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INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO

Departamento de Ciências de Administração

Módulo: Adoptar princípios de Ética e Deontologia Profissional no Trabalho


3º Ano – Contabilidade
I Semestre

Tema: Fundamentos teóricos para uma Deontologia Profissional

Docente: Ana Sambo


Discente: Agnélia Alexandre Odivalda
Número de Estudante: 2021095

Maputo, Junho de 2023


Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1
1.1. Objectivos....................................................................................................................1
1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos.........................................................................................1
2. Metodologia........................................................................................................................2
1.5.1. Método de abordagem..............................................................................................2
2.1.1. Técnicas e instrumentos de investigação.............................................................2
3. Revisão da Literatura..........................................................................................................3
3.1. Fundamentos Teóricos da Ética...................................................................................3
3.1.1. Fundamentos da Ética..........................................................................................3
3.1.2. Fundamentos Teóricos da Moral..........................................................................4
3.1.3. Fundamentos de Deontologia...............................................................................4
3.2. Fundamentos da Ética Profissional.............................................................................5
3.2.1. A importância da ética profissional......................................................................6
3.2.2. Deontologia Profissional......................................................................................7
3.3. Códigos de conduta.....................................................................................................7
3.3.1. Características de um código de conduta.............................................................8
3.3.2. Características de um bom Profissional...............................................................8
3.3.3. Virtudes profissionais básicas e complementares................................................8
4. Conclusão..........................................................................................................................10
5. Bibliografia.......................................................................................................................11

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1. Introdução
A ética tem sido tradicionalmente analisada por filósofos desde o tempo dos gregos clássicos.
A palavra ética vem do grego ethos, que significa hábito ou costume, aludindo, assim, aos
comportamentos humanos. É o domínio da filosofia responsável pela investigação dos
princípios que orientam o comportamento humano. Ou seja, que tem por objecto o juízo de
apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. O termo
ético, assume diferentes significados, conforme o contexto em que os agentes estão os
agentes envolvidos. Uma definição particular diz que a “ética nos negócios é o estudo da
forma pela qual normas morais pessoais se aplicam às actividades e aos objectivos da
empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o
contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que actua
como um gerente desse sistema.
A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser
humano, por isso, “o agir” da pessoa humana está condicionado a duas premissas
consideradas básicas pela Ética: “o que é” o homem e “para que vive”, logo toda capacitação
científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética.
A deontologia é uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de uma
profissão. Em regra, os códigos de deontologia têm por base grandes declarações universais e
esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o às particularidades
de cada profissão e de cada país. As regras deontológicas são adoptadas por organizações
profissionais, que assume a função de legisladora das normas e garante da sua aplicação. Os
códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que é frequente
os termos ética e deontologia serem utilizados como sinónimos, tendo apenas origem
etimológica distinta.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender a importância dos fundamentos
teóricos para uma Deontologia Profissional
1.1.2. Objectivos Específicos
Identificar os fundamentos da ética profissional
Fazer ima abordagem paralela da Moral, ética e Deontologia

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2. Metodologia
A metodologia é a ciência que nos ensina a conduzir um determinado processo de maneira
eficiente e eficaz para alcançar os resultados desejados e tem como objectivo da-nos a
estratégia para seguir o processo. (RAMOS & NARANJO, 2013).
Para a consecução do presente trabalho, visando responder à questão apresentada e atingir os
objectivos estabelecidos, vai buscar-se, à prior, com o intuito de instrumentalizar a
fundamentação teórica, um levantamento bibliográfico descritivo cuja pesquisa é exploratória
e método qualitativo, reunindo um conjunto de opiniões de diversas obras, relatórios, artigos,
e que tem por finalidade identificar o maior número de fontes de informações existentes sobre
o tema. Isso implica uma análise sistemática das informações colhidas em obras dos
diferentes autores.
As pesquisas são qualitativas, uma vez que muitos profissionais de contabilidade e os
próprios membros das organizações mostram certa indisponibilidade para falar do assunto.
Segundo (GALLIANO, 1986 ), Pesquisa Qualitativa esta relacionada no levantamento de
dados sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar determinados
comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma população. Pesquisa
bibliográfica, é a que se efectua para se resolver problema ou adquirir conhecimentos a partir
de consultas a livros, artigos, jornais, entre outros.
1.5.1. Método de abordagem
Segundo (LAKATOS, 2006, p. 86), Método Indutivo é um método responsável pela
generalização. O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que
parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Método Monográfico é aquele que é feito
através de um trabalho de investigação científica e crítico sobre os conhecimentos existentes
sejam eles já publicados ou não. Método Comparativo, consiste no confronto entre
elementos, levando em consideração seus atributos.
2.1.1. Técnicas e instrumentos de investigação
Para a realização desse trabalho serão usados livros, monografias, outras informações serão
encontradas através de uma pesquisa de campo e serão usados documentos digitais, Colecta
documental.

