Você está na página 1de 15

UNIVERSIDA DE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES, 4.◦ANO-LABORAL

Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho

Tema: Organização do Trabalho e


Cognição na Sala do Controlo

Discentes:

Arsénia Comodar
Marta Mungoi
Mira Nhaca Docente:
Ivȃnia Paque

Dr. Reginaldo

Maputo, Abri de 2022

1
Índice

Introdução........................................................................................................................................1
Objectivos Específicos:................................................................................................................1
Metodologia.................................................................................................................................2
Definição de Conceitos....................................................................................................................3
Ergonomia....................................................................................................................................3
Organização no Trabalho.............................................................................................................3
Da Intervenção Na Organização Do Trabalho.................................................................................4
Abordagem da segurança na Teoria Clássica..................................................................................5
Segurança no Trabalho....................................................................................................................5
Análise das Condições de Trabalho.................................................................................................5
Factores que Influenciam a Relação Homem-Tarefa......................................................................6
Técnicas para a Análise do Trabalho...............................................................................................6
Algumas técnicas usadas na análise, segundo Laplat (2000)..........................................................7
Entrevista..................................................................................................................................7
Verbalização.............................................................................................................................7
Observação...............................................................................................................................8
Limitações à observação da actividade de trabalho.........................................................................9
Cognição na sala de Controlo..........................................................................................................9
Função de controlo do ponto de vista do controlador....................................................................10
A imagem Operativa do Controlador Em período de Calma........................................................10
As variações na carga de trabalho e organização da posição........................................................11
Conclusão......................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.............................................................................................................14

2
Introdução

As organizações estão cada vez mais empenhadas na criação de um dinamismo facilitador para
sua evolução, produtividade e economia, Com o intuito de atingirem seus objetivos, investem em
mudanças tecnológicas e em novas técnicas de gestão dos negócios que têm causado várias
alterações nos métodos e processos de produção. Como meio de acompanhar essas mudanças,
De acordo com Dos Santos (2010) há importância de oferecer aos colaboradores condições
adequadas para que estes possam exercer suas atividades com conforto e segurança. Isto implica
em adequar o posto de trabalho às suas condições ideais e organizar o sistema de produção
dentro de preceitos ergonômicos.

Assim, o presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Ergonomia e Qualidade de Vida No


Trabalho, que faz parte das unidades curriculares do curso de licenciatura em Psicologia das
Organizações oferecido pela Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane, tendo
como o tema: Condições de Trabalho e Cognição Na Sala de Controlo, Com pretensão de
alcançar os seguintes objectivos:

1.1. Objectivo Geral:

 Compreender de forma suscita os pressupostos das condições de trabalho e cognição na


sala de controlo.

Objectivos Específicos:

 Definir os conceitos básicos inerentes ao tema;


 Descrever a Análise das condições do trabalho;
 Descrever as técnicas para a análise do trabalho
 Explicar os factores inerentes a cognição na sala de controlo

1
Metodologia
Para a realização do presente trabalho de pesquisa optou-se, como metodologia a pesquisa
bibliográfica, apoiando-se nos materiais (livros e revistas) científicos dispostos no âmbito desta
cadeira em torno da temática em causa.

O trabalho apresenta para além desta introdução, tópicos e itens tais como: a definição de
conceitos, a organização no trabalho, a intervenção na organização do trabalho, a abordagem de
segurança na teoria clássica, A análise do trabalho, factores que influenciam na relação Homem-
tarefa, as técnicas de análise do trabalho, a cognição na sala de controlo, a conclusão, e as
referências bibliográficas.

2
Definição de Conceitos
Segundo Chiavenato (1998), Organização é um sistema de actividade conscientimente
coordenada de duas ou mais pessoas, a fim de alcançar objectivos específicos.

Ergonomia
Para Montmollin (1971), Ergonomia é a tecnologia das comunicações homem-máquina.

Grandjean (1968), afirma que a ergonomia é uma ciência interdisciplinar. Ela compreende a
fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria é a sociedade no trabalho. O
objectivo prático da Ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos intrumentos, das
máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem.
Leplat (1972), define ergonomia é uma tecnologia e não uma ciência, cujo objeto é a organização
dos sistemas homens-máquina.

