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Índice

1. Introdução...........................................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos.........................................................................................1
2. Metodologia........................................................................................................................2
2.1. Especificação do Método............................................................................................2
3.1. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza..........................................................................2
3.2. Classificação da pesquisa quanto a abordagem...........................................................2
3.3. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos.................................................3
3.4. Procedimentos e Recolha de Dados............................................................................3
3. Revisão da Literatura..........................................................................................................4
3.1. Conceito de Controle Interno......................................................................................4
3.1.1. Objectivos de Controlo Interno............................................................................5
3.1.2. Factores que Influenciam no Controle Interno.....................................................5
3.1.3. Estrutura e componentes do Controle Interno......................................................5
3.1.4. Princípios de Controlo Interno.............................................................................7
3.1.5. Sistema de Controle Interno.................................................................................8
3.1.6. Características de um sistema de controlo interno...............................................9
3.2. Conceito de Auditoria Fiscal.......................................................................................9
3.2.1. Objectivos da Auditoria Fiscal...........................................................................10
3.3. Avaliação dos controles internos relacionado com questões fiscais.........................11
3.4. Identificação das possíveis lacunas e recomendações do Controlo interno..............12
4. Conclusão..........................................................................................................................14
5. Bibliografia.......................................................................................................................15
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1. Introdução
A constante evolução dos negócios, o ambiente globalizado, a frequente escassez de recursos,
exige das empresas uma atitude pró-activa na gestão de suas actividades.
Segundo SÁ (1998, p. 173), ao longo da evolução humana, o registo e análise dos
acontecimentos tem sido uma preocupação, pode – se ver esta preocupação concretizada nas
pinturas das paredes das grutas ocupadas pelo homem, mas também na medição e registos
dos factos do dia-a-dia. Na evolução das organizações e seus relacionamentos, seja com o
indivíduo, cliente ou accionista, ou com a colectividade, empresas ou nações, as actividades
se diversificaram, ramificaram e ampliaram, sendo cada vez mais necessárias as actividades
de fiscalização e suporte à gestão.
A actividade de auditoria interna consiste em fornecer análises, apreciações, recomendações,
informações e sugestões, relativas às entidades examinadas, incluindo a promoção de um
controlo eficaz a custo razoável. O controlo interno, por sua vez, é uma forma de organização
que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a
ocorrência de erros e irregularidades ou minimizar as suas consequências e maximizar o
desempenho da entidade em que se insere. A evolução das economias e o crescente aumento
da complexidade dos processos de trabalho têm determinado a implementação de adequados
sistemas de controlo interno (SCI), particularmente nas entidades, que permitam de uma
forma eficiente e eficaz, mitigar tanto o risco inerente como o risco de controlo.
A Auditoria começa em época tão remota quanto a contabilidade. Sempre que o avanço da
civilização tinha implicado que a propriedade de um homem fosse confiada, em maior ou
menor extensão, a outra, a desejabilidade da necessidade de verificação da fidelidade do
último, tornou-se clara. A auditoria é uma especialização contabilística voltada a testar a
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de expressar uma
opinião sobre determinado dado.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender a importância dos controles
internos e auditoria fiscal.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Descrever o que de facto são os controles internos e auditoria fiscal;
 Falar dos controles internos relacionados a questões fiscais;
 Fazer a identificação das possíveis lacunas e recomendações;
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2. Metodologia
2.1. Especificação do Método
Para ANDRADE (2007), a Metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste
em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma
pesquisa académica. A Metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser
observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e
utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.
3.1. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza
Segundo GIL (2008, p.26), quanto a natureza existem 3 tipos de pesquisa, que podem ser:
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
 Pesquisa exploratória tem como objectivo desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
 Pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características
de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis.
 Pesquisas explicativas – são aquelas pesquisas que têm como preocupação central
identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.
Este trabalho constitui – se de uma pesquisa descritiva e explicativa. Porque utiliza técnicas
que estão ligados a uma pesquisa bibliográfica, e que podem fornecer dados quantitativos e
qualitativos, proporcionando a expansão dos dados obtidos para tomada de decisões presentes
e futuras. É descritiva ainda porque estabelece relações entre os dados a serem analisados.
3.2. Classificação da pesquisa quanto a abordagem
Segundo GERHARDT (2009), quanto a abordagem pode ser: qualitativa e quantitativa.
 A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, a pesquisa
qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.
 Pesquisa qualitativa está relacionada no levantamento de dados sobre motivação de
um grupo, em compreender e interpretar determinados comportamentos, a opinião e
as expectativas dos indivíduos de uma população.
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Neste trabalho adopta-se o método qualitativo. Porque proporciona a utilização de dados de


