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Adérito Francisco Nhavoto

Carlos Jorge Xerindza


Charles Pedro Mabota
Edilson Da Conceição Chume
Márcia Selário Cumbi
Paulino Lucas Matola

Ética como instrumento para a tomada de decisões versus tendências da ética


profissional hoje

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

4º Ano

Pós-laboral

Universidade Pedagógica de Maputo


Faculdade de Economia e Gestão
Maputo 2022
Adérito Francisco Nhavoto
Carlos Jorge Xerindza
Charles Pedro Mabota
Edilson Da Conceição Chume
Márcia Selário Cumbi
Paulino Lucas Matola

Trabalho a ser apresentado na Faculdade de


Economia e Gestão para fins avaliativos na
cadeira de Ética e Deontologia Profissional.

Docente: Dr. Rafael Mario Sitoi

Universidade Pedagógica de Maputo


Faculdade de Economia e Gestão
Maputo 2022
Índice:
CAPITULO I...........................................................................................................................................1
1. Introdução........................................................................................................................................1
1.2.2. Específicos...............................................................................................................................2
1.2.3. Organização do Trabalho.........................................................................................................2
CAPITULO II..........................................................................................................................................2
2. REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................................2
2.1. CONCEPTUALIZAÇAO TEÓRICO..............................................................................................3
2.1.2. ÉTICA...........................................................................................................................................3
2.1.3. Método de tomada de decisão......................................................................................................3
CAPÍTULO III........................................................................................................................................9
3. Metodologia de Pesquisa.................................................................................................................9
3.1. Tipo de Pesquisa...............................................................................................................................9
Capítulo IV............................................................................................................................................10
4.1. Conclusões......................................................................................................................................10
4.2. Referência bibliográfica..................................................................................................................11
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CAPITULO I
1. Introdução
Actualmente, devido a competitividade as organizações têm-se observado por parte dos gestores
desafiados cada vez mais por demandas extremamente complexas para enfrentá-las, eles devem
obrigatoriamente ter a capacidade de tomar decisões baseados em valores somado a princípios
éticos.
Ainda na competitividade, muitos estão em busca da realização pessoal e profissional. Para isso,
é necessário ter um diferencial que se destaque em meio aos outros, um dos possíveis
diferenciais é a ética, envolvendo tanto o contexto comportamental quanto o profissional
organizacional. Por essa razão encontramos as empresas como os seus administradores
submetidos a desafios de atingir os seus objectivos em vantagens sustentáveis em relação aos
seus concorrentes, fazendo com que a empresa como um todo faça parte desses desafios para que
isso seja bem sucedido.

É importante levar em consideração a tomada de decisão, visando acções e atitudes que possam
fazer a diferença e contínuas melhorias no ambiente interno, podendo reflectir a imagem positiva
da existência, presente e futura, uma intensa relação de troca no relacionamento entre as
empresas e a sociedade em que estão inseridas. A sobrevivência de uma empresa é o lucro,
apesar disso, o que vai impulsionar realmente a sua satisfação é o modo de como fazer acções
que irão e fato mexer com a estrutura organizacional com suporte ético, seguido com o respeito
de seus valores morais.
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1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Geral:

 Relacionar sobre a ética como instrumento para a tomada de decisões e tendências da ética
profissional hoje.

1.2.2. Específicos

 Analisar sobre a importância da ética profissional como instrumento de tomada de decisões


nas organizações;
 Dar entender o papel da ética profissional na tomada de decisões;
 Reflectir sobre as tendências da ética na modernidade; e
 Propor a aplicação da ética na convivência e gerência das organizações.

1.2.3. Organização do Trabalho


O trabalho apresenta seguinte estrutura: Capitulo I - Introdução, Objectivos; Capítulo II –
Revisão da literatura; Capitulo III - Metodologia da pesquisa; Capitulo IV- Conclusões e as
respectivas Referências Bibliográfica.

CAPITULO II
2. REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo, são apresentadas as bases que norteiam a presente pesquisa e para a melhor
percepção desta matéria, a revisão da literatura fornece matérias relativas ao efeito da
aplicação da ética como instrumento crucial de tomada de decisões e as suas tendências nas
organizações hoje.
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2.1. CONCEPTUALIZAÇAO TEÓRICO


2.1.2. ÉTICA
Entende-se que a palavra ética passou a fazer parte do vocabulário do homem comum e está
sempre na média, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e universal. A este
respeito, Cortina (2003, p. 18) diz que: “embora a ética esteja na moda, e todo mundo fale dela,
ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial para viver”.

