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Reconhecimento Contabilístico de Devolução de Mercadorias

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1 Índice
1. Capitulo – I Introdução........................................................................................................4

1.1. Objectivos........................................................................................................................4

1.1.1. Geral.............................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................................4

1.2. Metodologia.....................................................................................................................4

2. Capitulo – II Desenvolvimento............................................................................................5

2.1. Reconhecimento Contabilístico de Devolução de Mercadorias......................................5

2.1.1. Perspectivas gerais.......................................................................................................5

2.2. Devolução de mercadorias compradas.............................................................................5

2.3. Devolução de mercadorias vendidas................................................................................6

2.4. Registro das devoluções...................................................................................................6

2.5. Avaliação dos estoques e do CMV/CPV..........................................................................7

2.6. Classificação contábil do prejuízo na devolução de mercadorias em período posterior a


venda …………………………………………………………………………………………..8

2.7. Frete na devolução...........................................................................................................9

2.8. Empresa que não mantêm controles permanentes de estoques........................................9

2.9. Devolução de Mercadorias e o Reflexo nas Organizações............................................10

I. A política de estocagem.....................................................................................................11

3. Capitulo III Considerações finais......................................................................................13

4. Referências bibliográficas.................................................................................................14

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O presente trabalho de pesquisa tem como finalidade Compreender a Educação Profissional
em Moçambique. Sendo assim, a Devolução de Mercadorias tem por objectivo anular todos
os efeitos de uma operação anteriormente praticada, inclusive os contábeis e tributários. Deste
modo, na devolução, o destinatário (cliente) recebe a mercadoria e/ou produto e
posteriormente a devolve ao remetente (fornecedor ou vendedor), em virtude de
irregularidades constatadas nas mercadorias ou mesmo nas condições negociadas. Na prática,
a operação de devolução é muito utilizada para corrigir distorções decorrentes de pedidos de
compra e/ou venda emitidos errados.
No entanto, o trabalho encontra – se estruturado em três capitulo, o primeiro estágio do
trabalho compreende o capitulo introdutório na qual temos a introdução do trabalho que nos
dará as balizas a relevância do tema de pesquisa e, os objectivos que nos leva a compreender
os fins da pesquisa pôr fim a sua metodologia na qual contempla a tipologia usada para a
investigação. O capítulo seguinte apresenta consigo o referencial teórico, onde os aspectos
concernentes ao tema serão abordados com base em conteúdos obtidos de diversas fontes de
autores, que serviram de base para o sustento do estudo. No entanto, por fim temos o capítulo
três da onde está apresentada a parte conclusiva da pesquisa e as respectivas revisões
bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender o Reconhecimento Contabilístico
de Devolução de Mercadorias nas operações de compras e vendas.

1.1.2. Específicos
 Definir o termo devolução de Mercadorias;
 Descrever os enfoques da devolução de Mercadorias;
 Apontar a classificação contábil do prejuízo na devolução de mercadorias em período
posterior a venda.

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CAPITULO II: METODOLOGIA
Esse capítulo é reservado para a descrição dos processos metodológicos, usados para o
desenvolvimento da presente pesquisa. De acordo com GALLIANO (1986) a metodologia
corresponde aos procedimentos que serão utilizados para a realização do trabalho, bem como
o uso dos mecanismos de resolução das questões específicas do trabalho como se deve
resolver uma questão.
O presente estudo, visa contribuir para o desenvolvimento do conhecimento científico, usando
para tal o método científico como base para a realização do mesmo. Segundo GALLIANO
(1986, pg. 19) “o conhecimento científico resulta da investigação metódica, sistemática, da
realidade. Ele transcende os fatos e os fenómenos em si mesmos, analisa-os para descobrir
suas causas e concluir as leis gerais que os regem”.
2.1. Tipo de pesquisa
Para se desenvolver uma determinada pesquisa, é necessário entender o que é uma pesquisas e
como classificar a mesma, nessa perspectiva, GIL (2008) define a pesquisa, como “o processo
formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objecto fundamental da
pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos
científicos”. Para elaboração da presente pesquisa, foram usados os seguintes métodos:
 Qualitativa
Segundo ANDRADE (2007), pesquisa qualitativa esta relacionada ao levantamento de dados
sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar determinados comportamentos, a
opinião e as expectativas dos indivíduos de uma população.
 Quantitativo
Esse tipo de estudo caracteriza-se pelo uso de ferramentas estatísticas para o tratamento dos
dados, visando medir as relações existentes entre variáveis, que por sua vez são previamente
estabelecidas, à semelhança das hipóteses. (ANDRADE, 2007)
2.2. Método de abordagem
Segundo GIL (2008), os métodos de abordagens buscam a relação entre o campo teórico e o
campo empírico. Os métodos de abordagens possuem um carácter mais geral e fornecem as
bases lógicas do raciocínio que norteiam o desenvolvimento da pesquisa científica. No
presente estudo, foi aplicado o método hipotético-dedutivo, que foi a base usada para
elaboração de hipóteses, estabelecidas previamente e cuja validação ou refutação constituíram
os principais alicerces para o alcance das conclusões do trabalho.

