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Docente:
O mercado, como expressão da sociedade, está cada dia mais consciente e critico das
atitudes empresariais, e disposto a "premiar" ou "condenar" praticas éticas e socialmente
responsáveis, ou sua negação. É comum, nos dias atuais, encontrarmos nos jornais
notícias sobre actividades empresariais prejudiciais às pessoas e à sociedade em geral.
Entre os exemplos marcantes estão os produtos cuja qualidade é sacrificada em nome da
redução de custos, a falta de preocupação como o meio ambiente e os procedimentos
duvidosos que afectam a segurança de funcionários e clientes (RODA et al., 2011).
Da mesma forma também, os investidores analisam cada vez com maior atenção a
forma na qual as empresas realizam seus lucros e oferecem retornos a seus accionistas e
investidores. Dilemas e conflitos tão antigos quanto a história da humanidade inseridos
em novas situações nem sempre são vistos como questões éticas. Própria da natureza
das relações sociais, a diversidade de interesses deve ser considerada como uma
oportunidade para a empresa colocar-se, cada vez mais, como organização voltada para
o bem-comum (RODA et al., 2011).
No mundo dos negócios, pode-se dizer que a imagem de uma empresa é directamente
proporcional à sua ética empresarial”.(MORAES, 2009). Objectiva-se, portanto e
principalmente a motivação e conscientização sobre a importância da conduta ética,
salientando-se os pontos fortes deste comportamento que consiste no comprometimento
social da empresa para com outras instituições de qualquer nível.
Atitudes e decisões tomadas sem ética não constituem soluções duradouras (BANCO
DO BRASIL 1997).
Neste momento, a ética surge como um elemento diferenciador de imagem e, cada vez
mais, as empresas precisam compreender isso.
I.1. Objectivos
I.1.1. Geral
Abordar a ética e a relação com a empresa.
I.1.2. Especifico
Descrever o carácter ético duma empresa;
Falar da ética empresarial.
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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.1. Contextualização
E nesta linha de pensamento antes de abordar essa tematica, vamos perceber o que é a
Etica!
II.2. Conceitos
II.2.1. Ética
A Ética é um estudo antigo e que pode ser entendida inicialmente como aquilo
que vetoriza determinada acção, ao ofertar-lhe uma origem e uma destinação específica.
VÁZQUEZ (1995), define a Ética como “a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade” (p. 12).
relações (p.52).
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Ética como a ciência dos costumes onde faz-se uma menção em torno da conduta dos
indivíduos numa sociedade.
A Ética pode ser interpretada como aquilo que é bom, justo, correcto, honesto ou moral.
Portanto, em conformidade com o que apregoa LISBOA (1997), o Código de Ética
serve para indicar padrões de conduta na vida profissional de cada um, nele estão
contidos os princípios éticos aplicáveis à profissão tanto para o que é permitido quanto
para o que não é permitido (p. 61).
Código de ética pode ser definido como um documento de texto com diversas
directrizes que orientam as pessoas quanto às suas posturas e atitudes ideais,
moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade com um todo, enquadrando os
participantes a uma conduta politicamente correcta e em linha com a boa imagem que a
entidade ou a profissão quer ocupar, inclusive incentivando à voluntariedade e à
humanização destas pessoas e que, em vista da criação de algumas actividades
funcionários e membros(p.33) .
Deste modo, um código de Ética é um documento que apresenta e regula as normas que
gerem o funcionamento de determinada instituição ou organização, e o comportamento
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dos seus colaboradores ou membros. É uma junção de princípios que relaciona as
principais práticas dos comportamentos permitidos e proibidos no exercício da
profissão.
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Objectividade, cumprir com as obrigações evitando conflito de interesse e
julgamento ou seja, trabalhar em função da verdade;
Integridade, deve ser recto e honesto em todos os relacionamentos profissionais
da entidade.
Para que esses preceitos seja cumpridos nas organizações devem optar por treinar os
funcionários, adquirindo instrumentos que conscientização profissional. Os
instrumentos comuns são:
Mas foi somente na segunda metade do século XX que o assunto, ética empresarial, de
fato ganhou relevância. Em 1977, o Congresso norte americano aprovou uma lei relativa
à ética empresarial, que chamou a atenção do mundo. Ela foi denominada “Foreign
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Corrupt Practices Act” (“FCPA”). Essa lei passou a proibir e a estabelecer penalidades
para pessoas ou organizações que oferecessem subornos a autoridades estrangeiras, para
obter negócios ou contratos.
