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METODOLOGIA DO TRABALHO

CIENTÍFICO
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 3


CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO ......................... 5
1.1 Metodologia Cientifica e Ciência ........................................................................................... 5
1.2 Os métodos da Ciência: Conceito e Definições................................................................ 8
1.2.1 Método Indutivo .................................................................................................. 9
1.2.2 Método Dedutivo .............................................................................................. 11
1.2.3 Indutiva x dedutiva ........................................................................................... 11
1.2.4 Método Hipotético-dedutivo .............................................................................. 12
1.2.5 Método Dialético ............................................................................................... 13
1.2.6 Método Fenomenológico .................................................................................. 13
1.3 Processo Científico .................................................................................................................. 15
1.4 Linguagem e Argumentação Científica ............................................................................. 15
1.5 Ferramentas Teóricas ............................................................................................................. 16
1.5.1 Teorias, Hipóteses, Variáveis dependentes e independentes .......................... 16
1.5.2 Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóteses → Nível III -
Hipóteses Válidas e Teorias. ..................................................................................... 17
1.6 Delineamentos de um estudo cientifico: projeto de pesquisa .................................... 18
1.6.1 Tipos de delineamento de pesquisa: ................................................................ 19
CAPÍTULO 2 – PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................. 22
2.1 Processo de Elaboração da Pesquisa Científica............................................................ 22
2.2 Etapas da Pesquisa ................................................................................................................. 23
2.3 Aplicação de Questionário ..................................................................................................... 32
2.4 Ética na Pesquisa ..................................................................................................................... 33
2.5 Princípios éticos comuns em disciplinas científicas: ..................................................... 36
CAPÍTULO 3 – ELABORAÇÃO ............................................................................... 38
3.1 Estruturas do Artigo Científico .............................................................................................. 38
3.1.1 Elementos pré-textuais ..................................................................................... 38
3.1.2 Elementos textuais ........................................................................................... 40
3.1.3 Elementos pós-textuais .................................................................................... 40
3.2 Linguagem do Artigo ............................................................................................................... 41
3.2.1 Leitura Crítica ................................................................................................... 42
3.3 Fichamentos............................................................................................................................... 44
3.3.1 Tipos de Fichamento: ....................................................................................... 45
3.4 Resumo Científico .................................................................................................................... 47
3.5 Resenha ...................................................................................................................................... 48
3.6 Relatórios de pesquisa ........................................................................................................... 49
3.7 Ficha catalográfica ................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

O conhecimento científico obtido no processo metodológico tem como


finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno baseado na
verificação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, está diretamente vinculado a
questões específicas que trata de explicá-las e relacioná-las com outros fatos.
Dessa maneira, observa-se que, quando se analisa determinado fato, não se pode
limitar apenas a tentar explicar os questionamentos que são suscitados acerca dos
problemas, mas é importante também observar que existe a necessidade de se
buscarem elementos que possam realizar uma ligação estreita com outros fatos e,
sendo assim, tentar explicá-los.
O método científico pode ser definido como um conjunto de etapas e
instrumentos pelo qual o pesquisador direciona seu projeto de trabalho com critérios
de caráter científico para alcançar dados que suportam ou não sua teoria inicial.
Desta forma, ele tem toda a liberdade para definir quais os melhores instrumentos
vai utilizar para cada tipo de pesquisa a fim de obter resultados confiáveis e com
possibilidades de serem generalizados para outros casos.
Esse fato pode ser baseado em alguns fenômenos pré-universitários como, por
exemplo, baixa qualidade na formação de alunos interessados, curiosos e
exploradores que ingressam na comunidade acadêmica, assim como, no próprio
grau de especificidade técnica para desenvolvimento dos projetos propostos.
A pesquisa bibliográfica é fonte inesgotável de informação, ocupando um lugar
de destaque na vida do pesquisador, por constituir os primeiros passos para a busca
de conhecimento. Ela auxilia na atividade intelectual e contribui para o conhecimento
em todas as suas formas.
É um estudo sistematizado, desenvolvido a partir de tudo aquilo que foi escrito,
gravado ou filmado sobre determinado tema, assunto ou área do conhecimento. O
material bibliográfico é reunido em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja,
material de acesso ao público em geral. A pesquisa bibliográfica tem a finalidade de
colocar o pesquisador em contato direto com a informação sobre determinado objeto
de estudo.

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Qual seria sua principal característica? Para Knechtel (2014), seria a leitura, a
pesquisa em fontes concretas que forneçam fundamentos analíticos para todo o tipo
de pesquisa, criando um universo de debate entre o pesquisador e outros autores.
Ou seja, a pesquisa bibliográfica é a base para qualquer tipo de pesquisa, com ela, o
pesquisador inicia seus primeiros conhecimentos sobre o tema e objeto de estudo.
Neste material veremos que a identificação bibliográfica é classificada em
fontes primárias e secundárias, sendo que será nessas fontes que o pesquisador irá
encontrar as informações necessárias para a sua pesquisa. Por fontes primárias,
entende-se a bibliografia básica sobre o assunto, que traz embasamento teórico. Já
as fontes secundárias se caracterizam por serem bibliografias complementares, que
servem de apoio para o assunto pesquisado.

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

1.1 Metodologia Científica e Ciência

O desenvolvimento do método científico envolve algumas das culturas mais


esclarecidas da história, bem como alguns grandes cientistas, filósofos e teólogos.
Além de analisar as mudanças na filosofia subjacente à descoberta científica, não
podemos esquecer algumas das ferramentas que tornam a ciência possível,
incluindo indexação de bibliotecas e revistas científicas revisadas por pares. Desde
as observações dos antigos gregos e zoroastrianos até o telescópio espacial
Hubble, a história do método científico está subjacente ao desenvolvimento de toda
ciência e tecnologia, e devemos nossa tecnologia moderna a algumas mentes
grandes e inovadoras.
O método científico deve ser diferenciado dos objetivos e produtos da ciência,
como conhecimento, previsões ou controle. Métodos são os meios pelos quais
esses objetivos são alcançados. O método científico também deve ser diferenciado
da meta-metodologia, que inclui os valores e justificativas por trás de uma
caracterização específica do método científico (isto é, uma metodologia) - valores
como objetividade, reprodutibilidade, simplicidade ou sucessos do passado.
Regras metodológicas são propostas para governar o método e é uma questão
meta-metodológica se os métodos que obedecem a essas regras satisfazem
determinados valores. Finalmente, o método é distinto, até certo ponto, das práticas
detalhadas e contextuais através das quais os métodos são implementados.
O último pode variar: técnicas laboratoriais específicas; formalismos
matemáticos ou outras línguas especializadas usadas nas descrições e no
raciocínio; meios tecnológicos ou outros meios materiais; maneiras de comunicar e
compartilhar resultados, seja com outros cientistas ou com o público em geral; ou as
convenções, hábitos, costumes impostos e controles institucionais sobre como e que
ciência é realizada.

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Embora seja importante reconhecer essas distinções, seus limites são


confusos. Portanto, os relatos de método não podem ser totalmente divorciados de
suas motivações ou justificativas metodológicas e meta-metodológicas.
Além disso, cada aspecto desempenha um papel crucial na identificação de
métodos. Portanto, as disputas sobre o método ocorreram nos níveis de detalhe,
regra e meta-regra. Mudanças nas crenças sobre a certeza ou falibilidade do
conhecimento científico, por exemplo (que é uma consideração meta-metodológica
do que podemos esperar que os métodos produzam), significaram diferentes
ênfases no raciocínio dedutivo e indutivo ou na importância relativa atribuída ao
raciocínio sobre observação (isto é, diferenças sobre métodos particulares). Crenças
sobre o papel da ciência na sociedade afetarão o lugar que se atribui aos valores no
método científico.
“Etimologicamente, a palavra metodologia vem do grego metá, que significa ‘na
direção de’, hodós, que significa ‘caminho’, e logos, que significa ‘estudo’”
(Rodrigues, 2006, p.19), logo inferimos que é o estudo crítico dos métodos
utilizados. São as opções disponíveis para o estudo daquilo que o pesquisador
acredita poder saber mais.
Podemos considerar a metodologia científica como uma ferramenta maior que
agrega vários meios que auxiliam na realização da pesquisa científica. Que ajuda
nas questões éticas e legais, que ajuda a delimitar os temas e não deixa fugir do
proposto, ou melhor, ajuda a deixar obvio as decisões, os meios e a questão a ser
trabalhada para que não haja uma extensão desapropriada do assunto proposto,
tampouco um desfalque. Destarte, Rodrigues define de modo resumido o que
podemos identificar como metodologia científica:

Assim pode-se dizer que a metodologia científica consiste no estudo, na


geração e na verificação dos métodos, das técnicas e dos processos
utilizados na investigação e resolução de problemas, com vistas ao
desenvolvimento do conhecimento cientifico. O conhecimento cientifico se
constrói por meio da investigação científica, da pesquisa utilizando-se a
metodologia (2006, p.19).

Barros & Lehfeld (1986) afirmam que a metodologia não procura soluções, mas
escolhe as maneiras de encontrá-las, integrando os conhecimentos a respeito dos
métodos em vigor nas diferentes disciplinas científicas ou filosóficas. E com relação

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à importância da disciplina metodologia científica, essa é baseada na apresentação


e exame de diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange a estudar e
aprender.
Para nós, mais vale o conhecimento e manejo dessa instrumentação para o
trabalho científico do que o conhecimento de uma série de problemas ou o aumento
de informações acumuladas sistematicamente. Essa disciplina está, pois, voltada a
assessorar e colaborar com o crescimento intelectual do aluno para a formação de
um compromisso científico frente à realidade empírica.
A complexidade do método fez dele uma disciplina denominada metodologia.
Metodologia cientifica é o estudo dos métodos de conhecer. Trata-se de métodos de
buscar o conhecimento, é uma forma de pensar para se chegar à natureza de um
determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. O método científico é
entendido como o conjunto de processos orientados por uma habilidade crítica e
criadora voltada para a descoberta da verdade e para a construção da ciência hoje,
a pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso (Cervo & Bervian,
2002).
Se contemplarmos o conceito de ciência, ou simplesmente nos perguntarmos o
que é ciência, teremos que recorrer a uma disciplina externa: a filosofia da ciência.
Nessa perspectiva a filosofia se divide em três vastos grupos: a metodologia da pura
filosofia ou epistemologia, o estudo do conhecimento científico ou a filosofia da
ciência e o estudo de possíveis coisas ou metafísica, ou meta-ciência. Usando uma
terminologia menos precisa, a filosofia analisa o mundo do que é possível e a
ciência é limitada ao mundo comprovado. Se a filosofia da ciência não tem provas,
restringe conceitos; enquanto a filosofia geral precisa de provas para limitar um
conceito.
A filosofia da ciência entendida como um nível de raciocínio que nos leva ao
conceito de ciência e não como uma disciplina acadêmica que usa muitas palavras
latinas ou gregas e cita inúmeros autores. A filosofia da ciência é como a
autolimitação que o pequeno filósofo estabelece para descobrir as maravilhas do
novo mundo que têm profundo senso comum.
As definições dos termos ciência e metodologia são em si mesmas um objeto
de estudo. Esse estudo, levado a efeito pela filosofia da ciência, deve nortear o

