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QUI01046 – QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II – A

ROTEIROS DAS PRÁTICAS

2023/2
TODOS OS RESÍDUOS NOCIVOS AO MEIO AMBIENTE SÃO COLETADOS PARA TRATAMENTO POSTERIOR.
EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

QUI01046 – QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II-A

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRA DE AÇO

1) Pesar exatamente cerca de 0,5 g de limalhas de aço em copo béquer para 250 mL.

2) Adicionar 50 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) 3 mol L-1.

3) Cobrir o copo com vidro de relógio e aquecer a mistura até a fervura em chapa
elétrica, até que não se observe mais reação da amostra. O tempo necessário nesta
etapa é cerca de 30 minutos. A solução obtida é de cor azulada, com partículas finas
de carbono em suspensão.

4) Retirar o copo béquer da chapa elétrica, remover o vidro de relógio, adicionar 20 mL


de água deionizada (utilizar uma proveta) e levar o copo béquer contendo a solução
da amostra para a bancada

5) Utilizando funil de vidro e papel filtro, filtrar a solução para um balão volumétrico de
250 mL.

6) Utilizando uma proveta, lavar três vezes o copo béquer e filtrar as alíquotas de
solução de lavagem para o balão volumétrico contendo a solução da amostra.

7) Completar o volume do balão com água deionizada.

8) Homogeneizar cuidadosamente a solução contida no balão volumétrico.

9) Acertar o menisco do balão mediante utilização de uma pipeta Pasteur.

10) Transferir a solução da amostra para um frasco de vidro com tampa, limpo e seco da
seguinte forma: (a) ambientar o frasco com a amostra; (b) descartar a solução
utilizada para ambientar o frasco; (c) transferir o restante da solução da amostra para
o frasco.

11) Identificar a amostra, informando no rótulo a massa pesada de amostra, a data, o


nome do(a) aluno(a) e a turma.

Obs: Com esta solução será feita a determinação de ferro por


permanganimetria.
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AFERIÇÃO DE PIPETA VOLUMÉTRICA

Aparelho: pipeta volumétrica de 25 mL

Procedimento:
1. Pesar com precisão de 0,1 mg um frasco erlenmeyer com tampa.
2. Pipetar, com a pipeta a ser calibrada, a água e transferi-la para o erlenmeyer,
utilizando a técnica de pipetagem adequada.
3. Recolocar a tampa do frasco e pesar com precisão de 0,1 mg.
4. Repetir o procedimento mais duas vezes, ou até que os dados, em volume, não
difiram mais do que 0,1%.
5. Calcular o volume efetivamente livrado pela pipeta a 20 °C, utilizando a tabela de
conversão disponível no laboratório.

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


- Necessidade de calibração de aparelhos volumétricos.
- Diferenças e aplicações de aparelhos volumétricos: pipeta volumétrica, pipeta
graduada, balão volumétrico, bureta, proveta.
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VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
Determinação da Dureza da Água

Historicamente a dureza da água se refere à concentração de todos os cátions


multivalentes presentes na amostra. De forma geral, em águas naturais a concentração de íons
magnésio e, principalmente, de íons cálcio excede muito as concentrações de quaisquer outros
íons metálicos. Assim, a dureza da água é expressa em termos da concentração de carbonato de
cálcio que é equivalente à concentração total de todos os cátions multivalentes presentes na
amostra. As águas são classificadas de acordo com seu grau de dureza conforme mostrado na
tabela abaixo.

Tipo de água mg CaCO3/L

muito mole 0 - 70

mole (branda) 70 - 135

média dureza 135 - 200

dura 200 - 350

muito dura >350


Quando água dura é aquecida, ocorre a precipitação de carbonato de cálcio, criando
incrustações em tubulações e equipamentos, tanto domésticos como industriais, diminuindo seu
tempo de vida útil. A determinação da dureza da água constitui, por isso, um parâmetro
importante da qualidade da água utilizada em processos industriais.
A dureza total da água é geralmente determinada por meio de uma titulação com EDTA
após a amostra ter sido tamponada a pH 10. O magnésio, que forma o complexo menos estável
com o EDTA dentre todos os cátions multivalentes comuns em amostras típicas de água, não é
titulado até que tenha sido adicionado titulante suficiente para complexar todos os outros cátions
na amostra. O uso de um indicador apropriado para a determinação de íons magnésio com
EDTA, como a calmagita ou o negro de eriocromo T, garante que todos os cátions multivalentes
presentes na amostra foram complexados.
Inicialmente, uma parte dos íons Ca+2 e Mg+2 formam um complexo de cor vermelho-
vinho com o indicador (HInd-2). Quando a quantidade de EDTA for suficiente para complexar todo
o cálcio e magnésio presentes, os íons Ca2+ e Mg2+ se dissociam do indicador, formando
complexos mais estáveis com o EDTA. O indicador é totalmente liberado e a solução adquire
coloração azul, indicando o ponto final da titulação. Abaixo são representadas as reações
envolvidas.
Mg2+ + HInd-2  MgInd- + H+
cor azul cor vermelho-vinho
2+
Ca + HInd -2
 CaInd- + H+
cor azul cor vermelho-vinho

