações a Receber 1.2.3.006 - Veículos
1.2.3.004 - Máquinas 1.2.2 - Investimentos 1.2.3.007 - (-) Depreciação
e Equipamentos 1.2.2.001 - Participações Acumulada
1.2.3.005 - Móveis em Outras Cias 1.2.4 - Intangível
e Utensílios 1.2.3 - Imobilizado 1.2.4.001 - Marcas
1.2.3.006 - Veículos 1.2.3.001 - Equipamentos e Patentes
1.2.3.007 - (-) Depreciação de Informática 1.2.4.002 - Capital
Acumulada 1.2.3.002 - Imóveis Intelectual
1.2.4 - Intangível 1.2.3.003 - Instalações 1.2.4.002 - (-) Amortização
1.2.4.001 - Marcas 1.2.3.004 - Máquinas e Acumulada
e Patentes Equipamentos Industriais 2- PASSIVO
1.2.4.002 - Capital 1.2.3.005 - Móveis 2.1 – CIRCULANTE
Intelectual e Utensílios 2.1.1 - Obrigações
1.2.4.002 - (-) Amortização 1.2.3.007 - (-) Depreciação 2.1.1.001 - Fornecedores
Acumulada Acumulada 2.1.1.002 - Aluguéis
2- PASSIVO 1.2.4 - Intangível a Pagar
2.1 – CIRCULANTE 1.2.4.001 - Marcas 2.1.1.003 - Empréstimos
2.1.1 - Obrigações e Patentes a Pagar
1.2.4.003 - (-) Amortização
Acumulada
(Continua)
Plano de contas 13

(Continuação)

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

2.1.1.001 - Fornecedores 2 - PASSIVO 2.1.1.004 – ISSQN


2.1.1.002 - Aluguéis 2.1 - CIRCULANTE a Recolher
a Pagar 2.1.1 - Obrigações 2.1.1.005 - Imposto
2.1.1.003 - Empréstimos 2.1.1.001 - Fornecedores de Renda a Pagar
a Pagar 2.1.1.002 - Aluguéis 2.1.1.006 - IR Fonte
2.1.1.004 - ICMS a Pagar a Recolher
a Recolher 2.1.1.003 - Empréstimos 2.1.1.007 - Contribuições
2.1.1.005 - Imposto a Pagar Previdenciárias a
de Renda a Pagar 2.1.1.004 - ICMS Recolher
2.1.1.006 - IR Fonte a Recolher 2.1.1.008 - FGTS
a Recolher 2.1.1.005 - IPI a Recolher a Recolher
2.1.1.007 - Contribuições 2.1.1.006 - IRR Fonte 2.1.1.009 - Honorários
Previdenciárias a a Recolher da Diretoria a Pagar
Recolher 2.1.1.007 - Contribuições 2.1.1.010 - Salários a Pagar
2.1.1.008 - FGTS Previdenciárias a 2.2 – NÃO CIRCULANTE
a Recolher Recolher 2.2.1 – Obrigações
2.1.1.009 - Honorários 2.1.1.008 - FGTS 2.2.1.001 -
da Diretoria a Pagar a Recolher Financiamentos a Pagar
2.1.1.010 - Salários a Pagar 2.1.1.009 - Honorários 2.3 – PATRIMÔNIO
2.2 – NÃO CIRCULANTE da Diretoria a Pagar LÍQUIDO
2.2.1 – Obrigações 2.1.1.010 – Duplicatas 2.3.1 – Capital
2.2.1.001 - Descontadas 2.3.1.001 - Capital
Financiamentos a Pagar 2.1.1.010 - Salários a Pagar 2.3.1.002 - ( - )
2.3 – PATRIMÔNIO 2.2 - NÃO CIRCULANTE Capital a Realizar
LÍQUIDO 2.2.1 - Obrigações 2.3.2 - Reservas de Lucros
2.3.1 – Capital 2.2.1.001 - 2.3.2.001 - Reserva Legal
2.3.1.001 - Capital Financiamentos a Pagar 2.3.3 - Lucros ou
2.3.1.002 - ( - ) 2.3 - PATRIMÔNIO Prejuízos Acumulados
Capital a Realizar LÍQUIDO 2.3.3.001 – Lucros
2.3.2 - Reservas de Lucros 2.3.1 - Capital Acumulados
2.3.2.001 - Reserva Legal 2.3.1.001 - Capital 2.3.3.002 – ( - ) Prejuízos
2.3.3 - Lucros ou 2.3.1.002 - ( - ) Acumulados
Prejuízos Acumulados Capital a Realizar 3 - DESPESAS
2.3.3.001 – Lucros 2.3.2 - Reservas de Lucros 3.3 – DESPESAS
Acumulados OPERACIONAIS
2.3.3.002 – ( - ) Prejuízos 3.3.1 – Despesas
Acumulados com Vendas
(Continua)
14 Plano de contas