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pensamento humano sobre suas próprias descobertas e representações. Tendo em


vista a pergunta pela definição da ciência, vejamos: a ciência é todo um conjunto de
atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo
limitado, capaz de ser submetido à verificação onde [...] A ciência é um conjunto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente,
sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma
natureza. (LAKATOS & MARCONI, 1991, p.80).
Para Bunge (1980) a ciência é como um sistema de ideias estabelecidas
(conhecimento científico) é como uma atividade produtora de novas ideias
(investigação científica). Gil (1999) mais próximo ao sentido cartesiano, diz que,
etimologicamente, ciência significa conhecimento, sendo o seu objetivo fundamental
a veracidade dos fatos, com o objetivo de formular, mediante linguagem rigorosa e
apropriada às leis que regem os fenômenos.
Segundo Andery “a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do homem
entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última
instância, permitam a atuação humana” (1996, p. 13). Ao longo dos anos, o homem
sempre buscou entender-se e ao universo ao seu redor, formulando leis e
procurando entender os mecanismos pelos quais o mundo “funciona”, através de
ferramentas criadas para esse fim, como a ciência.
Já na “sociedade ocidental, no entanto, a ciência é a forma hegemônica de
construção da realidade, considerada por muitos críticos como um novo mito, por
sua pretensão de único promotor e critério de verdade” (Minayo, 2007, p. 9). E já
que, assim como Minayo, não interessa para os fins deste trabalho, compactuar
dessa visão compartilharemos da visão de Meadows e Ziman que respalda a
concepção de que conceituar ciência é, além de polêmico e pretensioso, quase
desnecessário já que “um cientista pode alcançar sucesso sem ter noção exata do
que é ciência” (Targino, 2000).

1.2 Os métodos da Ciência: Conceito e Definições

Os conceitos de método, que ora apresentamos, foram fundamentados em


focos que remetem aos caminhos da metodologia, pois a história do método

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científico se confunde com a história da própria ciência. Salienta-se a importância da


escolha de um método de pesquisa, por certificar que não há ciência sem método,
embora nem todos os estudos se constituam em ciência. Veja alguns conceitos e
definições:
 A metodologia científica nos ensina um caminho para chegarmos a um fim
científico. A palavra "científica" vem de ciência.
 A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a serem utilizados
na obtenção do conhecimento. É a aplicação do método através de técnicas que
garantem a legitimidade do saber obtido.
 Considera-se a Ciência como conjunto de leis que buscam explicar alguns
fenômenos até que existam outras leis para nos dar uma explicação mais completa
sobre o assunto.
 Papel da ciência: Trazer luz onde reinam as trevas. O rigor científico nega, na
sua essência, as crendices, a magia, as superstições antigas e atuais.
 Segundo o dicionário Aurélio: Ciência é o conjunto organizado de
conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos
mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio.
Podemos dizer que métodos e técnicas são coisas diferentes. Alguns autores
defendem que a técnica é responsável por informar a maneira de fazer uma
atividade. Dessa forma, podemos dizer que a técnica é responsável por
informar como fazer, enquanto que o método estabelece o que fazer. A forma de
aplicação do método é a técnica.
Os métodos que fornecem as bases lógicas ao conhecimento científico
são: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, método
dialético, método fenomenológico. Vejamos detalhadamente:

1.2.1 Método Indutivo


Indução significa oferecer uma verdade geral mostrando que, se é verdade
para um determinado caso. É verdade para todos esses casos. A abordagem
indutiva é de natureza psicológica. O método indutivo desenvolve a curiosidade no
indivíduo que é a necessidade do dia.

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O exercício metódico do conhecer afirma uma posição indutiva do sujeito em


relação ao objeto, na qual a investigação científica é uma questão de generalização
provável, a partir dos resultados obtidos por meio das observações e das
experiências. Francis Bacon foi o “sistematizador do Método Indutivo, pois a técnica
de raciocínio da indução já existia desde Sócrates e Platão”, conforme (Lakatos;
Marconi, 2000, p. 71).
Conforme Ferreira (1998), o método indutivo define suas regras e etapas a
partir de dois pressupostos que se sustentam na ideia da existência de um
determinismo nas leis observadas na natureza, são eles:
 Determinadas causas produzem sempre os mesmos efeitos, sob as mesmas
circunstâncias e determinações;
 A verdade observada em situações investigadas, torna-se verdade para toda
situação universal correspondente.
Raciocínio
A abordagem indutiva, também conhecida no raciocínio indutivo, começa com
as observações e as teorias são propostas no final do processo de pesquisa como
resultado das observações (Goddard, 2004). A pesquisa indutiva "envolve a busca
de padrões a partir da observação e o desenvolvimento de explicações - teorias -
para esses padrões através de séries de hipóteses" (Bernard, 2011). Nenhuma
teoria ou hipótese se aplicaria em estudos indutivos no início da pesquisa e o
pesquisador é livre em termos de alteração da direção do estudo após o início do
processo de pesquisa.
É importante enfatizar que a abordagem indutiva não implica desconsiderar as
teorias ao formular questões e objetivos de pesquisa. Essa abordagem visa gerar
significados a partir do conjunto de dados coletados, a fim de identificar padrões e
relacionamentos para construir uma teoria; no entanto, a abordagem indutiva não
impede o pesquisador de usar a teoria existente para formular a questão de
pesquisa a ser explorada (Saunders, 2012).
O raciocínio indutivo é baseado no aprendizado da experiência. Padrões,
semelhanças e regularidades na experiência (premissas) são observados para se
chegar a conclusões (ou gerar teoria). O raciocínio indutivo começa com
observações detalhadas do mundo, que avançam em direção a generalizações e

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ideias mais abstratas (Neuman, 2003). Ao seguir uma abordagem indutiva,


começando com um tópico, um pesquisador tende a desenvolver generalizações
empíricas e a identificar relações preliminares à medida que progride em sua
pesquisa. Nenhuma hipótese pode ser encontrada nos estágios iniciais da pesquisa
e o pesquisador não tem certeza sobre o tipo e a natureza dos resultados da
pesquisa até que o estudo seja concluído.

1.2.2 Método Dedutivo


O método dedutivo, por sua vez, realiza-se por meio do desenvolvimento de
um raciocínio lógico, que tem por ponto de partida uma ideia geral, uma verdade
estabelecida, da qual decorrerão preposições particulares. O raciocínio, neste caso,
parte de uma ideia geral para conclusões particulares. Enquanto que o processo
analógico representa um raciocínio baseado em razões de relevante similitude.
Raciocínio
O raciocínio dedutivo geralmente segue etapas. Primeiro, há uma premissa,
depois uma segunda premissa e, finalmente, uma inferência. Uma forma comum de
raciocínio dedutivo é o silogismo, no qual duas afirmações - uma premissa principal
e uma premissa menor - chegam a uma conclusão lógica. Por exemplo, a premissa
"Todo A é B" pode ser seguida por outra premissa, "Este C é A." Essas declarações
levariam à conclusão "Este C é B." Os silogismos são considerados uma boa
maneira de testar o raciocínio dedutivo para garantir que o argumento seja válido.
O raciocínio dedutivo, a dedução lógica ou a lógica “de cima para baixo” é o
processo de raciocínio de uma ou mais declarações para chegar a uma conclusão
logicamente certa. O método dedutivo de ensino é totalmente diferente do método
indutivo. Uma dedução-método é uma abordagem mais centrada no professor. Isso
significa que o professor dá um novo conceito, explica e depois os alunos praticam o
uso do método conceito.

1.2.3 Indutiva x dedutiva


O ponto mais importante a ter em mente ao considerar se deve usar uma
abordagem indutiva ou dedutiva é, primeiro, o objetivo de sua pesquisa; e segundo,
os métodos mais adequados para testar uma hipótese, explorar uma área nova ou

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emergente dentro da disciplina ou para responder a perguntas específicas de


pesquisa.
Por fim, entende-se que o método indutivo (geralmente chamado de método
científico) é o método dedutivo "virado de cabeça para baixo". O método dedutivo
começa com algumas afirmações verdadeiras (axiomas) com o objetivo de provar
muitas afirmações verdadeiras (teoremas) que logicamente seguem-se a ele. O
método indutivo começa com muitas observações da natureza, com o objetivo de
encontrar algumas afirmações poderosas sobre como a natureza funciona
(leis e teorias).
No método dedutivo, a lógica é a autoridade. Se uma afirmação segue
logicamente a partir dos axiomas do sistema, deve ser verdadeira. No método
científico, a observação da natureza é a autoridade. Se uma ideia entra em conflito
com o que acontece na natureza, ela deve ser alterada ou abandonada.

1.2.4 Método Hipotético-dedutivo


O modelo ou método hipotético-dedutivo é uma descrição proposta
do científico. Segundo ele, a investigação científica prossegue formulando
uma hipótese de uma forma que pode ser falsificável, usando um teste em dados
observáveis, onde o resultado ainda não é conhecido. Um resultado de teste que
pode ter e é contrário às previsões da hipótese é considerado uma falsificação da
hipótese. Um resultado de teste que poderia ter, mas não corre contrário à hipótese,
corrobora a teoria. Propõe-se, então, comparar o valor explicativo das hipóteses
concorrentes, testando quão rigorosamente elas são corroboradas por suas
previsões.
O método hipotético-dedutivo, ou o teste de hipóteses, não levanta problemas
em princípio, uma vez que sua validade depende dos resultados do teste empírico
apropriado. O mesmo tende a ser usado para melhorar ou esclarecer teorias
anteriores de acordo com novos conhecimentos, onde a complexidade do modelo
não permite formulações lógicas. Portanto, possui caráter e necessidades
predominantemente intuitivos, não apenas para rejeitar uma teoria, mas também
para impor sua validade, o contraste de suas conclusões.

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1.2.5 Método Dialético


O método dialético é diferente do método científico. Este último, o teimoso
legado da maneira antiquada de formular o pensamento, derivado de conceitos
religiosos baseados na revelação dogmática, apresenta os conceitos das coisas
como imutáveis, absolutas, eternas, fundamentadas em alguns primeiros princípios,
alheios um ao outro e com um tipo de vida independente.
Para o método dialético, não apenas tudo está em movimento, mas todas as
coisas se influenciam reciprocamente, e isso também vale para seus conceitos, ou
os reflexos dessas coisas em nossas mentes, que estão “conectadas e unidas”
(entre si). A metafísica procede por meio de antinomia, isto é, por termos absolutos
que se opõem. Esses termos opostos nunca podem se misturar ou tocar.
A lógica e a dialética nos ajudam a seguir um caminho que não é falso se, após
começarmos a formular certos resultados da observação do mundo real, queremos
poder enunciar outras propriedades além daquelas que acabamos de deduzir. Se
tais propriedades forem verificadas experimentalmente, poder-se-ia dizer que
nossas fórmulas e a maneira como as empregamos eram suficientemente precisas.

