DuPont Hytrel
elastômero de poliéster
Manual de extrusão
* O logotipo oval da DuPont, DuPont, The miracles of science* e Hytrel* são marcas registradas ou marcas
requeridas de E.I. du Pont de Nemours and Company ou suas subsidiárias.
Conteúdo
Páginas
3. Propriedades do fundido
A capacidade de processar o HYTREL® por uma técnica • A viscosidade do fundido depende principalmente da
específica de extrusão depende em grande parte das temperatura do mesmo e essa dependência torna-se
propriedades do fundido, que são determinadas pelo maior com o aumento da dureza.
grade escolhido de HYTREL® e pelas condições de proces-
samento. • A velocidade de cristalização eleva-se com o aumento
da dureza; dessa forma, a diminuição da cristalinidade
Algumas propriedades gerais do fundido devem ser por resfriamento torna-se mais difícil com o aumento
consideradas na extrusão do HYTREL®: da dureza.
• Todos os grades possuem um ponto de fusão bem de- A viscosidade do fundido como função da temperatura e
finido que se eleva (tornando-se mais definido) com o do cisalhamento para os grades de extrusão do HYTREL® é
aumento da dureza e da cristalinidade. mostrada nas Figuras 1 e 2.
1
O HYTREL® possui uma curva de viscosidade em função Na Figura 2, observa-se que uma alteração significa-
do cisalhamento relativamente plana, especialmente tiva na viscosidade do fundido pode ocorrer a partir
para baixas taxas de cisalhamento, típicas dos proces- de uma pequena variação na temperatura do mesmo.
sos de extrusão. Isso significa que, por exemplo, roscas Assim sendo, a temperatura do fundido pode ser redu-
e matrizes de extrusão de alto cisalhamento não redu- zida para proporcionar maior resistência ao material e
zem a viscosidade de fundido do HYTREL® tanto quanto maior estabilidade ao produto extrudado. Isso também
em outros polímeros, mas podem provocar aumento lo- significa que um bom controle de temperatura do fun-
calizado de temperatura, o que não é desejável. dido é um fator importante para a extrusão bem-suce-
dida do HYTREL®.
TEMPERATURA DE
10 4 GRADE DE HYTREL® PROCESSAMENTO, ˚C
4275 BK HYTREL
®
G3548L 190
5612 BK HYTREL
®
4056 190
®
HYTREL 4068FG 230
®
HYTREL G4074 200
4068FG ®
10 3 HYTREL G4774, G4778 230
5556
Viscosidade Aparente, Pa.s
10 4
4275 BK
5612 BK
4068GF
Viscosidade aparente, Pa.s
5556
6356, 6358
4056 6359FG
6108 7246, 7248
10 3
G3548L
2
4. Equipamento básico de extrusão Um secador instalado sobre o cilindro não é essencial,
mas deve ser empregado, quando disponível, para pro-
Projeto geral da extrusora teger o polímero contra a absorção adicional da umi-
dade. O secador também é recomendado para garantir
A experiência demonstra que os melhores resultados
que a resina seja enviada à extrusora com uma tem-
com o HYTREL® são obtidos em extrusoras com rosca
peratura e com um teor de umidade constantes, o que
simples. As extrusoras com dupla rosca geram efeitos
pode ajudar a garantir as propriedades regulares de
de aquecimento provocados pelo cisalhamento exces-
alimentação e do fundido.
sivo, não sendo recomendadas. Máquinas com respiro
não podem ser usadas para secar o HYTREL®.
Um teor de umidade igual ou inferior a 0,10% é neces-
sário para manter as tolerâncias de extrusão e para mi-
A ênfase na escolha do equipamento deve estar na uni-
formidade e na qualidade do fundido produzido. O for- nimizar a degradação durante o processamento. Se o
necimento constante de um fundido homogêneo com teor de umidade não é definido, devido ao uso de mate-
temperatura uniforme e a capacidade de manter a tem- rial moído, deve-se usar um desumidificador ou estufa
peratura desejada do fundido ao longo de uma ampla de porte adequado. Para mais detalhes sobre a seca-
faixa de velocidades da rosca, devem ser os objetivos gem, veja a seção “Funcionamento da Extrusora”.
para uma boa extrusão.
Cilindro da extrusora
Materiais de construção
Os cilindros de extrusora adequados à operação com
O HYTREL®, no estado fundido, não é corrosivo para os termoplásticos comuns, tais como nylon plastificado,
metais. As roscas devem ter as suas superfícies endu- PVC ou poliolefinas também são normalmente adequa-
recidas (nitretadas), mas não precisam ser construídas dos para a extrusão de HYTREL®. As relações de compri-
com ligas resistentes à corrosão, embora muitos cilin- mento / diâmetro (L/D) de, no mínimo, 24:1 proporcio-
dros e roscas de extrusoras sejam construídos com es- nam melhor qualidade de fundido para a extrusão de
tes materiais para possibilitar o processamento de uma precisão.
ampla gama de resinas.
Acionamento de extrusoras As folgas existentes entre a rosca e a parede do cilin-
dro devem ser pequenas para evitar o contrafluxo da
Recomenda-se o acionamento por motores de corrente resina fundida e a possível alteração na vazão da extru-
contínua, uma vez que proporcionam bom controle de sora. Recomenda-se que folgas radiais < 0,1mm sejam
velocidade e possibilidade de operação em uma ampla mantidas para extrusoras com até 64mm de diâmetro.
gama de velocidades. Essas folgas devem ser periodicamente verificadas e
a reforma do cilindro ou da rosca deve ser executada
Esse tipo de acionamento normalmente proporciona o quando necessário.
corte automático de corrente para impedir a ruptura da
rosca como resultado de torque excessivo. Indepen- Verificou-se que as extrusoras com zonas de alimenta-
dente do tipo de acionamento empregado, é importante ção intensamente resfriadas e cilindros com ranhuras
que algum tipo de dispositivo de proteção contra sobre- axiais, para auxiliar a alimentação, podem provocar
carga seja incorporado ao sistema de acionamento. o cisalhamento excessivo do HYTREL® durante o estágio de
fusão / compressão, com o conseqüente aumento de
Uma proteção adicional pode ser dada por meio de um temperatura e maior consumo de corrente elétrica pelo
disco de ruptura instalado na zona entre a rosca da ex- motor. Esse tipo de cilindro não é adequado para o pro-
trusora e o conjunto de porta-telas / telas de filtro, ou cessamento do HYTREL®.
por um transdutor de pressão com interruptor de alta
pressão interligado ao acionamento da extrusora. Recomenda-se que o cilindro tenha, pelo menos, qua-
tros zonas de controle de temperatura e que a tempera-
Funil e zona de alimentação
tura de cada zona seja controlada por um termopar di-
As zonas de alimentação superiores ou tangenciais, ferente e um instrumento de controle proporcional. Um
normalmente utilizadas em extrusoras convencionais resfriamento eficiente também deve ser proporcionado
com rosca simples, funcionam bem com o HYTREL®. Re- pela circulação de água ou por ventiladores, que são
comenda-se o resfriamento da zona de alimentação controlados de forma independente pelos controlado-
com água para evitar o aquecimento excessivo da resi- res de temperatura de cada zona.
na alimentada na rosca e proteger os mancais do acio-
namento.
