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Índice

Introdução.................................................................................................................................................... 3
Objectivos .................................................................................................................................................... 3
Geral......................................................................................................................................................... 3
Específicos .............................................................................................................................................. 3
Metodologia ............................................................................................................................................. 4
1. Metodologia ............................................................................................................................................ 4
1.1 Conceito ............................................................................................................................................ 4
1.2 Evolução Histórica do Método ....................................................................................................... 4
1.2.1 Método de Galileu Galilei ........................................................................................................ 5
1.2.2 Método de Francis Bacon ................................................................................................. 6
1.2.3 Método de Descartes............................................................................................................... 6
1.2.4 Concepção Actual do Método ................................................................................................ 7
1.3 Tipos de Métodos ............................................................................................................................ 8
1.3.1 Método Indutivo ........................................................................................................................ 8
1.3.2 Metodo Dedutivo ..................................................................................................................... 9
1.3.3 Metodo Hipotetico-Dedutivo ................................................................................................ 10
1.3.4 Método Dialético ..................................................................................................................... 10
1.3.5. Método Histórico ................................................................................................................... 11
1.3.6 Método Comparativo.............................................................................................................. 11
1.3.7 Método Monográfico .............................................................................................................. 11
1.3.8 Método Estatístico .................................................................................................................. 11
1.3.9 Método Tipológico .................................................................................................................. 12
1.3.10 Método Funcionalista .......................................................................................................... 12
1.3.11 Método Estruturalista........................................................................................................... 13
1.3.12 MÉTODO DESCRITIVO ..................................................................................................... 13
2. Investigação.......................................................................................................................................... 14
2.1 Conceito .......................................................................................................................................... 14
2.2 Objectivos da Investigação .......................................................................................................... 14
2.3 Tipos de Investigação ................................................................................................................... 14
2.3.1 Investigação Bibliográfica ..................................................................................................... 14

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2.3.2 Investigacao Documental ...................................................................................................... 14
2.3.3 Estudo de caso ....................................................................................................................... 15
2.3.4 Investigacao experimental .................................................................................................... 15
2.3.5 Investigacao ex-post-facto .................................................................................................... 15
2.3.6 Investigação de campo.......................................................................................................... 16
2.3.7 Investigacao levantamento ................................................................................................... 16
3. Ciência ................................................................................................................................................... 16
3.1 Conceito .......................................................................................................................................... 16
3.2 Tipos de Conhecimento ................................................................................................................ 17
3.2.1 Conhecimento popular .......................................................................................................... 17
3.2.2 Conhecimento Filosofico ....................................................................................................... 18
3.2.3 Conhecimento Religioso ....................................................................................................... 18
3.2.4 Conhecimento Científico ....................................................................................................... 18
3.3 Características do Método Científico.......................................................................................... 19
Conclusão.................................................................................................................................................. 20
Bibliografia............................................................................................................................................... 21

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Introdução
O presente trabalho intitulado Metodologia de investigação científica, realiza-se no
contexto do desenvolvimento da unidade curricular Metodologia de Investigação
Científica e está estruturada em Capítulos nomeadamente:

 Capítulo 1- Metodologia:
Neste capítulo vai se descrever tudo que tem haver com a metodologia como a
origem etimológica da palavra, a evolução histórica do método, os tipos de
métodos descrevendo cada uma delas;

 Capítulo 2- Investigação:
Neste capítulo vai se descrever sobre a investigação começando logo com o
conceito incluindo a origem etimológica da palavra investigação, tipos de
investigação descrendo cada um deles, objectivos o finalidades da investigação;

 Capítulo 3- Ciência;
Neste capítulo começará logo dando o conceito incluindo a etimologia da palavra
ciência, em seguida descrever os tipos de conhecimento científico e
características do método científico.

Objectivos
Geral:

 Sintetizar a metodologia, Investigação e Ciência.

Específicos:

 Descrever a metodologia de Investigação científica;


 Explicar o Conceito, os tipos, os objectivos e características de metodologia,
Investigação e ciência.

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Metodologia
Neste presente trabalho foi empregada a investigação bibliográfica de Cunho
qualitativo, em que a pesquisa exploratória foi a sua finalidade.

A pesquisa bibliográfica tem a propósito de colocar o pesquisador com um


determinado tema já escrito, Marconi e Lakatos (2011).