1.2.6 Método Fenomenológico


A disciplina da fenomenologia é definida por seu domínio de estudo, seus
métodos e seus principais resultados. A fenomenologia é uma produção teórica
deste mundo vívido, que se mostra a cada ser. No decorrer do texto, encontramos,
logo a seguir a seguinte frase: “A fenomenologia só é acessível a um método
fenomenológico” (Merleau-Ponty, 1971, pág. 6). Isso significa que a fenomenologia
tem um conjunto de ferramentas próprias, que só tem finalidade para essa
investigação.
A fenomenologia estuda a estrutura de vários tipos de experiência, variando de
percepção, pensamento, memória, imaginação, emoção, desejo e vontade à
consciência corporal, ação incorporada e atividade social, incluindo a atividade
linguística. A estrutura dessas formas de experiência envolve tipicamente o que
Husserl chamou de "intencionalidade", isto é, a direção da experiência em relação às
coisas no mundo, a propriedade da consciência de que é uma consciência de ou
sobre algo.

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De acordo com a fenomenologia clássica husserliana, nossa experiência é


direcionada para - representa ou "pretende" - coisas somente através de conceitos,
pensamentos, ideias, imagens etc. específicos. Estes compõem o significado ou o
conteúdo de uma determinada experiência e são distintos das coisas. eles
apresentam ou significam.
O método fenomenológico não é, portanto, o método dedutivo da lógica, nem o
método empírico das ciências naturais; em vez disso, consiste em perceber a
presença de um objeto e elucidar seu significado por meio da intuição. Husserl
considerou o objeto do método fenomenológico a apreensão imediata, em um ato de
visão, do conteúdo inteligível ideal do fenômeno” (Husserl, 1992). Sua obra-chave e
definidora do início do século XX é agora reimpressa em uma tradução para o
inglês.
Como a fenomenologia trata de observáveis, ela tem uma relação com a
hermenêutica, a teoria da interpretação (Winograd & Flores, 1986, p. 27), para
preencher a necessidade de explicar o que é observado. Historicamente, a
hermenêutica tratava da interpretação de obras artísticas e literárias, especialmente
de textos míticos e sagrados, e de como a compreensão humana desses textos
mudou ao longo do tempo. Contudo, “uma das ideias fundamentais da
fenomenologia é que essa atividade de interpretação não se limita a tais situações,
mas permeia nossa vida cotidiana” (Winograd & Flores, 1986, p. 27).
Então, segundo Bento (2004), a existência de outros métodos também merece
destaque:
 Método analítico (análise): compreende a decomposição do todo em suas
partes.
 Método de Direito Comparado: pesquisas legislativas, doutrinárias e
jurisprudenciais de outros países;
 Método histórico: observação da evolução histórica sobre o tema;
 Método lógico: desenvolvimento de raciocínio relacionado entre si;
 Método sistemático: envolve em sistema de ideias relacionadas, sistemas de
referências, teoria, hipóteses, fontes de informação, todos relacionados;

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Muitos cientistas que conduzem um projeto de pesquisa maior começam com


um estudo indutivo (desenvolvendo uma teoria). O estudo indutivo é acompanhado
de pesquisas dedutivas para confirmar ou invalidar a conclusão.

1.3 Processo Científico

Um conceito científico é uma ideia ou modelo explicando algum fenômeno


natural. Por exemplo, nosso entendimento de objetos caindo em direção à Terra é
explicado em nosso conceito de gravidade. Existem diferentes formas de conceitos.
Eles diferem principalmente na quantidade de evidência de apoio e aceitação por a
comunidade científica.
Os cientistas aprendem e adquirem conhecimento com observações e
experimentos. O processo científico começa com uma pergunta, desenvolvendo
uma hipótese e fazendo previsões educadas. Seguem-se experiências, avaliação de
dados, ajustes e confirmação de resultados. Os resultados científicos devem ser
observáveis, mensuráveis e repetíveis. Elementos comuns do processo científico
incluem identificar, medir e relatar causa e efeito. O processo científico é importante
porque elimina preconceitos pessoais e pode mudar o que os outros decidem
acreditar.
Organizar objetos e fenômenos em uma ordem lógica ajuda as pessoas a
entender a complexidade de um sujeito ou colocá-lo em uma lista de
hierarquias. Por exemplo, plantas e animais são organizados por reino, filo, classe,
ordem, família, gênero e espécie. Os cientistas também organizam vários
componentes em sistemas. Um sistema solar, por exemplo, contém sol, planetas,
luas, planetas anões e cometas.

1.4 Linguagem e Argumentação Científica

De acordo com Jorge e Puig (2000), só há uma maneira de se produzir a


argumentação científica, que é através da produção de textos argumentativos, nos
quais se devem utilizar determinadas habilidades como descrever, definir, explicar,

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justificar, argumentar e demonstrar. Esta aprendizagem implica ao aluno analisar,


comparar, deduzir, inferir, avaliar.
No que tange à argumentação no ensino de ciências, Velloso (2009) aponta
que alguns pesquisadores têm trabalhado nessa perspectiva com ênfase nos
seguintes aspectos: o espaço ocupado pela argumentação em aulas de ciências;
atividades de ensino que se mostram eficientes no fomento ao discurso
argumentativo; mecanismos que possam favorecer o aperfeiçoamento das
habilidades argumentativas e a qualidade dos argumentos produzidos pelos alunos
em aulas de ciências.
A argumentação é imprescindível na linguagem científica, vários pesquisadores
propõem que o ensino e a aprendizagem das ciências devem ser estruturados a
partir da argumentação, pois isso contribuiria para o desenvolvimento de
competências como relacionar os dados, avaliar afirmações teóricas e/ou empíricos,
modificar as afirmações de novos dados e utilizar conceitos e modelos científicos
para apoiar as conclusões (Kelly et al, 2009; Nascimento; Vieira, 2008; Sá; Queiroz,
2007).

1.5 Ferramentas Teóricas


1.5.1 Teorias, Hipóteses, Variáveis dependentes e independentes
Hipóteses, variáveis dependentes e independentes formam um conjunto de
ferramentas que nos auxiliam a criar teorias sobre fenômenos da natureza. O
processo para investigar um determinado fenômeno da natureza normalmente
envolve três níveis. No primeiro nível acontece a observação dos fatos, fenômenos,
comportamentos e atividades; no segundo nível, temos as hipóteses e finalmente,
no terceiro nível, surgem as teorias, hipóteses válidas e sustentáveis (aquelas que
foram testadas).
Por hipótese, conforme Marconi e Lakatos (2000, p. 139), define-se um
enunciado geral de relação entre variáveis (fatos, fenômenos) que é elaborado como
solução provisória para um determinado problema, apresentando caráter explicativo
ou preditivo, consistência lógica (coerência interna), compatibilidade com o
conhecimento científico (coerência externa) e verificabilidade empírica. Diante de um
problema qualquer o pesquisador supõe uma resposta que, em princípio, ainda não

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é a sua solução. O processo de investigação consiste justamente em verificar se a


suposta solução, de fato, resolve o problema. Dito de modo informal e anedótico,
uma hipótese é “uma resposta que não é, mas que o pesquisador supõe que seja
para ver o que seria se de fato fosse”.
Uma variável pode ser definida como classificação ou medida, quantidade
variável, conceito operacional que expressa valores, aspecto, propriedade ou fator,
que pode ser distinguido em um objeto examinado e que seja susceptível à medição.
De maneira simbólica, podemos idealizar o "universo" da ciência como
organizado em três níveis: no primeiro, acontecem as observações dos fatos e
fenômenos reais; no segundo, estabelecem-se as hipóteses; no terceiro, emergem
as teorias e hipóteses válidas. A passagem de maior interesse e importância é a que
ocorre entre o primeiro e o segundo nível, que é, por sua vez, fundamentada no
enunciado das variáveis. De forma esquemática podemos descrever esta relação
como:

1.5.2 Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóteses → Nível III -


Hipóteses Válidas e Teorias.
Variáveis são quaisquer características de pessoas ou objetos que podem
assumir diferentes valores numa situação experimental. Uma variável é qualquer
atributo que pode assumir diferentes valores entre os membros de uma classe de
sujeitos ou acontecimentos, mas que só tem um valor para um dado membro dessa
classe num momento qualquer.
Variável independente:
Uma variável independente é uma variável que representa uma grandeza que
está sendo manipulada em um experimento. Para dizê-lo simplesmente, a “causa,
antecedente, origem de um fenómeno, um processo, que constitui o objeto de
estudo” (Carrasco). Para mim, é a “primeira”. Pode ser manipulada em estudos
experimentais ou comparativos com grupos de controle.
Variáveis dependentes:
Uma variável dependente representa uma grandeza cujo valor depende de
como a variável independente é manipulada. Sendo o efeito, consequência, o
resultado observado da influência da Variável independente.

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Em suma, no contexto da pesquisa a variável independente é o antecedente e


a variável dependente é o consequente. Os cientistas procuram fazer previsões
acerca do comportamento das variáveis dependentes com base no aspecto das
variáveis independentes, e, de maneira inversa, podem desejar aclarar um
determinado fato ou fenômeno (variável dependente), por meio da identificação do
acontecimento (variável independente) que o ocasionou.
Em essência, toda pesquisa quantitativa gira em torno da noção de variáveis
quantificadas. Segundo Hegenberg (1976, p. 80-81), nesse tipo de pesquisa, a
quantificação é relevante na proporção em que se supõe que a quantificação
caracteriza mais adequadamente certos conceitos (por exemplo, ‘100 metros’ é
expressão mais precisa do que ‘perto’); gera descrições precisas que seriam
impraticáveis sem a atribuição de números; conduz a classificações mais acuradas;
contribui decisivamente para a formulação de hipóteses, estabelecendo nexos mais
precisos entre variáveis e fórmulas; e permite confrontar hipóteses e teorias rivais.