Organização no Trabalho
Diversos autores consideram que foi nos anos 70 que, nos países industrializados, se começaram
a desenvolver intervenções dos poderes públicos no domínio das condições de trabalho,
assumindo diversas características e forma variada, consoante a própria organização do Estado e
as regatas do jogo sócias e políticas, tempo por base um conjunto de medidas e iniciativas
governamentais, que vão desde a criação de medidas legislativas, no sentido de promover e
garantir a segurança e o bem-estar no trabalho, até às criação de organismos destinados à
melhoria das condições de trabalho, através da recolha, análise e divulgação de informações,
realização de estudos e projectos piloto, bem como programas de investigação.

No que se refere à segurança nos locais de trabalho, tem-se assistido a diversas iniciativas, tanto
comunitárias como nacionais (de âmbito governamental e privado), no sentido de promover e
divulgar o conjunto de medidas comunitárias adoptadas ou a adoptar neste domínio, as quais têm
como objectivo o reforço do conteúdo da estrutura social que se impõe na fase actual de
desenvolvimento do mercado interno.

Da Intervenção Na Organização Do Trabalho


Alguns estudos realizados perspectivando uma intervenção no sentido da melhoria das condições
de trabalho têm, como fundamento:

• Atingir uma melhor satisfação,

3
• Dar conta dos sentimentos e das disposições subjectivas dos trabalhadores

• Reduzir determinadas resistências por parte dos mesmos,

• Desarmar conflitos que originem a degradação do clima social,

• Melhorar os indicadores económicos (é o caso da importância económica atribuída,


nomeadamente aos acidentes de trabalho e doenças profissionais).

É, nesta linha que surgem os estudos ligados à definição e cotação dos postos de trabalho,
análise e qualificação de funções, bem como a análise e diagnóstico das condições de trabalho,
em interligação com os modelos de organização do trabalho.

Alguns autores que se dedicaram ao estudo das condições de trabalho propõem modelos e
grelhas de análise nas quais é feita a referência explícita à segurança física como um dos
indicadores das condições de trabalho. A segurança, entendida como área de preocupação
sistematizada, que diz respeito ao indivíduo, socialmente considerado, relaciona-se com o bem-
estar social, com o equilíbrio das pressões sociais, com a qualidade de vida em todas as suas
vertentes e circunstâncias.

Abordagem da segurança na Teoria Clássica


É tida num sentido mais restrito e subdivida em Segurança industrial Interna e Externa.

E na vertente da segurança interna são encontrados alguns atributos que dizem respeito, por um
lado, à segurança das instalações e equipamentos que objectiva também a protecção contra danos
materiais, provocados por acidentes se laboração e por outro lado, à segurança do ambiente de
trabalho no que se refere à saúde e à segurança dos trabalhadores, visando a proteção destes
contra acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Segurança no Trabalho
A segurança é vista como sinônimo de prevenção de acidentes, e esta prevenção surge como
imperativo de consciência face a eventualidade de danos físicos, psíquicos e morais para a
vítima, que perderá a sua capacidade de ganho e a possibilidade de disfrutar de uma vida activa
normal.

4
A noção de prevenção também é entendida como a acção de evitar ou diminuir os riscos
profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devam ser tomadas no
licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço.

Análise das Condições de Trabalho


A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o trabalho humano. A
estratégia utilizada pela Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a
atividade em indicadores observáveis (postura, exploração visual, deslocamento).

Analise do trabalho tem como objetivo produzir dados que permitam reduzir a distância entre as
concepções formuladas do trabalho (as prescrições, as regras, os procedimentos oficiais e
explícitos) e a atividade real do operador (os aspectos informais, implícitos, imprevistos das
condutas de trabalho). Esta distância é a fonte essencial dos disfuncionamento do sistema de
produção.

Nesta fase devem ser apresentadas e discutidas a viabilidade das medidas correctivas com a
direcção da empresa, com o objectivo de se firmar um compromisso que constituirá a base dos
trabalhos de mudanças do posto.