forma não numérica e está ligado na extensão da informação obtida para a realização do
mesmo.
3.3. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos
Segundo LAKATOS e MARCONI (2003, p.221), quanto aos procedimentos a pesquisa pode
ser: bibliográfico, monográfico, comparativo, tipográfico e histórico.
 A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais amplo 4do que aquela que poderia pesquisar directamente,
principalmente quando o problema de investigação requer dados muito dispersos pelo
espaço.
 Método Monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em
profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de
todos os casos semelhantes.
 O método comparativo, consiste no confronto entre elementos, isto é, é usado tanto
para comparações de grupos ou informações no presente, no passado e entre outros
existentes e os do passado, levando em consideração seus atributos.
Para o presente trabalho recorreu ao método bibliográfico e monográfico (estudo de caso), é
bibliográfico porque esse tipo de pesquisa é caracterizado pela interrogação directa das
informações, com a finalidade de conhecer ou chegar a uma conclusão. Neste método, não se
interroga toda a população estudada, caso contrário, se estaria falando de censo. É
monográfico visto que para a elaboração do estudo será aplicado à uma grande população um
questionário e também para a elaboração da pesquisa serão utilizados livros e artigos
científicos principal
3.4. Procedimentos e Recolha de Dados
LAKATOS e MARCONI (2003), dizem que os procedimentos para a recolha de dados são:
observação, entrevista e questionário.
Ainda para LAKATOS e MARCONI (2003), a observação é uma técnica de colecta de dados
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade.
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.
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3. Revisão da Literatura
3.1. Conceito de Controle Interno
Ainda CREPALDI (2016, p.357), o controle interno tem por finalidade, proporcionar à
empresa razoável garantia de promover eficácia em suas operações é denominado sistema
contabilístico e de controlo interno.
Para ALMEIDA (2012, p. 57), “O controle interno representa em uma organização o
conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objectivos de proteger os activos,
produzir dados contabilístico confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos
negócios da empresa”.
Segundo ATTIE (2018, p.368), O controle interno compreende o plano de organização e o
conjunto coordenado dos métodos e medidas, adoptados pela empresa, para proteger seu
património, verificar a exactidão e a fidedignidade de seus dados contabilístico, promover a
eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.”
FRANCO e MARRA (2001, p. 267) entendem como controle interno todos os instrumentos
contabilístico da organização destinados à vigilância, e fiscalização, que permitam prever,
observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que
produzam reflexos em seu património.
No mesmo sentido o Institute of Internal Auditors – IIA [instituto dos auditores internos]
define controlo interno como qualquer acção executada pela administração, pelo conselho de
administração e outros para gerenciar os riscos e aumentar a probabilidade de que os
objectivos e metas estabelecida sejam alcançadas.
Para o Institut Français des Experts Comptables [Instituto francês de auditores
independentes] apud CREPALDI (2016, p.358), o controle interno é formado pelo plano de
organização e de todos os métodos e procedimentos adoptados internamente pela empresa
para proteger seus activos, controlar a validade dos dados financeiros pela Contabilidade,
ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da direcção.
Entretanto de um modo geral, o Controlo Interno é uma forma de organização que pressupõe
a existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a ocorrência de
erros e irregularidades ou minimizar as suas consequências e maximizar o desempenho da
entidade em que se insere.
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3.1.1. Objectivos de Controlo Interno