Segundo Cortella (2009, p. 102), a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência. (Ibid) é
aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos
(Ibid) é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha conduta. Quanto a ser um
assunto tradicional dos filósofos e pensadores.

No entanto a ética entende-se como um conjunto de princípios e valores da nossa convivência,


isto é, a convivência com os outros faz com que a pessoa estabeleça juízos de valor sobre o seu
modo de ser e também em relação às atitudes dos seus em sua volta.

A ética, hoje, é compreendida como teoria que estuda o comportamento moral e também e
entendida por Cortella (2007, p. 103) como o “exercício das condutas”. Além disso, é entendida
como um tipo ou qualidade de conduta que é esperada das pessoas como resultado do uso de
regras morais no comportamento social.

2.1.3. Método de tomada de decisão


A decisão é uma habilidade de se chegar a uma conclusão, por isso é tão importante que o
empresário ou gestores, para tomar uma boa decisão, é necessário primeiro que investigue
profundamente os elementos de cada caso e reúna os mais importantes para saber a situação real
com objectividade. Também para uma melhor decisão dentro das organizações é preciso estar
capacidade de Habilidades profissionais de entre elas as técnicas e comportamentais e a livre
vontade de decisão.
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Portanto, a tomada de decisão requer inteligência e vontade. Isto é, o gestor pode ate ser
inteligente estar capacitado de conhecimento mais de não tem vontade, este não terá coragem em
tomar suas decisões a não ser que esteja influenciado pelos outros.

A relação entre a Ética como Instrumento para Tomada de Decisões e suas Tendências
Profissionais na Modernidade

A Ética tem desempenhado um papel de grande importância nos valores da convivência no dia a
dia nas organizações, salientar que as organizações precisam de recursos humanos para o seu
funcionamento, de acordo com PASSOS, Elizete (2004 p.96) a ética surge como um abrigo
protector para seres humanos. A ética entra nas organizações como instrumento que regula a
relação laboral dos trabalhadores e os objectivos económicos. Entretanto, para que os gestores
possam tomar sua decisões e necessário que as empresas criem regras de conduta, politicas,
directrizes que possam regular a convivência dentro e fora da organização e os gestores
precisam de tomar as suas decisões eticamente, PASSOS Elizete (2004 P.98) diz que não é ético
colocar o lucro económico em primeiro plano, em detrimento dos benefícios sociais da violação
dos direitos humanos, da preservação do meio ambiente e da estruturação da família. Os
gestores sempre que forem chamados a tomar uma decisão precisam agir eticamente, isto é, com
transparência com todos os trabalhadores cumprindo deste modo o respeito social.

A ética nas organizações é a garantia da convivência com a diferença. É uma prática


considerarmos o diferente como desigual, como inferior e, a partir disso, limitar seus direitos e
sua liberdade. A ética pode ajudar os indivíduos a não tomarem decisões preconceituosas e
agressivas, por razões de cunho social, cultural, racial ou de sexo. (Id.99). A ética é chamada
dentro das organizações para ajudar a regular as diferenças sociais.
Por exemplo dentro da organização podem existir pessoas deficientes e as que não são, elas
devem ser tratadas da mesma forma sem restrições. Outro exemplo é no caso das mulheres com
ocupação de cargos de chefia dentro das organizações devem ser respeitadas como se de um
homem se tratasse. Portanto, a ética visa acabar com o desnível social nas organizações.
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Uma boa orientação ética ao lado das demais características elencadas pode orientá-lo para
melhor utilização do tempo, de modo a não deixar de atender às solicitações de uma pessoa,
porque não ocupa um posto alto na hierarquia da organização, ou atender impreterivelmente
outra, apenas porque é uma pessoa influente e bem relacionada. Pág 101, os gerentes bem
instruídos na ética tem a capacidade de evitar situações de preferência entre a sua profissão e a
sua vida particular, pois há certos gerentes que não conseguem dar se tempo para atender a sua
vida pessoal, social, pois antes de ser gerente já era pessoa, entretanto pessoa é um ser criado
para viver em sociedade e a ética profissional vem como instrumento de orientação para saber
definir quando deve atender questões da empresa e pessoais ou sociais.
Não ter o direito de tomar férias, de acompanhar o desenrolar da vida familiar porque seu
tempo está totalmente preenchido com actividades em benefício de outros, *não é um
comportamento ético para consigo mesmo. Pior ainda, na condição de exemplo para a família e
para seus subordinados, ele estará ensinando os outros a agirem dessa forma, o que, no mínimo,
fará com que os indivíduos se distanciem de si mesmos, de seu corpo, dos sentimentos e do
prazer(Ibidem. 99). Porque na verdade o gerente precisa do descanso como qualquer outra
pessoa, mais a ética vem lhe auxiliar a tomar decisões sobre os interesse da empresa e da vida
pessoal não que nos estejamos a negar que os interesse profissionais são importantes porem, em
contrapartida o gerente que goza de um bom descanso não ira dar o melhor de si a instituição e
também não vai sobrecarregar os seus subordinados. Por isso para um bom funcionamento de
uma organização precisa de um bom casamento entre a ética e a organização caso contrario será
um desastre, pois segundo Elizete Passos diz que a ausência de comportamentos éticos pode
impossibilitar a convivência das pessoas dentro de uma instituição e, até mesmo, colocar em
risco a vida humana. Por exemplo, a preocupação de uma empresa apenas com o lucro,
levando-a a negligenciar quanto ao cuidado com a preservação do meio ambiente, pode ser
interpretada como uma atitude ameaçadora à continuidade da vida, ou, pelo menos, à qualidade
de vida das pessoas e das gerações vindouras(Id. P100). Para um bom funcionamento de uma
organização requer que a instituição, os seus gerentes e colaboradores estejam dotados de
conhecimentos éticos que permitiram com que os seus actos seja aceite como modelo perfeito no
negocio, pois estes não podem por em risco o seu bom nome preocupando se apenas no lucro. E
para que todos tenham conhecimento básico da matéria da ética há uma grande necessidade da
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organização recorrer formação ou capacitação intensiva na matéria da ética, pois saberão