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2.3. Método de procedimento
Os métodos de procedimento, também chamados de específicos ou discretos, estão
relacionados com os procedimentos técnicos a serem seguidos pelo pesquisador dentro de
determinada área de conhecimento (GIL, 2008). Para o presente trabalho, foram usados os
seguintes métodos:
Método Estatístico – representa a redução de fenómenos sociológicos, políticos, económicos
e outros em termos quantitativos, e a manipulação estatística, que permite comprovar as
relações dos fenómenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou
significado (MARCONI E LAKATOS, 2003, pg. 108).
Método monográfico – método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos,
profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter
generalizações. (MARCONI E LAKATOS, 2003, pg. 108).
2.4. Técnicas e instrumentos de investigação
As técnicas e instrumentos de investigação implementados na realização da pesquisa são:
Técnica de Entrevista – de acordo com MARCONI E LAKATOS (2003, pg. 276) Entrevista
é o acto de natureza interactiva que permite tratar assuntos complexos, que dificilmente
poderiam ser investigados adequadamente através de questionários, explorando-os em
profundidade.
Técnica de questionário – serviu de material para suprir o referencial teórico e de guia para o
desenvolvimento das hipóteses, pergunta de pesquisa e outros componentes pré-textuais do
trabalho.
2.5. População e Amostra
Segundo GIL (2008), população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características. Comummente fala-se de população como referência ao total de
habitantes de determinado lugar.
Ainda para GIL (2008), Amostra é um subconjunto da população, por meio pelo qual se
estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população.
2.6. Tipo de Amostragem
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003, p.112), a amostra intencional apresenta-se
como representativa do universo. Entende-se por sujeito-tipo aqueles que representam as
características típicas de todos os integrantes que pertencem a cada uma das partes da
população. A amostragem aleatória é um método de selecção dos elementos da amostra, em
cada um deles tem uma probabilidade igual (e não nula) de ser seleccionada do universo.

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CAPITULO III: REVISÃO DA LITERATURA
3.1. Reconhecimento Contabilístico de Devolução de Mercadorias
Segundo CRAVO e DOMINGOS (2000), a Devolução de Mercadorias tem por objectivo
anular todos os efeitos de uma operação anteriormente praticada, inclusive os contábeis e
tributários. Deste modo, na devolução, o destinatário (cliente) recebe a mercadoria e/ou
produto e posteriormente a devolve ao remetente (fornecedor ou vendedor), em virtude de
irregularidades constatadas nas mercadorias ou mesmo nas condições negociadas.
Na prática, a operação de devolução é muito utilizada para corrigir distorções decorrentes de
pedidos de compra e/ou venda emitidos errados, erros esses, que vão desde os dados da
empresa até às mercadorias comercializadas (quantidade, qualidade insatisfatória, tipo de
mercadoria, preço, demora na entrega, etc.).
Ainda para CRAVO e DOMINGOS (2000), contabilisticamente, a devolução pode ser
analisada sob 2 (dois) enfoques totalmente diferentes, quais sejam:
a) No ângulo do cliente que está efectivamente devolvendo as mercadorias ou;
b) No ângulo do fornecedor que irá receber as mercadorias em devolução.
Conforme ROBLES (2009), o registo de estoques pode ser feito em livros, fichas ou
formulários contínuos emitidos por sistema de processamento de dados, cujos modelos são de
livre escolha da empresa.
No caso de recebimento de devolução de clientes, na ficha de estoque, por exemplo existem
para fins de controle as colunas referentes a data, histórico, entradas de mercadorias, saídas, e
saldos. Assim, nessa ficha, o retorno das mercadorias recebidas de clientes, devem ser
registradas pelo valor baixado anteriormente, na coluna "saídas", porém com valores
negativos (ROBLES, 2009).
De acordo com BEUREN (2014), ressalte-se que não devem portanto, serem registradas na
coluna "entradas", pois deve ser demonstrada na ficha que esse retorno da mercadoria é uma
espécie de estorno da saída anterior. Consequentemente, a soma dos valores totais das
entradas será igualada às "Compras" na contabilidade, e a soma dos valores totais das saídas
será igual ao Custo das mercadorias vendidas.