Para ATTIE (2018), os objectivos do controlo interno visam:
 A confiança e integridade da informação;
 A conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos;
 A salvaguarda dos activos;
 A utilização económica e eficiente dos recursos;
 A realização dos objectivos estabelecidos para as operações ou programas.
Para MORAIS e MARTINS (2013), o controlo tem como objectivo de proporcionar um grau
de confiança razoável na concretização dos seguintes objetivos:
 Eficácia e eficiência dos recursos;
 Fiabilidade da informação;
 Cumprimento das leis e normas estabelecidas.
3.1.2. Factores que Influenciam no Controle Interno
Segundo ATTIE (2018, p.360), o controle tem significado e relevância somente quando é
concebido para garantir o cumprimento de um objectivo definido, quer seja administrativo ou
gerencial. Pela análise do controle interno podemos observar a existência de vários factores
que necessitam ser clara e objectivamente expostos:
 Plano de organização é o modo pelo qual se organiza um sistema.
 Métodos e medidas estabelecem os caminhos e os meios de comparação e julgamento
para se chegar a determinado fim, mesmo que não tenham sido preestabelecidos
formalmente.
 Protecção do património compreende a forma pela qual são salvaguardados e defendidos
os bens e direitos da empresa.
 Exactidão e fidedignidade dos dados contabilísticos correspondem a adequada precisão e
observância aos elementos dispostos na contabilidade.
 Eficiência operacional compreende a acção ou força a ser posta em prática nas
transacções realizadas pela empresa.
 Políticas administrativas compreendem o sistema de regras relativas à direcção dos
negócios e à prática dos princípios, normas e funções para a obtenção de determinado
resultado (ATTIE, 2018, p.371).
3.1.3. Estrutura e componentes do Controle Interno
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Segundo CREPALDI (2016, p.359), a estrutura de controlo interno compreende: ambiente de


controlo; mapeamento e avaliação de riscos; procedimentos de controlo; informação e
comunicação; e monitoramento.
a) O ambiente de controlo (AC): deve demonstrar o grau de comprometimento em todos
os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto. As
actividades do negócio são estruturadas, objectivos estratégicos definidos e riscos
envolvidos avaliados (CREPALDI, 2016, p.359). De referir que o ambiente de controlo é
a base dos outros componentes. O ambiente de controlo é influenciado pela história e
cultura de uma entidade e reciprocamente influencia a consciência de controlo de seu
pessoal.
b) Para CREPALDI (2016, p.359), Os factores que compõem o ambiente de controlo
incluem:
 Integridade,
 Valores éticos e competência das pessoas na organização;
 A maneira pela qual a gerência delega autoridades e responsabilidades e o modo
como organiza e desenvolve seus recursos humanos e a atenção e direcção provida
pelo conselho de administração (CREPALDI, 2016, p.359).
c) Actividades de Controlo – são as políticas e procedimentos que correspondem às acções
das pessoas para implementarem as políticas, de forma a assegurar que as directivas da
gestão estejam a ser cumpridas.
Segundo MARTIS e MORAIS (2013), os Controles das actividades são as políticas e
procedimentos colocados em prática para assegurar que as directrizes da gerência estão sendo
levadas a risca. As actividades de controlo podem ser: Prevenção, detecção, direcção,
compensação, controlos manuais, controlos informáticos e controlos de gestão.
d) Informação e Comunicação: dá suporte aos controles internos, transmitindo directrizes
do nível da administração para os funcionários ou vice-versa em um formato e uma
estrutura de tempo que lhes permitem executar suas actividades de controle com eficácia;
Segundo MARTINS e MORAIS (2013), a gestão deverá identificar a informação relevante
sobre o negócio a qual deverá ser entregue, num formato e num período de tempo adequado,
às pessoas que tem necessidades dela para que possam executar os respectivos controlos e
outras responsabilidades. A informação e comunicação são definidos através de:
 Qualidade da informação: Informação atempada, informação actual, informação
exacta e informação acessível (MARTINS e MORAIS, 2013).
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 Métodos de comunicação: Manuais de políticas, Mesmos internos, Notícias nos