3
Perfil da rosca excessivo de calor localizado devido à ação intensa do
cisalhamento e, normalmente, dificultam a obtenção da
O elemento mais importante de uma extrusora é a rosca. temperatura desejada do fundido, bem como podem le-
var a alto torque do motor de acionamento.
Geralmente, pode-se obter bons resultados para o
HYTREL® utilizando-se roscas com 3 zonas de compri- Entretanto, verificou-se que certos perfis de rosca tipo
mento aproximadamente iguais para as zonas de ali- “barreira” funcionam satisfatoriamente com o HYTREL®,
mentação, transição (compressão) e dosagem. especialmente na obtenção de propriedades constan-
tes do fundido para operações críticas de extrusão
A relação de comprimento / diâmetro deve ser de, no (como a extrusão de tubos em alta velocidade).
mínimo, 24:1 para uma boa uniformidade da resina ex-
trudada (ou seja, variações mínimas de temperatura e O resfriamento interno da rosca não é recomendado
de pressão). As taxas de compressão devem estar en- para o HYTREL®, embora tenha-se verificado que o res-
tre 2,5 e 3,5 para 1, conforme determina a divisão da friamento limitado da rosca na zona de alimentação
profundidade do filete da zona de alimentação pela pro- conseguiu eliminar problemas de alimentação irregular
fundidade do filete da zona de dosagem (“relação de (queda na produção) nas extrusoras de grande porte.
compressão aparente”). A profundidade do filete das
seções de alimentação e de dosagem é importante; se Telas e porta-telas
o filete de alimentação for muito profundo e não for sufi-
Um porta-telas para um fluxo suave (por exemplo: com
cientemente longo, especialmente com roscas de gran-
contrafuros em ambos os lados) é normalmente colo-
de diâmetro, pode haver falhas na alimentação e queda
cado entre a extremidade da rosca e o adaptador para
de produção com alguns tipos mais duros de HYTREL®.
conter o conjunto de telas.
Se o filete de dosagem for muito profundo, pode haver
a distribuição não-uniforme da temperatura ao longo do
O conjunto de telas é usado para dois fins: remover
fundido, enquanto que um filete de dosagem muito raso
quaisquer impurezas ou material não fundido do fluxo
pode resultar no superaquecimento do fundido, devido
de resina fundida e também para assegurar suficien-
ao cisalhamento.
te contrapressão na extremidade da rosca, para auxi-
liar na formação de um fundido homogêneo e pressão
Uma rosca normal de 3 zonas, com transição gradual, para
constante de extrusão.
processamento do HYTREL® é apresentada na Tabela 1.
O conjunto de telas deve ser formado por duas telas
O uso de perfis complexos de rosca, incorporando zonas com malha 80, sustentadas por uma tela 40 a jusante,
de elevado cisalhamento ou dispositivos misturadores, junto ao porta-telas. Para aplicações críticas, quando é
zonas de descompressão, etc., não são recomendados necessária a limpeza total da resina, podem ser usadas
para o HYTREL®. Esse tipo de rosca provoca o acúmulo telas mais finas (malha 120 ou 150).
W
D PITCH h2
1
Profundidade do Profundidade do
filete da zona de filete da zona de Largura do
Diâmetro (D) Passo (P) alimentação (h1) dosagem (h2) filete (W)
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
38,1 38,1 6,45 2,0 3,81
50,8 50,8 7,8 2,4 5,08
63,5 63,5 9,8 2,8 6,35
88,9 88,9 11,6 3,3 8,89
114 114 13,3 3,8 11,4
4
Um bom aquecimento externo é essencial para a área
Para a medição precisa e respostas rápidas, recomen-
do porta-telas da extrusora. Uma capacidade suficiente
da-se um transdutor de diafragma com um indicador
de aquecimento deve estar disponível para elevar ra-
eletrônico. O local mais comum para a instalação do
pidamente a temperatura dessa região, nas condições
transdutor é imediatamente antes do porta-telas, pois
normais de processamento, para assegurar que qual-
esse é o ponto onde, provavelmente, a alta pressão é
quer polímero residual seja totalmente fundido antes
gerada. Entretanto, também é vantajoso instalar um se-
da partida. Analogamente, como a área do porta-telas
gundo transdutor na área do cabeçote de extrusão para
(fixação do cabeçote) é normalmente aquela onde uma indicar a pressão de saída junto à matriz.
grande quantidade de calor é perdida para o ar ambien-
te, a configuração das resistências desta zona é crítica. Flutuações de longa ou curta duração podem influen-
ciar a qualidade e a uniformidade do produto e, por esse
Adaptador, cabeçote e matriz motivo, pode ser vantajoso monitorar continuamente a
pressão do fundido, conectando a saída do transdutor
Tanto o adaptador quanto o cabeçote devem ter um
a um registrador gráfico.
projeto que permita o fluxo suave da resina. Os canais
de fluxo não devem conter mudanças bruscas na se- Controladores de temperatura
ção transversal, interrupções da superfície (provoca-
das pela montagem incorreta das peças ou danos, por Flutuações relativamente pequenas de temperatura na
exemplo), ou outros “pontos mortos”. As áreas de es- extrusora, especialmente na parte frontal e na matriz,
tagnação de fluxo (pontos de retenção) podem levar à podem influenciar muito a qualidade do material ex-
degradação localizada do polímero e a correspondente trudado ao processar o HYTREL®, pois a sua viscosidade
liberação de partículas de resina degradada no fluxo de depende substancialmente da temperatura. Dessa for-
material fundido. ma, o tipo de dispositivo empregado para o controle da
temperatura é muito importante.