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3.2. Devolução de mercadorias compradas
Na hipótese da letra "a", a qual é comumente chamada de "devolução de mercadorias
compradas", as mercadorias devolvidas deverão ser baixadas do estoque do cliente, tendo
como base uma Nota Fiscal de Devolução por ele emitida especificamente para esse fim, é
através desse documento fiscal, inclusive, que os tributos por ventura creditados serão
anulados na escrituração fiscal, (ROBLES, 2009).
No que se refere à escrituração, essa Nota Fiscal deverá ser lançada no Livro Registro de
Saídas (LRS) e no Livro Registro de Controlo da Produção e do Estoque (LRCPE), Modelo 3,
do estabelecimento emitente (cliente) a fim de atender as legislações do ICMS e/ou do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Contabilmente, as mercadorias devolvidas
deverão ser baixadas do estoque mediante lançamento no Livro Diário (a crédito da conta
"Estoques (AC) ").
Registra-se, ainda, que essa Nota Fiscal servirá para acompanhar as mercadorias e/o produtos
até o estabelecimento do fornecedor.

1.2. Devolução de mercadorias vendidas

Segundo, COSTA; ALVES, (1996), Já na hipótese da letra "b", a qual é comumente chamada
de "devolução de mercadorias vendidas", as mercadorias devolvidas deverão dar entrada no
estoque do fornecedor/vendedor, tendo como base a Nota Fiscal de Devolução emitida pelo
cliente. Fiscalmente, esse documento deverá ser escriturado no Livro Registro de Entradas
(LRE) e no LRCPE do estabelecimento fornecedor.

Contabilmente, as mercadorias recebidas em devolução deverão dar entrada no estoque do


fornecedor mediante lançamento no Livro Diário (a débito da conta "Estoques (AC) ").

Importante nosso leitor ter em mente que, quando tratamos da devolução de mercadorias
vendidas, deve-se atentar para o método de avaliação dos estoques e do "Custo das
Mercadorias Vendidas (CMV) " para que se possam retornar as mercadorias ao estoque pelo
valor originalmente baixado. Tratando-se de estabelecimento industrial, ao invés de CMV
teremos o "Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ", (COSTA; ALVES, 1996).

É exactamente a operação de "devolução de mercadorias vendidas" que analisaremos no


presente Roteiro de Procedimentos, ou seja, veremos o tratamento contábil a ser dado à

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devolução sob o ângulo (enfoque) da empresa que receber as mercadorias em devolução
(fornecedor ou vendedor). Para tanto, utilizaremos como base de estudo os princípios e
normas contábeis aceitos actualmente no Brasil, bem como, pelas regras de classificação de
contas contábeis trazidas.

1.3. Registo das devoluções

O registo de estoques pode ser feito em livros, fichas (Kardex) ou formulários contínuos
emitidos por sistema de processamento de dados, cujos modelos são de livre escolha da
empresa. No caso de recebimento de devolução de clientes, na ficha de estoque, por exemplo
existem para fins de controlo as colunas referentes a data, histórico, entradas de mercadorias,
saídas, e saldos, (MONTEIRO, 1960).

Assim, nessa ficha, o retorno das mercadorias recebidas de clientes, devem ser registradas
pelo valor baixado anteriormente, na coluna "saídas", porém com valores negativos (entre
parênteses). Ressalte-se que não devem portanto, serem registradas na coluna "entradas", pois
deve ser demonstrada na ficha que esse retorno da mercadoria é uma espécie de estorno da
saída anterior. Consequentemente, a soma dos valores totais das entradas será igualada às
"Compras" na contabilidade, e a soma dos valores totais das saídas será igual ao "Custo das
mercadorias vendidas".