1.6 Delineamentos de um estudo cientifico: projeto de pesquisa

Segundo Cervo & Bervian (2002), o tema de uma pesquisa é qualquer assunto
que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre
o mesmo. O tema da pesquisa indica um assunto, que após a sua elaboração torna-
se determinado, específico, preciso, com seus limites muito bem definidos. Esta
elaboração baseia-se no conhecimento do campo de observação e suas respectivas
unidades de observação bem como de suas variáveis.
Para Gil (2002) a escolha do tema deve estar relacionada com o interesse do
estudante, sendo necessário que ele já tenha refletido sobre diferentes temas. A
primeira escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da
respectiva ciência de que trata o trabalho científico (Cervo e Bervian, 2002).
Segundo Fernandes (2002), a escolha do tema deve-se aos seguintes
aspectos: interesse da comunidade científica; deve ser relacionado com a atividade
profissional do pesquisador; viabilidade técnica e financeira.
O delineamento diz respeito ao planejamento da pesquisa em um sentido mais
amplo, abrangendo tanto a sua diagramação quanto a perspectiva de análise e a

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respectiva interpretação dos dados que foram coletados. Em outras palavras, o


delineamento leva em consideração o contexto no qual são retirados os dados,
assim como os meios de controle das variáveis relacionadas ao caso.
Outro elemento que define o que é delineamento de pesquisa é que ele
corresponde a uma fase na qual o pesquisador começa a levar em conta a aplicação
de metodologias discretas, ou melhor dizendo, aquelas que propiciam os meios
técnicos para a investigação.

1.6.1 Tipos de delineamento de pesquisa:


Pesquisa bibliográfica e pesquisa documental
A pesquisa documental associa paradigmas dissonantes de gerenciamento e
verificação de evidências documentais, concebidas nas ciências sociais tradicionais,
com a criação e formulação de apresentações estéticas, como concebidas a partir
das artes e humanidades. As perspectivas documentais fundamentais incluem
modos de representação (imagens, diários, publicações, gravações sonoras,
monumentos e memoriais, etc.) e modos de envolvimento como uma empresa
criativa de apresentação, ou seja, a apresentação estética do rádio, filme e fotografia
documentais (Nichols, 2006).
A estética dos estudos documentais chama a atenção para os modos de
narração (o documentário como forma de contar histórias) e os protocolos de
subjetividades (o alinhamento de diferentes perspectivas e interpretações como
parte dos itens documentais) (Austin & de Jong, 2008).
Com o uso de materiais primários e secundários, o pesquisador deve avaliar e
analisar os próprios documentos antes de extrair o conteúdo. A avaliação de
documentos geralmente inclui quatro critérios: autenticidade, credibilidade,
representatividade e significado (Scott, 2006). A autenticidade aborda se os
materiais são genuínos ou de origem questionável e se sua produção é original e
confiável e não foi alterada posteriormente. Se o documento tiver sido transformado,
por meio de edição textual, margens ou outros meios, o pesquisador procura
identificar claramente essas alterações. A autenticidade é normalmente vista como o
critério mais fundamental para toda pesquisa documental em educação, uma vez

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que a confirmação da autoria, local e data são tipicamente determinadas antes que
qualquer pesquisador continue trabalhando com o documento.
Pesquisa experimental
Pesquisa experimental é qualquer pesquisa realizada com uma abordagem
científica, na qual um conjunto de variáveis é mantido constante enquanto o outro
conjunto de variáveis está sendo medido como objeto do experimento. Há
momentos em que você não possui dados suficientes para apoiar suas
decisões. Em tais situações, você precisa realizar experimentos para descobrir os
fatos. A pesquisa experimental pode reunir muitos dados que podem ajudá-lo a
tomar melhores decisões.
A maioria das experiências tende a ficar entre a definição estrita e a ampla.
Uma regra prática é que as ciências físicas, como física, química e geologia, tendem
a definir experimentos mais estritamente do que as ciências sociais, como sociologia
e psicologia, que conduzem experimentos mais próximos da definição mais ampla.
O exemplo mais simples de uma pesquisa experimental é a realização de um
teste de laboratório. Enquanto a pesquisa estiver sendo conduzida sob condições
cientificamente aceitáveis - ela se qualifica como uma pesquisa experimental. Uma
verdadeira pesquisa experimental é considerada bem-sucedida apenas quando o
pesquisador confirma que uma alteração na variável dependente é exclusivamente
devida à manipulação da variável independente.
Experimentos são conduzidos para prever fenômenos. Normalmente, um
experimento é construído para poder explicar algum tipo de causa. A pesquisa
experimental é importante para a sociedade - ela nos ajuda a melhorar nossa vida
cotidiana. Após decidir o tópico de interesse, o pesquisador tenta a pesquisa. Isso
ajuda o pesquisador a se concentrar em uma área de pesquisa mais estreita para
poder estudá-la adequadamente. Definir o problema de pesquisa ajuda a formular
uma pesquisa, que é testada contra a nula.
Existem tipos de pesquisa que auxiliam o estudante na hora de executar essa
parte do trabalho acadêmico, sendo alguns deles:
Pesquisa com abordagem e apresentação de resultados quantitativos
Para Richardson (1999, p. 70) a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo
emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto

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no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como
percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de
correlação, análise de regressão, etc. A abordagem quantitativa é importante para
garantir a precisão dos resultados, evitando assim, distorções de análise e
interpretação, permitindo uma margem de segurança com relação a possíveis
interferências, buscando analisar o comportamento de uma população através da
amostra.
A pesquisa quantitativa, para Michel (2005, p. 33) realiza-se na busca de
resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis
preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras
variáveis, através da análise da frequência de incidências e correlações estatísticas.
Sendo assim, este estudo tem características quantitativas, porque os dados
coletados serão submetidos às técnicas estatísticas, trabalhando com quantidades e
percentuais. Pesquisa com abordagem e apresentação de resultados qualitativos:

As pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas


de observação e entrevistas devido à propriedade com que esses
instrumentos penetram na complexidade de um problema” (RICHARDSON,
1999, p. 82).

De acordo com Godoy (1995b, p.21) existe três tipos de abordagem qualitativa:
 Pesquisa Documental. Acontece quando pesquisador analisa materiais,
documentos e artefatos, possibilitando ao pesquisador que guie sua pesquisa
considerando enfoques diferenciados. Documentos são fontes ricas de informação
registradas por um longo período de tempo.
 Estudo de Caso. Utilizado quando se quer um aprofundamento da unidade de
estudo, pois tem como objetivo o exame de um sujeito, uma situação particular ou
até mesmo um ambiente. Para mais detalhes de como executar um estudo de caso.
 Etnografia. Tem sua origem nas ciências sociais. Seu principal foco é o estudo
da cultura ou comportamento de grupos de indivíduos. O pesquisador vai até o local
e faz uma série de observações: tendo contato direto e participando de diferentes
atividades.
As diferenças entre os dois grandes grupos de refere-se a lógica usada para
fazer inferências a partir dos dados coletados. As metodologias quantitativas usam

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uma lógica muito próxima à lógica da matemática, enquanto as metodologias


qualitativas utilizam-se de uma lógica muito semelhante à lógica de classes.
Segundo esses autores, a pesquisa qualitativa envolve um processo dialético: coleta
de dados descritivos, análise e, posteriormente, generalizações.
Ainda, segundo os autores, os dados são tratados por um processo de análise
ou crítica que produz uma generalização baseada naquele tipo de raciocínio, que
permitiria penetrar no significado dos dados existentes. Os métodos quantitativos,
por sua vez, assim como a maioria das pesquisas nas ciências naturais, usam o
processo inverso: estabelecem primeiro uma generalização, e depois a testam. Há
divergências, também, quanto à formulação de conceitos. Na abordagem
quantitativa inicia-se com uma hipótese, confirmada ou refutada com base em dados
ou evidência obtida por meios empíricos, e, aplicando aos dados o raciocínio
dedutivo, são, então, formulados aqueles. Na abordagem qualitativa, porém, é o
raciocínio indutivo que possibilita a sua formulação.

CAPÍTULO 2 – PESQUISA CIENTÍFICA

2.1 Processo de Elaboração da Pesquisa Científica

Para compreender a articulação das etapas de uma pesquisa, Quivy &


Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre os princípios contidos nos três eixos
de uma pesquisa e da lógica que os une.

- A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura.


Nossa bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte
das nossas ideias se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos.
Elas são seguidamente ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa
nessas bases é construí-la sobre um terreno arenoso. Daí a importância da
ruptura que consiste em romper com as ideias preconcebidas e com as
falsas evidências que nos dão somente a ilusão de compreender as coisas.

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A ruptura é, portanto, o primeiro eixo constitutivo das etapas metodológicas


da pesquisa (p. 15).
- A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema
conceitual organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador
supõe ser a base do objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem
construir as propostas explicativas do objeto em estudo e que se pode
elaborar o plano de pesquisa a ser realizado, as operações necessárias a
serem colocadas em prática e os resultados esperados ao final da pesquisa.
Sem esta construção teórica, não há pesquisa válida, pois não podemos
submeter à prova qualquer proposta. As propostas explicativas devem ser o
produto de um trabalho racional fundamentado numa lógica e num sistema
conceitual validamente constituído (p. 17).
- A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico
quando ela é suscetível de ser verificada por informações da realidade
concreta. Esta comprovação dos fatos é chamada constatação ou
experimentação. Ela corresponde ao terceiro eixo das etapas da pesquisa
(p. 17).

Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas


exigências científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve
obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. Para
a realização de uma pesquisa científica, segundo Goldemberg (1999, p.106), é
imprescindível:
a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta;
c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida”.
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases:

Fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do


problema de pesquisa;
Fase construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à
execução da pesquisa propriamente dita;
Fase redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase
construtiva. É a organização das ideias de forma sistematizada visando à
elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de pesquisa deverá
obedecer às formalidades requeridas pela Academia.