Ca2+ + EDTA  Ca-EDTA


2+
Mg + EDTA  Mg-EDTA
CaInd- + EDTA  Ca-EDTA + HInd2-
cor vermelho-vinho cor azul

MgInd + EDTA  Mg-EDTA + HInd2-


-
cor vermelho-vinho cor azul

Figura 1. Curvas de titulação de Ca+2 e Mg+2 com EDTA utilizando Negro de Eriocromo T como indicador.

O Negro de Eriocromo T é usado exclusivamente na faixa de pH entre 7 e 11 onde a


forma azul do indicador predomina na ausência de íons metálicos.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1) Reagentes:
Solução padrão de EDTA (verificar concentração)
Solução tampão para pH 10 (NH3 + NH4Cl)
Solução do indicador Negro de Eriocromo-T (como HInd2- em pH = 10)
Amostra

2) Titulação
a) Preencher a bureta com a solução de EDTA preparada.
b) Pipetar uma alíquota de 50 mL da amostra para dentro de um frasco erlenmeyer (verificar
a aferição da pipeta).
c) Adicionar 2 mL da solução tampão de pH 10 e 4 gotas de solução de Negro de
Eriocromo-T imediatamene antes de iniciar a titulação.
d) Efetuar a titulação até que a coloração da solução mude de vermelho para azul
(diferenciar do roxo).
e) Realizar essa titulação pelo menos três vezes ou quantas forem necessárias para
assegurar uma boa precisão nos resultados.
f) Expressar o resultado em termos de mg de CaCO3 por litro de solução com precisão de
1%.

3) Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


a) Em que se baseia a volumetria de complexação?
b) Por que foi adicionada uma solução tampão de NH3/NH4Cl na solução do analito?
c) Como ocorre a detecção do ponto final na titulação de complexação com EDTA utilizando
o Negro de Eriocromo T como indicador? Escreva as reações envolvidas.
d) Como pode ser evitada a interferência de outros íons metálicos na titulação com EDTA?
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VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO - Permanganimetria


Determinação de ferro em amostra de aço

O permanganato de potássio (KMnO4) é um oxidante forte, que pode ser utilizado em


titulações envolvendo reações de oxidação-redução, geralmente em meio ácido.
MnO4- + 8H+ + 5e-  Mn2+ + 4H2O Eo = 1,51V
O KMnO4 não é um padrão primário e suas soluções precisam ser padronizadas antes
da utilização como titulante. As soluções aquosas de KMnO4 não são estáveis indefinidamente,
devido à oxidação da água pelo permanganato:
4MnO4- + 2H2O  4MnO2(s) + 3O2(g) + 4OH-
Se preparadas e armazenadas adequadamente as soluções de permanganato de
potássio são relativamente estáveis, pois a reação de decomposição é lenta. A reação é
catalisada por luz, calor, ácidos, bases, Mn2+ e MnO2. Particularmente o óxido de manganês
(MnO2), presente tanto como contaminante do KMnO4, como formado durante a preparação das
soluções pela presença de pequenas quantidades de matéria orgânica e poeira na água contribui
para a instabilidade das soluções. A estabilidade das soluções é acentuadamente melhorada
pela remoção, através de filtração, do MnO2 logo após a preparação e antes da padronização
das soluções de permanganato de potássio.
No início da titulação a reação é lenta, mas depois das primeiras gotas torna-se rápida,
pois é catalisada pelo Mn2+ formado (autocatálise). O ponto final é detectado pelo aparecimento
de uma coloração rosa permanente devido a um pequeno excesso de KMnO4, cuja solução tem
intensa coloração violeta. A permanência da coloração rosa tem tempo limitado, embora
suficiente para que o ponto final seja detectado inequivocamente, uma vez que o permanganato
reage lentamente com a concentração relativamente alta de íons Mn2+ presente ao final da
titulação:
2MnO4- + 3 Mn2+ + 2H2O  5MnO2(s) + 4H+
No caso da determinação da concentração de ferro com permanganato de potássio, as
semi-reações envolvidas são:
Fe3+ + e-  Fe2+ Eo = 0,68 V em H2SO4 1 mol L-1
MnO4- + 8H+ + 5e-  Mn2+ + 4H2O Eo = 1,51 V
invertendo-se e multiplicando-se por 5 a primeira equação, tem-se
5Fe2+  5Fe3+ + 5e-
(+)
MnO4- + 8H+ + 5e-  Mn2+ + 4H2O
MnO4- + 8H+ + 5Fe2+  5Fe3+ + Mn2+ + 4H2O (reação global)
quantidade de KMnO4 gasto (mmol) = volume gasto da solução de KMnO4 (mL) x [KMnO4] (mmol mL-1)
da reação global tem-se que:
1 mol KMnO4  5 mol Fe2+
ou seja, 1 mol de KMnO4 é capaz de oxidar 5 mol de Fe2+ para Fe3+, assim:
quantidade de Fe2+ oxidada = 5 x quantidade de KMnO4 gasto
quantidade de Fe2+ oxidada (mmol) = 5 x volume gasto da solução de KMnO 4 (mL) x [KMnO4] (mmol mL-1)