1.4. Avaliação dos estoques e do CMV/CPV

De acordo com BEUREN, (2014), as empresas tributadas pelo Lucro Real, Presumido ou
optantes pelo Simples Nacional deverão promover o levantamento e a avaliação dos seus
estoques, sendo que:
a. As mercadorias, as matérias-primas e os bens em almoxarifado serão avaliados pelo
custo de aquisição; e
b. Os produtos em fabricação e os produtos acabados serão avaliados pelo custo de
produção.

No que se refere à avaliação pelo custo de produção o contribuinte que mantiver sistema de
contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar
os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados.

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Ainda de acordo com o BEUREN, (2014), o valor dos estoques existentes na data do
encerramento do período de apuração poderão ser avaliados pelo custo médio ponderado (de
aquisição ou produção) ou pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente
(FIFO ou PEPS), admitida, ainda, a avaliação com base no preço de venda, subtraída a
margem de lucro.

O método mais adoptado é a avaliação do estoque pelo custo médio de aquisição, apurado em
cada entrada de material, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas anteriormente
existentes. As empresas que adoptam esse método de avaliação utilizam, por via de
consequência, controles permanentes de estoques.

Ao tratarmos da devolução de mercadorias vendidas, é muito importante nos atentarmos para


o método de avaliação dos estoques e do CMV (ou CPV, no caso de estabelecimento
industrial) para que se possam retornar as mercadorias ao estoque pelo valor originalmente
baixado.

Finalizamos esse capítulo pedindo licença para comentar que o presente Roteiro de
Procedimentos foi escrito pela Equipe Técnica da Valor Consulting. Nossa consultoria dispõe
de uma equipe qualificada para lhe auxiliar nas diversas questões que envolvem o mundo
contábil e tributário, assim, caso necessitem terceirizarr (BPO) qualquer rotina das suas
actividades administrativas não exite em entrar em contacto connosco, será um prazer tê-lo
como cliente, (BEUREN, 2014).

As mesmas qualidades que aplicamos ao escrevermos todo o material publicado, também são
aplicadas no desenvolvimento dos trabalhos de BPO e consultoria contábil e tributária.

Nota Valor Consulting


Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da
escrituração aquele:
a. Apoiado em valores originados da escrituração (matéria-prima, mão-de-obra directa,
custos gerais de fabricação);
b. Que permite a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de
matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;

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c. Apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou
rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da
escrituração principal; e
d. Que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de
apropriação de resultados de acordo com os custos efectivamente incorridos.

1.5. Classificação contábil do prejuízo na devolução de mercadorias em período


posterior a venda

Para FISCOSOFT (2012), as devoluções recebidas em período base posterior ao da realização


da venda não devem ser registradas como dedução das vendas relativas ao período em curso,
mas em "Conta de Resultado", pois a conta que registrou a receita correspondente às vendas
devolvidas foi encerrada por ocasião do balanço do período anterior.
A conta poderá denominar-se "Prejuízo na devolução de vendas de exercício anterior", e não
comporá o lucro bruto do exercício social em que ocorreu a devolução.

Assim, por exemplo, nas devoluções de mercadorias no ano de 2011, referentes às vendas
realizadas no ano de 2010, sua melhor classificação é como Despesa Operacional do ano em
que ocorreu a devolução.

Tal classificação se justifica por esse prejuízo não estar caracterizado como ajuste de
exercícios anteriores, pois não houve erro no exercício anterior, mas sim um fato novo não
previsível, e também porque a devolução de mercadorias faz parte das actividades normais da
empresa, não justificando então considerar o prejuízo como não operacional, (FISCOSOFT,
2012). Efectuando o lançamento conforme exposto, o estoque foi acertado e na ficha de
controlo fica como se a devolução de venda tivesse ocorrido no mesmo exercício. Nesse caso,
cabe a observação especial de se tratar de devolução de venda do exercício anterior.

1.6. Frete na devolução

De acordo com, MACHADO, José Rita (1983), pode ocorrer de o fornecedor (vendedor) ter
que arcar com o frete em função da devolução, principalmente quando deu causa à mesma.
Nesta hipótese, os fretes contratados para retornar a mercadoria à empresa vendedora deverão
ser tratados com despesa operacional do exercício social em que forem incursos,

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independentemente de se referirem às devoluções relativas a vendas efectuadas no próprio
exercício ou em exercício anterior.