Deve ser ressaltada a importância da participação dos trabalhadores. Sua participação não deve
ser limitada à uma simples colecta de opiniões, mas deve servir de grande auxílio na descrição da
realidade do trabalho, das actividades perceptivas, cognitivas e motoras dos mesmos, sendo esta
uma forma de validar as informações obtidas na primeira fase (Wisner, 1987).

Factores que Influenciam a Relação Homem-Tarefa

Inúmeros são os factores que influenciam as relações entre o homem e sua tarefa, modificando a
carga de trabalho. Constituem-se alguns deles no campo de acção da Ergonomia:

• Omeio ambiente físico (ruído, iluminação, vibrações, ambiente térmico);

• A duração, os horários e as pausas de trabalho;

• O modelo de aprendizagem

5
• As ordens dadas.

Técnicas para a Análise do Trabalho


Para Moutmollin (apud Proença, 1993), a análise ergonômica do trabalho permite não somente
categorizar as actividades dos trabalhadores como também estabelecer a narração dessas
atividades permitindo, consequentemente, modificá-las.

Diferentes técnicas são utilizadas para este efeito, como:

• Observação directa do especialista;

• Observação clínica;

• Registo das diversas variáveis fisiológicas do operador;

• Medidas do ambiente físico (ruído, iluminação, vibração, temperatura, unidade, etc.) e,

• Colecta de dados relacionados à informações gerais do posto em estudo.

Algumas técnicas usadas na análise, segundo Laplat (2000)


Isso seria afinal material para um manual dedicado à apresentação de técnicas em psicologia
ergonómica, que não é o nosso objectivo. Iremos situar-nos apenas em algumas técnicas,
procurando caracterizá-las, dando enfoque essencialmente nos benefícios e limitações que
apresentam Leplat (2000), mas também outros autores têm alertado para o facto de a escolha de
uma técnica para um determinado estudo depender, quer das propriedades dessa técnica, quer
dos objectivos do estudo, quer ainda dos meios disponíveis (tempo, recursos diversos, etc.)

Não existem técnicas melhores em si mesmo que outras, mas sim mais pertinentes face às
condições de estudo. É por isso essencial determinar essas condições de forma a fazer boas
opções.

Entrevista
De acordo com Leplat (2000), a entrevista tem um papel relevante na primeira fase de análise do
trabalho. Por um lado, permite informar os sujeitos dos objectivos e condições do estudo que vai
ser realizado e de responder às suas questões. Por outro, permite recolher informações sobre as

6
características gerais da situação de trabalho, tendo em vista compreender melhor o problema e
elaborar as questões ou hipóteses provisórias que orientarão a pesquisa.

No que respeita à modalidade, as entrevistas poderão ser livres, ou obedecer a um plano preciso
de questões. As limitações apontadas às entrevistas prendem-se com o facto de os sujeitos
interrogados poderem ser mais ou menos capazes de exprimir os traços da sua actividade ou a
dos outros. Assim, os dados da entrevista poderão ser considerados como não reflectindo
fielmente a “ realidade». Esta limitação será retomada no ponto seguinte.

O questionário constitui um prolongamento ou até mesmo um substituto da entrevista, contendo


um conjunto de questões por vezes definidas a partir de entrevistas prévias. A sua vantagem face
às entrevistas é o facto de permitir obter informações sobre uma grande população de uma
maneira relativamente rápida e económica.

Verbalização
Leplat 2000, Segundo o autor a distinção entre ambas reside quer no carácter mais aberto da
entrevista, uma vez que a verbalização responde a instruções mais precisas, quer no facto desta
última incidir mais sobre a actividade do sujeito, enquanto a entrevista pode abordar objectos
diferentes. A verbalização distingue-se ainda da comunicação na medida em que, ao contrário
desta, não faz parte da actividade de trabalho.

Para Rabardel et al. (1998) as verbalizações são discursos do operador e, mais amplamente, das
outras pessoas presentes na empresa, sobre a situação de trabalho e o seu trabalho. Como refere
Caverni (1988) estes discursos são proferidos em linguagem natural.