quadros de informação, reuniões (o gestor de topo reúne regularmente com os
funcionários) (MARTINS e MORAIS, 2013).
e) Controlo (Monitoring) – Mecanismo que asseguram que o controlo interno continua a
operar com eficácia. A combinação de avaliação continua (gestão) auditoria interna e
externa, certificando que o sistema de controlo interno funciona em tempo oportuno.
Segundo CREPALDI (2016, p.360), Monitoramento compreende o acompanhamento dos
pressupostos do controle interno, visando assegurar a sua adequação aos objectivos, ao
ambiente, aos recursos e aos riscos.
f) Avaliação de Risco – é a identificação, avaliação e gestão adequada dos riscos que
afectam a empresa em termos de: sobrevivência, concorrência competitiva, manutenção
da posição financeira, manutenção dos seus produtos. É aconselhável que se faça a
estimativa do impacto do risco e avaliar a probabilidade da sua ocorrência. Os riscos
podem ser de:
 Factores externos: Políticos, económicos, sociais, tecnológicos e catástrofes
naturais (MARTINS e MORAIS, 2013).
 Factores internos: competência dos gestores, inexistência de recursos, deficiente
estrutura organizacional, políticas estabelecidas pelos gestores da empresa.
Segundo CREPALDI (2016, p.359), Avaliação de riscos é a identificação dos eventos ou das
condições que podem afectar a qualidade da informação contabilística. A avaliação de risco é
o processo pelo qual cada gerência decide como se tratará os riscos que representam ameaças
a seus objectivos.
3.1.4. Princípios de Controlo Interno
Segundo MORAIS e MARTINS (2013), os princípios do controle interno representam o
conjunto de regras, directrizes e sistemas, que visam ao atendimento de objectivos específicos
são:
a) Relação custo – benefício: consiste na minimização da probabilidade de falhas ou
desvios quanto ao atendimento dos objectivos e metas. Este conceito reconhece que o
custo de um controle não deve exceder aos benefícios que possa proporcionar;
b) Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia dos
controles internos está directamente relacionada com a competência e integridade do
pessoal. Assim, é imprescindível que haja uma política de pessoal que contemple;
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c) Delegação de poderes e determinação de responsabilidades: visam assegurar


maior rapidez e objectividade às decisões, fazendo-se necessário um
regimento/estatuto e organograma adequado, onde a definição de autoridade e
consequentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente às necessidades
da organização (MARTINS e MORAIS, 2013);
d) Segregação de funções: a estrutura de um controle interno deve prever a separação
entre as funções de autorização ou aprovação de operações e a execução, controle e
contabilização das mesmas, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e
atribuições em desacordo com este princípio (MARTINS e MORAIS, 2013);
e) Controles sobre as transacções: é imprescindível estabelecer o acompanhamento
dos factos contabilísticos, financeiros e operacionais, objectivando que sejam
efectuados mediante actos legítimos, relacionados com a finalidade do órgão/entidade
e autorizados por quem de direito;
3.1.Tipos de Controle Interno
Segundo MARÇAL e MARQUES (2011), é possível distinguir três tipos de controlo:
 Controlo da Organização – o organograma de uma entidade surge como resultado
da definição e atribuição de responsabilidades e da delegação de competências ou
autoridade a indivíduos que, a diferentes níveis hierárquicos, são responsáveis pelas
tomadas de decisão e/ou execução de decisões anteriormente tomadas a níveis mais
altos da hierarquia. Uma clara definição das responsabilidades e dos limites da
autoridade, juntamente com uma adequada segregação de funções contribui para o
controlo total existente na entidade e constitui um controlo de importância
fundamental.
 Controlo dos procedimentos – estão inseridos no processamento e registo de
determinadas transações. Inclui-se nesta categoria o controlo contabilístico que visa
garantir a fiabilidade dos registos contabilísticos, facilitar a revisão das operações
financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos activos.
 Controlo dos sistemas de informação – consubstancia-se nos dispositivos pelos
quais a informação é produzida e fornecida aos responsáveis pela gestão, de forma
que possa ser controlada, revista e usada.
3.1.5. Sistema de Controle Interno
O sistema de controlo interno – Significa todas as políticas e procedimentos adoptados pela
gestão de uma entidade que contribuam para a obtenção dos objectivos da gestão de
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assegurar, tanto quanto praticável, a condução ordenada e eficiente do seu negócio, incluindo
a aderência às políticas da gestão, a salvaguarda de activos, a prevenção e detecção de
fraudes e erros, o rigor e a plenitude dos registos contabilísticos, o cumprimento das leis e
regulamentos e a preparação tempestiva da informação financeira credível (ATTIE, 2018,
p.371).