Na Metodologia de investigação Científica (MIC), engloba três conceitos que são:

 Metodologia;
 Investigação;
 Ciência.

1. Metodologia
1.1 Conceito
A palavra Metodologia tem a sua proveniência de duas palavras Gregas (
Methodos que significa Método mais Logos que significa Ciência). Metodologia é uma
ciência que se dedica ao estudo de métodos, Vaz Freixo (2009).

Método segundo Vaz Freixo (2009, p.85) significa «caminho para chegar a um
fim». Para Descarte (1619, apud Vaz Freixo 2009. p.86) Método é «um conjunto de
regras certas e fáceis, graças as quais todos aqueles que as seguirem jamais tomarão
por verdadeiro aquilo que é falso e, sem sobrecarregarem a mente inutilmente, mas
aumentando progressivamente o saber, obterão o conhecimento verdadeiro de todas
as coisas de que forem capazes».

1.2 Evolução Histórica do Método


De acordo com Marconi e Lakatos (2011), desde os tempos antigos existiu a
necessidade de explicar os fenómenos que ocorriam na natureza, e com isso, o
homem recorreu ao conhecimento mítico para explicar os fenómenos que ocorriam
atribuindo assim a entidade de carácter sobrenatural. O conhecimento Religioso
4
também teve um grande domínio na explicação dos fenómenos da natureza, atribuindo
todas as explicações dos acontecimentos aos deuses. Por outro lado o conhecimento
Filosófico, utiliza a investigação racional para tentar captar a essência imutável do real,
pela compreensão da forma e das leis da natureza.

Foi no século XVI que procuraram encontrar um conhecimento baseado com a


maior garantia possível na procura do real. Não se procuravam mais as causas
absolutas ou a natureza íntima das coisas mas sim procuravam compreender as
relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos mediante a
observação científica aliada ao raciocínio, isso tudo graças ao conhecimento filosófico
aliado ao senso comum e a explicação religiosa que orientaram as preocupações do
homem com o universo.

1.2.1 Método de Galileu Galilei

Segundo Marconi e Lakatos (2011), Galileu foi o primeiro teórico do método


experimental. Para Galileu as ciências não tem como foco de preocupação a qualidade,
mas sim as relações quantitativas. Seu método pode ser descrito como indução
experimental, chegando-se a uma lei geral por intermédio da observação de certos
números de casos particulares.

Os passos do método de Galileu são:

i. Observação dos fenómenos


ii. Analise das partes, estabelecendo relações quantitativas.
iii. Indução de hipóteses
iv. Verificação das hipóteses (experimento)
v. Generalização dos resultados
vi. Confirmação das hipóteses
vii. Estabelecimentos de leis gerais.

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1.2.2 Método de Francis Bacon

De acordo com Marconi e Lakatos (2011) Francis Bacon em sua obra Novum
Organum, critica também Aristóteles por considerar que o processo de abstracção e o
silogismo não propiciam um conhecimento completo do universo. Se opõe ao emprego
da indução completa por simples enumeração ( ver 2.2.3.a). Diz que é necessário a
observação e a experiência dos fenómenos, por que só assim que podemos confirmar
a verdade.

Já que o conhecimento científico é o único caminho para encontrar a verdade


dos factos, deve-se acompanhar os seguintes passos:

i. Experimentação- o cientista observa e regista toda a informação de


forma sistemática e realiza experiência sobre o problema;
ii. Formulação de hipóteses – com os resultados da experiência,
formula-se hipóteses explicando assim a relação causal entres os
efeitos;
iii. Repetição- os experimentos devem ser repetidas se possível em
outros lugares e por outros cientistas com a finalidade de acumular
mais dados para a formulação de hipótese;
iv. Testagens das hipóteses- através dos resultados obtidos nas
repetições dos experimentos, testam-se as hipóteses com a finalidade
de obter novos dados assim como evidencias que as confirmem;
v. Formulação de generalizações e leis- o cientista que seguiu todos
os passos anteriores, formula as leis que descobriu sustentando-se
com base nas evidências que obteve, e generaliza suas explicações
para todos os fenómenos da mesma espécie.