Registra-se que não adicionar o frete ao custo do estoque como ocorre com as compras é
totalmente justificável, tendo em vista que nas compras ocorre essa adição a fim de ajustar o
custo de aquisição ao seu valor completo até se ter a mercadoria em condições de venda.

Já o frete relativo à devolução, não há que se falar em adição, tendo em vista que a
mercadoria já estava anteriormente em condições de venda. Em outras palavras, esses gastos
adicionais (fretes) são necessários apenas para voltar a uma situação anterior, e não para se ter
uma situação nova.

1.7. Empresas que não mantêm controlos permanentes de estoques

No que se refere às empresas que não mantêm controlo individualizado e permanente dos
estoques, elas não poderão adoptar o critério de avaliação de estoque com base no custo
médio. Na verdade, elas deverão utilizar o inventário existente na data do encerramento do
exercício social e avaliar o estoque pelo preço das últimas compras, líquido dos tributos
recuperáveis e acrescido dos gastos complementares incorridos para a colocação das
mercadorias e/ou produtos no seu estabelecimento, (MACHADO, 1983).

Assim, para as empresas que só dão baixa nos estoques vendidos por ocasião do levantamento
do Balanço Patrimonial (BP) anual, na hipótese de devolução de mercadorias vendidas dentro
do exercício social, não cabe o acerto quanto ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), que
será ajustado no inventário final.

Neste momento, serão inventariadas todas as mercadorias existentes no estoque, inclusive as


recebidas a título de devolução, cuja avaliação obtém-se o Custo das Mercadorias Vendidas
(CMV) de acordo com a seguinte fórmula:

 CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final

Após tal procedimento, o CMV, estará automaticamente ajustado conforme as mercadorias


devolvidas ao estoque dentro do exercício social.

1.8. Devolução de Mercadorias e o Reflexo nas Organizações

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Segundo a VALOR CONSUTING (2020), pode ocorrer do fornecedor repor as mercadorias
devolvidas, arcando ainda com os respectivos gastos complementares. Nesta situação, os
gastos complementares correspondentes as mercadorias devolvidas deixam, temporariamente
de compor o estoque, desde a data da saída da devolução até a data da reentrada da
mercadoria reposta.
Neste caso, quando se da reentrada da mercadoria, os gastos complementares originais
deverão ser agregados ao custo do estoque da mercadoria reposta.
Independentemente do produto comercializado, os gastos com equipamentos, matéria-prima e
funcionários, influenciam directamente nos custos totais da empresa. Por isso, é comum que
empresários busquem sempre métodos de produção e parcerias cada vez mais efectivas que
possibilitem manter a organização em equilíbrio.

Segundo COMPUTAR (2020), nesse cenário, conhecer a fundo o significado e a finalidade de


cada custo dos produtos é fundamental para realizar a adequada Gestão de Estoque e Gestão
Financeira, identificando as melhores estratégias de preço e de estoque e, ainda, evitando
prejuízos. Dentre os conceitos mais importantes estão o custo médio e o custo de reposição. O
custo médio tem por finalidade a valorização contábil do estoque e apuração de resultados da
empresa.

Segundo VALOR CONSUTING (2020), caso a empresa que está devolvendo as mercadorias
(cliente) arque com o serviço de transporte (frete) para o envio das mesmas ao fornecedor, o
valor desse frete deverá ser tratado como despesa operacional no período em que ocorreu a
devolução. Isso se deve ao simples fato de que na operação de devolução retiramos o valor da
mercadoria do estoque, assim, todos os gastos necessários para se fazer a devolução não têm
mais relação com a formação do custo desse mesmo estoque. A contabilização dos tributos
incidentes sobre o frete no que se refere ao ICMS incidente sobre o frete, existem Estados em
que o imposto estadual incidente sobre o serviço de transporte de mercadorias destinadas a
revenda sujeita-se ao regime Jurídico de Substituição Tributária (ICMS-ST), como no estado
de São Paulo, e outros nos quais o valor do ICMS está incluso no conhecimento de transporte
de cargas ou na factura, conforme o caso.

Segundo ROBLES (2009), as reclamações, procura-se acumular todos os custos e despesas


relacionadas às reclamações dos clientes. Esses custos e despesas também podem estar
associados à garantia assegurada aos produtos vendidos. Porém pode-se ter reclamações de

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clientes após o transcorridos os prazos de garantia, dependendo de a decisão empresarial ou
comercial assumir os encargos dos reparos autorizados após o prazo da garantia.