A utilização da verbalização para o estudo da actividade humana tem uma longa história no
domínio da psicologia. Guérin et al. (1991) e Leplat (2000) indicam três razões pelas quais a
verbalização é essencial no estudo da actividade de trabalho

A actividade não pode ser reduzida ao que é manifesto e portanto ao observável. Os raciocínios,
o tratamento das informações, a planificação das acções, não podem ser verdadeiramente
apreendidos senão através das explicações dos operadores (esta razão é a que se encontra mais
próxima dos argumentos da psicologia cognitiva);

7
As observações e medidas são sempre limitadas na sua duração. Assim, o operador pode ajudar a
re-situar as observações num quadro temporal mais amplo;

Observação
A observação é considerada menos “ reactiva» que a entrevista e que a verbalização, no sentido
em que o processo de análise interfere menos com a actividade. Concebe-se, contudo, que esta
reactividade não é totalmente anulada uma vez que o trabalhador sabe que está a ser observado

Leplat (2000) considera dois tipos de observação, a observação aberta e a observação


sistemática. A primeira é de grande utilidade quando se inicia um estudo, permitindo ter uma
visão geral do trabalho e definir melhor o problema que foi colocado. É a partir desta observação
que se torna possível levantar questões mais precisas que orientarão progressivamente a análise e
consequentemente a escolha de métodos de observação mais apurados. A observação sistemática
visa recolher os factos e os acontecimentos precisos em resposta a questões igualmente precisas
suscitadas normalmente pela observação aberta. Trata-se, portanto, de uma abordagem mais
precisa que tem por objectivo verificar as hipóteses emergentes da observação aberta e colocadas
sob a designação de pré-diagnóstico.

Limitações à observação da actividade de trabalho (Guérin et al., 1991)

Frequentemente são apontadas duas grandes limitações:

 Dificuldade de apreender a variabilidade existente nas situações de trabalho pela


observação. A escala temporal de uma análise, forçosamente limitada, pode deixar
escapar: (1) numerosos aspectos pertinentes que se manifestam em prazos mais longos;
(2) as aleatoriedades incidentais;
 A actividade apreendida pelas suas manifestações observáveis. A observação é
insuficiente para compreender os motivos dessa actividade, os raciocínios e os
conhecimentos que a subentendem

Cognição na sala de Controlo


Segundo Morin (1994) citado por Villena, Sala de controlo é um lugar habitado por actores que
têm uma representação particular, isto é, uma série de conhecimentos gerados pela experiência,
uma cultura individual e colectiva que molda a percepção.

8
Villena ( 1993) advoga que a percepção gerada tem bases na formação "pai-filho" e está por sua
vez, gera vínculos profissionais entre os instrutores e os controladores, por via duma transmissão
informal do ofício. Esta transferência cumpre tempo um papel fundamental como elemento de
coesão do grupo.

As acções desempenhadas no âmbito da sala de controlo apoiam-se num amplexo cognitivo, este
que segundo Theureceu (1990) cotado por Villena (1998) é uma cognição contemplativa,
trazendo em si um contexto dinâmico e uma atmosfera participar. Mas em simultâneo torna-se
numa cognição situada ou contextual, que procura o plausível e a eficiência do ponto de vista da
comunidade e dos actores que se inscrevem, interessando-se pelo presente e concreto mas
também estabelecendo regras utilizadas.

Como consequência da dinâmica da análise sistemática do informal na actividade de trabalho,


tornou-se possível o progresso do curso de acção das operações de controlo, entrando-se aos
aspectos internos da actividade.

Função de controlo do ponto de vista do controlador


Com a constatação dos graus de utilização dos aparelhos técnicos, percebe-se a necessidade de se
traçar um plano em torno dos momentos de controlo, a fim de vigiar e prover pela segurança e l
fluidez no trabalho do controlador.

Assim, Kergulen (1986) citado por Villena (. ), Defende que o operador percebe como sendo
função do controlo, a vinculação das acções dos operadores às ferramentas das quais se dispõe
momentaneamente, em contextos precisos, bem como a recolha das observações e verbalizações.

Contudo, para a recolha das observações e verbalizações, faz-se necessária a construção de


matrizes de recolhas das acções e comunicações (dos controladores). Tais ferramentas de
recolhas são múltiplas e aplicáveis em função da situação. (Kergulen, 1986).