Segundo CRISTINA RAMALHO (2010), hoje, para que uma empresa consiga
credibilidade junto ao mercado, não basta só auferir qualidade a seus produtos ou
serviços. Embora esse fator seja primordial e o público consumidor esteja cada vez mais
exigente nesse sentido, a conquista da credibilidade é mais ampla. Ela engloba outros
itens relacionados ao portfólio de uma empresa – e a ética é, notadamente, um desses
principais itens
Uma empresa é considerada ética se cumprir com todos os compromissos éticos que
tiver, se adotar uma postura ética como estratégia de negócios, ou seja, agir de forma
honesta com todos aqueles que têm algum tipo de relacionamento com ela, também
conhecidos como os stakeholders. Estão envolvidos nesse grupo os clientes, os
fornecedores, os acionistas e investidores, os funcionários, o governo, a comunidade e a
sociedade em geral. Seus valores, rumos e expectativas devem levar em conta todo esse
universo de relacionamento e seu desempenho também devem ser avaliados quanto ao
seu esforço no cumprimento de suas responsabilidades públicas e em sua atuação como
boa cidadã, (FERREIRA, 1993)
TEIXEIRA, (1991) refere que muitas organizações acreditam que não existe correlação
entre a integridade e o desempenho financeiro. Elas estão enganadas. A integridade e o
desempenho não são extremidades opostas de um contínuo. O empresário que obtém
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um rápido ganho financeiro tirando vantagens de clientes, fornecedores ou funcionários
pode acusar um lucro um pouco mais alto em determinado período, mas a confiança que
perdeu no processo pode jamais voltar a ser instaurada em suas relações de negócios.
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humano ao progresso contínuo e a romper seus próprios limites. MOREIRA (2002, p.
140) destaca as seguintes:
Conclui-se, dessa forma, que para ser reconhecida como uma empresa ética e
socialmente responsável, não só na sociedade onde está inserida mas também e
principalmente no plano interno, certamente um dos maiores desafios seja vencer a
aparente contradição entre a sobrevivência e o crescimento, sem descuidar da
humanização do trabalho e do resgate da dignidade da pessoa humana.
WHITAKER, (2004) afirma que: No ambiente dos negócios, as empresas precisam estar
atentas à evolução do cliente que está cada vez mais exigindo transparência e correção
de atitudes, a fim de adequar suas estratégias de ações que satisfaçam esse novo padrão
de comportamento. A empresa precisa acompanhar essa evolução para não ficar à
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margem do processo. Ignorar isso é um erro estratégico que pode comprometer a
sobrevivência do negócio a médio e longo prazo
O desafio de elaborar e incorporar uma ética corporativa saudável está baseado nos
pilares de sustentação, a saber: importância da ética nos negócios, conscientização,
envolvimento, comprometimento na aplicação, coerência, comunicação aberta, punição
pelo descumprimento, revisão e atualização periódica e divulgação ao cliente. O
instrumento da boa conduta ética precisa ser bem elaborado, simples e de fácil
compreensão por todos dentro da organização para que não haja imperfeições no seu
cumprimento e pondo em risco a suacredibilidade.
Segundo o advogado MANHÃES (2017), estabelece três (3) passos a se seguir para a
implementação de programa de ética numa empresa, nomeadamente:
O compromisso com o código de ética como um todo deve valer também para os chefes,
que serão avaliados como qualquer funcionário.
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NB: É bom lembrar que o programa de ética deve vigorar a partir da seleção do pessoal
que concorre a uma vaga na empresa – daí o importante papel do setor de RH para
captar o histórico dos interessados a um determinado posto na empresa.
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Fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas se sintam seguras ao
adotarem formas éticas de se conduzir.
Garantir homogeneidade na forma de encaminhar questões específicas.
Aumentar a integração entre os funcionáriosda empresa.
Favorecer ótimo ambiente de trabalho que desencadeia a boa qualidade da
produção, alto rendimento e por via de conseqüência, ampliação dos negócios e
maior lucro.
Criar nos colaboradores maior sensibilidade que lhes permita procurar o bem
estar dos clientes e fornecedores e, em conseqüência, sua satisfação.
Estimular o comprometimento de todos os envolvidos no documento.
Proteger interesses públicos e de profissionais que contribuem para a
organização.
Facilitar o desenvolvimento da competitividade saudável entre concorrentes.
Consolidar a lealdade e fidelidade do cliente.
Atrair clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros que se conduzem dentro
de elevados padrões éticos.
Agregar valor e fortalecer a imagem da empresa.
Enfim, garantir dentro de um nível elevado a sobrevivência da empresa (CENE - Centro
de Estudos de Ética nos Negócios, foi fundado na FGV-EAESP em 1992).
SÁ (2010) reforça que “virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem
as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a
natureza do serviço prestado”. São complementares, segundo o mesmo autor aquelas
que “completam o valor da ação do profissional e ampliam as virtudes básicas, sendo a
transgressão delas infração e perda da qualidade ética”. Vamos utilizar os ensinamentos
deste mesmo autor para conhecer as virtudes básicas e complementares (p.197).
Para SÁ (2010), são virtudes básicas: zelo, honestidade, sigilo e competência que é o
mínimo que um profissional precisa ter para o exercício ético de suas atividades. Vamos
discutir um pouco cada uma delas (p. 197-220).
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Zelo – A presteza, a constância, o cuidado com que se desempenham as
atividades profissionais são próprios de cada pessoa. Se um profissional se
considera inapto para executar determinada tarefa, é mais digno declinar do
convite para assumi-la do que aceitá-la mesmo sabendo que não terá o cuidado
necessário para sua execução. É, portanto antiético aceitar uma tarefa sabendo
que não a executará com o zelo necessário..