Conforme LOURENÇO (2000), define um Sistema de Controlos Internos como processos,


funções, actividades e pessoas que, em conjunto, devem assegurar o alcance dos objectivos e
metas fixados. O material enfatiza a importância dos sistemas de informação em relação ao
Sistema de controlos internos.
Para ATTIE (2018, p.374), um sistema de controlo interno bem desenvolvido pode incluir o
controle orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos, análises estatísticas,
programas de treinamento do pessoal e, inclusive, auditoria interna.
3.1.6. Características de um sistema de controlo interno
Segundo ATTIE (2018, p.374), um sistema de controlo interno bem desenvolvido pode
incluir o controlo orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos, análises
estatísticas, programas de treinamento do pessoal e, inclusive, auditoria interna.
a) Controles contabilísticos (CC): compreendem o plano de organização e todos os
métodos e procedimentos directamente relacionados, principalmente com a salvaguarda
do património e a fidedignidade dos registos contabilísticos. Geralmente incluem os
seguintes controlos: sistema de autorização e aprovação; separação das funções de
escrituração e elaboração dos relatórios contabilísticos daquelas ligadas às operações ou
custódia dos valores; e controles físicos sobre estes valores (ATTIE, 2018, p.374),
b) Controles administrativos: compreendem o plano de organização e todos os métodos e
procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política traçada
pela administração. Normalmente, se relacionam de forma indirecta aos registos
financeiros. Com frequência abrangem análises estatísticas, estudos de tempo e
movimentos, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controle de
qualidade (ATTIE, 2018, p.374),
3.2. Conceito de Auditoria Fiscal
Para PINHEIRO (2010), a Auditoria fiscal é um processo que consiste na obtenção e na
avaliação de evidências acerca dos assuntos associados aos actos de carácter tributário.
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A auditoria fiscal visa essencialmente à verificação do cumprimento da legislação fiscal por


parte do sujeito passivo do imposto e do seu correspondente relato nas demonstrações
financeiras.
Segundo MARÇAL E MARQUES (2011), a auditoria fiscal é uma parte da auditoria
financeira, uma vez que ela pretende certificar-se de que as demonstrações financeiras da
empresa foram preparadas em estrita observância dos princípios contabilísticos geralmente
aceites e de que não enfermam de erros que, de algum modo, possam vir a deturpar o seu
resultado, influenciando negativamente o resultado fiscal e consequentemente o imposto
devido ao Estado.
Para LOURENÇO (2000), a auditoria fiscal tem por objectivo fazer um exame à situação
fiscal da empresa, tendo em vista o controlo da sua regularidade fiscal. Esta regularidade ou
legalidade fiscal é norteada pelos princípios definidos pelas normas e doutrinas fiscais, a
valorimetria, as normas de incidência, liquidação e cobrança, as regras de retenção na fonte e
as obrigações contabilísticas e declarativas.
Neste sentido para COSTA (2014), a auditoria da área fiscal persegue um objectivo duplo,
em primeiro lugar, o de comprovar que a entidade cumpriu adequadamente as obrigações
Fiscals, se provisionou correctamente os riscos derivados de possíveis contingências fiscais e,
em segundo lugar, se procedeu ao pagamento efectivo do imposto de acordo com os prazos e
formalismos legais.
De um modo geral, a auditoria fiscal avalia a veracidade da informação contabilística, a sua
conformidade com os Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites e com as Normas em
vigor, a sua independência manifesta-se quando procura avaliar a existência de derrogações
às normas fiscais e em que medida as mesmas são reflectidas nas declarações entregues na
Administração Fiscal para liquidação e pagamento de impostos. É costume elencarem-se os
seguintes objectivos específicos da auditoria fiscal:
 Detecção de erros aritméticos nas declarações;
 Detecção de erros contabilísticos;
 Detecções de operações marginais à contabilidade ou simuladas dolosamente na mesma,
com intenção de consumar a fraude fiscal.
3.2.1. Objectivos da Auditoria Fiscal
Para LOURENÇO (2000), a auditoria fiscal tem por objectivo fazer um exame à situação
fiscal da empresa, tendo em vista o controlo da sua regularidade fiscal. Esta regularidade ou
legalidade fiscal é norteada pelos princípios definidos pelas normas e doutrinas fiscais, a
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valorimetria, as normas de incidência, liquidação e cobrança, as regras de retenção na fonte e