Para saber a massa de ferro presente na alíquota titulada, utilize a massa molar do ferro
(cuidado com as unidades).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Reagentes:
Solução padronizada de KMnO4 com concentração aproximadamente 0,01 mmol mL-1.
Amostra resultante da decomposição do aço.

2) Titulação
a) Preencher a bureta com a solução de KMnO4.
b) Pipetar uma alíquota de 50 mL da amostra para dentro de um frasco erlenmeyer (verificar
a aferição da pipeta).
c) Efetuar a titulação até que o aparecimento de uma coloração rosa permanente devido a
um pequeno excesso de KMnO4.
d) Realizar essa titulação pelo menos três vezes ou quantas forem necessárias para
assegurar uma boa precisão nos resultados.
e) Expressar o resultado em termos de % de ferro no aço com precisão de 0,1%.

3) Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


a) Por que foi utilizado ácido sulfúrico para decompor a amostra de aço?
b) Por que foi realizada a filtração da solução de aço? Que ácido poderia ser utilizado para
decompor o resíduo sólido? Por que ele não foi utilizado?
c) Em que se baseia a volumetria de oxidação redução?
d) Por que o permanganato de potássio não é um padrão primário?
e) Cálculos envolvidos no cálculo da concentração do analito nas titulações com
permanganato de potássio.
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DETERMINAÇÃO DE pH COM ELETRODO DE VIDRO

Equipamento: Eletrodo de vidro combinado com eletrodo de referência de Ag/AgCl


Voltímetro eletrônico

Procedimento:
1. Coloque em copos de plástico os tampões e a amostra.
2. Verifique a temperatura das soluções e ajuste o valor na escala correspondente no
aparelho. Verifique nas tabelas existentes no laboratório o pH das soluções tampão.
3. Lave e seque cuidadosamente os eletrodos.
4. Mergulhe os eletrodos na solução tampão pH nominal 6,86 e pressione o botão pH.
Ajuste, com o auxílio do botão calibração, o valor de pH correspondente ao tampão
na temperatura medida.
5. Pressione novamente o botão STAND BY e retire os eletrodos da solução.
6. Repita a seqüência de operações 3 - 5 com o segundo tampão (pH nominal = 4,01) e
o ajuste deve ser feito com o botão SENSIBILIDADE ou GANHO.
7. Lave e seque cuidadosamente os eletrodos e mergulhe-os na solução problema.
Aperte o botão pH e faça a leitura.
8. Aperte novamente STAND BY, retire os eletrodos, lave-os e enxágüe-os com água
destilada e desligue o voltímetro.

OBS.: O eletrodo de vidro deverá ser mantido em água ou em solução de KCl após o
uso.

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


➢ justificativa para o uso de dois tampões na calibração da célula;
➢ razão de se fazer necessário a medida da temperatura;
➢ erros que afetam as medidas de pH com eletrodo de vidro.
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TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE NEUTRALIZAÇÃO


Determinação da concentração de ácido clorídrico

Equipamentos: medidor de pH/mV, eletrodo combinado de vidro e Ag/AgCl, agitador


magnético.

Procedimento: Num copo de bequer de 100 mL colocar uma barra magnetica e


transferir uma alíquota de 25 mL da solução problema (solução de HCl). Coloque o
eletrodo dentro do bequer (veja abaixo observações sobre a operação do
equipamento). Acrescentar água destilada até que o líquido cubra a superfície ativa
do eletrodo, tendo o cuidado para que este não toque na barra magnética. Titular com
solução padrão de NaOH. Durante a titulação use um bastão de vidro para remover a
gota da solução titulante da ponta da bureta.

