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Índice

Introdução ..................................................................................................................... 1

Objectivo Geral ............................................................................................................. 2

Objectivos Específicos .................................................................................................. 2

Metodologia .................................................................................................................. 3

1. Modelo Contingencial ........................................................................................... 4

1.1. Conceitos ........................................................................................................... 4

1.2. As Características da Teoria das Contingências ............................................ 5

1.3. Origem da Teoria Contingencial ........................................................................ 5

1.3.1. Pesquisa de Chandler ..................................................................................... 6

1.3.2. Pesquisa de Burns e Stalker ........................................................................... 7

1.3.3. Pesquisa de Lawrence e Lorsch ..................................................................... 7

1.3.4. Pesquisa de Joan Woodward .......................................................................... 8

1.4. Ambiente ............................................................................................................ 8

1.4.1. O Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa....................................................... 9

1.4.2. Tipologia de Ambientes ............................................................................... 10

1.5. Tecnologia ....................................................................................................... 10

1.5.1. Tipologia de Thompson ............................................................................... 11

1.5.2. Tipologia de Tecnologias ............................................................................. 11

1.5.3. Impacto da Tecnologia ................................................................................. 12

1.6. Apreciação Crítica da Teoria da Contingência ................................................ 13

2. Conclusão ............................................................................................................ 14

3. Bibliografia .......................................................................................................... 15
Introdução
Neste trabalho, a atenção recai exclusivamente sobre a teoria contingencial.

No entanto, o Incerto ou eventual, a teoria das contingências expressa que situações


diferenciadas pedem medidas diferenciadas. Somando o conhecimento das teorias mais a
criatividade para adotar medidas em prol da organização.

Essa teoria tem por ideal que para se atingir a eficácia em uma empresa, não deve se
seguir apenas a uma linha organizacional, apenas a um modelo de administração. Para
isso, um verdadeiro líder, é aquele que consegue preparar e trabalhar com um mesmo
grupo de pessoas, com as mesmas características em situações adversas, percebendo qual
linha de raciocínio adotar para cada obstáculo que terá que enfrentar.

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Objectivo Geral
Compreender as abordagens expressas pelo Modelo Contingencial de Administração

Objectivos Específicos
 Conceituar O Modelo Contingencial;
 Apresentar a Origem e as Características do Modelo Contingencial;
 Identificar os factores internos e externos que afectam a organização;

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Metodologia
Para o alcance dos objectivos do presente trabalho, foram usados os Métodos Histórico
acompanhado do Método Documental.

O método Histórico tem como base a crença na História como uma ciência capaz de
explicar estruturas e acontecimentos, notadamente os de foro político-económico (Goldman
1994). Ferreira (1998:109), afirma que o método consiste em investigar acontecimentos,
processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade
contemporânea para melhor compreender o papel que actualmente desempenham na
sociedade.

A técnica documental constituiu uma técnica igualmente valiosa para abordagem de


dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja
revelando aspectos novos do problema e temas em questão através de diverso material
bibliográfico relacionado com a matéria.

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1. Modelo Contingencial
1.1.Conceitos

Conforme Kotler, (2000, p. 95), A palavra Contingência significa algo incerto ou


eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circunstâncias. Refere-se a uma
proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser conhecida pela experiência e pela
evidência, e não pela razão.

Para os autores Kotler e Armstrong (2003), a abordagem contingencial salienta que não
se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo
organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido
de se alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também
variado.

De acordo com Baker (2005), a abordagem Contingencial apresenta como princípio base
o facto de que as organizações não actuam isoladamente, estando sujeitas a diversos tipos
de contingências (contingência significa algo cuja ocorrência é incerta ou eventual sendo
a sua confirmação possível apenas pela experiência e pela evidência e não pela razão).
Tudo o que acontece na sua envolvente externa, quer a nível sociológico, tecnológico
político ou demográfico poderá condicionar a sua actividade, a sua estrutura
organizacional, a sua gestão e as decisões dos seus gestores. Por isso, segundo a
Abordagem Contingencial, não é possível estabelecer uma única forma óptima
de gerir as organizações: cada situação específica requer um tipo de gestão específica.