as obrigações contabilísticas e declarativas.
 Minimização dos aspectos económicos do risco fiscal.
 Propor correcções à matéria colectável, consubstanciada em liquidações adicionadas de
imposto (LOURENÇO, 2000, p.59).
 Avaliar as capacidades da empresa para maximizar as possibilidades oferecidas pela
legislação fiscal (LOURENÇO, 2000, p.59).
 Aferir sobre a regularidade fiscal da empresa e verificação do cumprimento das
obrigações tributárias (LOURENÇO, 2000, p.59).
 Identificação dos comportamentos fiscais em risco.
 Confirmação dos elementos declarados (LOURENÇO, 2000, p.59).
 Inventariação e avaliação de bens móveis e imóveis, para controlo das obrigações
tributárias (LOURENÇO, 2000, p.59).
 Esclarecimento e orientação sobre o cumprimento dos deveres perante a Administração
Fiscal (LOURENÇO, 2000, p.59).
3.3. Avaliação dos controles internos relacionado com questões fiscais
Para LOURENÇO (2000), qualquer entidade que pretenda ser bem-sucedida tem que
identificar, acompanhar e controlar a realização dos seus objetivos, criando um sistema de
controlo interno eficaz, sujeito a permanente avaliação, a qual está sempre associada à
avaliação do risco. Esta poderá permitir:
 Estabelecer prioridades de controlo das actividades fiscais;
 Apresentar o custo efectivo fiscal;
 Evitar que a avaliação do controlo se envolva em processos morosos de análises e
verificações inúteis.
De acordo com GUTIEREZ (2006), é fundamental proceder a uma avaliação do controlo
interno para se poder elaborar um plano ou programa de auditoria e para que se possa aferir o
grau de confiança dos registos e respectiva documentação de suporte, a fim de determinar:
 A natureza ou selecção dos procedimentos de auditoria a utilizar;
 O período em que estes deverão ser aplicados;
 O alcance ou extensão dos procedimentos.
Segundo PINHEIRO (2010), a avaliação do controlo interno por parte do auditor fiscal é
constituída pelas seguintes fases:
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 Descrição do sistema, para verificar a sua eficácia e se os procedimentos de controlo


instituídos são os mais adequados (PINHEIRO, 2010);
 Verificação da descrição do sistema, ou seja, obter prova de que o sistema descrito
pelo auditado corresponde à realidade, especialmente porque:
 Pode ter sido feita, pelo auditor, uma interpretação indevida das informações
recebidas sobre a descrição dos subsistemas (PINHEIRO, 2010);
 O auditor fiscal pode ter sido induzido em erro pelos funcionários da organização;
 O auditor fiscal pode ter recebido apenas uma informação parcial sobre o sistema.
 Execução dos testes de conformidade, que são a avaliação preliminar da existência
efectiva do controlo interno estabelecido em cada um dos subsistemas (PINHEIRO,
2010);
 Execução dos testes substantivos, com o objectivo de obter um grau de confiança
razoável de que os procedimentos de controlo estão a ser aplicados de acordo com o
que foi estabelecido e que produzem os efeitos esperados (PINHEIRO, 2010);
3.4. Identificação das possíveis lacunas e recomendações do Controlo interno
Entretanto para PINHEIRO (2010), devido às limitações inerentes à auditoria fiscal, existe
risco inevitável de que distorções relevantes resultantes de fraude e, em menor grau, de erro
possam deixar de ser detectadas. Caso se descubra posteriormente que, durante o período
coberto pelo parecer do audito exista distorção relevante não reflectida ou não corrigida nas
demonstrações contabilísticas, resultante de fraude relevante não reflectida ou não corrigida
nas demonstrações contabilísticas, resultante de fraude ou erro.
O que vai determinar se o auditor cumpriu essas normas é a adequação dos procedimentos de
auditoria adoptados nas circunstâncias e de seu parecer com base nos resultados desses
procedimentos. O risco de não detectar distorção relevante resultante de fraude é maior do
que o risco de não detectar distorção relevante resultante de erro, porque a fraude
normalmente envolve actos planejados para ocultá-la, como, por exemplo, conluio,
falsificação, falha deliberada no registo de transacções ou apresentação de informações
intencionalmente erradas ao auditor (PINHEIRO, 2010).
Um Controle Interno nas questões fiscais adequado é que pode facultar uma segurança
razoável na prevenção, limitação ou detecção de fraude ou erros no CI, que tem por sua vez
como base o princípio de segregação das funções. Perante isto, temos as seguintes limitações:
 A segregação de funções é um obstáculo, mas não pode evitar o conluio ou a
cumplicidade (PINHEIRO, 2010);
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 Os poderes de autorização as operações por parte daqueles a quem os mesmos foram