Resistências devidamente dimensionadas devem ser
instaladas no adaptador, uma vez que se trata de uma Para manter o controle da temperatura ótima e um fun-
grande peça de metal. É especialmente importante dido termicamente homogêneo, o controlador deve ser
controlar separadamente a temperatura do adaptador do tipo proporcional ou do tipo de tensão variável. Um
e do cabeçote, uma vez que diferem substancialmente controlador do tipo liga-desliga não é recomendado
no tamanho e no consumo de energia. para o processamento do HYTREL®. Uma flutuação de
temperatura de 3oC não é incomum para esse tipo de
A matriz, onde se prolonga além do cabeçote da extrusora, controlador; uma variação dessa magnitude pode pro-
deve ter o seu próprio termopar e controlador de temperatura. duzir flutuações excessivas na viscosidade, resultando
em uma variabilidade dimensional inaceitável nos pro-
Para os projetos de cabeçote e matriz destinados a proces- cessos críticos de extrusão.
sos específicos de extrusão, tais como a extrusão de tubos,
consulte a descrição do respectivo processo na seção A indicação de temperatura para os controladores é fei-
“Processos de Extrusão” (páginas 9 - 17), deste manual. ta por meio de termopares corretamente posicionados
em cada zona de temperatura do cilindro, adaptador,
Instrumentação cabeçote e matriz. É importante que esses termopares
estejam posicionados o mais próximo possível do fluxo
A função de uma extrusora é produzir um termoplásti-
do fundido para registrar, de forma precisa, a tempera-
co fundido com velocidade e temperatura constantes.
Uma instrumentação sofisticada é pré-requisito para tura do metal que estiver envolvendo a resina fundida.
a produção com qualidade. Para monitorar o desem- Termopares para o fundido
penho da extrusora é importante determinar a pressão
e a temperatura do fundido, bem como proporcionar os Os termopares que indicam a temperatura real do ma-
métodos adequados de controle. terial fundido são recomendados para o processamen-
to do HYTREL®. Para proporcionar respostas rápidas, eles
Manômetros devem ser do tipo não-blindado e posicionados na pla-
ca do adaptador ou, preferencialmente, na matriz, ou
A pressão do fundido deve ser monitorada durante a então, o mais próximo possível dela.
extrusão, especialmente na partida. O registro e o mo-
nitoramento da pressão do fundido durante a partida Recomenda-se o uso de pirômetro tipo agulha portátil
indica se o escoamento do material está correto ou se para verificar a temperatura real do fundido antes da
uma situação de refluxo ou resfriamento está ocorren- partida. A medição deve ser feita com a rotação normal
do. Durante a produção, a variação da pressão também da rosca, após a purga, e por um tempo suficiente para
indica variações na vazão e na viscosidade do fundido. permitir a estabilização das temperaturas.
5
5. Funcionamento da extrusora degradação da resina e, possivelmente, bolhas no ma-
terial fundido à medida que este deixar a matriz.
Manuseio geral das resinas
Nas temperaturas acima do ponto de fusão, um teor ex-
O HYTREL® é normalmente fornecido em sacos selados, à cessivo de umidade provoca a degradação hidrolítica
prova de umidade de 25kg. Caixas com revestimento de do polímero. Essa degradação resulta em propriedades
barreira à umidade com 500kg também encontram-se físicas deficientes, além de tornar o material quebradi-
disponíveis para grandes consumidores. ço, especialmente a baixas temperaturas.
Nas operações de extrusão, o mais elevado grau de Teor de Umidade de
limpeza possível deve ser observado na preparação, Grade de HYTREL ®
Equilíbrio (% após 24 horas)
processamento e retrabalho do material, para evitar
Produtividade
que partículas de poeira ou outras formas de contami- G3548W 5,0
G4074 2,1
nação ingressem na extrusora. Sistemas automáticos G4078W 3,0
de transporte dos grãos, funis de alimentação selados, G4774, G4778 2,5
Alta
abertura cuidadosa dos sacos de resina virgem, bem G5544 1,5
como o manuseio cuidadoso do material moído contri- 4056 0,6
buem de forma significativa para a limpeza e a qualida- 4069 0,7
4556 0,6
de global do produto acabado. 5526
Desempenho
0,5
5556 0,5
Precauções de segurança 6356 0,3
7246 0,3
Alto
0,2
duras resultantes do contato com o polímero fundido
são um risco potencial durante o seu processamento. U.R.
0,1 50%
Antes de processar o HYTREL®, consulte o manual: “Pre- 0,08
cauções para o Manuseio e Processamento do HYTREL®” 0,06
130
regada total ou parcialmente com HYTREL® ou outro polí-
Máx. (maioria dos grades) mero. Neste caso, o ponto de fusão do material residual
120
deve ser considerado durante a partida.
110 Tome cuidado ao ligar uma máquina carregada para
Máx. (grades com baixo
ponto de fusão) evitar o refluxo na zona de alimentação, o superaque-
100 cimento localizado (que pode provocar a degradação
do polímero) e pontos frios (pontos de resina não fun-
90 dida que ocorrem, basicamente, no adaptador ou na
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo, h extensão do cilindro). Certifique-se de que a matriz e
= secagem em estufa de ar circulante o cabeçote atinjam a temperatura adequada antes da
= secagem em desumidificador flange e do cilindro para permitir a expansão térmica do
polímero, à medida que este fundir.
Figura 4. Recomendações para a secagem do HYTREL®
Tempo de secagem em função da temperatura Ajuste todos os controladores (exceto o da zona de ali-
mentação, que pode ser mantido na sua temperatura
Procedimentos de partida, desligamento e normal de operação) com 10-20oC acima do ponto de
purga fusão nominal para o grade a ser processado (consulte
a página 24). Se o material residual no cilindro possuir
Partida um ponto de fusão que estiver substancialmente acima
daquele apresentado pela nova resina, então os con-
A técnica de partida é importante, pois envolve a segurança troladores devem ser ajustados para uma temperatura
dos operadores e dos equipamentos. As técnicas de par- superior ao ponto de fusão do material existente na ex-
tida podem variar se o equipamento estiver limpo ou não. trusora.
7
Quando os controladores atingirem essas temperaturas Toda a purga deve ser feita com as temperaturas dos
e forem mantidos nesse patamar de temperaturas por controladores acima do ponto de fusão da resina que
20 a 30 minutos, aumente vagarosamente a rotação da estiver sendo extraída.
rosca para 10rpm, até que o polímero fundido comece a
fluir pela matriz. Nesse instante, é importante verificar Compostos especiais para purga (por exemplo: resinas
se a pressão no cabeçote ou a corrente consumida são acrílicas) podem ser usados para a purga da extrusora.
excessivas, o que pode indicar a presença de resina Como esses materiais de ligações cruzadas não se fun-
não fundida. Inicie a alimentação da nova resina pelo dem, apenas amolecem, é necessário retirar a matriz, o
funil, verificando, mais uma vez, a ocorrência de pres- cilindro, as telas e o conjunto troca-telas antes da pur-
sões elevadas ou do consumo de corrente excessiva ga. Se isso não for feito, níveis inseguros de pressão e
pelo motor. Mantenha a extrusora em baixa rotação en- de corrente podem ser observados, podendo danificar
quanto é feita a purga com o novo material por até 30 o equipamento ou ferir os operadores.
minutos, ou até que um polímero fundido claro comece
a sair pela matriz.