2.2 Etapas da Pesquisa

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O primeiro passo do processo de pesquisa científica envolve a definição do


problema e a realização de pesquisas. Primeiro, um tópico amplo é selecionado
sobre algum tópico ou uma pergunta de pesquisa é feita. O cientista pesquisa a
pergunta para determinar se ela foi respondida ou os tipos de conclusões que outros
pesquisadores tiraram e os experimentos realizados em relação à pergunta.
A pesquisa envolve a leitura de artigos de periódicos acadêmicos de outros
cientistas, que podem ser encontrados na Internet por meio de bancos de dados de
pesquisa e periódicos que publicam artigos acadêmicos on-line. Durante a pesquisa,
o cientista restringe o tópico amplo a uma questão de pesquisa específica sobre
algum problema.
Todas as investigações científicas começam com uma pergunta de pesquisa
específica e a formulação de uma hipótese para responder a essa pergunta. A
hipótese deve ser clara, específica e objetiva diretamente responder à pergunta da
pesquisa. Uma hipótese forte e testável é a parte fundamental da pesquisa
científica. O próximo passo é testar a hipótese usando o método científico para
aprová-la ou desaprová-la.
O método científico deve ser neutro, objetivo, racional e, como resultado, deve
poder aprovar ou desaprovar a hipótese. O plano de pesquisa deve incluir o
procedimento para obter dados e avaliar as variáveis. Deve garantir que os dados
analisáveis sejam obtidos. Também deve incluir planos sobre a análise estatística a
ser realizada. O número de sujeitos e controles necessários para obter resultados
estatísticos válidos deve ser calculado e os dados devem ser obtidos em números e
métodos apropriados. O pesquisador deve observar e registrar continuamente todos
os dados obtidos.
A ética é um padrão usado para diferenciar comportamentos aceitáveis e
inaceitáveis. A adesão a padrões éticos na pesquisa científica é digna de nota por
muitas razões diferentes. Primeiro, esses padrões promovem os objetivos da
pesquisa, como conhecimento, verdade e prevenção de erros. Por exemplo,
proibições contra a fabricação, falsificação ou deturpação de dados de pesquisa
promovem a verdade e minimizam o erro. Além disso, os padrões éticos promovem
valores essenciais ao trabalho colaborativo, como confiança, responsabilidade,
respeito mútuo e justiça. Muitos padrões éticos na pesquisa, como diretrizes para

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autoria, políticas de direitos autorais e patentes, políticas de compartilhamento de


dados e regras de confidencialidade na revisão por pares, foram projetados para
proteger os interesses de propriedade intelectual e incentivar a colaboração.
Muitos padrões éticos, como políticas sobre má conduta na pesquisa e conflitos
de interesse, são necessários para garantir que os pesquisadores possam ser
responsabilizados perante o público. Por último, mas não menos importante, os
padrões éticos da pesquisa promovem uma variedade de outros importantes valores
morais e sociais, como responsabilidade social, direitos humanos, bem-estar animal,
conformidade com a lei e saúde e segurança pública (Resnik, 2015). Concluindo,
para o bem da ciência e da humanidade, a pesquisa tem a inevitável
responsabilidade de transferir com precisão o conhecimento para as novas gerações
(Ruacan, 2005).
Você inicia o processo de pesquisa escolhendo um tópico amplo, selecionando
um fenômeno específico e, com a ajuda da literatura adequada, precisa justificar seu
trabalho. Em seguida, você formula o conhecimento adquirido na literatura de
pesquisa em seu próprio plano.
Criar um plano de pesquisa é uma etapa essencial desse processo, na qual
você precisa mencionar as orientações, os métodos, a coleta de dados e a análise
de dados em detalhes. Seu plano de pesquisa orientará o orientará e poderá até
transformar ou melhorar esse processo. Depois de coletar e analisar seus dados,
você precisa informar (escreva seu relatório de pesquisa) sobre os resultados.
Seu relatório de pesquisa obedecerá aos princípios da redação científica com o
objetivo de esclarecer as etapas da pesquisa e discutir a validade dos resultados
apresentados. Em todas as etapas desse processo é necessário fazer anotações de
forma organizada em um formato ou outro: escrever comentários em um caderno,
anotar ideias de pesquisa, escrever plano, escrever a análise e os resultados obtidos
em seu relatório de pesquisa.
No final do seu relatório você precisa (embora não seja obrigatório) formular e
apresentar novas perguntas de pesquisa, o que permitiria a você e a outros
pesquisadores levar adiante a pesquisa dos fenômenos selecionados. Vejamos mais
detalhadamente as etapas da pesquisa:
Etapa 1: Identificar o problema

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O primeiro passo no processo é identificar um problema ou desenvolver uma


pergunta de pesquisa. O problema de pesquisa pode ser algo que a agência
identifica como um problema, algum conhecimento ou informação. Veja abaixo a
interação entre as três primeiras etapas da pesquisa:

Figura 1: Interação entre as três primeiras etapas da pesquisa

Etapa 1 - • A questão inicial

Etapa 2 - • A elaboração

Etapa 3 - • A problemática

Fonte: Elaborado pela autora (2019), adaptado de Quivy & Campenhoudt (1995).

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Etapa 2: Revisão de Literatura


Depois de entender o problema, o pesquisador deve entrar em detalhes sobre
o tópico. Isso pode ser feito através da revisão da literatura e trabalhos anteriores
realizados sobre o tema da pesquisa. Isso ajudará a fornecer algumas informações
sobre o problema de pesquisa ao pesquisador. O pesquisador também terá uma
ideia de como os estudos anteriores foram realizados e as áreas problemáticas
desses estudos.
A revisão de trabalhos anteriores parece mais estranha, pois muitos acham que
seus trabalhos são únicos e não serão cobertos por pesquisas anteriores. Quando
uma revisão é feita, lança luz sobre as variáveis e a interação entre elas, que
também podem influenciar sua pesquisa. Além disso, a revisão lança luz
sobre vieses que podem surgir. Se você não leu as hipóteses de mercado eficientes
e começou sua pesquisa sobre técnicas de negociação, espera-se que seja um
trabalho tendencioso ao fogo. É o trabalho de revisão que pode diferenciar um bom
pesquisador de um mau. A revisão também ajuda a entender o assunto
adequadamente e a formar hipóteses (é obtida subdividindo a declaração do
problema em pequenos pedaços mensuráveis).
Etapa 3: Esclareça o problema
O problema inicial identificado pelo pesquisador geralmente tem um escopo
bastante amplo e levaria muito tempo e energia. Nesta etapa, o pesquisador encurta
os problemas e diminui o escopo do estudo. Isso é possível apenas através do
conhecimento obtido pelo pesquisador após a revisão da literatura.
Etapa 4: Examine os resultados e tire conclusões
Depois que um pesquisador projetou o estudo e coletou os dados, é hora de
examinar essas informações e tirar conclusões sobre o que foi encontrado. Usando
estatísticas, os pesquisadores podem resumir os dados, analisar os resultados e
tirar conclusões com base nessas evidências.
Então, como um pesquisador decide o que significam os resultados de um
estudo? A análise estatística não apenas pode apoiar (ou refutar) a hipótese do
pesquisador; também pode ser usado para determinar se os resultados são
estatisticamente significativos.

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Quando se diz que os resultados são estatisticamente significativos, isso


significa que é improvável que esses resultados sejam devidos ao acaso. Com base
nessas observações, os pesquisadores devem determinar o que os resultados
significam. Em alguns casos, um experimento apoiará uma hipótese, mas em outros
casos, não apoiará a hipótese. Então, o que acontece se os resultados de um
experimento em psicologia não sustentarem a hipótese do pesquisador? Isso
significa que o estudo foi inútil? Só porque os resultados não sustentam a hipótese
não significa que a pesquisa não seja útil ou informativa.

Figura 2: Etapas da pesquisa científica

Fonte: Quivy & Campenhoudt (1995).

De fato, essa pesquisa desempenha um papel importante em ajudar os


cientistas a desenvolver novas perguntas e hipóteses a serem exploradas no futuro.
A etapa final é publicar os resultados e sua subsequente revisão por um
especialista. Com base no experimento realizado, a hipótese válida é agrupada e o
resultado publicado. Se alguém puder se lembrar, a coleta de dados das ondas

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gravitacionais terminou em setembro de 2015, mesmo assim, demorou muito tempo


para executar a análise e publicar os resultados. Uma vez que os resultados são
publicados, ele passa por um painel que avalia se a pesquisa foi realizada de
maneira imparcial, uma vez que está bastante confiante na ausência de vieses, a
pesquisa é publicada.
Existem algumas ressalvas nesse processo de pesquisa científica. No
processo de pesquisa científica acima mencionado, o pesquisador faz o experimento
para confirmar seu sentimento. Por exemplo, a descoberta de ondas gravitacionais
era para confirmar se as ondas gravitacionais existem ou não. Esse tipo de
confirmação do sentimento intestinal é chamado de pesquisa de
confirmação. Também existe outro ramo de pesquisa chamado pesquisa
exploratória, que segue um processo de pesquisa científica diferente, mas, em vez
de testar hipóteses, apenas mede as variáveis e tenta construir uma relação entre as
variáveis. Após a conclusão, o próximo passo é compartilhar os resultados com o
resto da comunidade científica. Essa é uma parte importante do processo, pois
contribui para a base geral de conhecimento e pode ajudar outros cientistas a
encontrar novos caminhos de pesquisa a serem explorados.
Etapa 5: Coleta de Dados
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o
modelo de análise é confrontado aos dados coletados. Ao longo dessa etapa, várias
informações são, portanto, coletadas. Elas serão sistematicamente analisadas na
etapa posterior. Conceber essa etapa de coleta de dados deve levar em conta três
questões a serem respondidas: O que coletar? Com quem coletar? Como coletar?
O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar as
hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores. Podemos
chamá-los de dados pertinentes.
Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das análises
empíricas em um espaço geográfico e social, bem como num espaço de tempo. De
acordo com o caso, o pesquisador poderá estudar a população total ou somente
uma amostra representativa (quantitativamente) ou ilustrativa (qualitativamente)
dessa população.

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumentos de coleta de


dados, que comporta três operações: conceber um instrumento capaz de fornecer
informações adequadas e necessárias para testar as hipóteses; por exemplo, um
questionário ou um roteiro de entrevistas ou de observações; testar o instrumento
antes de utilizá-lo sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e
de precisão; colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à coleta de
dados pertinentes (Quivy & Campenhoudt, 1995, p. 209).
Etapa 6: Analise das Informações
Nessa etapa as informações coletadas e os resultados são observados para
entender se correspondem aos resultados esperados pelas hipóteses ou questões
de pesquisa. Normalmente a coleta de dados traz novos elementos ou outras
relações não cogitadas inicialmente. Nesse contexto, os fatos não cogitados são
interpretados e revistos para entender se é necessário refinar as hipóteses e, assim,
propor e mostrar reflexões para pesquisas futuras.
No cenário em que o pesquisador opta pela análise de dados quantitativos ele
deve executar três passos:
 Descrever os dados e apresentá-los (agregados ou não) sob a forma das
variáveis requeridas pelas hipóteses.
 Mensurar as relações entre as variáveis, observando como essa relação foi
prevista pelas hipóteses.
Comparar relações observadas com as relações teoricamente esperadas pelas
hipóteses e verificar o distanciamento entre elas.
Se o distanciamento é nulo ou muito pequeno podemos concluir que a hipótese
está confirmada; caso contrário, verificar de onde vem o distanciamento e tirar as
devidas conclusões.
Etapa 7: As conclusões
De acordo com Quivy & Campenhoudt (1995, p. 247-53) podemos dividir essa
etapa em três partes:
 Apresentar as questões de pesquisa e as hipóteses. Apresentar como foi feita
a coleta de dados e o método utilizado. Comparar e comentar os resultados
esperados pela hipótese com os resultados obtidos.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
31

 Mostrar no que o estudo descobriu sobre o objeto de estudo e o que pode ser
descoberto a partir dos seus resultados.
 Mostrar o que você descobriu sobre a problemática, como fez o teste de
hipótese e como fez e analisou os dados.
 Se possível, mostrar como o seu trabalho tem relação com a prática, em caso
de estudos mais técnicos. Vale ressaltar que nem sempre é possível fazer essa
relação entre pesquisa e ação.
Comunicação e Publicação
Os cientistas comunicam os resultados da pesquisa por vários meios formais e
informais. Antigamente, novas descobertas e interpretações eram comunicadas por
carta, reunião pessoal e publicação. Hoje, redes de computadores e máquinas de
fax suportam.
Parte inferior do formulário cartas e telefones complementados, facilitando a
rápida troca de resultados. As reuniões científicas rotineiramente incluem sessões
de pôsteres e conferências de imprensa, além de apresentações formais. Embora as
publicações de pesquisa continuem documentando os resultados da pesquisa, o
surgimento de publicações eletrônicas e outras tecnologias da informação anunciam
mudanças.
Além disso, os incidentes de plágio, o crescente número de autores por artigo
em campos selecionados e os métodos pelos quais as publicações são avaliadas na
determinação de compromissos e promoções aumentaram a preocupação com as
tradições e práticas que orientaram a comunicação e publicação.
A publicação em periódicos, tradicionalmente um importante meio de
compartilhar informações e perspectivas entre os cientistas, também é o principal
meio de estabelecer um registro de realizações científicas. A avaliação das
realizações de cientistas individuais geralmente envolve não apenas o número de
artigos que resultaram de um esforço de pesquisa selecionado, mas também os
periódicos específicos em que os artigos apareceram. As datas de envio de
periódicos geralmente são importantes para estabelecer reivindicações de prioridade
e propriedade intelectual.