Operação do equipamento:
1. Ligue o voltímetro à rede.
2. Lave e seque cuidadosamente o eletrodo combinado de vidro.
3. Mergulhe o eletrodo na solução problema tomando o cuidado para mantê-lo afasta-do
da barra magnética.
4. Complete a montagem e ligue o agitador magnético.
5. Faça a primeira medição da f.e.m da célula (mV) antes de qualquer adição do titulan-
te.
6. Adicione incrementos do titulante conforme orientação do professor fazendo a medida
da f.e.m. após cada um deles. Aguarde o tempo necessário para a estabilização da
medida.
7. Quando a titulação estiver concluída desligue a célula e o equipamento.
8. Lave o eletrodo cuidadosamente com água destilada e mantenha o eletrodo
combinado de vidro em água destilada ou solução de KCl.

Tabela para anotar os dados experimentais:

V(mL) E(mV) E/ V 2E/ V2

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


1. Princípio da titulação potenciométrica.
2. Justificativa e representação da célula utilizada.
3. Equação da célula utilizada;
4. Explique como é feita a localização do ponto final.
5. Vantagens da titulação potenciométrica sobre a potenciometria direta.
6. Vantagens da titulação potenciométrica sobre a convencional.
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VOLTAMETRIA DE VARREDURA LINEAR E CÍCLICA

Voltametria compreende um conjunto de técnicas eletroanalíticas em que se obtém


informações a respeito do analito a partir da medida de corrente em função do potencial
aplicado a um eletrodo de trabalho. A mais simples das técnicas voltamétricas é a voltametria
de varredura linear, junto a qual o potencial do eletrodo de trabalho varia em função do
tempo, a uma determinada velocidade. A corrente é registrada em função do potencial
aplicado e o registro obtido é denominado de voltamograma.
Na voltametria cíclica, a corrente de um pequeno eletrodo estacionário é registrada em
uma solução em repouso, através de um perfil de mudança de potencial em função do tempo
em formato de triângulo, em que a varredura parte, por exemplo, de um potencial mais
positivo em direção a um potencial mais negativo e, em seguida, retorna ao seu valor de
partida, a certa velocidade. No intervalo entre os potenciais iniciais e finais (janela de
potenciais) devem ocorrer processos de oxidação ou redução de um ou mais analitos,
controlados por difusão. Parâmetros importantes em um voltamograma cíclico são os
potenciais de pico catódico (Epc) e anódico (Epa), bem como as correntes de pico catódicas
(ipc) e anódica (ipa). Através da voltametria cíclica pode-se estudar a reversibilidade de
sistemas eletroquímicos.
Para qualquer técnica voltamétrica, utiliza-se, na grande maioria das vezes, um arranjo
de três eletrodos: o eletrodo de trabalho, o eletrodo de referência e o eletrodo auxiliar (contra
eletrodo). Os eletrodos de referência mais utilizados são os eletrodos de calomelano saturado
e de prata/cloreto de prata. Com relação ao eletrodo auxiliar, usa-se, preferencialmente, um
fio ou barra de platina ou carbono. Já o eletrodo de trabalho pode ser constituído de diversos
materiais e sua escolha dependerá de fatores como: apresentar um comportamento redox
favorável com o analito; ser de resposta rápida e reprodutível; apresentar boa separação de
sinais; sua superfície deve ser facilmente renovada após cada medição, a fim de evitar
efeitos de memória; ter geometria útil; baixa toxicidade e baixo custo.
Os materiais de eletrodo de trabalho mais utilizados ao longo do tempo, bem como
algumas de suas características são mostrados na tabela a seguir:

Material Vantagens Limitações

Pt - Facilidade de fabricação em muitas formas - Custo elevado


- Boa inércia eletroquímica - Baixo sobrepotencial para redução de
H+ para formar H2 limitando a sua
aplicação em potenciais negativos.
Au - Ampla janela no sentido da redução. - Utilidade limitada na faixa de po-
- Facilidade de fabricação em muitas formas tenciais positivos devido à oxidação
da sua superfície.
- Custo elevado
Carbono vítreo - Pode ser utilizado em potenciais mais - Custo elevado
negativos do que a platina ou ouro - Difícil de moldar
- Ampla faixa em potenciais positivos
Pasta de carbono - Ampla janela de potencial - Não pode ser utilizado em solventes
- Baixo custo orgânicos;
- Baixa corrente capacitiva - Baixa resistência mecânica impede a
sua utilização em sistemas em fluxo.
Hg - Ampla janela em potenciais negativos, - Limitada janela em potenciais po-
- Pode formar amalgamas úteis para reações sitivos.
de pré-concentração e redissolução. -Tóxico.
- Superfície renovável
Objetivo
Realização de estudos voltamétricos de soluções de eletrólito suporte e K3[Fe(CN)]6
utilizando um eletrodo de disco de Pt.