Limpeza do equipamento
Durante este processo, a rotação da rosca deve ser Recomenda-se a eventual desmontagem e limpeza da
ocasionalmente aumentada até atingir a rotação normal rosca da extrusora e dos componentes do adaptador,
de operação, ou acima dessa rotação por curtos perío- do cabeçote e da matriz. A freqüência ideal dessas des-
dos. Isso ajuda a liberar qualquer resina degradada ou montagens depende do número de partidas / desligamen-
não fundida das superfícies internas da extrusora. tos e da quantidade de mudanças de resinas diferentes.
Quando for observado um fluxo de polímero fundido cla- O procedimento de limpeza consiste na purga da extru-
ro, todas as temperaturas devem ser ajustadas para os sora com polietileno ou poliestireno, com a conseqüen-
valores normais de operação e a purga lenta deve conti- te remoção da matriz, adaptador e cabeçote. Com o ca-
nuar até que as temperaturas voltem a se estabilizar. beçote removido, a rosca e o cilindro podem, então, ser
limpos usando um composto de purga acrílico.
Neste ponto, a temperatura do fundido deve ser verifi-
cada, após ter ajustado a rotação da rosca para o seu A remoção completa da rosca para uma limpeza total é
valor desejado. necessária de tempos em tempos, pois esta é a única
forma de assegurar que as partículas duras de políme-
Procedimentos de desligamento e purga ros degradados e de outros resíduos foram devidamen-
te removidas das superfícies da rosca e do cilindro.
Para breves períodos de desligamento, menores ou
iguais a 30 minutos, nenhuma ação é necessária, além Grandes quantidades de resina podem ser removidas
de uma curta purga com a nova resina após a partida. da rosca e de outros componentes, raspando as suas
superfícies enquanto ainda estão quentes. Após a ras-
Se a extrusora for desligada por períodos mais longos, pagem, pode-se fazer a limpeza com uma escova de
descarregue o cilindro e desligue os controladores de cerdas metálicas ou com tecidos especiais para limpe-
temperatura. Se a extrusora possuir um sistema de res- za. Uma escova giratória com cerdas metálicas presa a
friamento do cilindro, ele pode ser usado para resfriar uma haste extensível acoplada a uma furadeira elétrica
rapidamente a resina existente no seu interior, evitando pode ser usada para limpar toda a parte interna do ci-
a degradação do polímero. Durante a próxima partida, lindro da extrusora.
qualquer material presente na rosca deve ser purgado,
não devendo ser utilizado. Deve-se considerar a exaus- Resíduos difíceis podem ser removidos dos compo-
tão dos gases que eventualmente podem ser gerados nentes do cabeçote e da matriz queimando-os com
(veja as “Precauções de Segurança”). uma tocha de propano. Esse método, entretanto, não
é recomendado pois pode haver a formação de gases
A purga com polietileno ou outro polímero normalmen- tóxicos e inflamáveis. Um método melhor é a imersão
te não é recomendada, exceto quando for necessário das peças em um leito fluidizado quente que foi espe-
remover outras resinas utilizadas em processamentos cialmente projetado para esse fim. Esse equipamento
anteriores ou antes da desmontagem do equipamento utiliza óxido de alumínio fluidizado com ar quente, no
para limpeza (veja “Limpeza do Equipamento”). Pode qual as peças são imersas por meio de uma gaiola de
ser necessário um longo período após a partida para arame. Com uma extração de vapores adequada, esse
eliminar completamente quaisquer sinais de polietileno método é rápido e completo e as peças ficam prontas
do HYTREL®. para serem reinstaladas na extrusora.
8
Reciclagem de aparas O perfil de temperatura empregado para obter essa
condição depende de cada extrusora e, portanto, do
A boa e incomum estabilidade térmica e a natureza to- tipo da rosca e da sua capacidade de plastificação.
talmente termoplástica do HYTREL® permitem a reutiliza-
ção de aparas do processo de extrusão. O HYTREL® pode Entretanto, é importante que as temperaturas das zo-
ser moído e misturado com o polímero virgem em uma nas do adaptador, cabeçote e da matriz estejam sempre
proporção de até 50%, aproximadamente, considerando ajustadas para um valor que, pelo menos, seja igual ao
que o polímero tenha sido devidamente processado. Em ponto de fusão nominal do grade de HYTREL® que estiver
todas as ocasiões, deve-se assegurar que o polímero sendo processado; caso contrário, pontos frios e partí-
moído não degradou e que está isento de substâncias culas de material não fundido podem se acumular nas
estranhas. superfícies metálicas internas, resultando na liberação
de borras de HYTREL® frio ou degradado no fluxo do ma-
Corte as aparas em pedaços que tenham aproximada- terial fundido. Em condições extremas, um ponto frio
mente o mesmo tamanho dos grãos originais. Use um pode levar a uma condição potencialmente perigosa da
moinho de aparas com facas afiadas e bem reguladas pressão de fundido.
para produzir material moído limpo e fino. Seque todo o
material moído e misture-o bem com o polímero virgem, Devido à relação viscosidade / temperatura, é impor-
para garantir uma qualidade uniforme. tante manter um bom controle de temperatura em cada
zona. Isso não depende apenas de uma instrumentação
A verificação do índice de fluidez do fundido é uma for- devidamente mantida e calibrada, mas também de boas
ma prática de monitorar a qualidade do material moído práticas operacionais. Por exemplo, uma grande flutu-
em amostras representativas e é uma ferramenta útil de ação na temperatura do ar ambiente, provocada pela
controle da qualidade, tanto para produtos acabados, abertura de uma porta, pode influenciar as temperatu-
quanto para material moído. O índice de fluidez do fun- ras do cabeçote da extrusora e, conseqüentemente, a
dido, na verdade, mede o escoamento com restrição do viscosidade do fundido.
polímero fundido. Quanto maior o índice, menor a visco-
sidade e, portanto, o peso molecular - sendo uma indica- A atenção aos detalhes em outras partes do processo
ção da degradação do polímero. de extrusão pode ajudar a evitar problemas potenciais.