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3. Revisão da Literatura
3.1. Fundamentos Teóricos da Ética
3.1.1. Fundamentos da Ética
De acordo com PASSOS (2012) reflectindo sobre a origem dos termos ética e moral, é
interessante notar que ambos possuem origens distintas e significados idênticos. Moral vem
do latim mores, que quer dizer costume, conduta, modo de agir; enquanto a palavra ética vem
do grego ethos, que significa carácter ou princípios que norteiam uma cultura, comunidade
ou um grupo. Ethos também pode ser empregado no âmbito pessoal, como as características
da personalidade de um indivíduo que distinguem suas acções como correctas e justas ou
incorrectas e injustas. Ética, no seu sentido clássico, não diz respeito ao saber, como ciência
do conhecimento e sim, a saber viver bem.
De acordo com MAXIMINIANO (2008) Ética é a disciplina ou campo do conhecimento que
trata da avaliação do comportamento de pessoas e organizações, pois ela lida com o que pode
ser diferente do que é, da aprovação ou reprovação do comportamento observado em relação
ao comportamento ideal. O comportamento ideal é definido por meio de um código de
conduta ou código de ética.
Conforme DIAS (2014), a ética é um modo de regulação dos comportamentos que provém do
indivíduo e que assenta no estabelecimento, por si próprio, de valores (que partilha com
outros) para dar sentido às suas decisões e acções. Faz um maior apelo à autonomia, ao juízo
pessoal do indivíduo e também à sua responsabilidade do que os outros modos de regulação,
pelo que se situa numa perspectiva de auto-regulação.
A Ética procura reflectir ou elucidar os actos do ser humano, que o constituem como Pessoa
singular. Ao nascer, cada um de nós é integrado na instituição - família, escola, sociedade. E
cada um de nós tem o verso público da sua Pessoa.
Para REALE (1999) “Ética é a ciência normativa dos comportamentos humanos já que seu
objectivo é formular normas legítimas de conduta e para avaliação do carácter, ou seja, o
estudo de como se deve aplicar as normas e os padrões gerais a situações problemáticas reais
chama-se ética aplicada.
De um modo geral, a ética pode ser definida como sendo é um ramo que lida com o que é
moralmente bom ou mau, certo ou errado, ou seja, é a investigação racional ou teoria dos
padrões correcto e incorrectos, do mal e do bem, que uma classe de indivíduos deve aceitar.

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A ética é um pensamento eidético sobre o agir, uma modalidade do reflectir sobre a conduta
que é sempre singular, única, imprevisível e irrepetível.