Materiais e reagentes:
• Potenciostato Autolab 302N
• Micropipeta de 1000 mL com volume ajustável
• Célula eletroquímica com 3 eletrodos: Eletrodo de disco de platina (eletrodo de
trabalho), eletrodos de calomelano saturado (referência) e barra de Pt (auxiliar).
• Soluções: 25 mL de KCl 1,0 mol L-1 e 10 mL de K3[Fe(CN)]6 0,1 mol L-1
• Gás Argônio

Procedimento:
• Pipetar 20 mL de água deionizada na célula, adicionar 5 mL de KCl 1,0 mol L-1 e
purgar a solução com gás Ar. Registrar o voltamograma cíclico em faixa de
potenciais entre +1,00V e -1,00 V, com velocidade de varredura de 10 mV s -1.
Verificar a janela de potenciais. Salvar o voltamograma.
• Na mesma célula anterior, registrar o voltamograma com varredura linear entre
+1,00 V e -1,00 V, com velocidade de varredura de 10 mV s-1. Salvar o
voltamograma.
• Registrar os voltamogramas, com varredura linear, após a adição de ____ L,
____ L, ____ L, _____L, _____L e ____ L de sol. de K3[Fe(CN)]6 0,1 mol L-
1. Velocidade de varredura de 10 mV s-1. Salvar cada voltamograma.

• Na mesma célula, contendo todas as adições anteriores de K3[Fe(CN)]6, Registrar


mais um voltamograma cíclico, nas mesmas condições do primeiro item do
procedimento. Salvar o voltamograma.
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DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE CHUMBO E COBRE POR


VOLTAMETRIA DE REDISSOLUÇÃO ANÓDICA

A Voltametria de Redissolução (Stripping Voltammetry) refere-se a uma técnica


muito utilizada para a análise de traços de elementos em alimentos, amostras ambientais
e geológicas. Possui alta sensibilidade e seletividade, devido à prévia acumulação
(deposição) in situ do analito, anteriormente a sua determinação. Essa pré-concentração
é realizada sob potencial constante, e ocorre em um intervalo de tempo controlado.
O transporte do analito à superfície do eletrodo acontece por difusão e é
sustentado por convecção enquanto a solução é agitada, durante a etapa de deposição.
O tempo de deposição é escolhido de acordo com a concentração do analito na solução
da amostra e deve garantir a linearidade do sinal de medida sobre uma faixa útil de
concentração, geralmente, utilizando-se o método de adição do padrão.
A etapa de determinação compreende a redissolução anódica (ASV) ou catódica
(CSV) do analito previamente acumulado. O processo é seguido voltametricamente e
resulta em uma corrente de pico, cuja intensidade depende da quantidade da espécie
previamente depositada. Voltamogramas ASV são registrados, principalmente, com o
modo de pulso diferencial (DPASV), porque, em regra, é alcançada uma maior
sensibilidade do que a simples varredura linear.
Na presente prática, serão utilizados eletrodos de trabalho de platina e ouro para a
determinação da concentração de íons cádmio, chumbo e cobre em amostras de águas
naturais.
Tais metais podem ser inseridos no ambiente através de fontes antrópicas, como
atividades de mineração, agricultura (através de pesticidas e fertilizantes), uso
sistemático de compostos de metais, queima de combustíveis fósseis e de biomassa,
fundição e refinamento, incineração de resíduos industriais e urbanos, lixiviação de
depósitos de lixo e emissões veiculares.

Objetivo:
Realizar a determinação de chumbo e cobre em água, usando, conjuntamente, as
técnicas de voltametria de redissolução anódica e pulso diferencial.
Materiais e reagentes:
• Potenciostato Autolab 302N;
• Célula voltamétrica de vidro
• Béqueres
• Pipeta volumétrica de 20 mL
• Micropipetas de 100 e 1000 mL com volume ajustável
• Eletrodos de trabalho de disco de platina e ouro; Contra-eletrodo (Eletrodo
auxiliar) de platina; Eletrodo de referência de calomelano.
• Gás argônio (Ar)
• KCl 0,1 mol L-1
• Tampão acetato pH 4,6
• Soluções padrão de 1,0 mg L-1 de Pb2+, e Cu2+

Procedimento:
• Pipetar, na célula voltamétrica, 20 mL de água de Milli-Q
• Adicionar 1 mL de KCl 0,1 mol/L
• Adicionar 1 mL do tampão pH 4,6
• Realizar a varredura linear de -1,00 V até +1,00 V com os eletrodos de Platina
e ouro com e sem a purga com gás inerte e comparar os voltamogramas. Salvar cada
voltamograma.
• Fazer a leitura do branco e da amostra com o método DPASV salvo no software e,
em seguida, adicionar 5 x ___ µL das soluções padrão de Pb(II) e Cu(II). Salvar cada
voltamograma.