(Continuação)

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

3 - DESPESAS 2.3.2.001 - Reserva Legal 3.3.1.001 - Comissões


3.3 – DESPESAS 2.3.5 - Lucros ou sobre Vendas
OPERACIONAIS Prejuízos Acumulados 3.3.1.006 - Fretes
3.3.1 – Despesas 2.3.5.001 - Lucros e Carretos
com Vendas Acumulados 3.3.1.007 - Material
3.3.1.001 - Comissões 2.3.5.002 - ( - ) Prejuízos de Embalagem
sobre Vendas Acumulados 3.3.1.008 – Salários
3.3.1.006 - Fretes 3 - DESPESAS e Encargos
e Carretos 3.3 - DESPESAS 3.3.2 – Despesas
3.3.1.007 - Material OPERACIONAIS Administrativas
de Embalagem 3.3.1 - Despesas 3.3.2.001 - Aluguel
3.3.1.008 – Salários com Vendas 3.3.2.002 - Energia Elétrica
e Encargos 3.3.1.001 - Comissões 3.3.2.003 - Água
3.3.2 – Despesas sobre Vendas 3.3.2.004 - Correios
Administrativas 3.3.1.006 - Fretes 3.3.2.005 - Depreciações
3.3.2.001 - Aluguel e Carretos 3.3.2.006 – Salários
3.3.2.002 - Energia Elétrica 3.3.1.007 - Material e Encargos
3.3.2.003 - Água de Embalagem 3.3.3 – Despesas
3.3.2.004 - Correios 3.3.2 - Despesas Financeiras
3.3.2.005 - Depreciações Administrativas 3.3.3.001 - Despesas
3.3.2.006 – Salários 3.3.2.001 - Aluguel Bancárias
e Encargos 3.3.2.002 - Energia Elétrica 3.3.3.002 - Juros Passivos
3.3.3 – Despesas 3.3.2.003 - Água 3.3.3.003 - Descontos
Financeiras 3.3.2.004 – Salários Concedidos
3.3.3.001 - Despesas e Encargos 4 - RECEITAS
Bancárias 3.3.2.005 - Depreciação 4.1 – RECEITAS
3.3.3.002 - Juros Passivos 3.3.2.006 - Fretes OPERACIONAIS
3.3.3.003 - Descontos e Carretos 4.1.1 – Receitas de Vendas
Concedidos 4 - CUSTOS 4.1.1.001 – Venda
4 - RECEITAS 4.1 - CUSTOS DE de Mercadorias
4.1 – RECEITAS PRODUÇÃO 4.1.1.002 – ( - )
OPERACIONAIS 4.1.1 - Produtos Vendas Anuladas
4.1.1 – Receitas de Vendas em Elaboração 4.1.1.003 – ( - ) ISSQN
4.1.1.001 – Venda 4.1.1.001 - Produto sobre Vendas
de Mercadorias em Elaboração 4.1.1.004 – ( - ) PIS
4.1.1.002 – ( - ) 4.1.2 - Materiais sobre Faturamento
Vendas Anuladas 4.1.2.001 - Matéria-Prima 4.1.2 – Receitas
Financeiras
(Continua)
Plano de contas 15

(Continuação)