Como regra geral, não se deve reutilizar aparas cuja Fatores tais como a variação da temperatura da água
verificação do índice de fluidez apresente um valor que de resfriamento, variação na velocidade do arraste, vi-
seja, aproximadamente, 50% maior do que o índice do brações mecânicas e flutuação na alimentação elétrica
material virgem. ou na pressão d’água da fábrica podem provocar pro-
blemas que são indevidamente atribuídos ao material
6. Processos de extrusão ou à extrusora.
Perfis
Geral
Perfis maciços e ocos podem ser extrudados de forma
O HYTREL® é usado satisfatoriamente em muitos proces- bem-sucedida com os grades de HYTREL®, atendendo aos
sos diferentes de extrusão. Juntamente com as con- vários requisitos de complexidade e forma.
dições de processamento de cada um dos grades de
Hytrel® (veja a página 24), há alguns pontos gerais que Por extrusão livre
se aplicam a todos os grades e à maioria dos processos
Para formas simples, tais como perfis redondos maci-
de extrusão.
ços ou de correias em “V”, a técnica de extrusão livre é
a melhor. Esta técnica emprega uma matriz simples que
A viscosidade de fundido do Hytrel® extrudado depen-
em muitos casos pode ser feita com uma chapa plana
de da temperatura do fundido. As temperaturas de fun-
(normalmente de alumínio) que é fixada na frente do ca-
dido um pouco acima do ponto de fusão proporcionam
beçote da extrusora. Embora essas matrizes de chapa
a maior viscosidade e, portanto, o manuseio mais fácil
apresentem a desvantagem de acumular uma camada
na maioria dos processos de extrusão. Normalmente, a
de polímero na parte posterior da chapa, que eventual-
temperatura real de fundido deve ser de 5 a 15oC acima
mente se degrada e causa problemas durante longas
do ponto nominal de fusão, quando medida com um pi-
operações de extrusão, elas são úteis para o desenvol-
rômetro de agulha posicionado no fluxo de material fun-
vimento de protótipos e curtas produções (desde que
dido, com a extrusora funcionando em rotação normal.
sejam desmontadas e limpas após cada operação).
9
As matrizes de chapa devem apresentar uma espessura Para os grades mais duros deve ser empregado um sis-
de 6 a 12mm, dependendo do tamanho do perfil e devem tema de matriz de calibração “úmida” onde o material
ser localmente reduzidas para 3 a 5mm no ponto onde o extrudado é lubrificado por uma película d’água forne-
perfil possa ter uma seção que seja significativamente cida por uma série de pequenos orifícios (com diâmetro
mais delgada do que o perfil principal. As dimensões de 0,5 a 1,0mm) perfurados ao redor da entrada da ma-
reais do orifício da matriz devem ser aproximadamente triz de calibração.
o dobro das dimensões do perfil acabado, para propor-
cionar suficiente arraste do fundido durante o processo A entrada deve ser arredondada (3 a 5mm) e toda a
de extrusão. Esse arraste é necessário para produzir superfície interna deve ter acabamento jateado. Como
uma tração suficiente do material extrudado evitando a opção, um revestimento de Teflon® pode ser aplicado
flexão do material e variações dimensionais. às superfícies de calibração para reduzir a tendência
do perfil extrudado em aderir à matriz.
Normalmente, algumas alterações no orifício da matriz
são necessárias após os testes iniciais, para se obter a O projeto da matriz da extrusora deve seguir os prin-
distribuição necessária do material. Particularmente, é cípios descritos para a extrusão livre, embora menos
comum abrir ou chanfrar quaisquer cantos internos na arraste deva ser empregado. Novamente aqui as matri-
parte posterior da abertura da matriz, cuidadosamente zes de chapa podem ser usadas para o desenvolvimen-
limando ou desbastando manualmente, para permitir to de protótipos e produções pequenas. Quando forem
um maior escoamento nessas áreas. usadas matrizes usinadas com melhor acabamento, a
espessura da matriz deve ser 5 a 10 vezes a espessura
Onde for necessário, pode-se desenvolver o projeto de- do perfil.
finitivo de matrizes mais simples a partir da forma do
Monofilamentos
protótipo da matriz de chapa. Entretanto, observe que a
mudança de um grade de HYTREL® para outro, ou a mu- A extrusão de monofilamentos é feita diretamente, utili-
dança da temperatura do fundido ou da velocidade de zando-se grades de HYTREL® de média viscosidade.
extrusão, pode afetar a forma final do perfil.
Equipamentos normalmente empregados para resinas
Embora a extrusão livre seja aceita para formas “maci- tais como nylon e PBT também podem ser utilizados
ças” simples, não é possível obter os perfis desejados para o HYTREL®. As temperaturas de processamento po-
utilizando-se essa técnica, quando formas ou perfis com dem ser um pouco mais altas para a extrusão de mono-
seções mais complexas são necessários (por exemplo: filamentos do que para outros processos de extrusão.
canais em “U” ou perfis com nervuras). Normalmente, devem ser utilizadas temperaturas de
fundido com 15 a 20oC acima do ponto nominal de fusão
Nesses casos, pode ser possível instalar guias ou su-
do grade específico de HYTREL®. A relação de arraste,
portes no interior do banho d’água para “reter” a for-
medida pelo diâmetro da matriz em relação ao diâmetro
ma do material extrudado até que este fique suficien-
do monofilamento que sai do primeiro banho de resfria-
temente solidificado. Embora essa técnica não seja a
mento d’água, deve estar entre 4:1 e 10:1.
mais adequada, principalmente com os grades mais du-
ros de HYTREL®, onde a contração diferencial pode pro-
A quantidade de orientação e as temperaturas para
vocar o empenamento e a distorção de determinadas
alongamento e recozimento devem ser determinadas
seções de um perfil. A extrusão calibrada a vácuo pode
para o grade específico de HYTREL® que estiver sendo
ser mais adequada para perfis mais complexos quando
usado e pelas especificações das propriedades finais.
forem utilizados grades mais duros de HYTREL®.
Extrusão livre de tubos
Nota: Os melhores grades de HYTREL® para extrusão li-
vre são aqueles que apresentam menor dureza e maior Tubos de pequeno porte podem ser produzidos em
viscosidade, especialmente quando são extrudados a HYTREL® através de extrusão livre.
temperaturas mais baixas.
Este método é amplamente utilizado para a fabricação
Por extrusão calibrada a vácuo de tubos com até 6mm de diâmetro externo. Tamanhos
Esta técnica que está bem definida para polímeros mais maiores podem ser fabricados utilizando-se o método
rígidos, como o PVC rígido, foi considerada como mo- de formação por pressão diferencial (também denomi-
deradamente adequada para os grades mais duros de nado de formação a vácuo - veja “Extrusão Calibrada a
HYTREL®. Os grades mais moles apresentam muito atrito Vácuo de Tubos”).
contra as superfícies da matriz de calibração e tendem
a aderir às mesmas.