1.2.3 Método de Descartes

De acordo com Marconi e Lakatos (2011), no mesmo século surgiu Descartes


com a sua obra, Discurso sobre o método, originando o método dedutivo e afastando-

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se do método indutivo. Para Descartes chega-se a certeza pela utilização da razão,
princípio absoluto do conhecimento Humano. Descartes postula quatro regras que são:

I. Evidência- não acolher jamais como verdadeira uma coisa que não se
recolheu evidentemente como tal, isto é, evitar a precipitação,
preconceito e não incluir juízos, se não aquilo que se apresenta como
tal clareza ao espírito que torne impossível a duvida;
II. Análise- dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quanto
necessárias para melhor resolve-las;
III. Síntese- conduzir ordenadamente os pensamentos, começando com
os objectivos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir em
seguida, pouco a pouco até ao conhecimento dos objectos que não se
disponham, de forma natural, em sequências de complexidades
crescente;
IV. Enumeração - realiza sempre enumerações tão cuidadas e revisões
tão gerais que se possa ter certeza de nada haver omitido. Hegenberg
(1976) apud Marconi e Lakatos (2011).

1.2.4 Concepção Actual do Método

De acordo com Marconi e Lakatos (2011), Actualmente o método científico é a


teoria de investigação que alcança seus objectivos de forma científica quando
cumprimos as seguintes etapas:

I. «Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de


conhecimentos - Se o problema não estiver enunciado com clareza,
passa-se a etapa seguinte; se o estiver, passa-se a subsequente;
II. Colocação precisa do problema- ou, ainda, a recolocação de um
velho problema, a luz de novos conhecimentos (empírico ou teóricos,
substantivos ou metodológicos);
III. Procura de conhecimento ou instrumentos relevantes ao
problema (por exemplo, dados empíricos, teorias, aparelhos de
medição, técnicas de cálculos ou de medição);
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IV. Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios
identificados- se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa
seguinte; em caso contrario, a subsequência;
V. Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) – ou
produção de novos dados empíricos que prometam resolver os
problemas;
VI. Obtenção de uma solução (exacta ou aproximada) do problema –
com auxílio do instrumento conceitual ou empírico disponível;
VII. Investigação das consequências da solução obtida - tratando-se
de uma teoria, e a busca de prognostico que possam ser feitos com o
seu auxilio; tratando-se de novos dados, e o exame das
consequências que possam ter para as teorias relevantes;
VIII. Comprovação da solução – confronto da solução com a totalidade
das teorias e da informação empírica pertinente;
IX. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é dada como concluída, até
novo aviso. Do contrário, passa-se para a etapa seguinte;
X. Correcção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na obtenção da solução incorrecta – esse é,
naturalmente, o começo de um novo ciclo de investigação» Bung
(1980, P.25) apud Marconi e Lakatos (2011, P.52).

1.3 Tipos de Métodos

1.3.1 Método Indutivo

Segundo Vaz Freixo (2009), O Metodo Indutivo tem origem na concepção


empirista da ciência. A primeira fase quando se começa uma investigação, deve-se
começar por uma observação para que com o resultado elaborar uma teoria, essas
obervaçoes devem ser desprovida de qualquer conceito pessoal e ideias
preconcebidas, de modo que sejam o mais puras possível, ou seja, como diz Amâncio
Pinto citado por Vaz Freixo(2009, p.104) «a natureza devia ser examinada com um
olhar inocente». Por sua vez, na segunda fase, os dados observados seriam

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codificados e classificados de modo a isolar os valores ou características que estão
constantemente associados ao fenómeno em estudo. A terceira fase consistiria em
tentar inferir alguns enunciados gerais a partir dos factos anteriormente classificados.
Estamos assim perante as primeiras teorias, uma vez que nesta fase de investigação já
se pode afirmar que a causa X produz sempre um efeito Y, é possível estabelecer
enunciados a partir das observações iniciais. E na quarta fase, as hipóteses formuladas
na fase anterior seriam verificadas com mais rigor, seriam alvo de um controlo
Suplementar através de novas observações ou da realização de provas, Resultando
assim que a hipótese seria validada a partir do maior número de confirmações obtidas
nas diversas provas. Sintetizando podemos então dizer que, nas duas primeiras fases,
observa-se e categorizam-se as observações; na terceira fase formulam-se hipóteses
que são confirmadas na quarta fase. Podemos dizer que o raciocínio indutivo constitui
um dos métodos utilizados pela ciência, partindo de informações particulares e
buscando uma lei geral, universal. Exemplo:

O ferro conduz eletricidade / O ouro conduz eletricidade / O cobre conduz


eletricidade. Conclusão: todos os metais conduzem eletricidade.