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
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2.3 Aplicação de Questionário

A ordem na qual as perguntas são apresentadas pode ser crucial para o


sucesso da pesquisa. Não há regras estabelecidas, mas alguns cuidados devem ser
tomados. Mattar (1994) recomenda: Iniciar o questionário com uma pergunta aberta
e interessante (para deixar o respondente mais à vontade e assim ser mais
espontâneo e sincero ao responder as perguntas restantes). Iniciar com perguntas
sobre a opinião do respondente pode fazer com que se sinta prestigiado e se torne
disposto a colaborar.
O questionário, segundo Gil, pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por
escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc” (1999, p.128).
Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma técnica que
servirá para coletar as informações da realidade, tanto do empreendimento quanto
do mercado que o cerca, e que serão basilares.
O mesmo autor supracitado (p. 128-129) apresenta as seguintes vantagens do
questionário sobre as demais técnicas de coleta de dados:
a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas
numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo
correio;
b) implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o
treinamento dos pesquisadores;
c) garante o anonimato das respostas;
d) permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais
conveniente;
e) não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do
entrevistado.
Lado outro, ele aponta pontos negativos da técnica em análise:
a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas
circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação;

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b) impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as


instruções ou perguntas;
c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode
ser importante na avaliação da qualidade das respostas;
d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da
representatividade da amostra;
e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é
sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não
serem respondidos;
f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os
itens podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado.

2.4 Ética na Pesquisa

A pesquisa científica é elaborada e conduzida com base nos padrões


profissionais da ciência e na fundação da confiança do público na comunidade
científica que gera a relação entre a integridade científica e a confiança da
sociedade. Os pesquisadores têm a responsabilidade específica de manter e aplicar
a pesquisa científica e os padrões éticos de maneira a aderir principalmente a esses
padrões e manter um ambiente de pesquisa positivo para o progresso contínuo da
pesquisa.
A integridade da pesquisa e a conduta ética têm sido amplamente discutidas
como questões importantes na comunidade científica. Esses fatores são entendidos
como o uso de métodos honestos e verificáveis na proposição, execução e
avaliação de pesquisas. A integridade da pesquisa inclui a aderência a regras,
regulamentos, diretrizes e códigos e normas aceitas (Steneck, 2018).
Os valores da pesquisa incluem honestidade, precisão, eficiência e
objetividade. Os pesquisadores devem transmitir informações com honestidade
intelectual. Isso envolve sinceridade e ausência de engano. A precisão envolve
análise estatística precisa e avaliação correta do valor de um parâmetro
populacional. Eficiência envolve a capacidade de obter resultados sem desperdiçar

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ou usar indevidamente recursos, esforços ou fundos. Objetividade refere-se à


prevenção de vieses que possam interferir na pesquisa, como a interferência de
crenças ou valores do pesquisador (Steneck, 2018).
A ética em pesquisa fornece diretrizes para a condução responsável da
pesquisa. Além disso, educa e monitora cientistas que conduzem pesquisas para
garantir um alto padrão ético. A seguir, é apresentado um resumo geral de alguns
princípios éticos:
Honestidade:
Desde a tenra idade, muitos de nós aprendemos que é melhor dizer a
verdade. Mas talvez em algum momento da adolescência, experimentemos alguns
dos 'benefícios' de não sermos verdadeiros. Chegamos a algum lugar que não
deveríamos ir ou fazer algo que não deveríamos estar fazendo. Pode parecer
divertido no começo, mas quando nossas mentiras são descobertas, o resultado
final não é tão emocionante. Voltamos então a dizer a verdade.
Alguns cientistas, infelizmente, passam pelo mesmo processo de aprendizado
ético. É tentador mentir sobre o que eles estão pesquisando, os possíveis danos do
projeto de pesquisa e até os resultados da pesquisa para avançar ou ganhar mais
dinheiro. Isso ocorre porque existem muitos cientistas neste mundo e todos exigem
que as mesmas coisas sejam bem-sucedidas: dinheiro para financiar pesquisas e
reconhecimento por suas pesquisas. Essas duas necessidades estão entrelaçadas:
o dinheiro permite que a pesquisa aconteça, o que, quando bem-sucedido, traz
reconhecimento, o que gera mais dinheiro para a pesquisa e assim por diante.
Objetividade:
Esforce-se para evitar desvios no design experimental, análise de dados,
interpretação de dados, revisão por pares, decisões de pessoal, redação de
subsídios, testemunhos de especialistas e outros aspectos da pesquisa.
Integridade:
Mantenha suas promessas e acordos; agir com sinceridade; esforçar-se pela
consistência do pensamento e da ação.
Cuidado:

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Evite erros descuidados e negligência; examine cuidadosamente e criticamente


seu próprio trabalho e o trabalho de seus colegas. Mantenha bons registros das
atividades de pesquisa.
Abertura:
Compartilhe dados, resultados, ideias, ferramentas, recursos. Esteja aberto a
críticas e novas ideias.
Respeito à Propriedade Intelectual:
Honre patentes, direitos autorais e outras formas de propriedade
intelectual. Não use dados, métodos ou resultados não publicados sem
permissão. Dê crédito onde o crédito é devido. Nunca plagie.
Confidencialidade:
Proteger as comunicações confidenciais, como documentos ou subsídios
enviados para publicação, registros pessoais, segredos comerciais ou militares e
registros dos pacientes.
Publicação Responsável:
Publique para promover pesquisas e bolsas de estudos, não para promover
apenas sua própria carreira. Evite publicação desnecessária e duplicada.
Tutoria Responsável:
Ajude a educar, orientar e aconselhar os alunos. Promova seu bem-estar e
permita-lhes tomar suas próprias decisões.
Respeito pelos colegas:
Respeite seus colegas e trate-os de maneira justa.
Responsabilidade social:
Esforce-se para promover o bem social e prevenir ou mitigar danos sociais por
meio de pesquisa, educação pública e advocacia.
Não discriminação:
Evite a discriminação contra colegas ou estudantes com base em sexo, raça,
etnia ou outros fatores que não estejam relacionados a sua competência e
integridade científica.
Competência:

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Manter e melhorar sua própria competência e conhecimento profissional por


meio de educação e aprendizado ao longo da vida; tomar medidas para promover a
competência na ciência como um todo.
Legalidade:
Conhecer e obedecer às leis e políticas institucionais e governamentais
relevantes.
Cuidado animal:
Mostre respeito e cuidado com os animais ao usá-los em pesquisas. Não
realize experimentos desnecessários ou mal projetados com animais.
Proteção de seres humanos:
Ao realizar pesquisas em seres humanos, minimize danos e riscos e maximize
benefícios; respeitar a dignidade humana, a privacidade e a autonomia.

2.5 Princípios éticos comuns em disciplinas científicas:

 Apenas um princípio ético - dever à sociedade - se aplica à investigação


científica perguntando se a pesquisa beneficia a sociedade.
 Cada princípio ético se aplica à investigação científica, à conduta e
comportamentos dos pesquisadores ou ao tratamento ético dos participantes da
pesquisa.
 Eles são dever para a sociedade; beneficência; conflito de
interesses; consentimento informado; integridade; não discriminação; não
exploração; privacidade e confidencialidade; competência profissional; e disciplina
profissional.
 Variações nos princípios éticos entre as disciplinas geralmente se devem ao
fato de a disciplina incluir assuntos humanos ou animais.
 Variações nos princípios éticos entre países geralmente são devidas a leis,
supervisão e fiscalização locais; normas culturais; e se a pesquisa é realizada no
país anfitrião dos pesquisadores ou em um país estrangeiro.

A ética na ciência é semelhante à ética em nossa sociedade mais ampla: elas


promovem conduta razoável e cooperação efetiva entre indivíduos. Embora ocorram

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violações da ética científica, como na sociedade em geral, elas geralmente são


tratadas rapidamente quando identificadas e nos ajudam a entender a importância
do comportamento ético em nossas práticas profissionais.
Logo, a adesão à ética científica garante que os dados coletados durante
a pesquisa sejam confiáveis e que as interpretações sejam razoáveis e com mérito,
permitindo assim que o trabalho de um cientista se torne parte do crescente corpo
de conhecimento científico.

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CAPÍTULO 3 – ELABORAÇÃO

3.1 Estruturas do Artigo Científico

O processo de produção do artigo científico consiste em um conjunto de


métodos científicos, que se constituem também de pesquisas feitas de variadas
fontes, para que ele possa ser avaliado e aceito pela comunidade de pesquisadores.
Após a aprovação, eles podem ser publicados em revistas ou periódicos
especializados que permitem ao leitor a repetição da experiência.
Os artigos científicos são para compartilhar seu próprio trabalho de pesquisa
original com outros cientistas ou para revisar a pesquisa conduzida por
outros. Como tal, eles são críticos para a evolução da ciência moderna, na qual o
trabalho de um cientista se baseia no de outros. Para atingir seu objetivo, os
trabalhos devem ter como objetivo informar, não impressionar. Eles devem ser
altamente legíveis - isto é, claros, precisos e concisos. É mais provável que sejam
citados por outros cientistas se forem úteis, em vez de enigmáticos ou egocêntricos.
Um artigo científico deve conter, além de algumas informações essenciais
para o entendimento de todos os interessados naquele estudo, um discurso fluido,
explicativo, de caráter formal e uma formatação padrão.
A intenção de quem escreve um artigo científico, é que ele seja compreendido
por qualquer membro do grupo-alvo, isto é, ao qual se destina. Deve seguir as
regras da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e conter a seguinte
estrutura: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
Vejamos:

3.1.1 Elementos pré-textuais


Os elementos pré-textuais são as partes do seu trabalho acadêmico que
antecedem o texto principal e os seus elementos. Esses elementos não têm relação
direta com o conteúdo apresentado, mas isso não significa que eles não são
importantes para o trabalho. Os elementos pré-textuais facilitam muito a
apresentação, a entrega e o arquivamento dos trabalhos acadêmicos.

