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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACEAR

CURSO DE DIREITO – 4º PERÍODO


TURMA: 4-E

DEBORA ISABEL DA SILVA

TRABALHO SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA

Araucária
2023
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DEBORA ISABEL DA SILVA

TRABALHO SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA

Trabalho apresentado como requisito


parcial para aprovação na disciplina
de Direito Administrativo.
Professora: Jussara Oliveira Lima

Araucária
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................4
2 ABNT................................................................................................................5
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA: CONCEITO....................................................6
3.1 TIPOS.........................................................................................................7
3.2 ESTRUTURA DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA....................................10
4 ETAPAS DO TRABALHO ACADÊMICO............................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................15
REFERÊNCIAS............................................................................................................16
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1.1 INTRODUÇÃO

A ciência surge no contexto humano devido à necessidade de


racionalização dos acontecimentos (LAKATOS; MARCONI, 2003), como um
meio de se ter um melhor entendimento a respeito do mundo, por meio de
diversas técnicas e métodos. Considerando, nesse cenário, a etimologia da
palavra ciência, ela significa “conhecimento”. Cervo e Bervian (2002) afirmam
que a ciência é uma forma de compreender e analisar o mundo empírico,
envolvendo um conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento
científico por meio do uso da consciência crítica, que levará o pesquisador a
distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.
A metodologia científica é capaz de permitir a compreensão e análise do
mundo por meio da construção do conhecimento, que somente é produzido
quando o pesquisador percorre os caminhos do conhecimento, sendo o
protagonista desse processo. Assim, a metodologia pode ser vinculada ao
curso de estudo a seguir e a ciência ao conhecimento adquirido.
O conhecimento científico adquirido em processos metodológicos
destina-se, na maioria dos casos, a descrever e discutir fenômenos com base
no teste de uma ou mais hipóteses. Conseqüentemente, está diretamente
relacionado a questões específicas em que tenta explicá-las e relacioná-las
com outros fatos. Assim, quando se analisa um determinado fato, o
conhecimento científico não busca apenas explicá-lo, mas também descobrir
sua relação com outros fatos e, por conseguinte, explicá-los (GALLIANO,
1986).
O caminho pelo qual se pretende obter o conhecimento científico deve
ser sempre norteado por procedimentos técnicos e metodológicos bem
definidos, visando fornecer os subsídios necessários para a busca de um
resultado provável ou improvável para a hipótese buscada, além de auxiliar na
identificação de falhas e na tomada de decisão do pesquisador.
Este trabalho foi realizado com base nos critérios da pesquisa básica, do
tipo bibliográfica, com abordagem qualitativa, e está dividido em cinco seções a
fim de facilitar o entendimento e apresentar brevemente os elementos mais
relevantes para a metodologia da pesquisa científica. O objetivo exploratório do
trabalho foi alcançado com pesquisa bibliográfica. No entanto, neste artigo são
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apresentadas as principais normativas contidas nas normas ABNT, os


diferentes tipos de investigação científica, as metodologias qualitativas e
quantitativas, a diferenciação de métodos e técnicos e as etapas de um
trabalho acadêmico a serem seguidas para se obter um trabalho seguindo as
normativas padrão de formatação e de escrita.