A imagem Operativa do Controlador Em período de Calma


Tomando por base, um caso das actividades aéreas, pode-se assumir que, é na imagem operativa
onde é vigente a função do controlo do controlador executivo no período de calma. Assim, têm-
se por (EC) ou Controlador executivo, aquele que é responsável pela posição de controlo,
comunica os pilotos e é assistido pelo controlador planificador (PLC).

9
Naville & Roller (1963) citados por Villena (...), Afirmam que, "Toda a ferramenta serve no
contexto humano, para potenciar as capacidades do seu utilizador, evitar-lhe determinado tipo
de tarefas ou ajudá-lo nas suas limitações físicas, cognitivas e organizacionais."

A imagem operativa do controlador é vinculada no pensamento mecânico, está que de acordo


com Lalande (1948) é visto pelos pré-analistas do trabalho como sendo, uma representação do
modo de trabalhar ou ainda uma ferramenta ou peça da máquina como se fosse a das suas mãos.

Com isto percebe-se que, a eficiência do funcionamento mental do controlador é idêntica ao de


todo operador de controlo, isto é, a rapidez do gesto técnico que o controlador exerce sobre suas
ferramentas, é igual a pressão em que um operador de encontra submetido face às exigências em
matéria de eficácia e segurança.

Bainbridge (1980) reitera que em situação de pressa temporal, o comportamento de controlo está
em relação directa com o conhecimento que o operador tem na dinâmica do processo (modo
mental), que utiliza para interpretar o presente e o passado recente do comportamento do
processo, estabelecendo previsões sobre o futuro. Este autor emite que o conhecimento que o
operador tem na dinâmica do processo tem por pressuposto o conhecimento da amplitude e da
cronologia dos efeitos no processo, bem como das suas interacções.

Villena (...), Enuncia que, Todo o trabalhador/actor submetido a está gama de exigências mantém
uma série de automatismos no seu trabalho. O autor define também que há três (3) pilares em
torno do trabalho ora feito, à saber: planificação, controle de resultados e memória a longo prazo.

Em relação ao primeiro pilar, o operador planifica o seu trabalho, incluindo a exploração da


realidade e a tentativa de antecipar as consequências das suas acções, tornando-se necessária e
imperiosa uma representação topológica e temporal da situação (do tráfego).

Em torno do controle dos resultados, diz-se que as acções constituem o eixo central da actividade
e o futuro da sua representação.

Em relação ao último pilar, assume-se que para planificar acções futuras, verificam-se os
resultados face às informações do seu interface, mantendo-se uma memória viva das acções
passadas.

10
As variações na carga de trabalho e organização da posição
Compreender a função de controlo, é compreender a divisão do trabalho numa posição do
trabalho numa posição de controlo perante níveis de carga de trabalho. Em determinadas
situações de aumento de carga de trabalho, o número de comunicações aumento até uma
frequência de seis (6) por minuto. (Villena)

11
Conclusão

O presente trabalho tinha como objectivo central Compreender de forma suscita os pressupostos
das condições de trabalho e cognição na sala de controlo, e apoia a realização do mesmo foi
possível constatar que Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho,
equipamentos e ambiente, e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia,
fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. Foi possível
constatar ainda que estudos, no que se refere a melhoria das condições de trabalho, referem
atingir uma melhor satisfação, dar conta dos sentimentos e das disposições subjectivas dos
trabalhadores, reduzir determinadas resistências por parte dos mesmos, desarmar conflitos que
originem a degradação do clima social,

Neste trabalho, concluiu-se que os factores os factores que influenciam as relações entre o
homem e sua tarefa, modificando a carga de trabalho são o meio ambiente físico (ruído,
iluminação, vibrações, ambiente térmico); a duração, os horários e as pausas de trabalho e o
modelo de aprendizagem.

12
Referências bibliográficas
CASTILLO, Juan J., VILLENA, Jesus. (2005). Ergonomia: Conceitos e Métodos.
Dinalivro: Lisboa

DOS SANTOS, C. M. D.(2010). O papel da Ergonomia para a Melhoria da Produtividade.


Infopaper Senai .São Paulo

13

Você também pode gostar