Honestidade – A fiel guarda, a confiança e a sinceridade são princípios
fundamentais na prática honesta da profissão para a qual o indivíduo se prepara
e decide se dedicar. Nos noticiários, diariamente vemos exemplos de pessoas de
diferentes classes sociais, profissões, idades sendo confrontadas por terem se
corrompido. O fato de conviver num ambiente de corrupção não significa que se
deva estar de acordo nem que se deva praticar atos indignos. Nada justifica a
desonestidade.
Sigilo – Ainda que não tenha sido solicitada, a necessidade do sigilo pode
ocorrer. Cabe ao profissional o discernimento sobre o que pode e o que não pode
revelar a outra pessoa. Sabemos que profissões decorrentes das áreas do Direito,
Medicina, Contabilidade, por exemplo, têm no sigilo a base da credibilidade do
profissional que as exerce.
Competência – O exercício do conhecimento no desempenho de uma tarefa é
essencial numa profissão da mesma maneira que é digno de louvor aquele que
admite não ter competência para oferecer serviços à altura da expectativa de
quem os demanda. RIOS (2011:85) associam a competência e a ética no
contexto das organizações e valoriza o fato de que muitos profissionais não
praticam o que já apontamos neste livro como sendo walk the talk, ou seja, não
colocam em prática suas próprias palavras.
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Dentro deste dilema é que surge, como fundamental, o papel especial da liderança
empresarial, para poder conduzir com sucesso toda a transição humana que está em
curso.
II.10.1. Liderança
Para RIBEIRO (2009) aliderança relaciona-se muito mais à capacidade que um gestor
genuinamente possui para “trazer a equipe consigo”, conquistando seu
comprometimento na busca pelos objetivos que a organização deseja.
A liderança tem muito mais a ver com a transmissão de uma visão orientadora, aonde as
práticas de gerenciamento devem cada vez mais levar em conta o encorajar das pessoas
para que desenvolvam e usem muito mais seu potencial, fazendo a costura do somatório
das habilidades individuais em um processo colaborativo e de sinergia.
Acredita-se que a liderança é uma qualidade inata, ninguém é líder por acaso ou é líder
sem querer ser. Seguindo esse linha, a pessoa pode aprender algumas técnicas, mas a
vontade de liderar nasce com ela.
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Motivar, incentivar, elogiar e premiar atitudes e metas atingidas;
Saber distinguir falhas econômicas de falhas éticas.
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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A omissão em seguir padrões éticos pode ser uma ladeira escorregadia, que corrompe
imperceptível e implacavelmente os valores e a moral do indivíduo e da empresa.
E Discutir a ética no século XXI dentro das empresas é discutir a sobrevivência das
mesmas. Neste momento em que o mundo perde fronteiras geográficas, mas acima de
tudo, econômicas, mais do nunca é preciso reavaliar nossos valores, reafirmá-los
moralmente e nos comprometer com nossas próprias escolhas e suas conseqüências.
E a Empresa despreocupada com os princípios éticos pode ser com parada a um grande
navio com o casco danificado. Está sempre prestes a afundar. Seus problemas são
sempre resolvidos com o pensamento voltado para o curto prazo. Agindo dessa forma,
sua sobrevivência está seriamente comprometida.
O comportamento ético, por parte das empresas, é exigido pela sociedade, sendo a única
forma de obtenção de lucro com respaldo na moral. Esta impõe que as empresas ajam
com ética em todos os seus relacionamentos, especialmente com os clientes,
fornecedores, concorrentes, governo, meio ambiente e sociedade em geral
(stakeholders).
Empresas que fazem o bem, que participam ativamente junto à comunidade, ou seja,
que cumprem também o seu papel social, inspirarão maior confiança e despertarão a
preferência do público consumidor. Não há como não acreditar que a maioria dos
consumidores preferirá marcas e produtos envolvidos com algum tipo de ação social,
desde que eles tenham preço e qualidade competitivos.
Ao estabelecer como regra praticar uma conduta ética, a empresa colocase também em
posição de exigir o mesmo de seus empregados e administradores. Assim, pode cobrar-
lhes maior lealdade e dedicação. O ato de trabalhar numa organização que age com
ética, constitui-se para o empregado em uma compensação abstrata, porém de valor
incalculável.
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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COIMBRA, José de Ávila Aguiar (2002). Perenidade de uma ética sem fronteiras; São
Paulo: Editora SENAC, - Conteúdo disponível em https://www.significados.com.br/codigo-de-etica/
acesso aos 12-04-2022
MASEIRO, António. Ética Profissional, 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2013. Conteúdo
disponível em http://faculdadelasalle.edu.br/eticaprofissionalecidadania/codigo-de-etica/
acesso aos 12-04-2022.
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https://www.sulacapnews.com.br/single-post/2017/08/15/%C3%89tica-profissional
acesso aos 12-04-2022
SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. 8.Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
VÁZQUEZ, Adolfo Sanchez (2008). Ética. 15ª Edição, Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira,.
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