3.1.2. Fundamentos Teóricos da Moral


Segundo PASSOS (2012), a ética tem a mesma raiz etimológica que a moral, só que esta
deriva da palavra latina mores (que também significa costumes). Todavia, a ética tem um
significado mais amplo do que a moral.
Ainda para PASSOS (2012), Moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do
exterior ao homem, ou seja, impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os
costumes sociais, que impõem ao homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de
actividade. Enquanto a ética implica sempre uma reflexão teórica sobre qualquer moral, uma
revisão racional e crítica sobre a validade da conduta humana (a ética faz com que os valores
provenham da própria deliberação do homem), a moral é a aceitação de regras dadas. A ética
é uma análise crítica dessas regras. É uma "filosofia da moral". No entanto, é preciso estar
atento, uma vez que os termos são frequentemente utilizados como sinónimos, sobretudo
entre os autores anglo-saxónicos.
Para FIGUEIREDO (2008), Por moral deve-se compreender “o conjunto de regras de
condutas assumidas livre e conscientemente pelos indivíduos, com a finalidade de organizar
as relações interpessoais, segundo os valores do bem e do mal” ao passo que a ética ou
filosofia da moral “é mais abstracta, constituindo a parte da filosofia que se ocupa com a
reflexão sobre as noções e os princípios que fundamentam a vida moral.
De acordo com MAXIMINIANO (2008), a moral tem uma dimensão imperativa, porque
obriga a cumprir um dever fundado num valor moral imposto por uma autoridade. Por isso,
aplica-se através da disciplina e a motivação para a acção é, neste caso, a convicção
(interiorização do bem e do mal e da legitimidade da entidade que os enuncia) e a sanção.
Em geral, a Moral é o conjunto das condutas e normas que tu, eu e alguns dos que nos
rodeiam costumamos aceitar como válidas; “ética” é a reflexão sobre o porquê de as
considerarmos válidas, bem como a comparação com as outras “morais”, assumidas por
pessoas diferentes.
3.1.3. Fundamentos de Deontologia
Conforme DIAS (2014), A Deontologia deriva do grego deon ou deontos/logos e significa o
estudo dos deveres, ou seja, é o conjunto de regras jurídicas pelas quais determinam
profissionalmente o comportamento onde todo membro de uma organização deve integrar-se
respeitando as mesmas regras jurídicas. Surge da necessidade de auto-regulação de um

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grupo profissional, mas a sua aplicação traduz-se em heteroregulação, uma vez que os
membros do grupo devem cumprir as regras estabelecidas num código e fiscalizadas por uma
instância superior.

Para FIGUEIREDO (2008), a deontologia é um conjunto de regras de que uma profissão ou


parte dela, se dota através de uma organização profissional, que se torna a instância de
elaboração, de prática, de vigilância e de aplicação destas regras.
Para NUNES (2009), Deontologia é a expressão de um “dever-se profissional”, por isso, o
estudo dos deveres. Podemos defini-la como o conjunto de normas referidas a uma
determinada profissão, alicerçados nos princípios da moral e do direito, procurando definir as
boas práticas, tendo em conta as características próprias da profissão.
Para DIAS (2014), o objecto da Deontologia consiste em ensinar o homem a dirigir os seus

afectos, de maneira a que eles sejam o mais possível subordinados ao bem-estar. Cada

homem tem as suas penas e os seus prazeres, que lhe são próprios, e com os quais o resto dos

homens não tem qualquer relação; há, também, os prazeres e as penas que dependem das

relações com os outros homens, e os ensinamentos do Deontologista têm por objectivo

aprender, num como noutro caso, a dar ao prazer uma direcção tal que lhe permita ser

produtivo para outros tipo de prazer; e a dar uma tal direcção à pena que a torne, na medida

do possível, uma fonte de prazer ou, pelo menos, que ela seja o menos pesada possível,

suportável e, assim, tão transitória quanto possível.

3.2. Fundamentos da Ética Profissional


Segundo PASSOS (2012), a ética é condição essencial para o exercício de qualquer profissão.
Cada conjunto de profissões deve seguir uma ordem de conduta que permita a evolução
harmónica do trabalho de todos, a partir de conduta de cada um, através de uma tutela no
trabalho que conduza a regulação do individualismo perante o colectivo. A actividade
profissional é a acção produtiva de bens materiais e serviços. Devido ao desenvolvimento e à
expansão da actividade profissional gerou-se a necessidade de organização do trabalho.
Segundo MOREIRA (2002), a ética profissional é a reflexão sobre a actividade produtiva, e
dali extrair o conjunto excelente de acções, relativas ao modo de produção. Actividade