2.1 ABNT

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi fundada em


1940. Tem como premissa maior definir e administrar normas e regulamentos
técnicos que afetam diretamente produtos e serviços do comércio, da indústria
e de entidades educacionais do Brasil (ABNT, 2022).
Dessa forma, as normativas estabelecidas pela ABNT são de grande
relevância para os mais diversos setores brasileiros, não apenas para a
realização de pesquisas científicas e trabalhos de conclusão de curso
Assim, os critérios da ABNT são muito importantes para diversos setores
no Brasil, e não apenas para a realização de pesquisas científicas de
faculdades e universidades e trabalhos de conclusão de curso em
universidades, sendo de grande importância para regulamentar uma
diversidade de tipos de serviços nas organizações brasileiras. Além disso, a
instituição está vinculada à ISO (International Organization for Standardization),
que gerencia e define essas normas mundialmente (ABNT, 2022).
As normas da ABNT regem a indústria e controlam a qualidade e
eficácia dos produtos comercializados.São essas normas que, além de realizar
processos necessários em determinados serviços, também garantem a
padronização das peças. Eles também afetam o comércio internacional e a
diplomacia entre os países no mundo todo(ABNT, 2022).
Embora essas normas afetem todo o mercado brasileiro, não são
consideradas obrigatórias. No entanto, as empresas exportadoras de produtos
e/ou serviços devem estar sempre atentas para saber como isso funciona em
outros países(ABNT, 2022).
As normas ABNT têm como objetivo principal a padronização e
regulamentação de serviços, de maneira a estabelecer soluções, através do
consenso entre todos os interessados, para questões repetitivas, tornando-se,
assim, uma importante ferramenta de autodisciplina para os agentes que atuam
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no mercado, simplificando os assuntos e mostrando ao legislador se uma


regulamentação específica é realmente necessária em matérias não cobertas
pelas normas (ABNT, 2022).
Importante dizer que qualquer padrão é uma referência ideal para
mercados mais exigentes e, por isso, é utilizado no processo de
regulamentação, certificação, de metrologia, de informações técnicas e
também nas relações comerciais entre clientes e fornecedores.

3.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA: CONCEITO

De acordo com Ciribelli (2003), o método científico pode ser definido


como um conjunto de procedimentos e de instrumentos utilizados pelo
pesquisador científico com a finalidade de direcionar seu projeto de trabalho,
com base em critérios de natureza científica, de modo a obter dados que
sustentem ou não suas teorias iniciais.
Nesse sentido, o pesquisador tem total liberdade para definir os
instrumentos mais pertinentes a serem aplicados para cada tipo de pesquisa,
de modo a alcançar resultados confiáveis e que possam ser generalizados para
outros casos. É importante que seja sempre realizada por meio de bases
técnicas específicas operacionais e interligadas, ou seja, o método científico
está fundamentado em um conjunto de etapas realizadas por meio de técnicas
bem definidas, portanto, é preciso que o pesquisador tenha em mente que
técnica e método se diferenciam entre si (RODRIGUES, 2007).
Os métodos de pesquisa que, geralmente, são utilizados para a coleta
de dados incluem técnicas como a elaboração e avaliação de entrevistas,
observação, questionários que podem conter perguntas abertas e/ou fechadas
e de múltipla escolha e formulários, sendo adotados pelo pesquisador
conforme o tipo de pesquisa a ser realizada (RODRIGUES, 2007).
Conforme especificado por Ollaik e Ziller (2012), a realização de
pesquisas de cunho científico requer, assim, algumas competências, tanto
metodológicas quanto teóricas, que são necessárias para operar informações
técnicas e empíricas, respectivamente. As aptidões metodológicas são
relativamente padronizadas e dificilmente variam entre as disciplinas; eles
também podem ser facilmente obtidos através da formação de pesquisadores
em programas de mestrado e doutorado. Contudo, as habilidades teóricas são
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muito mais difíceis de dominar, porque exigem muitos anos de observação e


reflexão. As habilidades teóricas não podem ser “ensinadas”, pois são
realizadas apenas por meio da experiência acadêmica.