Parâmetros instrumentais (anotar):


• Modo de Pulso:__________
• Potencial de deposição: ______________
• Tempo de deposição: __________________
• Tempo de equilíbrio: ___________________
• Velocidade de varredura:________________

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


1) Em que se baseia a alta sensibilidade da voltametria de redissolução?
2) Explique a técnica de pulso diferencial?
3) Por que utilizar o método de adição do padrão para a quantificação dos metais?
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TERMOANÁLISE – TGA/DTA/DSC/TMA

1. A Figura 1 no relatório mostra o termograma de uma mistura dos minerais caulim e


calcita. Sabendo que o caulim é composto de silicatos hidradatos de alumínio,
principalmente caulinita [Al4(Si4O10)(OH)8] e a calcita é um mineral de carbonato de cálcio
[CaCO3], calcule as porcentagens de caulinita e de carbonato de cálcio na amostra.

Al4(Si4O10)(OH)8(s) → Al4(Si4O14)(s) + 4H2O(g)


CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)

2. Identifique no termograma de DSC do poli(tereftalato de etileno) (Fig 2. no relatório) quais


as transições observadas e em que temperatura cada uma ocorre. Sabendo-se que o
calor de fusão teórico para o poli(tereftalato de etileno) 100% cristalino é 140 J/g, calcule
o teor de cristalinidade da amostra analisada.

3. Uma placa de circuito impressa (PCI) com espessura 0,800 mm a 20 °C expande 4,0 m
quando aquecida até 70 °C, mais 5,0 m quando aquecida até 120 °C e por fim mais
6,0 m quando aquecida até 150 °C. Faça o gráfico de variação da dimensão versus
temperatura, estime a temperatura de transição vítrea do material, assim como os
coeficientes de expansão linear da placa antes e após a transição vítrea. (Anexar gráfico
feito em papel milimetrado ou no computador, utilizando programa apropriado -
Figura 3).

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


o Princípio das técnicas de TGA, DTA, DSC e TMA.
o Influência da atmosfera e da taxa de aquecimento no resultados das análises.
o Exemplos do uso de TGA, DTA, DSC e TMA na caracterização de materiais ou na
solução de problemas ligados a eles.

BIBLIOGRAFIA:
1 - D.A. SKOOG. Princípios de Análise Instrumental.
2 - H.H. WILLARD. Instrumental Methods of Analysis.
3 - G.D. CHRISTIAN; J.E. O’ REILLY. Instrumental Analysis.
4 – J. MENDHAM, R.C. DENNEY, J.D. BARNES, M.J.K. THOMAS. Vogel Análise Química Quantitativa 6a
ed.
5 – Artigos na Internet (p. ex. Portal de Periódicos CAPES)
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EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

QUI01046 - QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II-A

DETERMINAÇÃO DE FERRO POR ESPECTROMETRIA


DE ABSORÇÃO MOLECULAR NA REGIÃO UV-VIS
Equipamento: Espectrofotômetro de absorção molecular UV-Vis
Procedimento:
1 - Preparação da escala de padrões.
➢ A partir da matriz de 5 g mL-1 de Fe transferir para balões volumétricos de 50,00 mL alíquotas de
solução de modo a obter padrões de concentração 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 g mL-1.
➢ Adicionar em cada balão a seguinte sequência de reagentes:
✓ 5 mL de solução de cloreto de hidroxilamônio 5%;
✓ 0,2 mL de solução tampão CH3COOH/CH3COONa;
✓ 2 mL de solução de o-fenantrolina 0,25%;
➢ Diluir até a marca com água deionizada, homogenizar a solução e aguardar de 5 a 10 min para
efetuar as medidas.
2 - Preparação do branco.
➢ Transferir para um balão volumétrico de 50 mL os seguintes reagentes:
✓ 5 mL de cloreto de hidroxilamônio a 5%;
✓ 0,2 mL de acetato de sódio;
✓ 2 mL de o-fenantrolina 0,25%;
➢ Diluir até a marca com água deionizada e homogenizar a solução.
3 – Preparação da amostra.
➢ Pipetar uma alíquota de 5,00 mL da amostra para um balão volumétrico de 50,00 mL e desenvolver
o sistema corado exatamente como foi feito na preparação da escala de padrões.
4 - Obtenção da curva de absorção.
➢ Medir a absorvância da solução com 2,5 g mL-1 de Fe nos seguintes comprimentos de onda: 410,
430, 450, 470, 490, 500, 510, 520, 540, 560 nm.
 Traçar o gráfico absorvância versus comprimento de onda (curva de absorção) e indicar max.
5 – Obtenção da curva analítica e determinação da quantidade de Fe em uma amostra.
➢ Escolher como comprimento de onda de trabalho o ponto de máxima absorvância obtido no
traçado da curva de absorção.
➢ Realizar as medidas de absorvância, neste comprimento de onda, de todas as soluções padrões e
da amostra.
 Traçar o gráfico absorvância versus concentração de Fe nas soluções padrões e calcular a
equação da reta (curva analítica);
 Utilizando a equação da reta e o fator de diluição, calcular a concentração de ferro na amostra;
 Utilizando a equação da reta, calcular a absortividade e a absotividade molar para o complexo
Fe/orto-fenantrolina no comprimento de onda de trabalho.
Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):
o Por que foi medida a absorvância de uma mesma solução em diferentes s?
o Por que é necessário regular o 100% de T quando se troca o ?
o Quais os critérios para a escolha do comprimento de onda de trabalho?
o Por que foi medida a absorvância de soluções do complexo Fe/orto-fenantrolina com diferentes
concentrações?
o Como é determinada a absortividade molar do complexo?
o Quais as funções dos reagentes cloreto de hidroxilamônio,solução CH3COOH/CH3COONa e o-
fenantrolina na solução contendo a amostra? A ordem de adição dos reagentes é importante? A
concentração de quais destes reagentes influencia os resultados? Por quê?
TODOS OS RESÍDUOS NOCIVOS AO MEIO AMBIENTE SÃO COLETADOS PARA TRATAMENTO POSTERIOR.
EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