Churchill e Peter (2000); Weinstein (1995) definem a teoria contingencial é uma das
teorias mais modernas no ramo da administração de empresas e consiste em afirmar que
tudo é relativo, ou seja, que existe uma relação entre os fatores ambientais (externos) e a
gestão de uma organização (interno) para alcançar os objetivos traçados pela empresa.

Portanto, a teoria da contingência considera que as organizações são diferentes de dentro


para fora e que o ambiente é uma variável imprescindível no comportamento
organizacional.

Para Chiavenato (1999), a teoria contingencial encerra um aspecto que é proativo e não
apenas reativo, ou seja, na administração contingencial o reconhecimento, diagnóstico e
adaptação à situação são fundamentais para a empresa. Mas, essas abordagens não são
suficientes.

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Entre as relações funcionais na teoria contingencial estão as condições ambientais e as
práticas administrativas, práticas essa, que precisam ser constantemente identificadas e
ajustadas.

1.2.As Características da Teoria das Contingências


De acordo com Weinstein (1995), são as seguintes as características dessa teoria:

Fonte: Chiavenato (1999)

1.3.Origem da Teoria Contingencial

Baker (2005) relata que no intuito de se verificar os modelos de estruturas organizacionais


mais eficazes em determinados tipos de indústrias, alguns pesquisadores passaram a
abordar os vários aspectos que compunham o êxito ou não de várias organizações
procurando compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em
diferentes condições.
Baseados nestes estudos, puderam confrontar como ( aspecto das organizações)
interagem as variáveis ambientais, as técnicas administrativas e a relação funcional dentro
das organizações.

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Enfatiza Lamb, Hair, McDaniel (2004) que a abordagem contingencial conclui que os
fatores ambiente e tecnologia são fundamentais para o equilíbrio e ponderação dentro das
organizações, podendo tais aspectos atuarem como oportunidade ou restrições que
influenciam a estrutura e os processos internos da organização e que tais fatores devem
ser constantemente identificados, especificados e reformulados para uma Administração
equilibrada e de acordo com seu objetivo alcançado.
1.3.1. Pesquisa de Chandler
De acordo com Kotler e Armstrong (2003) em 1962, Alfred Chandler Jr. Realizo uma das
mais sérias investigações históricas abordando a estratégia de negócios. Estudou quatro
grandes empresas americanas: a DuPont, a General Motors, a Standar Oil Co.(New
Jersey) e a Sears Roebuck & Co; demonstrou que as estruturas destas empresas foram
necessariamente adaptadas e ajustadas às suas estratégias durante todo um processo
histórico envolvendo quatro fases distintas:
Acumulação de Recursos: A expansão da rede ferroviária iniciada após a Guerra da
Secessão Americana ocasionou o fortalecimento do mercado de ferro e aço e o moderno
mercado de capitais, com isso houve um rápido crescimento urbano gerado pela facilidade
da estrada, como a migração rural e o início da imigração européia. As empresas tiveram
que ampliar suas instalações de produção e organizar uma rede de distribuição, passaram
então a deter o mercado de matérias-primas através da compra de empresas fornecedoras.
Daí o controle por Integração Vertical que possibilitou o aparecimento da economia em
escala.
Racionalização do Uso de Recursos: As novas empresas integradas tornaram-se grande e
passaram a Ter a necessidade de serem organizadas pois tinham muito recursos
desnecessários ( instalações e pessoal). Haveria então a criação de uma estrutura funcional
para a redução de custos, pois esta racionalização e a nova estrutura deveriam estar
adequadas às oscilações de mercado, para isto se preocupavam com planejamento,
organização e coordenação.
Continuação do Crescimento: A reorganização geral ocasionou um aumento de eficiência
nas vendas, compras, produção e distribuição, mas em contrapartida os lucros baixaram,
o mercado saturou-se, diminuindo a oportunidade de se reduzir os custos. As empresas
partiram então para a diversificação ( próxima de novos mercados e novos produtos). A
antiga estrutura funcional não estava preparada para essa diversificação. A nova estratégia
gerou o surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento, engenharia do
produto e desenho industrial.