3.1 TIPOS

Em relação aos tipos de métodos que podem ser utilizados pelo


pesquisador, em relação ao tipo de abordagem, as pesquisas podem ser
qualitativas ou quantitativas, entretanto, também podem ser mistas, quando
são utilizadas as duas abordagens conjuntamente.
Acerca da pesquisa quantitativa, em geral, é realizada de maneira
numérica, sem maiores explicações, sendo mais usadas nas áreas de
matemática e estatística. Este processo de avaliação do estudo é conduzido
com uma abordagem interativa em que os fatos são avaliados. Os resultados
são freqüentemente apresentados na forma de tabelas e gráficos para que
possam ser aplicados para pesquisas e tomadas de decisões (GARCES, 2010;
ARAGÃO, 2011).
De acordo com Will (2012), a pesquisa quantitativa permite a
classificação e análise, por meio da interpretação dos resultados em números
que precisam ser categorizados e analisados de maneira adequada. No
entanto, na pesquisa qualitativa não há modelo numérico, pois o pesquisador
usa um método indutivo para descrever a situação observada. Nesse viés,
dados qualitativos não podem ser apresentados por meio de gráficos, tendo um
caráter mais exploratório e investigativo (CRISTIANE, 2014; EVÊNCIO et al.,
2019).
Quando são utilizados, conjuntamente, os métodos quantitativos e
qualitativos ou características paradigmáticas, trata-sede uma pesquisa mista
de natureza qualiquantitativa, pois os dados são uma mistura de variáveis,
palavras e imagens (EVÊNCIO et al., 2019).
No que tange ao tipo de pesquisa quanto a natureza, podem ser
divididas em pesquisa básica (ou fundamental) ou aplicada. A pesquisa básica
examina os princípios básicos e as razões pelas quais certos eventos,
processos ou fenômenos ocorrerem. Também é chamada de pesquisa teórica.
O estudo ou a investigação de fenômenos naturais ou científicos é conhecido
como pesquisa fundamental ou básica. Esses estudos, em geral, podem não
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ser imediatamente aplicáveis. Não trata de nenhuma questão prática de


interesse imediato, mas tem um caráter original ou simples (CRISTIANE,
2014).
A pesquisa básica provê uma visão sistemática e aprofundada de um
problema para facilitar a extração de explicações, conclusões científicas e
coerentes e para ajudar a abrir novas fronteiras do conhecimento. Os
resultados deste estudo formam a base de muitos estudos aplicados. O
objetivo é buscar a opinião geral, visa elementos básicos do processo,tenta
explicar por que as coisas acontecem, tentando obter todos os fatos (SITTA et
al., 2010).
A pesquisa aplicada, por outro lado, resolve algumas das conjecturas e
princípios que são conhecidos e aceitos na comunidade acadêmica. Tal
pesquisa constitui uma grande parte da pesquisa experimental, estudos de
caso e pesquisa interdisciplinar, e também pode ser útil para a pesquisa básica.
Nesse contexto, a pesquisa que apresenta resultados por aplicação imediata
pode ser chamada de pesquisa aplicada. Esta investigação é de utilidade
prática para a atividade atual, citando como exemplos de usos: estudo de
casos particulares ou individuais sem a intenção de generalização; Sinalizar
qualquer variável que destaca a diferença desejada; Procurar alguns fatores
que podem ser mudados; Corrigir fatos problemáticos; Apresentar relatórios em
uma linguagem comum (CRISTIANE, 2014).
Quanto ao tipo de pesquisa em relação aos objetivos, pode ser
classificada como, exploratória, descritiva ou explicativa. A pesquisa
exploratória permite a exploração de fenômenos, pessoas ou grupo de
pessoas, ajudando o pesquisador a entender melhor o que está sendo
investigado, a testar a viabilidade de uma investigação ou a determinar os
melhores métodos a serem usados em um estudo. Por esses motivos, tem um
escopo amplo e raramente pode fornecer respostas definitivas para questões
de pesquisa específicas. Seu objetivo é identificar questões-chave e variáveis-
chaves (SITTA et al., 2010; GARCES, 2010).
A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as
características de uma determinada população ou fenômeno, ou estabelecer
relações entre variáveis (EVÈÊCIO et al., 2019). A pesquisa explicativa, por sua
vez, tem como principal temática a compreensão ou interpretação, por meio de
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análises que utilizam correlações para estudar as relações entre as