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produtiva tem hábitos e costumes próprios; tem também acordos que asseguram a produção
de justiça mínima no decorrer de seu exercício e constituem, ambos, o objecto da ética
profissional.
VÀSQUEZ (2002) afirma que a ética profissional é a aplicação da ética em geral no campo
das actividades profissionais; a pessoa tem que estar envolvida de certos princípios ou valores
próprios do ser humano para vivê-los nas suas actividades de trabalho. Nesse momento, surge
a necessidade de falar dos códigos de conduta ou códigos de ética, onde estes estruturam e
sistematizam as exigências éticas de todos os profissionais no tríplice plano: de orientação,
disciplina e de fiscalização.
Em suma, a ética é a teoria como devemos viver. A ética profissional não é mais do que a
aplicação da ética ao exercício da uma profissão. É um conjunto de normas de conduta que
deverão ser posta em prática no exercício de uma profissão, associada à ética profissional
surge a deontologia profissional.
3.2.1. A importância da ética profissional
Para PASSOS (2012), a ética profissional é muito importante porque:
 A ética não é uma opção, é uma necessidade ninguém pode viver pode viver sem
normativos éticos (PASSOS, 2012),
 A ética profissional funciona como garantia e segurança da sociedade, protegendo a
sociedade contra determinados abusos por parte dos profissionais.
 A ética favorece a confiança da sociedade na profissão.
 A ética favorece um bom ambiente de trabalho (PASSOS, 2012),
 A ética profissional funciona como garantia e segurança da sociedade, protegendo os
profissionais de diversas irregularidades;
 A ética favorece a confiança da sociedade na profissão e um bom ambiente de
trabalho;
 Permite regular uma determinada instituição de modo a lidar com a diversidade
cultural (PASSOS, 2012),
 É responsável pela investigação dos princípios que orientam o comportamento
humano pois tem como objecto de estudo a apreciação do bem e o mal, o
comportamento correcto e o incorrecto (PASSOS, 2012),
 A ética é um modo de regulação dos comportamentos que provém do indivíduo e que
assenta na partilha de valores dando sentido às suas decisões e acções (PASSOS,
2012),

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 Os princípios éticos, são directrizes pelas quais o homem, enquanto ser racional e
livre, rege o seu comportamento (PASSOS, 2012),
 O que significa que a ética apresenta, em simultâneo, uma dimensão teórica (estuda o
“bem” e o “mal”) e uma dimensão prática (diz respeito ao que se deve fazer).
 A Ética tem a função de fornecer ao profissional princípios operativos (normas,
valores) para a actuação de uma forma evolutiva, procurando as melhores soluções
para os problemas que lhe colocam (PASSOS, 2012),

3.2.2. Deontologia Profissional


Para PASSOS (2012), a Deontologia Profissional é o conjunto de regras éticas e jurídicas
pelas quais um determinado profissional deve pautar o seu comportamento, ou seja, a
deontologia de uma profissão inclui, assim, as regras éticas e jurídicas no caso dos
profissionais existe uma preocupação do legislador em regulamento destes profissionais
através da lei.
Segundo NUNES (2009), A deontologia profissional também pode ser o conjunto de
princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada
profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de
acordo com o Código de Ética de sua categoria.
Segundo VÀSQUEZ (2002), Deontologia Profissional é o conjunto de regras éticas e
jurídicas pelas quais um determinado profissional deve pautar o seu comportamento. A
deontologia de uma determinada profissão inclui, assim, as regras éticas e jurídicas no caso
dos profissionais existe uma preocupação do legislador em regulamento destes profissionais
através da lei.
De acordo com PASSOS (2012), o objectivo da deontologia é reger os comportamentos dos
membros de uma profissão para alcançar a excelência no trabalho em situações concretas a
deontologia propõe sanções para os infractores Isto porque alguns algumas normas não têm
uma função normativa (presente nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora (por
exemplo, as declarações de princípios e os enunciados de valores)
3.3. Códigos de conduta