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

4.1.1.003 – ( - ) ICMS 4.1.2.002 - Materiais 4.1.2.001 - Rendimentos


sobre Vendas Secundários de Aplicações Financeiras
4.1.1.004 – ( - ) PIS 4.1.2.003 - Materiais 4.1.2.002 - Descontos
sobre Faturamento de Embalagem Obtidos
4.1.2 – Receitas 4.1.3 - Mão de Obra Direta 4.1.2.003 - Juros Ativos
Financeiras 4.1.3.001 - Salários 5 – CONTAS DE
4.1.2.001 - Rendimentos 4.1.3.002 - Encargos APURAÇÃO DE
de Aplicações Financeiras Sociais RESULTADOS
4.1.2.002 - Descontos 4.1.3.003 - Décimo 5.1 – APURAÇÃO
Obtidos Terceiro Salário DE RESULTADO
4.1.2.003 - Juros Ativos 4.1.3.004 - Férias 5.1.1 – Apuração
5 – CONTAS DE 4.1.4 - Mão de de Resultado
APURAÇÃO DE Obra Indireta 5.1.1.001 - Custo
RESULTADOS 4.1.4.001 - Salários das Mercadorias
5.1 – APURAÇÃO 4.1.4.002 - Encargos Vendidas (CMV)
DE RESULTADO Sociais 5.1.1.002 - Resultado
5.1.1 – Apuração 4.1.4.003 - Décimo com Vendas de
de Resultado Terceiro Salário Mercadorias (RVM)
5.1.1.001 - Custo 4.1.4.004 - Férias 5.1.1.003 - Apuração
das Mercadorias 4.1.4.005 - Seguro do Resultado do
Vendidas (CMV) Acidentes do Trabalho Exercício (ARE)
5.1.1.002 - Resultado 4.1.4.006 - FGTS
com Vendas de 4.1.5 - Gastos Gerais
Mercadorias (RVM) de Fabricação
5.1.1.003 - Apuração 4.1.5.001 - Energia Elétrica
do Resultado do 4.1.5.002 - Aluguéis
Exercício (ARE) 4.1.5.003 - Depreciação
5 - RECEITAS
5.1 - RECEITAS
OPERACIONAIS
5.1.1 - Receitas de Vendas
5.1.1.001 - Venda
de Produtos
5.1.1.002 - ( - )
Vendas Anuladas
5.1.1.003 - ( - ) ICMS
sobre Vendas
5.1.1.004 - ( - ) PIS
sobre Faturamento
(Continua)
16 Plano de contas

(Continuação)

Quadro 3. Modelo de planos de contas

Modelo de plano
Modelo de plano Modelo de plano
de contas: empresa
de contas: empresa de contas: empresa
prestadora de
comercial industrial
serviços

5.1.2 - Receitas Financeiras


5.1.2.001 - Rendimentos
de Aplicações Financeiras
5.1.2.002 - Descontos
Obtidos
5.1.2.003 - Juros Ativos
5.1.3 - Outras Receitas
Operacionais
5.1.3.001 - Lucros
de Participações
em Outras Cias
5.1.3.002 - Receitas
Eventuais
6 - CONTAS DE
APURAÇÃO DE
RESULTADOS
6.1 - APURAÇÃO
DE RESULTADO
6.1.1 - Apuração
de Resultado
6.1.1.001 - Custo dos
Produtos Vendidos (CPV)
6.1.1.002 - Resultado com
Vendas de Produtos (RVP)
6.1.1.003 - Apuração
do Resultado do
Exercício (ARE)

Fonte: Adaptado de Berbel (2018).


Plano de contas 17

ASSESCRIP. Planos de contas: estrutura básica para organização das informações


para tomada de decisões. 2018. Disponível em: <http://www.assescrip.com.br/capa.
asp?infoid=4085>. Acesso em: 16 dez. 2018.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. 2018. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/?red-
-cosif>. Acesso em: 16 dez. 2018.
BASSO, I. P. Contabilidade geral básica. 4. ed. Ijuí: Unijuí. 2011.
BERBEL, J. D. S. Plano de contas. 2018. Disponível em: <http://www.berbel.pro.br/
plano_de_contas.htm>. Acesso em: 16 dez. 2018.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento conceitual básico (R1):
estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro.
Brasília: CPC, 2011. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_
CPC00_R1.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 1.418/12 (ITG 1000). Brasília,
5 de dezembro de 2012. Brasília: CFC, 2012. Disponível em: <http://www.crcsp.org.
br/portal/fiscalizacao/projetos/downloads/ITG1000.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2018.
IUDICIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 8. ed. São Paulo: Atlas. São Paulo,
2009.
PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e interme-
diária. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
ZANLUCA, J. C. Como elaborar um plano de contas. 2017. Disponível em: <http://www.
portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm>. Acesso em: 16 dez. 2018.

Leituras recomendadas
ARAÚJO, I. P. S. Introdução à contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2017.
DIREITOS BRASIL. Plano de Contas: o que é? Para que serve? 2017. Disponível em:
<https://direitosbrasil.com/plano-de-contas/>. Acesso em: 16 dez. 2018.
ROCHA, E. O que é plano de contas? Eagle Tecnologia, 10 jan. 2018. Disponível em:
<https://eagletecnologia.com/blog/fiscal-e-tributario/o-que-e-plano-de-contas>.
Acesso em: 16 dez. 2018.
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