características de indivíduos, grupos, situações ou eventos. Esse tipo de
pesquisa, como o nome sugere, sempre vai explicar algo (GARCES, 2010).
Quanto aos tipos de pesquisa de acordo com os procedimentos, estes
podem ser classificados como experimental, bibliográfica, documental, de
campo, ex post facto, levantamento, com survey, estudo de caso, participante,
pesquisa-ação, etnográfica e etnometodológica, entre outras (WILL, 2012).
A pesquisa-ação estabelece fatos para ajudar a melhorar uma certa
qualidade de ação perante à sociedade. A investigação guiada usa relatórios
que se concentram em melhorar, resolver ou evitar um problema de pesquisa
centrado na pergunta "Como um determinado problemas pode resolvido ou
coibido?". A pesquisa de classificação visa dividir unidades em grupos para
mostrar diferenças e explicar relacionamentos. A pesquisa comparativa
identifica semelhanças e diferenças entre as unidades em todos os níveis. O
propósito da pesquisa causal é estabelecer relações causais entre variáveis.
Um estudo de teste teórico visa testar a validade da unidade. A pesquisa
teórica serve para definir e definir teorias (FREITAS et al. 2000; WILL, 2012).
Além disso, a pesquisa longitudinal coleta dados em diferentes
momentos e seus estudos podem assumir as seguintes formas: 1. Estudo de
tendências, onde são analisadas as características da população ao longo do
tempo, por exemplo: taxa de absenteísmo da organização anual. 2. Estudos
transversais que mapeiam subconjuntos da população ao longo do tempo,
como taxas de absenteísmo no departamento de vendas, e estudos
transversais que acompanham uma amostra ao longo do tempo (WILL, 2012).
Embora estudos longitudinais sejam muitas vezes mais demorados e
caros do que estudos transversais, eles são mais propensos a identificar
relações causais entre variáveis (BORDAL, 2006). Na pesquisa transversal, os
dados são coletados uma vez durante um período de dias, semanas ou meses.
Muitos desses estudos foram de natureza exploratória ou descritiva. Ele é
projetado para mostrar que as coisas funcionam. como você se sente agora
sem saber que era uma história ou tendência na época (BORDAL, 2006).
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3.2 ESTRUTURA DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA

Uma pesquisa científica, em geral, apresenta uma estrutura padronizada


que inclui a escolha do tema,o desenvolvimento e implementação do projeto,
organização de materiais coletados,análise e discussão dos resultados e
elaboração do relatório final e divulgação de Resultados (LAKATOS;
MARCONI, 2003).
Em geral, pesquisadores iniciantes confundem as etapas de um estudo
científico com o desenvolvimento de um projeto de pesquisa, ou seja,
confundem protocolo com projeto. O projeto de pesquisa é apenas um
componente do projeto de pesquisa, devendo ser bastante abrangente e
composto por vários documentos, incluindo o próprio projeto de pesquisa. O
protocolo de pesquisa é o documento no qual serão antecipadas todas as
etapas do desenvolvimento da pesquisa,é a ferramenta utilizada pelo
pesquisador para solicitar recursos financeiros e também um guia prático para
organizar a pesquisa de forma lógica e eficiente (CIRIBELLI, 2003).
Segundo Cervo e Bervian (2002), o projeto de pesquisa, por sua vez, é
um documento mais restrito, no qual serão descritos todos os procedimentos
que serão realizados na aplicação do método escolhido no orçamento da
pesquisa, os quais devem estar explicitados no protocolo. O projeto deve
conter as diferentes fases da aplicação do método, embora também possa
conter partes comuns com o protocolo, como a revisão da literatura, os
objetivos, etc. Então, de forma resumida, pode-se dizer que o protocolo se
encarrega do planejamento da pesquisa, enquanto o projeto se encarrega de
sua execução.
Assim, para realizar uma pesquisa com o rigor científico exigido pelo
método, pressupõe-se que o pesquisador deve escolher um tema de sua
escolha, definir o problema a ser estudado, desenvolver um plano de trabalho
coerente e, após a execução desse plano, compilar e analisar os resultados
obtidos e redigir um relatório final, que deverá ser escrito de forma bem
planejada, lógica e conclusiva.
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4.1 ETAPAS DO TRABALHO ACADÊMICO