QUI01046 – QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II-A

DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE CROMO E MANGÂNES

Equipamento: Espectrofotômetro de absorção molecular UV-V

Procedimento:
1 - Preparação dos padrões:
A partir das soluções matrizes de KMnO4 0,02 mol L-1 e de K2Cr2O7 0,20 mol L-1
preparar as seguintes soluções padrões:
A) KMnO4 4,00x10-3 mol L-1 B) KMnO4 4,00x10-4 mol L-1
-2
C) K2Cr2O7 6,00x10 mol L -1 D) K2Cr2O7 1,20.10-3 mol L-1

Preparar inicialmente 50,00 mL das soluções A e C e a partir destas preparar


50,00 mL das soluções B e D.
OBS.: Usar H2SO4 0,25 mol L-1 para fazer as diluições.

2 – Medidas:
Medir a absorvância das soluções padrões nos comprimentos de onda indicados:
solução A - 440 nm solução B - 545 nm
solução C - 545 nm solução D - 440 nm

Medir a absorvância da solução problema nos dois comprimentos de onda.


OBS.: Para o ajuste de 100% de transmitância usar H2SO4 0,25 mol L-1.

Questões para reflexão (não devem ser respondidas no relatório):


o Critérios que devem ser levados em consideração na escolha dos comprimentos
de onda de trabalho quando dois ou mais componentes de uma mistura devem
ser determinados por espectrometria de absorção molecular.
o Necessidade de se utilizarem soluções padrões com concentrações diferentes
para determinar os valores das absortividades molares de um mesmo composto
em s diferentes.
o Necessidade de usar uma solução de ácido sulfúrico como solvente na diluição
das soluções.
TODOS OS RESÍDUOS NOCIVOS AO MEIO AMBIENTE SÃO COLETADOS PARA TRATAMENTO POSTERIOR.
EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

QUI01046 - QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II-A

DETERMINAÇÃO DE CROMO EM AÇO POR ESPECTROMETRIA DE


ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA (F AAS)

1. Materiais e Reagentes
▪ Amostra de aço previamente decomposta com ácido, conforme procedimento empregado
na primeira aula prática e, a seguir, diluída conforme necessário em 2% NH4Cl;
• Solução estoque de Cr contendo 1000 g mL-1 de Cr e solução de NH4Cl (2% m/v);
• Lâmpada de cátodo oco de cromo.

2. Equipamento: Espectrômetro de absorção atômica em chama (F AAS) da PerkinElmer,


modelo Analyst 200.

3. Preparo das soluções


3.1 Solução intermediária de 100 g mL-1 de Cr
Transferir 10 mL da solução contendo 1000 g mL-1 de Cr para um balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com água desionizada.

3.2 Soluções de calibração


A partir da solução de Cr intermediária, preparar soluções com 0, 1, 2, 3, 4 e 5 g mL-1 de Cr
em 2% NH4Cl, em balões de 50 mL.

4. Medições
4.1 Estudo da influência da composição da chama (ar-acetileno).
Com a solução padrão de 4 g mL-1, fazer a leitura da absorvância, variando a composição
da chama (de estequiométrica à redutora).
4.2 Determinação de Cr na amostra de aço
(a) Ler a absorbância das soluções de calibração, contendo 0, 1, 2, 3, 4 e 5 g mL-1 de Cr
em 2% NH4Cl, utilizando a composição de chama otimizada no item 4.1.
(b) Ler a absorbância do Cr na solução da amostra de aço diluída em 2% NH4Cl.