1.3.2 Metodo Dedutivo

Segundo Vaz Freixo (2009), O Metodo Dedutivo origina da concepção


racionalista. Este metodo é o contrario do metodo indutivo, porque faz do geral o
particular, ou seja, raciocinar dedutivamente é partir de premissas gerais em busca
de uma verdade particular. Este tipo de raciocínio é o preferido dos matemáticos. As
conclusões são obtidas a partir das premissas, usando-se o raciocínio lógico e uma
vez encontradas, as conclusões são incontestáveis. Para ser mais preciso, diria que
um argumento lógico dedutivo é sempre formado por três partes:

1) As hipóteses ou premissas (O ser humano é imperfeito);

2) Ainferência, ou seja, o processo pelo qual passamos das hipóteses à tese (Eu
sou um ser humano);

3) As conclusões ou tese (Logo, eu sou imperfeito).

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Resumindo, os raciocínios dedutivos válidos, de algo verdadeiro, nunca se pode
concluir algo falso. Por outro lado, de hipóteses falsas pode-se concluir tantas
coisas verdadeiras como falsas e tudo isto por meio de um raciocínio dedutivo
absolutamente correto.

1.3.3 Metodo Hipotetico-Dedutivo

Segundo Vaz Freixo (2009), O método hipotético-dedutivo foi desenvolvido por


Karl Popper a partir de críticas à indução, expressas em A Lógica da Investigação
Científica,obra publicada em 1934.

Para Popper, o método científico inicia-se com um problema (P1), ao qual se faz
corresponder uma solução provisória através de uma teoria-tentativa (TT),
passando-se depois a criticar a solução, tendo em vista a eliminação do erro (EE).
Este processo, na procura permanente da contradição, qual dialética, o processo
autorregenera-se, dando lugar a novos problemas (P2). Para Karl popper a ciencia
começa e acaba com problemas. a observação assume um papel decisivo na
investigação e é precedida por um problema, uma hipótese, enfim, algo teórico.

1.3.4 Método Dialético

Segundo Marconi e Lakatos(2011), A palavra Dialetica era equivalente a dialogo


na Grecia Antiga, passando depois a referir-se, ainda dentro do diálogo, a uma
argumentação que fazia clara distinção dos conceitos envolvidos na discussão. para a
dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em
movimento: nenhuma coisa está “acabada”, encontrando-se sempre em via de se
transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro. Por outro
lado, as coisas não existem isoladas, destacadas umas das outras e independentes,
mas como um todo unido, coerente. Tanto a natureza quanto a sociedade são
compostas de objetos e fenômenos organicamente ligados. Na mudança de qualidade,
produzida por alterações quantitativas, ela deixa de ser o que é e passa a ser coisa
diferente.

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1.3.5. Método Histórico

Partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os


costumes têm origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para
compreender sua natureza e função. Assim, o método histórico consiste em investigar
acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na
sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual por meio de
alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo
contexto cultural particular de cada época. Seu estudo, para uma melhor compreensão
do papel que atualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de
sua formação e de suas modificações.

1.3.6 Método Comparativo


Segundo Marconi e Lakatos (2011), Considerando que o estudo das semelhanças
e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou povos contribui para uma
melhor compreensão do comportamento humano, este método realiza comparações
com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. O método comparativo
é usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os
existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes
estágios de desenvolvimento. Ocupando-se da explicação dos fenômenos, o método
comparativo permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os elementos
constantes, abstratos e gerais. Constitui uma verdadeira experimentação indireta.

1.3.7 Método Monográfico

De acordo com Marconi e Lakatos (2011), este metodo foi Criado por Le Play. o
método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões,
condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter
generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os
fatores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.

1.3.8 Método Estatístico

De acordo com Marconi e Lakatos (2011), este metodo foi Planejado por
Quetelet. Os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos,

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representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações
entre si. Assim, o método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos,
políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que
permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre
sua natureza, ocorrência ou significado. O papel do método estatístico é, antes de tudo,
fornecer uma descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo
organizado.