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Racionalização do uso de recursos em expansão: O suporte de autoridade e comunicação
da estrutura funcional, sem terem como atender à cumplicidade crescente de produtos e
operários, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. De um lado a
descentralização de operações e, de outro, a centralização de controles administrativos.
Em resumo diferentes ambientes levam as organizações a adotar novas estratégias e estas,
exigem diferente estruturas organizacionais.
1.3.2. Pesquisa de Burns e Stalker
Nesse mesmo contexto, afirma Lamb, Hair, McDaniel (2004) que Tom Burns e G. M
Stalker, dois sociólogos industriais, pesquisaram em 1961 vinte indústrias inglesas
procurando analisar a correlação entre as práticas administrativas e o ambiente externo
dessas indústrias. Classificaram as indústrias em dois tipos: organizações mecanisticas e
orgânicas.
Comentam os autores que o sistema "mecanista" parecia ser apropriado a uma empresa
que opera em condições ambientais relativamente estáveis, o outro, orgânico, parecia
exigido pelas condições ambientais em transformação.
Sistema mecanista: A administração é baseada na hierarquia como demostrado em
organogramas. É um sistema vertical onde as operações, o sistema de trabalho, as
informações seguem o padrão de comando do superior ao funcionário. Devendo o
indivíduo executar esta tarefa para o retorno ao superior, sem se preocupar com a
cumplicidade de seu trabalho na totalidade da organização.
Sistema orgânico: É adaptado a condições instáveis, os sistemas de trabalho são
atribuídos a especialistas que executam suas tarefas com o conhecimento global da
importância delas passa a empresa. Os indivíduos se interagem em suas funções. A
situação efetua-se tanto lateral como verticalmente. Há a comunicação entre indivíduos
de categorias diferentes e hierarquias diferentes, a chefia passa a ser parte do grupo, todos
buscando um êxito comum.
1.3.3. Pesquisa de Lawrence e Lorsch
Segundo Las Casas (2006) Lawrence e Lorsch pesquisaram sobre organização e ambiente
marcando o aparecimento da Teoria da Contingência. Entre três empresas diferentes
concluíram que os problemas básicos de organização são a diferenciação e a integração.
É um processo gerado por pressões, no sentido de obter unidade de esforços e
coordenação entre vários departamentos.

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Foram escolhidas as indústrias de plásticos, alimentos empacotados e de recipientes de
alto e baixo desempenho, ambientes industriais de diferentes graus, desde ambientes de
rápida mudança tecnológica até ambientes estáveis que exigem pequena diferença de
organização.
Essas quatro pesquisas revelaram que: A organização em relação ao seu ambiente e a
tecnologia adotada surgiu a Teoria da Contingência.
As organizações precisam ser ajustadas ao sistema das condições ambientais. Os aspectos
universais devem ser substituídos pelas normas de acordo entre organização ambiente e
tecnologia.
1.3.4. Pesquisa de Joan Woodward
Descreve Weinstein (1995), que Joan Woodward, Socióloga industrial inglesa, pesquisou
sobre os princípios de administração em 100 empresas de diferentes tipos com média de
100 a 8.000 empregados.
Cem empresas foram classificadas em três grupos de tecnologia de produção cada qual
desenvolvendo diferentes maneiras de produzir.
Produção Unitária : é feita por unidades ou pequenas quantidades. Os trabalhadores usam
variadas ferramentas. O processo de produção é menos padronizado.
Produção em massa : é feita em grande quantidade. Os trabalhadores operam máquinas e
linha de produção ou montagem padronizados. Como as montadoras de veículos.
Produção em Processo : um ou mais operários lidera um processo total ou parcial de
produção. A participação humana é pouco usada. Ex: as refinarias de petróleo, as
siderúrgicas, etc. Nessas três tecnologias, casa uma tem um processo de produção
diferente. A tecnologia extrapola a produção influenciando toda a organização
empresarial.
Resumindo a pesquisa de Woodward ; a tecnologia adotada para uma empresa é que
determina a sua estrutura e seu comportamento organizacional.
1.4.Ambiente
Afirma Lamb, Hair, McDaniel (2004) que Ambiente é tudo o que acontece externamente,
mas influenciando internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada
pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas abertos aumentou o
estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas nem
toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente.
As teorias da administração têm ênfase no interior e exterior da organização.