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Aspectos gráficos do trabalho acadêmico:


1. Papel
2. Impressão do texto
3. Formatação do texto
4. Numeração
5. Títulos, subtítulos, divisões e parágrafos

 Estrutura do trabalho acadêmico


 Elementos Pré-textuais:
• Capa
• Folha de Rosto
• Dedicatória
• Agradecimento
• Folha de Dedicatória
• Epígrafe
• Resumo
• Lista de figuras
• Lista de tabelas
• Lista de abreviaturas e siglas
• Lista de símbolos
• Sumários
 Elementos Textuais
 1. Introdução
 2. Desenvolvimento
 3. Conclusão
 Elementos pós-textuais
o Referências
o Apêndice
o Anexos

É importante observar que, não obstante, as normas padronizadas da ABNT,


instituições de ensino, de pesquisa, editoras, órgãos de governo e agências

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internacionais, por vezes, possuem suas próprias normas para apresentação de


trabalhos devendo, nesses casos, ser consideradas por quem se interesse em lhes
apresentar trabalhos escritos. Os elementos pré-textuais precisam ser considerados
em suas duas dimensões, uma que diz respeito à estética do trabalho e outra que se
refere à divisão estrutural das partes do mesmo trabalho.

3.1.2 Elementos textuais


Os elementos textuais são aqueles onde o autor pode desenvolver o tema
escolhido, é onde ele traz o fruto de suas pesquisas e sua ideia sobre o assunto em
questão. Cada um dos elementos textuais tem, pelo menos, um objetivo principal.
A introdução faz um apanhado geral do trabalho acadêmico e apresenta os
pontos mais importantes superficialmente.
No desenvolvimento, o autor precisa discorrer e mostrar domínio sobre o tema
escolhido, esclarecer os métodos utilizados e desenvolver o texto. A última parte, a
conclusão, é onde o autor deve mostrar o seu ponto de vista com relação a tudo que
foi estudado. Não é permitida a inclusão de dados, apenas a ideia concluída do
assunto trabalhado.
Os elementos textuais trazem a parte mais importante de todo o trabalho: o
conteúdo em si. É preciso que o texto esteja coeso e bem escrito para que os
avaliadores entendam o processo descrito no desenvolvimento e o ponto de vista do
autor apresentado na conclusão.

3.1.3 Elementos pós-textuais


Os elementos pós-textuais são aqueles que compõem a última parte de um
trabalho acadêmico. Eles vêm depois da identificação e do conteúdo escrito da
monografia, tese, dissertação ou qualquer outro tipo de trabalho. Os elementos pós-
textuais caracterizam o fim da apresentação e, normalmente, complementam o
conteúdo e o entendimento do trabalho. São importantíssimos para os avaliadores
terem acesso às fontes de estudo do autor e a aspectos complementares de coisas
que aparecem no decorrer do texto.
Alguns autores sugerem que você comece a escrever um artigo científico pelos
objetivos e pelas conclusões do trabalho, de acordo com a análise crítica dos
resultados encontrados. Desta forma, é possível ter uma visão clara da pergunta que

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você gostaria de responder com a sua pesquisa (objetivos) e quais respostas você
encontrou (conclusões). As conclusões são o ponto forte do seu estudo e o guia
para a estruturação do texto. Com as conclusões em mente, será mais fácil
identificar e discutir os resultados que sustentam essas conclusões (Medeiros e
Tomasi, 2008).
 Referências – Fontes de pesquisa consultadas pelo autor do trabalho.
 Glossário – Lista de palavras importantes para o texto e seus significados.
 Anexos – Documentos que complementam o texto que não são de autoria do
autor do trabalho.
 Apêndices – Documentos que complementam o texto que são de autoria do
autor do trabalho.
 Índice – Elemento opcional. Lista de palavras ou expressões citadas no texto
do trabalho, ordenadas conforme um determinado critério e acompanhadas da
indicação de sua localização no texto.
Embora a maioria dos artigos obedeça a uma sequência padrão (Introdução,
Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões e Referências
Bibliográficas), a redação do artigo não precisa, necessariamente, seguir essa
mesma ordem.
O artigo possui a seguinte estrutura:
1.Título
2. Autor (es)
3. Epígrafe (facultativa)
4. Resumo e Abstract
5. Palavras-chave;
6. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão),
7. Referências.

3.2 Linguagem do Artigo

Quanto à linguagem científica é importante que sejam analisados os seguintes


procedimentos no artigo científico:

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- Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu


penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias
e sem valor científico;
- Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional,
firmada em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de
ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico;
- Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário
comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência possui
uma terminologia técnica própria que deve ser observada;
- A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a
pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas,
intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve
ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que
se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-se o
parágrafo.
- Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são
considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no
texto, tendo suas fontes citadas em notas de rodapé. (Pádua, 1996, p. 82).

3.2.1 Leitura Crítica


Leitura crítica significa que o leitor aplica certos processos, modelos, perguntas
e teorias que resultam em maior clareza e compreensão. Há mais envolvimento,
tanto no esforço quanto no entendimento, em uma leitura crítica do que em um mero
"deslizar" do texto. Qual é a diferença? Se um leitor "derrapa" o texto, características
e informações superficiais são o mais longe possível. Uma leitura crítica chega à
"estrutura profunda" (se existe algo além do texto superficial!), Isto é, consistência
lógica, tom, organização e vários outros termos sonoros muito importantes. A leitura
crítica é um precursor importante da escrita crítica. Este guia de estudo explica por
que a leitura crítica é importante e fornece algumas ideias sobre como você pode se
tornar um leitor mais crítico.
Independentemente de quão objetivo, técnico ou científico seja o assunto, o (s)
autor (es) terá tomado muitas decisões durante o processo de pesquisa e redação, e
cada uma dessas decisões é um tópico potencial para exame e debate, e não para
aceitação cega. Você precisa estar preparado para entrar no debate acadêmico e
fazer sua própria avaliação de quanto está disposto a aceitar o que lê. Um ponto
de partida prático, portanto, é considerar qualquer coisa que você leia não como
fato, mas como o argumento do escritor. Tomando este ponto de partida, você
estará pronto para se envolver em leituras críticas.
O objetivo da leitura crítica não é encontrar falhas, mas avaliar a força da
evidência e do argumento. É tão útil concluir que um estudo, ou um artigo, apresenta

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evidências muito fortes e um argumento bem fundamentado, assim como identificar


os estudos ou artigos que são fracos.
A leitura crítica é uma forma de análise da linguagem que não considera o texto
fornecido pelo valor nominal, mas envolve um exame mais aprofundado das
alegações apresentadas, bem como dos pontos de apoio e possíveis argumentos. A
capacidade de reinterpretar e reconstruir para maior clareza e legibilidade também é
um componente da leitura crítica.
A identificação de possíveis ambiguidades e falhas no raciocínio do autor, além
da capacidade de abordá-las de forma abrangente, são essenciais para esse
processo. A leitura crítica, assim como acadêmica, requer a ligação de pontos de
evidência a argumentos correspondentes (Ariel, 1973).
Pensar criticamente, no sentido acadêmico, envolve ter a mente aberta -
usando julgamento e disciplina para processar o que você está aprendendo, sem
deixar que seu viés ou opinião pessoal prejudique os argumentos. O pensamento
crítico envolve ser racional e consciente de seus próprios sentimentos sobre o
assunto - ser capaz de reorganizar seus pensamentos, conhecimento e
entendimento prévios para acomodar novas ideias ou pontos de vista.
Para ler criticamente, você precisará fazer algumas perguntas sobre o
texto. Uma área a considerar é a fonte. Perguntas para esta área podem ser feitas
antes de você ler o texto e são bastante simples. As respostas a essas perguntas
podem ajudá-lo a decidir se vale a pena ler o texto. Outra área a considerar é
a evidência que o escritor usa para apoiar seus argumentos.
Essas perguntas são mais difíceis e requerem uma leitura cuidadosa do texto e
consideração do significado. Ser capaz de responder a perguntas como essas
também melhorará sua capacidade como escritor. Uma área final a considerar são
as suposições e preconceitos que o escritor pode ter. Essas são as perguntas mais
difíceis e talvez você precise analisar o idioma que o escritor usa para respondê-las.
A leitura crítica e o pensamento crítico são, portanto, os próprios fundamentos
da verdadeira aprendizagem e do desenvolvimento pessoal.
Como leitor crítico, você deve refletir sobre:
 O que o texto diz: depois de ler criticamente uma peça, você poderá fazer
anotações, parafraseando - com suas próprias palavras - os pontos principais.

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 O que o texto descreve: você deve ter certeza de que entendeu o texto
suficientemente para poder usar seus próprios exemplos e comparar e contrastar
com outros textos sobre o assunto em questão.
 Interpretação do texto: isso significa que você deve poder analisar
completamente o texto e indicar um significado para o texto como um todo.
 Leitura crítica significa ser capaz de refletir sobre o que um texto diz, o que
descreve e o que significa, examinando o estilo e a estrutura da redação, a
linguagem usada e o conteúdo.
 O fundo da leitura
 Seu objetivo e conclusão geral (reivindicação)
 A evidência usada na leitura
 As conexões lógicas entre a alegação e a evidência
 O saldo da leitura
 Suas limitações
 Como se relaciona com outras fontes e pesquisas
 Se a leitura é baseada em pesquisa, como essa pesquisa foi conduzida
Em contextos acadêmicos, você não pode assumir que tudo o que lê é uma
simples representação dos fatos. Cada área de estudo tem muitas perspectivas
diferentes, e você precisará entender não apenas o que um escritor está dizendo,
mas como e por que ele está dizendo, a fim de julgar a credibilidade das
informações e dos argumentos. Isso envolve a leitura crítica.
Esta seção explica em detalhes o que é leitura crítica, compara leitura crítica
com leitura ativa e explica como ler criticamente considerando o autor e a fonte,
as evidências que o escritor usa e as suposições e preconceitos que o escritor
possa ter. Há também uma lista de verificação para ajudá-lo a verificar sua
compreensão desta seção.

3.3 Fichamentos

Conceitualmente, fichamento é um resumo das principais ideias de um texto. É


bastante utilizado como técnica de estudo e no processo de revisão da literatura.

