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EQUAÇÕES DE 1ª ORDEM E GRAU DIFERENTE DE UM

Equação de Clairaut
É a equação da forma

Resolução
Fazendo

Derivando em relação a “x”:


A solução geral é dada substituindo-se em (1) “P” pelo seu valor “C”.
Assim, é solução geral da equação de Clairaut (família de retas).
De (2), tem- se

Eliminando-se “p” entre (1) e (3) tem-se uma relação que representa a
solução singular. De fato, essa eliminação equivale a eliminar “C” entre a
solução geral e a equação o que conduz à envoltória da família de curvas
definida pela solução geral. O problema resolvido anteriormente recai nesse
caso.
Exemplo: Determinar a solução geral e a solução singular da seguinte
equação de Clairaut:
1)
Solução:
Fazendo

Derivando em relação “x”:


Assim, a solução geral é:
𝑦 =𝐶𝑥 − 𝐿𝑔 𝐶
Calculando a solução singular:

𝑦 =1+ 𝐿𝑔 𝑥
(Obs.: A solução singular da equação de Clairaut conduz sempre a uma
envoltória da família de retas definida pela solução geral.)
EQUAÇÕES DE ORDEM SUPERIOR À PRIMEIRA
Tipos especiais de equações de 2ª ordem
1ª) Equação do tipo:

Solução:

Sendo , tem-se:

𝑦=∫ [𝐹(𝑥)¿+𝐶1]𝑑𝑥+𝐶2¿
2ª) Equação do tipo:

Solução:
Fazendo

que é uma equação de 1ª ordem em relação a “p”.


Assim, na solução geral , substitui-se “p” por “”.
Logo:

𝑦=∫ 𝐹(𝑥,¿𝐶1)𝑑𝑥+𝐶2¿
3ª) Equação do tipo:

Solução:
Fazendo

Então:

que é uma equação de variáveis separadas.


Integrando:

Sendo , tem-se:

que é uma equação de variáveis separadas em “x” e “y”.


4ª) Equação do tipo:

Procedendo de modo análogo ao interior, a equação se reduz a:

Resolvendo-a em relação a “p” e substituindo pelo seu valor “”, obtém-


se uma equação de variáveis separadas.
Exemplo:

Solução:
Fazendo :
Mas o primeiro membro da igualdade anterior é a diferencial de . Assim:

Integrando:

Separando as variáveis:
Integrando:

Calculando a integral :
Assim:

1 𝑦
𝐿𝑔 =𝑥+𝐶 2
𝐶1 𝑦 +𝐶 1
EQUAÇÕES LINEARES DE ORDEM “N”
As equações lineares de ordem “n” são aquelas da forma:

onde B, , , , ...., dependem apenas de “x” ou são constantes. Neste


capítulo será estudado apenas o último caso, salvo “B”, que será nulo ou
função de “x”.
Se B=0, tem-se:

e a equação é denominada linear e homogênea de ordem “n”.


A solução geral desta equação contém “n” constantes arbitrárias.
Se “y1, y2, ..., yn” forem soluções particulares da equação (2) e C1, C2,
..., Cn designarem constantes, a expressão “” também será solução de (2).
De fato, tem-se:

....................................................................................
.
Multiplicando-se essas equações ordenadamente por C1, C2, C3, ...,
Cn e somando, tem-se
Multiplicando-se essas equações ordenadamente por C1, C2, C3, ..., Cn e
somando, tem-se:

o que justifica a afirmação inicial.


Se “y1, y2, ..., yn” forem soluções particulares de (2), a expressão “” (3)
será a solução geral de (2), desde que as funções “y1, y2, ..., yn” seja,
linearmente independentes, isto é, desde que não se tenha , a não ser para
todas as constantes nulas.
De fato, nesse caso a solução (3) contém “n” constantes arbitrárias,
número esse que não pode ser reduzido porque as funções “y1, y2, ..., yn” são
linearmente independentes.
Exemplos:
1) não são linearmente independentes, porque C1=-3, C2=0 e C3=-1, tem-
se:

2) As funções são linearmente independentes porque só se obtém 0 se e


somente se C1=C2=C3=0 e se algum Ci for diferente de zero.

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