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O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente toda e qualquer
organização, é constituído de um conjunto de condições semelhantes, são elas
tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é
preciso se adaptar para não perder a competitividade.
As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas, fiscais, civis, de caráter
comercial, etc.
As condições econômicas constituem o que determina o desenvolvimento econômico.
Inflação, balança de pagamento do país, distribuição de renda interna, etc; são problemas
econômicos que não passam despercebidos pela organização.
A condição demográfica determina o mercado de acordo com a taxa de crescimento,
população, raça, religião, distribuição geográfica, etc.
A condição cultural é a expectativa da população que interfere no consumo.
Todas essas condições interagem entre si, e suas forças juntas tem efeito sistêmico.
O ambiente geral é genérico, mas as organizações tem também o ambiente particular ou
de tarefa.
O ambiente de tarefa é o de operações de estrada e de saída em casa organização, e é
constituído por fornecedores de entradas, clientes ou usuários concorrentes e entidades
reguladoras. Os fornecedores de entrada, são fornecedores de todos os recursos para
trabalhar, tais como matéria-prima, recursos financeiros e recursos humanos. Clientes são
consumidores.
Concorrentes são tanto de recurso e consumidores. Entidades reguladoras são as que
fiscalizam a organização tais como sindicatos, associações de classe, órgãos
regulamentares do governo regulador do consumidor, etc.
Definir ambiente de tarefa é quando a organização já escolheu o produto ou serviço e o
mercado onde vender. É no ambiente de tarefa que a organização se preocupa em
estabelecer seu domínio, quanto a consumidores e fornecedores, querem também reduzir
a dependência. O ambiente de tarefa depende das oportunidades ou ameaças para a
organização.
1.4.1. O Ambiente Geral e Ambiente de Tarefa
Exalta Kotler (2003, p.181) que cada um de seus elementos pode ser um grupo, instituição
ou indivíduo, podem ser ameaças ou oportunidades para organização, o que gera a
incerteza.

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A incerteza hoje é um grande desafio tanto da administração quanto das organizações,
mas a incerteza não está no ambiente e sim na percepção das organizações, tanto que o
mesmo ambiente pode ser interpretado de maneiras diferente por duas organizações.
1.4.2. Tipologia de Ambientes
Weinstein (1995) afirma ainda que o ambiente é um só, mas as organizações estão
expostas à apenas uma parte dele que pode ser diferente das demais, é dividido em
tipologias e são características do ambiente de tarefas.
Os ambientes podem ser homogêneos ou heterogêneos de acordo com a estrutura.
É homogêneo quando há pouca mistura de mercados; e heterogêneo quando existe
diferenciamento múltiplo nos mercados.
Os ambientes podem ser classificados estáveis ou instáveis de acordo com sua dinâmica.
É estável quando quase não ocorrem mudanças e quando ocorrem são previsíveis.
É instável quando há mudanças o tempo inteiro, essas mudanças geram a incerteza.
(Inovação e Criatividade, ênfase na eficácia, reações variadas e inovadoras, etc).
O ambiente homogêneo terá diferenciação menor e os problemas poderão ser tratados de
forma simples, com pouca departamentalização. O mesmo acontece com a estabilidade e
instabilidade.
Quanto mais estável menor a contingência, permitindo uma estrutura burocrática e
conservadora, porém quanto mais instável, maior a contingência e maios a incerteza,
porque há uma estrutura organizacional mutável e inovadora.
1.5.Tecnologia
Segundo Weinstein (1995) toda organização tem que adotar uma tecnologia podendo ser
ela tosca, isto é, grosseira, rude ou sofisticada, como o uso de computadores, mas todas
as organizações precisam de uma tecnologia para funcionarem e chegarem aos fins
desejados.
Na parte administrativa, a tecnologia é desenvolvida nas organizações através do Know -
how, os resultados são obtidos com os serviços e produtos.
A tecnologia não incorporada são as pessoas competentes para desenvolver sua função
dentro da empresa. A tecnologia incorporada é o capital (dinheiro), matérias-primas etc.
A tecnologia, seja ela qual for, está presente no dia a dia das empresas, transformando as
matérias-primas em produtos consumíveis e produtivos para a humanidade.
A tecnologia variável ambiental é aquela que assume a tecnologia criada para outras
empresas de seu ambiente de tarefa em seus sistemas de dentro para fora.