10
Uma configuração típica para extrusão livre encontra- são ajustada através do macho para funcionar como um
se na Figura 5. O processo consiste na extrusão de um suporte interno. Uma válvula de controle muito sensível
tubo de resina, puxando-o através de água fria. Um ou ou um pressostato deve ser empregado para minimizar
mais anéis metálicos de elevada precisão podem ser as pequenas variações de pressão que podem resultar
instalados sob a superfície da água para auxiliar na em alterações no diâmetro da tubulação.
manutenção da forma do tubo. O processo não é caro,
pois uma ampla gama de dimensões podem ser obtidas A escolha dos diâmetros da matriz e do macho da extru-
a partir de uma combinação de matriz e macho, varian- sora para uma determinada dimensão de tubo depende
do-se apenas a dimensão da(s) placa(s) formadora(s), a da intensidade do arraste aplicado. Para a maioria dos
rotação da rosca, a velocidade de arraste e a pressão grades de HYTREL®, pode-se obter resultados satisfató-
de ar interna (se for empregada). rios quando a matriz e o macho são escolhidos com
diâmetros aproximadamente iguais ao dobro dos diâ-
Para evitar a deformação do tubo durante a extrusão li- metros externo e interno do tubo, respectivamente.
vre, algumas vezes é necessário alimentar ar com pres-
MATRIZ DE
CALIBRAÇÃO
VÁLVULA DE TANQUE DE BANHO DE
SANGRIA VÁCUO RESFRIAMENTO
água aerada
bomba
DRENAGEM
EXTRUSORA tanque de
acumulação PUXADOR BOBINADEIRA
UNIDADE DE CALIBRAÇÃO POR
PRESSÃO DIFERENCIAL
11
Uma matriz que apresenta bons resultados com todos A combinação correta de matriz e macho deve ser es-
os grades de HYTREL® com dureza até 40D encontra-se colhida como segue.
na Figura 7.
1. A matriz da extrusora deve ter entre 2 e 2,5 vezes o
diâmetro externo do tubo, para tubos com até 20mm de
ENTRADA D'ÁGUA diâmetro, para serem processadas com velocidades
moderadas (até 25m/min.).
Quando são produzidos tubos com diâmetros maiores
ou quando tubos com diâmetros menores são extru-
TANQUE DE VÁCUO
dados a alta velocidade (mais de 25m/min.), a matriz
da extrusora deve ter entre 1,5 e 2 vezes o diâmetro
CANAL
D'ÁGUA
externo do tubo.
12
• Temperatura constante da água no banho a vácuo,
utilizando um trocador de calor e um controlador de
temperatura em um sistema de circulação fechada,
ou com provisão para uma descarga adequada e re- A
A
Extrusão de revestimento (“Cabeçote cruzado”)
A maioria dos grades de HYTREL® é usada para recobrir A = Matriz D = Material do núcleo (mangueira, fio, etc.)
vários tipos de produtos, incluindo mangueiras, cordas, B = Macho E = Comprimento da parte cilíndrica interna da matriz
C = Fundido F = Distância entre o macho e a matriz
cabos e fios. O equipamento básico necessário inclui
uma extrusora equipada com um cabeçote cruzado,
Figura 8. Cabeçote para revestimento com matriz de pressão
um sistema desbobinador com um freio ou dispositivo
tensionador, um banho de água de resfriamento, um A extrusão com matriz de tubo (manga) é ilustrada na
sistema puxador com velocidade variável e uma bobi- Figura 9. Nesta técnica, o HYTREL® é extrudado na for-
nadeira. ma de um tubo e é puxado para encontrar a superfície
do material do núcleo. Isso é normalmente feito com o
A disposição do cabeçote cruzado e da matriz podem auxílio do vácuo que é aplicado no interior do torpedo e
ser de dois tipos: atua através da abertura do macho (pino). A relação de
arraste (RA) ideal encontra-se na faixa de 5 a 20:1 e os
• Cabeçote cruzado com matriz de pressão (envolvente), ou diâmetros da matriz e do macho podem ser calculados
• Cabeçote cruzado com matriz de tubo (manga). a partir da relação de arraste escolhida, como segue:
13
As vantagens da extrusão com matriz de tubo são o me- • Embora a temperatura da água no banho de resfria-
lhor controle da espessura da parede do revestimento mento geralmente não seja crítica (normalmente
e a facilidade de remover o revestimento do núcleo (por utilizamos de 10 a 20oC), pode haver casos onde um
exemplo: aplicações de revestimento de fios). resfriamento gradual do revestimento de HYTREL® com
água quente (por exemplo: 60oC) pode ser vantajoso.
Alguns outros pontos que podem ser importantes para Algumas vezes é o que ocorre com a proteção de fi-
a extrusão de HYTREL® com cabeçote cruzado: bras óticas ou condutores elétricos com pequenos
diâmetros, onde a rápida cristalização provocada
• Se um material condutor térmico estiver sendo reco- pela água fria pode resultar em tensões indesejadas
berto (por exemplo: condutor elétrico, mangueira de quando do resfriamento do HYTREL®.
aço trançado etc.), pode ser necessário pré-aquecer o
núcleo utilizando uma chama ou um túnel de ar quente
antes de ingressar no cabeçote cruzado. Isso ajuda a Extrusão de filmes planos, chapas e reco-
evitar o rápido resfriamento do fundido quando este brimento de tecidos
entrar em contato com o núcleo metálico, que pode
resultar em uma penetração insuficiente do material Filmes planos
do núcleo. Da mesma forma, núcleos fibrosos (por No processo de extrusão de filmes planos, o HYTREL® fun-
exemplo: cordas têxteis ou tecidos trançados) podem dido é extrudado através de uma matriz plana passando
precisar ser secas, passando-as por um túnel de ar para um rolo metálico polido - normalmente conhecido
quente ou armazenando-as em uma área quente an- como “calandra resfriada” - que serve para resfriar o
tes de revestí-las, para evitar o aparecimento de bo- material fundido. Da calandra resfriada, o filme passa
lhas de umidade através da capa de HYTREL®. por uma série de outros rolos destinados a guiá-lo e
mantê-lo livre de rugas no bobinamento. A Figura 10
• Para a extrusão a alta velocidade, especialmente
apresenta uma linha típica de extrusão plana. Este pro-
quando são usados recobrimentos com paredes del-
cesso proporciona um alto grau de controle sobre as
gadas, pode ser necessário elevar as temperaturas
propriedades do filme, especialmente claridade óptica.
do cabeçote e da matriz e, possivelmente, também do
cilindro da extrusora para atingir uma velocidade de A espessura do filme é controlada pela relação entre
escoamento suficiente com uma pressão de fundido a vazão da extrusora e a velocidade superficial da ca-
aceitável. Temperaturas de fundido com 40oC acima landra refrigerada.
do ponto nominal de fusão da maioria dos grades de
HYTREL® podem ser seguramente empregadas para re- Os filmes de HYTREL® produzidos por este processo de
duzir a viscosidade do fundido, verificando se o de- extrusão podem apresentar espessuras tão finas quan-
senho do adaptador, cabeçote e demais peças não to 0,013mm.
aumentam a temperatura de quaisquer pontos de re-
tenção, onde pode ocorrer a degradação térmica.