I. A política de estocagem

Para PADOVEZE (2010), a política de estocagem para muitas as empresas, o estoque de


produtos acabados é estratégico. O negócio da empresa é ter produtos acabados à mão, para
pronto atendimento ao cliente. Esse tipo de estratégia é conforme o conceito financeiro de
menor investimento em capital de giro. Deve-se sempre buscar o mínimo investimento de
capital de giro e, desse modo, também em estoques, sejam eles de produtos acabados,
intermediários ou de materiais. Em outras palavras, se para algumas empresas é estratégico ter
sempre estoque de produtos acabados, esse volume estratégico disponível deverá ser sempre o
menor possível, normalmente, a política de estocagem de produtos acabados é traduzida em
dias de vendas, por tipo de produto.

A empresa tem informações e experiencia que permitem fixar qual deve ser o estoque mínimo
a se manter para o atendimento às vendas. Além disso, deve ser incorporada a eventual
mudança de política de estocagem, seja para maior ou para menor. Há a possibilidade de a
empresa desejar um reabastecimento maior ou, o oposto, uma redução da quantidade
estocada, (PADOVEZE, 2010).

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2. Capitulo III Considerações finais
Como o trabalho tinha como finalidade, estudar a Educação Profissional em Moçambique,
porem, o autor conclui que, para a devolução de mercadorias no que concerne ao registo de
estoques, este pode ser feito em livros, fichas (Kardex) ou formulários contínuos emitidos por
sistema de processamento de dados, cujos modelos são de livre escolha da empresa. No caso
de recebimento de devolução de clientes, na ficha de estoque, por exemplo existem para fins
de controlo as colunas referentes a data, histórico, entradas de mercadorias, saídas, e saldos.

No entanto, Segundo a VALOR CONSUTING (2020), pode ocorrer do fornecedor repor as


mercadorias devolvidas, arcando ainda com os respectivos gastos complementares. Nesta
situação, os gastos complementares correspondentes as mercadorias devolvidas deixam,
temporariamente de compor o estoque, desde a data da saída da devolução até a data da
reentrada da mercadoria reposta.

Contudo, nesse cenário, conhecer a fundo o significado e a finalidade de cada custo dos
produtos é fundamental para realizar a adequada Gestão de Estoque e Gestão Financeira,
identificando as melhores estratégias de preço e de estoque e, ainda, evitando prejuízos.
Dentre os conceitos mais importantes estão o custo médio e o custo de reposição. O custo
médio tem por finalidade a valorização contábil do estoque e apuração de resultados da
empresa.

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3. Referências bibliográficas

BEUREN, Andréia. (2014). Proposta de melhoria no processo de devolução ao


fornecedor da empresa C.J. Dullius e Cia Ltda. Monografia (Graduação em
Administração - LFE Administração de Empresas) – Universidade do Vale do Taquari -
Univates, Lajeado, jun.

COMPUTAR. M. (2023). Custo de Reposição. Disponível em:


https://www.computar.com.br/estoque/custo-medio-reposicao/. Acesso em: 20 mar.

COSTA, Carlos Baptista; ALVES, Gabriel Correia (1996). “Contabilidade Financeira”


Editora Rei dos Livros. Lisboa.
CRAVO, Domingos José da Silva (2000). “Da Teoria da Contabilidade ás Estruturas
Conceptuais”. Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro.
FISCOSOFT (2012). Devolução de mercadoria vendida - Contabilização - Roteiro de
Procedimentos. Parecer Normativo CST nº 6/1979.

MACHADO, José Rita (1983). “Contabilidade Financeira”. Associação Portuguesa de


Contabilistas.
MONTEIRO, Martim Noel, (1960). “Curso de Contabilidade para Agentes de
Administração”. Portugália Editora; Lisboa.
PADOVEZE, LUIZ Clovis. (2010). Planejamento Orçamentário. 2. ed. São Paulo:
Cengage Learning. p. 78-82, p. 144-157.

ROBLES. JR: Antônio. (2009). Custos da Qualidade: Aspectos Econômicos da Gestão da


Qualidade e da Gestão Ambiental. 2. ed. São Paulo. Atlas. p. 18-66.

VALOR CONSULTING. (2023). Devolução e/ou recusa de mercadoria comprada.


Disponível em: https://www.valor.srv.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=336.
Acesso em: 21 mar.

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