distinguir o bem e o mal ou como lidar com cada situação profissional que lhes advir. Em suma a
ética profissional tem sido um pilar de extrema importância na tomada de decisões nas
organizações na qual os gestores e os trabalhadores tem usado para bom funcionamento das
organizações.
As tendências da ética profissional na modernidade segundo PASSOS (2004 P,58) diz que
Diante do exposto, acreditamos que a ética na modernidade tenta se estruturar em três
direcções: uma de tradição teológica que teima em manter uma hierarquia de valores absolutos,
inspirados na orientação religiosa cristã; uma segunda que reconhece a situação de crise em
que a sociedade acha-se mergulhada e que é preciso alterar esse quadro a partir da elaboração
de novos valores éticos e uma terceira que, em nome da liberdade humana, nega a necessidade
de qualquer código moral, deixando ao homem o direito e a condição de elaborar o seu próprio
caminho, sem nenhum parâmetro e sem qualquer responsabilidade. Na primeira tendência a
ética era dirigida pela igreja católica e as organizações se espelhavam na igreja na qual todas as
leis que dirigiam tanto a igreja com instituições eram baseadas no centro único que era Deus, Isto
é, Deus. Os gestores das empresas podiam explorar os trabalhadores alegando que em caso de
desobediência estariam a contrariar a Deus. Portanto, era uma ética baseada em medo e
chantagem. Na segunda tendência surge uma necessidade de alterar esses valores éticos da
primeira tendência para adoptar novos valores éticos na sociedade. Na terceira tendência a ética
da uma total virada deixa de se concentra em assuntos de igreja, isto e, do antigo código moral e
começa a concentrar tudo no homem como sendo o único responsável pelo seus actos e novos
valores morais ganhando a liberdade de elaborar o seu código moral onde surgem grandes
precursores tais como: Kant, Aristóteles, Santo Agostinho e outros.

No caso das sociedades modernas, de orientação capitalista, baseadas na exploração do