ROLOS
EMBORRACHADOS
PUXADORES
ROLOS LIVRES
CORTADOR
BAILARINO
TANGENTE À SUPERIOR
CALANDRA
RESFRIADA
ROLOS LIVRES
RESFRIAMENTO
CALANDRA COM ÁGUA
RESFRIADA (INDIVIDUAL) BOBINADEIRA
GIRATÓRIA
AUTOMÁTICA
14
A calandra resfriada é internamente refrigerada por de 0oC. Um filme com módulo e opacidade elevados
água gelada ou por uma mistura de água / glicol. Com o pode ser obtido aumentando-se a temperatura da ca-
HYTREL®, água quente ou óleo quente podem ser usados landra resfriada.
para controlar a temperatura em algumas aplicações
(veja a discussão sobre os efeitos da temperatura nas Para evitar a adesão de material, as temperaturas da
propriedades dos filmes). O controle de tensão deve calandra não devem exceder 50oC para os grades moles
ser preciso e muito suave com os grades mais flexíveis do HYTREL® (grades com dureza 35D e 40D), 80oC para
do HYTREL® para produzir filmes sem rugas e com boa resinas com dureza 47D a 63D ou 100oC para grades
conformação da bobina (planicidade da bobina). Jatos com dureza igual ou superior a 72D.
de ar podem ser usados para prender as extremidades
do material fundido à calandra resfriada, minimizando a Chapas
formação de dobras e vincos. Deve-se tomar cuidado O termo “chapa” normalmente descreve materiais com
para que os jatos de ar não atinjam os lábios da ma- espessura igual ou superior a 0,25 mm. A extrusão de
triz, pois isso pode provocar o resfriamento desigual da chapas de HYTREL® com espessuras de aproximadamen-
matriz e uma uniformidade dimensional deficiente no te 0,5 mm pode ser executada no mesmo equipamento
filme. utilizado para a extrusão de filmes planos, dependendo
do ângulo da matriz e da capacidade de se obter uma
As condições de processamento como a temperatura
adesão leve e controlada do material na calandra res-
do fundido, a temperatura da calandra resfriada, a dis-
friada.
tância entre a matriz e a calandra e a velocidade de
extrusão influenciam as propriedades dos filmes, mas
A extrusão de chapas com maior espessura é feita uti-
a temperatura da calandra e a distância entre esta e a
lizando-se um sistema de calandra com três cilindros
matriz têm os maiores efeitos. As seguintes condições
de acabamento, como mostra a Figura 11. São empre-
gerais mostram como cada uma delas afeta as proprie-
gados tanto sistemas mecânicos quanto pneumáticos
dades dos filmes. O quanto cada propriedade é afetada
para tensionar a bobina.
depende do grade de HYTREL® que estiver sendo usado.
Como nos demais processos de extrusão, o projeto da
Aumento da temperatura do fundido:
matriz e o controle das temperaturas são os pontos crí-
• Aumento da transparência ticos.
• Aumento do brilho
A abertura dos lábios da matriz deve ser de 10 a 20%
• Diminuição da opacidade
maior do que a chapa mais espessa a ser produzida;
• Diminuição do módulo e resistência no limite de es- uma chapa mais delgada pode ser feita com a mesma
coamento (tração) abertura da matriz, aumentando-se a velocidade dos ro-
los. A temperatura do fundido deve ser mantida a mais
Aumento da temperatura de resfriamento:
baixa possível, consistente com a produção uniforme
• Aumento do módulo e resistência no limite de es- da extrusora. A distância entre a matriz e a calandra
coamento (tração) resfriada deve ser a menor permitida pela geometria do
• Aumento da opacidade equipamento. A reserva de material fundido entre os
• Diminuição do brilho cilindros puxadores também deve ser mantida a menor
• Diminuição da transparência possível para minimizar a degradação por oxidação;
entretanto, se houver pouco material, a sua falta pode
Aumento da distância entre matriz e calandra resfriada: provocar variações dimensionais na chapa produzida.
O fundido entra em contato com o substrato pouco an- Como ocorre na extrusão de filmes planos, o controle
tes de encontrar a calandra resfriada que o solidifica minucioso da tensão na bobinadeira é muito importante
ou resfria. O material fundido normalmente estende-se para minimizar a formação de rugas e assegurar uma boa
um pouco além das extremidades do substrato, entran- conformação à bobina.
do em contato tanto com a calandra refrigerada quanto
com os cilindros de compressão. Uma operação de recobrimento bem sucedida depende
de muitos fatores, sem esquecer da habilidade e da ex-
periência do operador da linha.
MATRIZ CORTADOR
ROLOS
PUXADORES
BOBINADEIRA
EXTRUSORA
ROLO DE ROLOS
INDIVIDUALMENTE APARA TENSIONADORES
AQUECIDAS OU
RESFRIADAS
CILINDRO DE COMPRESSÃO
LAMINADOR DA DESBOBINADEIRA
ROLOS CORTADORES RESFRIADOS
TENSIONADOR
Figura 12. Linha de recobrimento típica. O substrato é alimentado a partir da desbobinadeira automática giratória à esquerda.
Após o pré-aquecimento, ele recebe o material extrudado na estação laminadora (ao centro). Após o resfriamento, o
produto acabado é rebobinado à direita.
16
Filme tubular • Compatibilidade das duas resinas em termos de fusão
ou soldabilidade.
O HYTREL® pode ser processado em extrusoras conven-
cionais de filme tubular, como mostra a Figura 13. A ele-
• Proximidade dos pontos de fusão ou das temperaturas
vada resistência do fundido dos grades de moldagem
normais de processamento.
por sopro do HYTREL® facilita o seu manuseio e a possi-
bilidade de obter filmes com até 250 microns, utilizando-se
razões de sopro de até 3:1. Outros grades de HYTREL®, es- • Similaridade das características de fluxo no interior
pecialmente os de menor dureza (35D e 40D), também da matriz, de contração e da velocidade dos efeitos de
podem ser usados para obter filmes com espessuras de cristalização após sair da matriz.