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A tecnologia variável organizacional, quando a tecnologia esta presente em sua empresa,
influencia e desempenha melhor em seu ambiente de tarefa.
1.5.1. Tipologia de Thompson
Hooley; Saunders e Piercy (2005) expõem que para a empresa alcançar seus objetivos
deve contar com o conhecimento humano onde o homem conduz para um resultado
satisfatório, isto é, a tecnologia pode ser avaliada por critérios instrumental (conduzido à
resultados desejados) e critérios econômicos (resultados desejados com poucas despesas).
A perfeição instrumental é quando se produz um produto padrão com taxa constante,
porque com as experiências adquiridas dos trabalhadores, reduz perda de material e pode
levar a modificação de maquinários.
A tecnologia mediadora é quando os clientes são interdependentes, necessitam de uma
empresa mediadora para ajudá-los a alcançar seus objetivos.
Tecnologia intensiva consiste em diversas habilidades, especializações, técnicas variadas
para modificar um único objetivo.
Thompson classifica a tecnologia flexível, assim: as máquinas, o conhecimento técnico e
as matérias-primas são usados para outros produtos ou serviços e a tecnologia fixa não
permite utilização em outros produtos ou serviços.
1.5.2. Tipologia de Tecnologias
De acordo com Las Casas (2006) a Tecnologia fixa e produto concreto: provém de
empresas onde a mudança tecnológica é muito menos, existindo um problemas, o que não
aceite seus produtos. Ex: o ramo automobilístico.
Tecnologia fixa e produto abstrato: A empresa tem capacidade de mudar segundo
algumas normas impostas pela tecnologia fixa ou flexível. As partes relevantes do
ambiente de tarefa precisam ser influenciadas à aceitar novos produtos que a organização
oferecer, para isso a formulação da estratégia global das organizações enfatiza a obtenção
do suporte ambiental necessário para a mudança. Ex: Instituições educacionais baseadas
em conhecimentos que oferecem cursos especializados.
Tecnologia flexível e produto concreto: A organização efetua com facilidade mudanças
para um produto novo ou diferente através das máquinas, técnicas, pessoal,
conhecimento, etc. Ex: as empresas do ramo plástico, de equipamentos eletrônicos,
sujeitos à mudanças, fazendo com que as tecnologias adotadas sejam constantemente
reavaliadas, modificadas ou adaptadas.

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Tecnologia flexível e produto abstrato: A possibilidade de mudanças são muitas e o
problemas maior das organizações está na escolha entre qual alternativa é a mais
adequada: o consenso dos clientes (consenso externo em relação ao produto ou serviço
oferecido ao mercado), ou aos processos de produção (consenso dos empregados).
Ex: as organizações secretas ou mesmo abertas (mas extra-oficiais), as empresas de
propaganda e de ralações públicas, etc.
Todas as organizações apresentam problemas pois as contingências impostas por
diferentes tecnologias são importantes para a organização e sua administração.
Uma organização comprometida com uma tecnologia específica pode perder a chance de
produzir um outro produto para outras organizações de tecnologias mais flexíveis pois a
cada dia a tecnologia fica mais especializada e a flexibilidade da organização de
rapidamente passar de um produto para outro pode decrescer.
Se a empresa já for dotada de grandes recursos e aplicar-se em um novo campo de
atividades ou produtos, pode usufruir do surgimento de novas tecnologias e assim facilitar
tal chance. Mas, a medida em que a tecnologia se torna mais complexa, a empresa passa
a Ter menos controle sobre o processo tecnológico global, e assim ficando dependente de
outras empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de especialistas, de
treinamento prévio feito por outras organizações que exigem mais integração e
coordenação.
1.5.3. Impacto da Tecnologia
Kotler e Armstrong (2003) defendem que a tecnologia tem por prioridade determinar a
natureza da estrutura organizacional e do comportamento das empresas. Alguns autores
costumam dizer que há um imperativo tecnológico, isso quer dizer que existe um forte
impacto da tecnologia não só nas empresas e organizações, mas também na natureza e na
vida.
A tecnologia virou sinônimo de eficiência. E eficiência tornou-se um critério normativo
onde as organizações e administradores são constantemente avaliados.
Enfim, a tecnologia cria incentivos nas empresas para levar os administradores a
melhorarem cada vez mais a eficiência, mas sempre dentro dos limites do critério
normativo. Por isso a tecnologia tem influenciado muito sobre as organizações e seus
participantes.