1.3.9 Método Tipológico

Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos


ideais, construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A
característica principal do tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo
para a análise e compreensão de casos concretos, realmente existentes. Weber,
através da classificação e comparação de diversos tipos de cidades, determinou as
características essenciais da cidade; da mesma maneira, pesquisou as diferentes
formas de capitalismo para estabelecer a caracterização ideal do capitalismo moderno;
e, partindo do exame dos tipos de organização, apresentou o tipo ideal de organização
burocrática. Marconi e lakatos (2011).

1.3.10 Método Funcionalista

Segundo Marconi e Lakatos (2011), O método funcionalista considera, de um


lado, a sociedade como uma estrutura complexa de grupos ou indivíduos, reunidos
numa trama de ações e reações sociais; de outro, como um sistema de instituições
correlacionadas entre si, agindo e reagindo umas em relação às outras. É o método de
interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração que a sociedade é
formada por partes componentes, diferenciadas, inter-relacionadas e interdependentes,
satisfazendo cada uma das funções essenciais da vida social, e que as partes são mais
bem entendidas compreendendo-se as funções que desempenham no todo, o método
funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto é,
como um sistema organizado de atividades.

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1.3.11 Método Estruturalista

Segundo Marconi e Lakatos (2011), foi desenvolvido por Lévi-Strauss. O


método parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir, ao nível
abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que represente o objeto de
estudo, retornando, por fim, ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e
relacionada com a experiência do sujeito social. Considera que uma linguagem
abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de comparar
experiências, à primeira vista, irredutíveis que, se assim permanecessem, nada
poderiam ensinar, em outras palavras, não poderiam ser estudadas. Dessa forma, o
método estruturalista caminha do concreto para o abstrato, e vice-versa, dispondo, na
segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos
fenômenos.

1.3.12 MÉTODO DESCRITIVO

De acordo com Marconi e Lakatos (2011), Quando um investigador inicia o


estudo de uma nova área ou domínio do saber é provável que recorra ao método
descritivo para identificar os principais fatores ou variáveis que existem numa dada
situação ou comportamento. A identificação das variáveis baseia-se frequentemente
numa observação cuidada. Este método assenta em estratégias de pesquisa para
observar e descrever comportamentos, incluindo a identificação de fatores que possam
estar relacionados com um fenómeno em particular. Os métodos descritivos
respondem às seguintes questões sobre o comportamento:

– Quem, o quê, onde e quando?

– Quem se envolve num determinado comportamento?

– Que fatores ou eventos parecem estar associados a esse comportamento?

– Onde esse comportamento ocorre?

– Quando esse comportamento ocorre?

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2. Investigação
2.1 Conceito

A palavra Investigar provem do Latim “Investigare” que significa procurar,


procurar cuidadosamente, procura cuidadosamente, os conhecimentos cientificos, ou
tambem procurar com cuidado a verdade cientifica. Marconi e Lakatos (2011).

2.2 Objectivos da Investigação

Segundo Marconi e Lakatos (2011), o objectivos de investigação cientifica é


descobrir respostas certas mediante a aplicação dos metodos cientificos.

2.3 Tipos de Investigação

Segundo Marconi e Lakatos (2011), os tipos de investigaçao são:

2.3.1 Investigação Bibliográfica

Partindo do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa bibliográfica


é uma das mais comuns. É considerada obrigatória em quase todos os moldes de
trabalhos científicos. Consiste na coleta de informações a partir de textos, livros, artigos
e demais materiais de caráter científico. Esses dados são usados no estudo sob forma
de citações, servindo de embasamento para o desenvolvimento do assunto
pesquisado. É um método teórico e que se foca em analisar os ângulos distintos que
um mesmo problema pode ter, ao consultar autores com diferentes pontos de vista
sobre um mesmo assunto. Posteriormente, o investigador deverá comparar as
informações levantadas e, a partir de então, construir as suas observações e
conclusões.

2.3.2 Investigacao Documental

Similar à pesquisa bibliográfica, a documental não se restringe apenas a coleta


de informações de caráter científico. Na pesquisa documental qualquer documento com
conteúdo informacional útil para a pesquisa pode ser usado, como jornais, revistas,
catálogos, fotografias, atas, etc. Normalmente, esse tipo de pesquisa é usado em união

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com a pesquisa bibliográfica. Assim, cria-se um vínculo entre o discurso teórico e a
realidade apresentada nos documentos não-científicos, por exemplo.