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Nele, são resumidas e destacadas as partes mais importantes do texto com o


objetivo de fazer futuras consultas, se quiser saber mais sobre revisão da literatura.
O objeto do fichamento será um livro ou um artigo. Isso vai depender do porquê
você está fichando. Desse modo, uma professora pode solicitar um fichamento de 3
capítulos específicos de uma obra, e esse modelo de trabalho permite bastante
flexibilidade.
Em geral, ler o texto pela primeira vez e compreender o assunto geral daquilo
que se trata é o primeiro passo. Você também pode fazer a leitura com grifos.
Depois disso, você pode escolher qual tipo de fichamento fará. Possivelmente,
o modelo terá a ver com o seu método preferido de estudo. É importante reunir toda
a literatura sobre o tema que você escolheu – livros, artigos, textos, blogs, revistas
científicas. Atente-se às fontes de conteúdo online (nada de espalhar fake news ou
sites de credibilidade questionável).

3.3.1 Tipos de Fichamento:


Citação
O fichamento de citações (ou de transcrição) consiste no registro de
citações diretas da obra, observando-se absoluto rigor para anotar o trecho tal e
qual consta no trabalho original, e marcando as aspas de início e fim da citação e
sua página. Exemplo:

Assunto: Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber


docente (p. 31-55). Capítulo 1.

Fonte: TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 16. ed.


Petrópolis: Editora Vozes, 2014.

“Pode-se chamar de saberes profissionais o conjunto de saberes transmitidos pelas


instituições de formação de professores (escolas normais ou faculdades de ciências
da educação” (p. 36).
“Ao longo de suas carreiras, os professores devem também apropriar-se de saberes
que podemos chamar de curriculares. Estes saberes correspondem aos discursos,
objetivos, conteúdos e métodos a partir das quais a instituição escolar categoriza e
apresenta os saberes sociais por ela definidos e selecionados como modelos da
cultura erudita e de formação” (p. 38).
(etc.)

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Saber fazer citações de forma adequada é fundamental em um trabalho


acadêmico. Caso contrário, o autor pode acabar sendo até processado por plágio.
De acordo com a ABNT, há normas diferentes para citações diretas e indiretas. As
citações indiretas são aquelas em que o autor cita a fonte, mas utiliza suas próprias
palavras para expressar a ideia do autor consultado.
Fichamento Bibliográfico
A mais simples de todas, as fichas bibliográficas trazem uma descrição em
tópicos de cada parte do texto acompanhadas de indicações precisas das fontes,
com as referências completas (título, edição, local de publicação, editora, ano da
publicação, número do volume e as páginas). Essa descrição seria um comentário
crítico explicando sobre a parte selecionada, apontando diretamente para o que
pode ser encontrado na obra.
Seja qual for o tipo de fichamento escolhido, atente para o registro de seus
próprios comentários. São eles que vão ajudar a dar uma utilidade ao fichamento, de
acordo com os destaques que você resolver dar a cada texto e a cada trecho dele.
Outra dica é também apontar em seus comentários as resoluções que aquele
material lhe provocou, assim como as referências que você pode ligar a ele. Podem
ser anotados à parte, por exemplo, outros textos cujo assunto possa se relacionar
àquele, ou um filme, vídeo, música ou quaisquer outros materiais que se somem às
perspectivas daquele que você acabou de fichar.
Resumo ou Conteúdo
Este tipo de fichas dá atenção à estrutura do texto, registrando as ideias
apresentadas em uma sequência lógica, expondo os pontos principais e
secundários, bem como os argumentos, justificativas, exemplos etc. ligados a eles.
Como o nome deixa entender, esse fichamento busca resumir com mais detalhes,
de forma completa. Não deve ser longo, mas nunca curto demais, como um sumário
de partes do texto. A sua elaboração inclui as referências do texto, o destaque de
citações relevantes do texto e considerações pessoais a respeito do texto.

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3.4 Resumo Científico

Ao escrever um resumo científico geral, pede-se aos autores que sigam as


seguintes diretrizes:
1. O resumo não deve exceder 250 palavras.
2. O resumo deve ser estruturado nas três subseções distintas a seguir (os
títulos devem ser incluídos no texto):
 Introdução e histórico - uma introdução curta e acessível ao tópico, com
o objetivo de fornecer uma breve descrição do estado atual do
conhecimento científico em campo.
 Resultado (s) principal (is) - uma sinopse do (s) resultado (s) principal
(is) relatado (s) no artigo e uma declaração de como o conhecimento
científico sobre o tópico foi ampliado como resultado do estudo.
 Implicações mais amplas - uma declaração resumida que coloca o
trabalho em um contexto mais amplo e destaca implicações e orientações
mais amplas para estudos futuros.
3. Não deve haver equações.
4. Os autores são fortemente encorajados a incluir uma figura representativa
(com legenda).
5. Todos os símbolos, abreviações e acrônimos não padronizados devem ser
definidos na íntegra.
Como deve resumir:
1. Leia o texto inteiro. Nunca se deve fazer o resumo com base na leitura
isolada dos parágrafos. Faça rascunho das ideias principais encontradas em
cada parágrafo e no texto como um todo.
2. Procure ser bem objetivo. Não deixe que inferências suas prejudiquem o
resumo. Observe as relações entre as ideias sempre segundo o autor. Perceba
qual foi a intenção dele.
3. Agora, resuma as ideias apresentadas. Embora não seja obrigatório, procure
iniciar pela ideia principal e depois os argumentos, exemplos e relações feitas
pelo autor.

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O bom resumo pede, antes de tudo, a compreensão do texto como um todo.


Não se deve resumir logo na primeira leitura. Procure não apenas condensar os
segmentos, mas produzir um texto com unidade, objetividade, coerência, coesão e
manutenção do sentido original.
Tipos de resumo
Três tipos: indicativo, informativo ou crítico, os quais são determinados por
características específicas, vistas a partir de agora. Assim, o resumo informativo tem
por finalidade, como o próprio nome já indica, deixar o leitor informado acerca dos
principais pontos destacados no texto, proporcionando a ele a possibilidade de ter
uma ideia geral do que se trata. Cabe afirmar então que a consulta ao texto original
não é tão necessária assim.
Essa modalidade de resumo é indicada para artigos científicos e artigos
acadêmicos de forma geral.
O resumo indicativo, literalmente afirmando, indica somente os pontos
relevantes, principais do texto-base, descartando a possibilidade de apresentar
dados de natureza qualitativa e quantitativa. Por essa razão, faz-se necessária a
consulta ao texto original.
Por fim, temos o resumo crítico que, sem sombra de dúvidas, trata-se de uma
análise com base no ponto de vista do emissor acerca das ideias contidas no texto
original. Em virtude desse aspecto, juízos de valor são amplamente permitidos – o
que lhe concede o nome, também, de resenha crítica.

3.5 Resenha

A resenha crítica é um texto resumido de um determinado tema, capítulo de um


livro, filme, podendo ser também um resumo de uma peça de teatro ou determinado
espetáculo, somente se detém na informação ao leitor. No entanto, além de se fazer
o resumo da obra, faz-se uma avaliação da mesma, expondo sua opinião,
destacando as partes positivas e negativas, e tem como objetivo principal a
divulgação de informações sobre obras culturais, e por isso, se torna um conteúdo
efêmero, ou seja, são opiniões passageiras e transitórias.

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Uma resenha não é apenas um resumo informativo de um texto, e sim, uma


interpretação do mesmo, dependendo da capacidade do resenhista de relacionar
todos os componentes lidos da obra escolhida com outras obras e ideias de outros
autores, e desta forma, se estabelece uma comparação.
As resenhas críticas dependem de espaços reservados para elas, em geral
curtos, o que limita seu tamanho. Em alguns casos, a argumentação pode ser mais
longa, desde que haja necessidade e espaço para tal. Deve constar de título;
referência bibliográfica da obra; dados bibliográficos do autor da obra resenhada;
resumo, ou síntese do conteúdo e a avaliação.
A resenha crítica, como trabalho acadêmico, provoca o desencadeamento do
processo da autêntica investigação no estudante de graduação. É até considerada
por alguns metodólogos, como sendo um tipo de trabalho muito complexo para ser
cobrado na graduação. No entanto, as experiências práticas demonstram que, se
bem orientada, a resenha crítica produz um amadurecimento do acadêmico, ao
iniciá-lo na verdadeira pesquisa bibliográfica reflexiva.
Ela é também um tipo de atividade em que, se o professor definir o livro ou
texto de referência, o acadêmico não vai encontrar o trabalho pronto na Internet e
nem vai poder simplesmente copiá-lo de algum lugar. Recomenda-se que o texto de
referência seja um texto adequado e compatível com o curso e semestre que o
aluno está cursando. A escolha ou definição do texto de referência é decisiva no
processo, pois é difícil fazer uma boa resenha de um texto ruim, pequeno, sem
consistência ou densidade na abordagem do assunto.

3.6 Relatórios de pesquisa

Os relatórios de pesquisa são dados gravados preparados por pesquisadores


ou estatísticos após analisar as informações coletadas pela realização de pesquisas
organizadas, geralmente na forma de pesquisas ou qualitativos.
Os relatórios geralmente estão espalhados por um vasto horizonte de tópicos,
mas focam-se na comunicação de informações sobre um tópico específico e um
mercado-alvo muito específico. O principal motivo dos relatórios de pesquisa é
transmitir detalhes integrais sobre um estudo a ser considerado pelos profissionais

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de marketing ao projetar novas estratégias. Certos eventos, fatos e outras


informações baseadas em incidentes precisam ser transmitidos às pessoas
responsáveis, e a criação de relatórios de pesquisa é a ferramenta de comunicação
mais eficaz.
Os relatórios ideais de pesquisa são extremamente precisos nas informações
oferecidas, com um objetivo e conclusão claros. Deve haver um formato limpo e
estruturado para que esses relatórios sejam eficazes na transmissão de
informações.

3.7 Ficha catalográfica

Figura 3: Modelo de ficha catalográfica

Fonte: Erian (2011).

Ficha catalográfica (ou Index card em inglês), é uma ficha que contém as
informações bibliográficas necessárias para identificar e localizar um livro ou outro
documento no acervo de uma biblioteca. Ela é de papel resistente, medindo 7,5 cm
de altura por 12,5 cm de largura - dimensões padronizadas internacionalmente,
apresenta um orifício no centro da margem inferior, por onde é presa na gaveta do
fichário quando arquivada. As margens são definidas de forma a facilitar a
identificação dos dados sendo: a primeira margem com início no 11º espaço; a

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segunda no 13º espaço e a terceira iniciando no 15º espaço. Vejamos outros


modelos:

Figura 4: Modelo de ficha catalográfica

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

As fichas catalográficas podem ser utilizadas também para análise e


interpretação de dados levantados durante uma pesquisa bibliográfica. É feita uma
ficha para cada livro ou documento, contendo a classificação por autor, classificação
dos conceitos contidos no material e a definição das principais categorias de análise.
As partes desse tipo de ficha são: documento (tipo), classificação, conteúdo (resumo
do conteúdo do documento) e análise dos dados.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
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McGraw-Hill, 1983.
AKATOS, E. M.; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 3ª. Ed.
São Paulo: Atlas, 1994

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