confiados podem ser usados de forma abusiva ou arbitrária;
 A competência e a integridade pessoal que executa as funções de controlo podem
deteriorar – se por razões internas ou externas, no entanto não é impeditivo dos
cuidados postos na sua selecção e formação (PINHEIRO, 2010);
 A própria direcção da organização pode em muitos casos ultrapassar ou ladear as
técnicas de controlo por si implantadas (PINHEIRO, 2010);
 O CI tem em vista geralmente as operações correntes, não estando preparado para as
transações pouco usuais (PINHEIRO, 2010);
 A própria existência do controlo só se justifica quando existe uma relação de
custo/beneficio positiva, ou seja, quando o custo de determinado procedimento não é
desproporcional em relação ao risco que visa cobrir (PINHEIRO, 2010);
3.4.1. Recomendações do Controle Interno
Para ALMEIDA (2008), o auditor fiscal deverá avaliar criticamente o sistema contabilística,
incluindo o controlo interno, tanto em termos de concepção quanto de funcionamento
efectivo, concedendo especial atenção às condições ou eventos que representem aumento de
risco de fraude ou erro, que incluem:
 Estrutura inadequada da administração da entidade auditada ou de algum de seus
membros; pressões internas e externas (ALMEIDA, 2008);
 Translações que pareçam anormais;
 Problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria;
 Factores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados.
 Juntar os processos de contas do período em análise e fazer os mapas comparativos do
balanço e da demonstração de resultados;
 Fazer análise dinâmica dos mesmos e identificar as contas relevantes, que requerem
análise pormenorizada (ALMEIDA, 2008);
 Verificar junto à Direcção da Área Fiscal competente, a situação tributária do
contribuinte para verificar a sua assiduidade no cumprimento das obrigações fiscais;
 Ler os relatórios dos auditores independentes e aproveitar suas opiniões sobre as
contas da empresa;
 Ler os relatórios das auditorias anteriores se houver, e analisar os resultados obtidos;
 Com base nos elementos reunidos, definir um programa de trabalho que privilegia as
principais contas a auditar, as questões mais relevantes identificadas e, repartir os
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trabalhos entre os elementos da brigada (ALMEIDA, 2008);


 Reunir a legislação específica do sector a auditar (ALMEIDA, 2008);

4. Conclusão
A auditoria é a principal ferramenta para mensurar a adequação e a confiabilidade dos
registos e das demonstrações contabilísticas, que é muito importante para o profissional da
área, pois obedece às leis e as Normas de Contabilidade. Os procedimentos de auditoria são
direccionados para que as demonstrações contabilísticas estejam apresentadas de acordo com
a legislação vigente global e baseadas nas Normas Internacionais de Contabilidade, a fim de
que as informações empresariais divulgadas sigam um mesmo padrão e, assim, possam ser
comparados aos resultados de diversas empresas, mantendo uma fidelidade quanto à
realidade encontrada nas organizações.
A auditoria surgiu devido à necessidade de controlo de contas, relatórios, demonstrações,
dados contabilísticos, ou seja, algo que relevasse os números e resultados, bem como a
situação económica e financeira apresentada aos administradores de uma empresa.
Representa um exame analítico e pericial de procedimentos diversos, sendo empregada,
praticamente, em todas as áreas empresariais como mecanismo de controlo de qualidade,
servindo como ferramenta na gestão dos negócios e na prevenção de erros, fraude e muitas
das vezes corrupções e desvios de fundos.
A Auditoria Fiscal deverá ser enquadrada, definitivamente, como um ramo integrante da
Auditoria Financeira. As características peculiares do auditor e utilizadores da informação
reportada, não poderão condicionar um distanciamento conceptual que se assiste no actual
momento O procedimento tributário de inspecção deverá ser encarado, desde a sua génese,
como um procedimento de auditoria, na sua concepção mais abrangente. No entanto, as
características peculiares da Inspecção Tributária (não nos poderemos esquecer que estamos
perante um procedimento tributário, com as condicionantes legais inerentes) devem,
necessariamente, ser tidas em conta nesta abordagem.
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5. Bibliografia
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