2.3.3 Estudo de caso

Ao contrário da pesquisa documental e bibliográfica, esse procedimento é


empírico. Isso significa que não se restringe apenas ao levantamento de informações
teóricas, mas também de observações e experiências. Consiste em uma profunda
investigação sobre algum aspecto específico de determinado tema (indivíduo,
fenômeno, ambiente, etc). Os resultados obtidos com o estudo de caso não devem ser
generalizadores. Ou seja, não podem ser usados para representar todos os indivíduos,
mas sim apenas aqueles que foram diretamente investigados. O estudo sobre uma
campanha de marketing específica de uma empresa pode ser um exemplo. O
investigador deverá coletar informações através de questionários, entrevistas, etc.
Depois, deve fazer uma crítica qualitativa dos dados levantados, com o objetivo de
encontrar aspectos negativos, positivos e demais repercussões sobre o assunto.

2.3.4 Investigacao experimental

Também é uma pesquisa empírica. É comum em pesquisas laboratoriais, onde o


investigador tem controle das variáveis e simula situações que deverão ser observadas
e analisadas. Normalmente, na pesquisa experimental o pesquisador compara
diferentes variáveis com o objetivo de traçar um perfil, refutar hipóteses ou aprovar
teorias.

2.3.5 Investigacao ex-post-facto

Esse é um tipo de pesquisa feito após a ocorrência de alguma das variáveis /


fenômenos. O seu propósito é entender como aquele fato que ocorreu no passado, por
exemplo, foi capaz de alterar determinado grupo no presente e/ou no futuro. Nesse
caso, o pesquisador não tem controle da variável, visto que ela já aconteceu.

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2.3.6 Investigação de campo

Ao contrário da pesquisa laboratorial, nesse caso o pesquisador vai até o


ambiente natural do seu objeto de estudo. O investigador deixa de ter total controle
sobre as variáveis, se limitando a observar, identificar e coletar informações sobre o
seu objeto de estudo no seu contexto original de vivência. Nos trabalhos acadêmicos, a
pesquisa de campo deve ser uma etapa posterior a pesquisa bibliográfica. O
investigador deve estar preparado com o máximo de informações teóricas sobre o
assunto que envolve o seu objeto de estudo.

2.3.7 Investigacao levantamento

Nesse tipo de pesquisa, o investigador se limita a verificar o comportamento ou


interação de determinado grupo. O uso de questionários é comum como meio de coleta
de dados. Ao contrário do estudo de caso, a pesquisa levantamento busca generalizar
um resultado com base nas respostas obtidas na pesquisa. Consiste numa pesquisa
quantitativa, visto que não há o detalhamento dos dados, apenas a apresentação de
seus aspectos gerais.

3. Ciência
3.1 Conceito

Vaz Freixo ( 2009, p. 35) diz que Apalavra ciência deriva do latim scire que
significa «saber», oferecendo o mesmo conteúdo etimológico que conhecimento, do
latim «cognosci» que significa «conhecer», ou seja, é um conhecimento racional,
sistemático e verificável. Para difinir a ciencia com precisao não é Facil, com isso varios
autores deixaram as suas definiçoes, como o exemplo a seguir:

Para Ander-Egg (1978, p.15) apud Marconi e Lakatos (2011, p.21) « ciência é um
conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente
sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma

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natureza», esse é o conceito mais abrangente sobre a ciencia que apresentou em sua
obra Introducción a las técnicas de investigación social.

 Conhecimento racional – porque utilizao o racioscinio logico, isto é, que tem


exigências de método e está constituído por uma série de elementos básicos,
tais como sistema conceituai, hipóteses, definições;
 certo ou provável – porque para um dado conhecimento, não se pode dar a
certeza indiscutivel por a ciencia sempre tende a evoluir e nem sempre o que se
considera certo hoje amanha pode não ser.
 obtidos metodicamente - pois não se os adquire ao acaso ou na vida
cotidiana, mas mediante regras lógicas e procedimentos técnicos;
 sistematico - isto é, O conhecimento esta organizado segundo uma logica,
constituindo uma teoria;
 verificáveis – faz parte da ciencia todo conhecimento que pode ser comprovada
ou que não passam pelo exame da experiência;
 relativos a objetos de uma mesma natureza - ou seja, objetos pertencentes a
determinada realidade, que guardam entre si certos caracteres de
homogeneidade.