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Segundo PASSOS (2012), Conduta: é uma manifestação do comportamento de um
indivíduo, este comportamento pode ser bom ou mau dependendo do código moral e ético.
Ainda para o mesmo autor Código de Conduta: é um acordo explícito entre os membros de
um determinado grupo social cujo objectivo é de:
 Define comportamento a adoptar
 Explicita claramente as condutas a evitar
 Reflecte e define os princípios éticos a adoptar facilitando na tomada de decisão em
prol do colectivo.
Segundo VÀSQUEZ (2002), uma simples implantação não assegura que se pratiquem valores
e normas estabelecidas pelo código pois o mesmo é algo que se aprende a cumprir e a
competência profissional adquire-se com esforço. O código de conduta ajuda o Gestor a
actuar de acordo com as necessidades da situação tentando administrar competências a partir
do momento em que se questiona fundamentalmente sobre o como e o quando em torno da
instituição.
 Coordena actividades para produzir e vender bens e/ou serviços planejando
orçamento, organiza e estrutura, controla e resolve problemas (VÀSQUEZ, 2002),
 É um acordo explícito entre os membros de um determinado grupo social (uma
profissão, uma empresa, uma associação) e visa explicar como aquele grupo pensa e
define a sua própria identidade e como se compromete a realizar os seus objectivos
particulares de uma forma compatível com os princípios universais da ética.
 É composto por normas de conduta (VÀSQUEZ, 2002).
3.3.1. Características de um código de conduta
Segundo DIAS (2014), os Códigos de Conduta tem as seguintes características:
 Define comportamentos a adoptar;
 Explicita claramente as condutas a evitar;
 Reflecte e define os princípios éticos a adoptar;
 Facilita a tomada de decisões por parte dos membros do grupo
3.3.2. Características de um bom Profissional
Segundo SÀ (2007), Um bom profissional é caracterizado em primeiro lugar pela fidelidade
com normas de conduta da ética tanto da deontologia profissional. Deve cumprir com as suas
funções na sociedade, conhecendo os seus direitos e deveres, executando o seu trabalho de
acordo comesses seus conhecimentos, com esses conhecimentos defender e valorizar a sua

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profissão, não praticar, não deixar que pratiquem irregularidades no seu exercício
profissional, trabalhando com seus princípios éticos.
De acordo com PASSOS (2012) um bom profissional tem as seguintes características:
Iniciativa, Respeito, Solidariedade, Honestidade, Lealdade, Obediência, Pontualidade,
Assiduidade, Responsabilidade, Humildade, Optimismo e Valorização profissional.
3.3.3. Virtudes profissionais básicas e complementares
SÁ (2010, p.197) reforça que virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem
as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a
natureza do serviço prestado. As virtudes básicas são:
 Zelo – A presteza, a constância, o cuidado com que se desempenham as actividades
profissionais são próprios de cada pessoa. Se um profissional se considera inapto para
executar determinada tarefa, é mais digno declinar do convite para assumi-la do que
aceitá-la mesmo sabendo que não terá o cuidado necessário para sua execução. É,
portanto antiético aceitar uma tarefa sabendo que não a executará com o zelo
necessário (SÁ, 2010, p.197)
 Honestidade – A fiel guarda, a confiança e a sinceridade são princípios fundamentais
na prática honesta da profissão para a qual o indivíduo se prepara e decide se dedicar.
Nos noticiários, diariamente vemos exemplos de pessoas de diferentes classes sociais,
profissões, idades sendo confrontadas por terem se corrompido (SÁ, 2010, p.197).
 Sigilo – Ainda que não tenha sido solicitada, a necessidade do sigilo pode ocorrer.
Cabe ao profissional o discernimento sobre o que pode e o que não pode revelar a
outra pessoa. Sabemos que profissões decorrentes das áreas do Direito, Medicina,
Contabilidade, por exemplo, têm no sigilo a base da credibilidade do profissional que
as exerce (SÁ, 2010, p.197).
 Competência – O exercício do conhecimento no desempenho de uma tarefa é
essencial numa profissão da mesma maneira que é digno de louvor aquele que admite
não ter competência para oferecer serviços à altura da expectativa de quem os
demanda (SÁ, 2010, p.197).
Segundo o mesmo autor são complementares, aquelas que “completam o valor da acção do
profissional e ampliam as virtudes básicas, sendo a transgressão delas infracção e perda da
qualidade ética.