Geralmente, um trabalho de cunho acadêmico deve seguir algumas


etapas importantes para que seja considerado como tal, sendo dividido em
partes externas e internas. As partes internas são subdivididas em pré-textuais,
textuais e pós-textuais, seguindo uma sequência de elementos obrigatórios e
opcionais que precisam ser considerados (PÁDUA, 2004).
As partes externas são a lombada e a capa, sendo que a lombada é
obrigatória em documentos impressos, sendo a parte que identifica o autor,
título e ano do trabalho elaborado. A capa também é um elemento obrigatório e
deve conter a identificação do trabalho, contendo informações como: nome da
instituição de ensino, nome completo do autor, título do trabalho (que deve ser
claro e preciso), subtítulo, se houver, devendo ser evidenciada a sua
subordinação ao título, utilizando-se os dois pontos, o local onde se encontra a
instituição para qual o trabalho está sendo apresentado e a data, informando o
ano de entrega do trabalho final (CERVO; BERVIAN, 2002).
A respeito das partes internas, os elementos pré-textuais são compostos
pela folha de rosto, que é obrigatória, e deve conter os mesmos elementos
informados na capa, acrescentando-se informações complementares que são
relevantes para a identificação do trabalho. Já no verso, insere-se a ficha
catalográfica, que consiste na descrição dos dados referentes à publicação
(CERIBELLI, 2003).
A errata é um elemento opcional, sendo definida como uma lista com o
número das folhas e linhas em que há erros, com as devidas correções. Em
geral, é apresentada em papel avulso, acrescentada ao trabalho depois que ele
foi impresso, devendo ser inserida logo após a folha de rosto (LAKATOS;
MARCONI, 2003).
A folha de aprovação é considerada obrigatória, devendo conter a data
de aprovação, os nomes completos, titulação e instituição dos membros da
banca examinadora e a assinatura dos mesmos. É preciso que uma folha
original da folha de aprovação seja preparada para o dia da banca, pois, após
realizada, deverá ser devidamente preenchida e digitalizada para que possa
ser inclusa na versão eletrônica (WILL, 2012).
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A dedicatória e os agradecimentos são elementos opcionais, podendo


ser realizadas de acordo com os critérios do autor, não havendo uma
padronização específica a respeito deles, no entanto, caso haja dedicatória,
não deve conter o título, somente a parte de agradecimentos permanece com o
título. A epigrafe também é opcional, trata-se de uma citação, seguida da
indicação de autoriza, que tenha relação com o tema do trabalho. Caso seja
informada, deverá conter a referência completa da fonte, devendo ser
informada na lista de referências ao final do trabalho (WILL, 2012).
O resumo em língua portuguesa é elemento obrigatório, sendo uma
apresentação concisa, clara e resumida do texto em português, destacando os
aspectos de maior interesse e importância. Deve enfatizar os objetivos,
métodos, resultados e conclusões do trabalho.Não deve exceder 500 palavras
e deve ser redigido de forma impessoal.O resumo é escrito em bloco único,
sem entrada de parágrafo, com espaçamento entre linhas de 1,5. Ao final do
resumo devem ser incluídas as palavras-chave estabelecidas pelo autor e
separadas por um ponto ou por ponto e vírgula.A elaboração do resumo deve
estar de acordo com as normas ABNT em vigor (LAKATOS; MARCONI, 2003).
O resumo em língua estrangeira também é obrigatório, sendo definido
como a tradução para uma língua estrangeira do resumo em português. Ao
final do resumo devem ser incluídas as palavras-chave determinadas pelo
autor e traduzidas para o idioma escolhido. O resumo em língua estrangeira
deve seguir as mesmas normativas de apresentação do resumo em português
(CIRIBELLI, 2003).
A lista de ilustrações ou figuras é opcional e contém imagens,
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas e diagramas com
nome específico e número, seguido de travessão, o título e a página onde se
encontra a ilustração.Recomenda-se listar itens apenas se houver pelo menos
três ilustrações (PÁDUA, 2004).
A lista de tabelas também é opcional, devendo ser apresentadas na
ordem em que aparecem no texto, informando o número seguido de um hífen,o
título e a página onde as tabelas estão localizadas. Esta lista deve ser criada
separadamente de outras listagens. É aconselhável apresentar listas apenas
se houver pelo menos três tabelas. As tabelas expostas em apêndices e
anexos não estão incluídas na lista de tabelas (WILL, 2012).
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A listagem de abreviaturas e siglas é elemento opcional, sendo definida