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1.6.Apreciação Crítica da Teoria da Contingência
Conforme Kotler, (2000, p. 101), a Teoria da Contingência enfatiza o mais recente estudo
integrado na teoria da Administração (ADM) ; é sem dúvida a mais eclética de todas as
teorias da administração, pois além de considerar as contribuições das diversas teorias
anteriores, consegue coordenar os princípios básicos da administração como: as tarefas,
a estrutura, as pessoas, a tecnologia e o ambiente.
Dentro de seu estado, as teorias administrativas anteriores são colocadas à prova, sua
conclusões são confirmadas (cada uma de acordo com sua época, necessidade, ambiente,
interação, compatibilidade, etc.), atualizadas, ampliadas, integradas dentro de uma
abordagem mais complexa, permitindo assim uma visão conjunta, abrangente com maior
maleabilidade e adaptação para cada organização e para a administração em um todo.
A abordagem contingencial mesmo tendo analisado outras escolas como a Teoria
Clássica ou a Teoria de Sistemas, aceitou suas premissas básicas, mas adaptou-as a outros
termos, pois, nela nada é absoluto ou universalmente aplicável. Tudo é composto de
variáveis sejam situacionais, circunstanciais, ambientais, tecnológicas, econômicas;
enfim diferem em diferentes graus de variação.
De todas as Teorias administração, a abordagem contingencial enfoca as organizações de
dentro para fora colocando o ambiente como fator primordial na estrutura e no
comportamento das organizações. De um lado o ambiente oferece oportunidades e
recursos, de outro impões coações e ameaças à organização.
É neste ponto que a tecnologia torna-se também uma variável importante para o ambiente.
Cada organização requer sua própria estrutura organizacional dependendo das
características de seu entorno e de sua tecnologia. Assim, para a teoria da Contingência,
os dois grandes desafios para as organizações modernas são o ambiente e a tecnologia.
A partir da teoria da Contingência, a variável tecnológica passou a assumir um importante
papel na teoria administrativa.
Em resumo, a tecnologia provavelmente será um fator para a terceira revolução industrial,
aliada ao ambiente e a forma como as organizações e a própria Administração saberão
utilizar e adaptar estes dois importantes fatores face à globalização de todos os conceitos
organizacionais.
É neste âmbito que a teoria da Contingência tem muito ainda a ser estudada e atualizada
confirmando que a Administração deve muito a seus conceitos e há muito que adaptar-se
a estudos cada vez mais complexos para o êxito dela própria.

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2. Conclusão
Para cada uma das Teorias Administrativas, há uma maneira diferenciada de administrar.
Não podemos dizer que uma é mais certa que a outra.
Para cada situação são utilizados critérios diferenciados pois depende da situação do
ambiente.
As atitudes administrativas deverão ser tomadas de acordo com o momento, já que a
situação é que mostrará qual o procedimento correto a ser adotado para a olução dos
problemas.
A teoria contingencial busca estudar como as variáveis do ambiente, o contexto e as
formas de gestão de uma organização podem influenciar para o sucesso dos objetivos da
organização. Outra preocupação da teoria da contingência, além do ambiente e da
tecnologia, é a preocupação com o sistema técnico da empresa, fator importantíssimo para
a formação da estrutura operacional e para o trabalho, controle exercido e grau de
qualificação.
Outro objeto de estudo para a teoria da contingência é a relação de poder nas
organizações, pois é necessário que haja uma estrutura de poder que seja independente
do controle externo. A equação do poder externo determina que quanto maior o poder
exercido de forma externa maior será a habilidade da empresa em centralizar decisões e
formalizar normas e procedimentos.

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3. Bibliografia

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organizações. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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BAKER, Michael J. Administração de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 603


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HOOLEY, Graham J.; SAUNDERS, John A.; PIERCY, Nigel F. Estratégia de


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KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 5. ed. São Paulo:


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Paulo: Atlas, 2005, p.324.

MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS Eva Maria. Fundamentos de Metodológia


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TOMANARI, Mauro Calixta. A força da marca: como construir e manter marcas


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