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 Clientes – imagine um gestor que atende de maneira negligente um cliente ou então
uma empresa que não oferece atendimento pós-venda adequado. Coloque-se no lugar
deste cliente (SÁ, 2010, p.198).
 Colegas – gratidão é um sentimento que deve estar presente em nossas mentes, em
nosso coração e expresso em nossas atitudes. Não são novas as frases: “tratar o outro
como você gostaria de ser tratado” e “ame o próximo como a ti mesmo”. A
fraternidade entre as pessoas amigas e entre os colegas de trabalho é desejável no
âmbito do respeito ao ser humano e da ética no relacionamento (SÁ, 2010, p.198).
 Organizações de classe – as classes às quais pertencemos face às profissões que
escolhemos são formadas de profissionais que, como cada um de nós, busca o sucesso
no desempenho de suas actividades. Buscando criar e manter uma imagem de
credibilidade da classe profissional, são criados códigos de ética da categoria que
orientam para a prática virtuosa da profissão (SÁ, 2010, p.198).
 Remuneração – há casos em que o profissional se dedica a causas humanitárias ou
então, por uma gentileza, exercendo sua profissão sem remuneração. Mesmo nesta
situação, é possível que a remuneração exista e seja feita em forma de alimentação,
moradia ou serviços (SÁ, 2010, p.198).
4. Conclusão
Vivemos num mundo complexo, global, tecnológico, intercultural. Numa sociedade
dominada pelas redes de informação e comunicação, onde a legitimidade decisória já não
vem da hierarquia mas do consenso, onde o desenvolvimento depende da confiança e de
valores como a cooperação e participação de todos, e, por isso, onde necessitamos de valores
e critérios de actuação universais.
O modelo de desenvolvimento das profissões apresenta características próprias, sendo que o
modelo híbrido, parece o mais coerente. As profissões passam, actualmente, por mudanças
que têm afectado o seu desenvolvimento. Muitos factores contribuíram para a diminuição da
autonomia profissional: a expansão do conhecimento, as expectativas dos clientes e o
aumento do número de profissionais ligados a estruturas burocráticas.
A ética é um conjunto de princípios internamente estabelecidos designados a governar a
forma com a qual uma disciplina é praticada pelos seus membros. A Deontologia consiste em
ensinar o homem a dirigir os seus afectos, de maneira a que eles sejam o mais possível

subordinados ao bem-estar. Cada homem tem as suas penas e os seus prazeres, que lhe são

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próprios, e com os quais o resto dos homens não tem qualquer relação; há, também, os

prazeres e as penas que dependem das relações com os outros homens


Um código de ética vai além da mente e do corpo de uma disciplina (o seu conhecimento
base e técnicas) e tenta fornecer uma consciência para a disciplina e para quem a exerce ao
focar-se no princípio subjacente a essa mesma disciplina. Especifica certas acções que são
aceitáveis ou não aceitáveis na prática de uma disciplina. Mas um código de ética não poderá
cobrir todas as situações que se levantam à medida que uma disciplina expande e tenta
encontrar as necessidades em mudança de um tipo de serviço entre as pessoas na sociedade.
Por esta razão, a competência de uma disciplina em manter a sua integridade à medida que se
expande para servir novos grupos de pessoas assenta, em grande escala, na consciência
individual de quem a exerce.

5. Bibliografia
DIAS, M. Olívia. Ética, organização e valores ético-morais em contexto organizacional.
2014

GALLIANO, A. G. (1986 ). O Método Cíentifico: teoria e Prática . São Paulo: Harba.

LAKATOS, M. e. (2006). Técnicas de Pesquisa (5ª ed.). São Paulo: Atlas. Pearson Prentice
Hall.

MAXIMINIANO, António César Amaru. (2008). Introdução à administração. São Paulo:


Atlas.

MOREIRA, Joaquim Manhães. (2002). A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira
Thomsom Leaning.

Nunes, L. (2009). Ética: raízes e florescências em todos os caminhos. Lusociência.

PASSOS, Elizete. (2012). Ética nas organizações. São Paulo: Atlas.

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SÀ, António Lopes. (2007). Ética Profissional. 7ª Edição. Atlas. São Paulo

VÀSQUEZ, Adolfo Sánchez. (2002). Ética. Forense. Rio de Janeiro.

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