como uma lista alfabeta de abreviações e siglas colocadas no texto. Uma
abreviatura consiste em mostrar o nome através de sua redução e uma
abreviatura é uma representação de um nome composta por iniciais
(CRISTIANE, 2014).
A lista de símbolos é opcional, em que constam marcas, emblemas, etc.,
que possuem um significado convencional. Deve ser elaborado de acordo com
a ordem em que os símbolos aparecem no texto seguidos de seu significado
(SITTA et al., 2010).
Já o sumário é considerado elemento obrigatório em trabalhos
acadêmicos, pois é uma lista que contém as principais divisões do trabalho na
ordem em que aparecem no texto.O formato utilizado nos títulos deve ser o
mesmo utilizado no texto no que diz respeito ao tipo de fonte, tamanho e
destaque. É aconselhável apresentar somente até a divisão terciária do
trabalho (GARCES, 2010).
Sobre a parte textual, contém a introdução, o desenvolvimento e a
conclusão. Na introdução, devem ser informados os objetivos do estudo e o
método de pesquisa utilizados. Este é o primeiro capítulo da obra e deve ser
numerado. Recomenda-se escrever a introdução durante o desenvolvimento do
trabalho, e, por fim, finalizar a redação após o término da elaboração do
desenvolvimento e da conclusão(GARCES, 2010).
A respeito do desenvolvimento do trabalho, é um texto que introduz e
desenvolve um tema. Consiste em uma sequência e uma apresentação
detalhada do assunto, sendo dividido em seções e subseções.Todas as seções
e subseções devem conter texto. Os títulos não devem ficar sem um texto
específico (SITTA et al., 2010).
A conclusão é a parte que sintetiza os objetivos do trabalho e o escopo
pretendido, os resultados alcançados e em que nível. É apresentada uma
conclusão que tenha relação e que responda aos objetivos ou hipóteses. Esta
parte do trabalho também deve ser numerada (GARCES, 2010).
Os elementos pós-textuais, em geral, dizem respeito às referências,
glossário, apêndices, anexos e índice. Esses elementos não são numerados e
todos os títulos devem ser centralizados.
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As referências, por sua vez, devem ser informadas obrigatoriamente,