150 microns, com razões de sopro de aproximadamente
2,8:1. Entretanto, agentes anti-blocantes como o Kena- • Desenho da matriz de coextrusão.
mide B 1 ou o Crodamide SR 2 (ou produtos semelhan-
tes) podem ser necessários para evitar a adesão entre as A experiência demonstrou que o HYTREL® é extrema-
paredes do filme e entre o filme e os cilindros. mente compatível com os mais rígidos e flexíveis dos
compostos de PVC e que os equipamentos normalmen-
te usados para coextrudar o PVC rígido e flexível apre-
CILINDROS DE ARRASTE
sentaram bons resultados com o HYTREL®. Os grades de
HYTREL® com pontos de fusão mais baixos geralmente
BOBINADEIRA
SAIA proporcionaram os melhores resultados.
1 Produto da Humko Sheffield Chemical Division, Caixa Postal 398, Memphis, Tennessee,
Coextrusão E.U.A.
2 Produto da Croda Universal Limited, North Humberside, DN14 9AA, Inglaterra.
A coextrusão do HYTREL® com outros tipos de resinas foi
bem avaliada para outras aplicações, como manguei-
ras e tubos, perfis, chapas e filmes. Nesta técnica, o
HYTREL® é levado junto à segunda resina em uma única
matriz, onde os dois materiais são fundidos, formando
camadas distintas e bem aderidas em um único produto
extrudado.
Bolhas (na superfície) ao ser 1. O substrato contém substâncias 1. a. Pré-aquecer ou secar o substrato
aplicado sobre substratos voláteis (água, óleo etc.) (por exem- b. Limpar o substrato
plo.: ao ser aplicado sobre materiais c. Aumentar a velocidade de extrusão
têxteis) d. Diminuir a distância entre matriz e a
calandra
e. Aplicar vácuo através do macho
18
Problema Causas Prováveis Soluções Sugeridas
Deformação da circunferência 1. Matriz ou pino / macho com circun- 1. Substituir ou reusinar a matriz ou pino
– concentricidade deficiente ou ferência deformada ou empenada
material extrudado deformado
(tubos ou revestimento com cabe- 2. Revestimento dobra antes do seu 2. Geralmente deve-se aumentar a tensão do
çote cruzado) resfriamento, ou o material extruda- material fundido: reduzir a temperatura do
do dobra antes de entrar no banho fundido, aumentar a velocidade de arraste
d’água ou a matriz de calibração aumentando a velocidade de extrusão,
(tubo) encurtando o comprimento do cone (mais
vácuo através do macho) ou aumentar
a relação de arraste, reduzir a distância
entre a matriz e o tanque de resfriamento
ou a matriz de calibração
Falta de concentricidade Ver "Deformação da circunferência" – concentricidade deficiente ou material extrudado de-
formado
19
Problema Causas Prováveis Soluções Sugeridas
Material extrudado amassado Ver "Deformação da circunferência" - material extrudado dobrado ou amassado
Partículas não fundidas ou solidifi- 1. Temperaturas do cilindro muito 1. Elevar os parâmetros dos controladores
cadas no material extrudado baixas
20
Problema Causas Prováveis Soluções Sugeridas
Partículas solidificadas no material Ver "Partículas não-fundidas ou solidificadas no material extrudado"
extrudado
21
Problema Causas Prováveis Soluções Sugeridas
Rupturas cônicas Ver "Furos, protuberâncias, rasgos, separações ou rupturas cônicas"
Sobrecarga da extrusora 1. Temperatura muito baixa na zona 1. a. Elevar a temperatura na zona traseira
traseira b. Verificar o termopar e o controlador da
zona traseira
22
Problema Causas Prováveis Soluções Sugeridas
Variações no diâmetro ao longo 1. Variação na vazão da extrusora 1. Ver "Variação"
do comprimento extrudado (perfis
redondos, tubos ou revestimento 2. Variação na velocidade do arraste 2. a. Verificar o controle da velocidade do
com cabeçote cruzado) arraste
b. Aumentar a pressão nas correias do
3. Oscilação de temperatura puxador
Vazios internos (no centro da 1. Resfriamento muito rápido 1. Reduzir a velocidade de resfriamento
seção) (resfriamento a ar ou alternativamente
água / ar)
23
8. Perfis típicos de temperatura do HYTREL®
Ponto de Temperaturas
Grade de Fusão Típicas de Centro- Centro-
HYTREL® Nominal** Extrusão* Traseira traseira frontal Frontal Cabeçote Matriz Fundido
4056 148 5 (190°C) 150-160 160-170 160-175 160-175 160-180 165-185
G3548L 156 10 (190°C) 150-160 160-170 160-175 160-175 165-180 165-185
G4078W 169 5 (190°C) 160-170 170-180 170-180 170-180 175-185 175-195
G4074 173 5 (190°C) 160-170 170-180 170-180 170-180 175-185 175-195
G4774 208 12 (230°C) 195-210 205-215 205-215 205-215 210-225 210-225
5556, 5586 202 7 (220°C) 195-210 205-215 205-215 205-215 210-225 210-225
5555HS 202 8 (220°C) 195-210 205-215 205-215 205-215 210-225 210-225
G5544 215 13 (230°C) 200-215 210-220 210-220 210-220 215-230 215-230
6356, 6358
8241 213 9 (230°C) 200-215 210-220 210-220 210-220 215-230 215-230
7246, 7248 219 13 (240°C) 205-220 215-225 215-225 220-235 220-235 220-235
8238 223 12 (240°C) 210-225 220-230 220-230 220-230 225-240 225-240
6108 173 5 (190°C) 160-170 170-180 170-180 175-185 175-185 175-195
4068 195 9 (220°C) 190-200 200-210 200-210 200-210 205-215 205-220
24
Para mais informações sobre os Polímeros de Engenharia:
Atendimento ao Cliente
Tel.: (55 11) 4166-8530
Fax: (55 11) 4166-8513
E-mail: ep-vendas@bra.dupont.com
Web Site: www.ep.dupont.com.br
Os dados aqui listados se encontram dentro da faixa normal de propriedades, porém não devem ser utilizados individualmente para estabe-
lecer limites de especificações nem como base para projeto. A DuPont não assume nenhuma obrigação ou responsabilidade por quaisquer
recomendações apresentadas ou resultados obtidos à partir destas informações. Estas recomendações são apresentadas e aceitas por conta
e risco do comprador. A divulgação destas informações não constitui uma autorização de operação ou para infração de nenhuma patente da
DuPont ou de outras empresas. A DuPont garante que o uso ou venda de qualquer material aqui apresentado e comercializado pela DuPont
não infringe nenhuma patente que cubra o prórpio material, porém não garante contra violações causadas por sua utilização conjunta com
outros materiais ou na operação de qualquer processo.
ATENÇÃO: Não utilize este material em aplicações médicas que envolvam implantes permantes no corpo humano. Para outras aplicações
médicas, consulte o manual "Declaração de Cuidados Médicos da DuPont", H5010