3.2 Tipos de Conhecimento

Segundo Marconi e Lakatos (2011), os tipos de conhecimento são:

3.2.1 Conhecimento popular

O conhecimento popular é adiquirido no nosso dia a dia, com a interraçao do


homem com a natureza. Segundo Marconi e Lakatos (2011), O conhecimento popular é
valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em
estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de
realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e
este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o

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objeto conhecido. É também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o
objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral.

3.2.2 Conhecimento Filosofico

Segundo Marconi e Lakatos (2011), é o conhecimento argumentativo que não


usa metodos cientificos. é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses,
que não poderão ser submetidas à observação. Trujillo (1974, p.12) apud Marconi e
Lakatos(2011, p.19) diz que «as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência,
portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação» , por
este motivo, o conhecimento filosófico não é verificável, já que os enunciados das
hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser
confirmados nem refutados. E racional, em virtude de consistir num conjunto de
enunciados logicamente correlacionados.

3.2.3 Conhecimento Religioso

Marconi e Lakatos (2011, p.19), Conhecimento Religioso «é um conhecimento


sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um
criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude
de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou teológico
parte do princípio de que as verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por
consistirem em revelações da divindade sobrenatural».

3.2.4 Conhecimento Científico


De acordo com Marconi e Lakatos (2011), É o conhecimento que é obtido
atravéz de metodos cientificos. É real e factual porque lida com ocorrências ou fatos,
isto é, com toda «forma de existência que se manifesta de algum modo» Trujillo (1974:
p.14) citado por Marconi e Lakatos (2011, p.20). Constitui um conhecimento
contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade
conhecida por meio da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no
conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações

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(hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final,
por este motivo, é aproximadamente exacto: novas proposições e o desenvolvimento
de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

3.3 Características do Método Científico

Segundo Gil (2008), o Método científico apresenta as seguintes características:


 Observação – é a etapa em que o pesquisador observa ou analisa um
determinado fenómeno;
 Questionamento – o pesquisador elabora perguntas mediante as
observações feitas como «porque que isso ocorre?
 Hipóteses – é a etapa onde o pesquisador responde as perguntas feitas na
etapa anterior, que serão o ponto de partida da experimentação;
 Experimentação – nesta etapa são realizados experimentos com base nas
hipóteses levantadas com objectivos de encontrar respostas para cada
questão elaborada;
 Analise dos resultados – após a fase da experimentação, o pesquisador
analisa cada um dos resultados para verificar se eles são suficientes para
explicar cada um dos problemas levantados e também se estão de acordo
com as hipóteses;
 Conclusão – é a etapa que o pesquisador verifica se os experimentos
respondem as questões levantadas e permitem que façam afirmações acerca
do fenómeno analisado.

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Conclusão

Neste presente trabalho conclui que a metodologia é uma ciência que se dedica
ao estudo de métodos. Metodologia vem do grego (methodos + logos) que significa arte
de dirigir o estudo de métodos. Na Investigação científica a observação é o primeiro
passo para as investigações e é a partir dela que o cientista buscará respostas a
perguntas como “porque tal fenómeno ocorre?” ou que relação este fenómeno tem com
aquele? Para estas perguntas, o estudioso da ciência deverá formular possíveis
respostas, as chamadas hipóteses. Esta última deverá estar baseada em diversas
informações já conhecidas e, para tal, uma boa pesquisa é imprescindível.
Conhecimento científico é a informação e o saber que parte do princípio das análises
dos fatos reais e cientificamente comprovados. Para ser reconhecido como um
conhecimento científico, este deve ser baseado em observações e experimentações,
que servem para testar a veracidade ou falsidade de determinada teoria.

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Bibliografia
 GIL, António Carlos - Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6a ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
 LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade - Metodologia Científica.
6a ed. São Paulo: Atlas, 2011.
 VAZ FREIXO, Manuel João - Metodologia Científica: Fundamentos Métodos e
Técnicas. 4a ed. Lisboa: Instituto Piaget, 2009.

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