contendo a descrição dos elementos que permitem identificar livros,
dissertações, trabalhos de conclusão, artigos de periódicos, páginas da
internet, documentos eletrônicos, capítulos de livros, trabalhos apresentados
em eventos, etc., em que os autores tenham sido citados em parte do seu texto
ou ideias citadas direta ou indiretamente no texto (PÁDUA, 2004).
O glossário é uma parte não obrigatória, sendo uma lista, em ordem
alfabética, de palavras ou expressões técnicas, pouco conhecidas, obscuras ou
de uso restrito com suas respectivas definições(WILL, 2012).
O apêndice é opcional, trata-sede um adendo, que pode ser um texto ou
documento que o autor produz para fundamentar sua argumentação. As
formações são precedidas pela palavra APÊNDICE indicada em letras
maiúsculas sucessivas, traços e títulos adequados, mesmo que haja apenas
um apêndice (WILL, 2012).
Os anexos são opcionais, sendo textos ou documentos retirados de
outras fontes que têm a finalidade de embasar, comprovar ou ilustrar as ideias
apresentadas no corpo do trabalho. Deve ser indicado pela palavra ANEXO,
identificada por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos títulos
respectivos, mesmo que haja apenas um anexo (CRISTIANE, 2014).
O índice, por fim, é opcional e se trata de uma listagem de palavras ou
frases remissivas do texto, que podem ser de autores, assuntos, palavras-
chave, etc. Deve ser elaborado seguindo as normas da ABNT
vigentes(CRISTIANE, 2014).
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5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa científica visa encontrar respostas para questões específicas


sobre as quais não há informações específicas. Para o desenvolvimento é
necessário realizar todos os procedimentos, estruturar e respeitar as fases do
protocolo. Compreender os diferentes tipos de pesquisas e suas classificações,
escolher e combiná-los melhor para a questão e os objetivos do estudo são
fundamentais para o sucesso da realização da pesquisa científica.
Por isso, é importante que o pesquisador tenha um conhecimento prévio
da teoria que para auxiliá-lo na hora de extrair os dados, pois os tipos de
pesquisa são abordagens práticas que possibilitam fazer a ligação entre o
referencial teórico e a realidade empírica. Quando esse tipo de conexão está
longe de bases indiscutíveis garantidas pela intransigência metodológica e
científica, ela se apóia em pilares teóricos no contexto global, no qual organiza
diferentes fontes de conhecimento e permite a criação ainda que
temporariamente, de novas aprendizagens.
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REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileiras de Normas Técnica. Sobre a ABNT. 2022.


Disponível em: https://www.abnt.org.br/normalizacao/normas-publicadas.
Acesso em: 28 mai. 2023.

ARAGÃO, J. Introdução aos estudos quantitativos utilizados em pesquisas


científicas. Revista Práxis, ano III, n. 6, ago. 2011.

BORDAL, A. A. Estudo transversal e/ou longitudinal.Rev. Para. Belém, v.20,


n.4, dez. 2006.

CRISTIANE, M. M. Abordagens e procedimentos qualitativos: implicações para


pesquisas em organizações.Revista Alcance, v. 21, n. 2, p. 324-349, abr./jun.
2014.

CERVO Amado Luiz; BERVIAN Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed.


São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CIRIBELLI, Marilda Corrêa. Como elaborar uma dissertação de Mestrado


através da pesquisa científica. Marilda Ciribelli Corrêa, Rio de Janeiro: 7
Letras, 2003.

EVÊNCIO, K. M. M, et al. Dos Tipos de Conhecimento às Pesquisas


Qualitativas em Educação; Id on Line Rev. Mult. Psic.,v.13, n. 47, p. 440-452,
out./2019.

FREITAS, H, et al. O método de pesquisa Survey; Revista de administração,


São Paulo, v. 35, p. 105-112, jul./set. 2000.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São


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GARCES, S. B. B. Classificação e Tipos de Pesquisas. Universidade de


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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

OLLAIK, L. G; ZILLER. H. M. Concepções de validade em pesquisas


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PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa:


Abordagem teórico-prática/Elisabete Matallo Marchesini de Pádua. 10. ed.
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SITTA. E. I et al. A contribuição de estudos transversais na área da linguagem


com enfoque em afasia. Rev. CEFAC, São Paulo. vol.12, no.6. nov./dec. 2010.

WILL, D. E. M. Metodologia da pesquisa científica. Livro digital. 2. ed.


Palhoça. Unisul Virtual, 2012.

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