trabalho assalariado e no contraste entre classe operária e capital, a adequação dos indivíduos
aos princípios de obediência, assiduidade e aplicação, são interpretados como sinónimos de
uma vida correcta e de uma postura moralmente boa(Id. P.59). Nesta fase para se considerar
uma pessoa com uma postura moralmente boa tinha que ser obediente aos princípios da
organização, ser assíduo e aplicado na mesma. É nesta fase em que o homem ganha total
liberdade nas suas acções de convivência sem ter medo de desobediência a Deus e o juízo final.
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Contudo as organizações ganham uma nova dinâmica em termos do uso da ética profissional
para o seu funcionamento.
Os códigos de ética profissional em vigor nas sociedades modernas, como a nossa, tendem a
seguir três orientações básicas, todas elas a serviço da manutenção das desigualdades sociais,
do culto ao capital e da tranquilidade das consciências de quem as coloca em prática(Id. P.60.
Em seguida a autora nos apresenta de forma clara como a ética funciona em cada uma das
tendências a primeira como mero exercício tautológico no sentido de servir apenas para
sacralizar a prática exercida. As normas são orientadas por uma posição positivista onde o que
vale são os fatos(Ibidem. P.60). Nessa tendência os profissionais estavam preocupado com os
ganhos e os lucro para as organizações achando se honestos, humanos e justos para quem os
paga pelos serviços prestados. A terceira é aquela que enfrenta as praticas estabelecidas e
colocar se diante delas como olhar critico e questionador(Ibidem. P.60). Esta entra a questionar
todo o funcionamento da primeira e dá inicio a um novo salto para a terceira tendência. A
terceira tendência não chega, ainda, a ter grande repercussão e apresenta-se como uma ensaiar
reticente e desconfiado(Ibidem.P.60). Nessa tendência estão baseadas na actualidade e ela avalia
e critica os código do profissional já elaborado e tenta sugerir novas alterações no autor diz que
não preocupa se em fazer uma norma de escudo para o profissional porem, em fazer um
instrumento para o seu exercício profissional. Neste caso, entendemos que a ética é usada como
um instrumento de funcionamento nas organizações e não como um instrumento para o
benefício pessoal e muito menos para defesa pessoal.

Para nós, este deve ser o paradigma também das relações de trabalho e da vida profissional.
Respeitando as individualidades, reconduzindo os homens a uma vida mais humana, onde o
culto ao lucro possa ser substituído pelo culto à vida - contemplação, lazer, etc. - e onde o
progresso não seja identificado com acumulação material e sim com uma melhor qualidade de
vida individual e colectiva. (Id. P.52). Perante esse aspecto social e global, a vida profissional
não se centra em reflexões apenas individuais mas sim deve basear se em conceitos colectivos,
os colaboradores nas organizações passam a serem incentivados a trabalhar em equipe. Todos
centrados em um único objectivo da empresa, também passam a conciliar o culto ao lucro assim
como o culto a vida
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A verdadeira ética profissional deve, também, facilitar a substituição do egoísmo, do


individualismo e da competição entre os profissionais, por um comportamento amigo e
solidário. Solidariedade que não deve ser interpretada como conivência e corporativismo e sim
como o exercício da verdade que é a única forma de crescimento individual e colectivo. (Ibidem.
P.52). Em fim, a ética profissional vem como um instrumento regulador dos comportamentos e
objectivos entre os profissionais e também vem para lhes auxiliar a conviver entre eles no seu
ambiente de trabalho.
Em suma, a ética é usada pelos gestores e seus colaboradores das empresas como instrumento
para tomada de decisões no seu dia a dia do trabalho e ela regula os seus comportamentos e os
objectivos profissionais.
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CAPÍTULO III
3. Metodologia de Pesquisa
3.1. Tipo de Pesquisa
A pesquisa é do tipo bibliográfica porque procura buscar um conhecimento através da leitura dos
livros. E de acordo com a forma de abordagem do tema em estudo a pesquisa é qualitativo, por
colher as informações obtidas pela percepções dos autores.
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Capítulo IV
4.1. Conclusões

Com o termino do trabalho concluímos que para se tomar uma decisão deve existir um problema
de grande importância este deve ser resolvido o que em muitos casos, contribui para o sucesso
da organização uma vez que é por meio da tomada de decisão que ocorre a concretização de
objectivos e o desenvolvimento da organização. Portanto, é necessário para que as organizações
no principio do seu projecto para o alcance dos seus objectivos possam criar um regulamento,
código de ética como documento formal distinto, que especifica obrigações e deveres éticas
conscientes para a conduta organizacional, só existindo se for formulado com o propósito único
de ser guiado por padrões morais para condutas éticas dos funcionários na organização. 
Para tomar uma decisão organizacional é preciso que o administrador/empresários seja
capacitado por habilidades profissionais e necessidade física e moral de atingir determinado
objectivo porque a acção humana requer a educação ou a elaboração da vontade.
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4.2. Referência bibliográfica

BORNHEIM, Gerd. O sujeito e a norma, in: Ética. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992

GAROUDY, R. Por uma discussão sobre o fundamento moral. In: Moral e sociedade. Rio de
Janeiro: paz e Terra, 1982

ANDERY, Abib Alberto. Três modalidades de ética profissional. In: A Ética no Mundo de Hoje.
São Paulo: Edições Paulinas, 1985

KOSIK, Karel. A dialética da moral e a moral da dialética. In: Moral e sociedade. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1982

WEIL, Pierre. A nova ética. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1993

R. Bras. Enferm. Urasília. 46 (I): 56-62. jan./mar. 1993

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