5. Relatório
(a) Mostrar as tabelas de dados: A x Vazão Acetileno (L min-1) e A x Conc Cr (g mL-1).
(b) Fazer gráfico da variação da absorbância do Cr em função da composição da chama e
discutir o comportamento.
(c) Traçar a curva de calibração, estabelecer a equação da reta e o fator de correlação.
(d) Determinar a concentração de Cr em % na amostra de aço.

PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR


• Princípio da espectrometria de absorção atômica com chama (F AAS).
• Principais eventos que ocorrem em um conjunto nebulizador-queimador até a atomização
de um elemento M.
• Efeito da composição da chama na atomização do Cr.
• - Compare a função da chama em AAS (absorção atômica) e EAS (emissão atômica).
TODOS OS RESÍDUOS NOCIVOS AO MEIO AMBIENTE SÃO COLETADOS PARA TRATAMENTO POSTERIOR.
EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE K EM AMOSTRAS DE


ÁGUA MINERAL E INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA NATUREZA
DO SOLVENTE NOS SINAIS DE EMISSÃO DO Na.

PREPARO DAS SOLUÇÕES


1º Parte: Determinação de Potássio
A partir da solução matriz 10 mg L-1 de potássio, preparar uma escala de padrões aquosos – 1,0;
2,0; 3,0; 5,0 mg L-1 – em balões volumétricos de 50 mL. Traçar a curva I x C (mg L-1 K) e
determinar a concentração de potássio nas amostras.

2º Parte: Influência da Natureza do Solvente


A partir de uma solução de 100 mg/L de sódio, preparar as seguintes soluções padrão contendo
20 mg/L de sódio, nas seguintes composições de solvente, em percentagem volumétrica:
A- 100% de água (10 mL de solução de sódio 100 mg/L + H2O qsp 50 mL)
B- 10% de etanol (10 mL de solução de sódio 100 mg/L + 5 mL de etanol + H2O qsp 50 mL)
C- 30% de etanol (10 mL de solução de sódio 100 mg/L + 15 mL de etanol + H2O qsp 50 mL)
D- 50% de etanol (10 mL de solução de sódio 100 mg/L + 25mL de etanol + H2O qsp 50 mL)
E- 70% de etanol (10 mL de solução de sódio 100 mg/L + 35 mL de etanol + H2O qsp 50 mL)
F- 30% de glicerina (10 mL de sol. de sódio 100 mg/L + 15 mL de glicerina + H2O qsp 50 mL)

EQUIPAMENTOS: Fotômetro de Chama CORNING 400

RELATÓRIO
(a) Gráficos e resultados com discussão sobre os mesmos (efeito do solvente, curva de
calibração, etc), comparação com a concentração do rótulo da garrafa.
(b) Comentar a influência das propriedades físicas do solvente sobre o sinal de emissão.

PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR


(a) Princípio da fotometria de chama.
(b) Aplicações e limitações da técnica.
(c) Influência das propriedades físicas do solvente (viscosidade, pressão de vapor, tensão
superficial, densidade e caráter combustível) no sinal medido.
TODOS OS RESÍDUOS NOCIVOS AO MEIO AMBIENTE SÃO COLETADOS PARA TRATAMENTO POSTERIOR.
EXERCITE SUA CIDADANIA: NUNCA COLOQUE RESÍDUOS TÓXICOS NAS PIAS
PRESTE ATENÇÃO PARA NÃO MISTURAR OS RESÍDUOS.

QUI01046 - QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA II-A

ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO POR CENTELHA

EQUIPAMENTO: Espectrômetro de Emissão por Centelhamento (Spectro Analytical Instruments,


modelo Spectrolab)

PADRÕES: conjunto de padrões sólidos disponíveis no laboratório

AMOSTRA: liga metálica

PROCEDIMENTO
1. Preparo dos padrões e amostra
Lixar amostras e padrões

2. Medidas
Medir a emissão dos elementos de interesse nos padrões e amostra.

PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR


• Princípio da Espectrometria de Emissão com Centelha.
• Função da centelha no espectrômetro.
• Aplicações, vantagens e desvantagens da técnica de Espectrometria de Emissão com
Centelha.
• Comparação desta técnica com outras de emissão como ICP-OES e Fotometria de Chama.
• Comparação entre os policromadores Paschen-Runge à base de fotomultiplicadoras e os do
tipo Echelle à base de CCD.
• Necessidade de monocromadores de alta resolução em Espectrometria de Emissão com
Centelha

BIBLIOGRAFIA
• Harris, D. C. Análise Química Quantitativa, 6a Ed., Rio de Janeiro, LTC- Livros Técnicos
Científicos Editora S.A. 2005.
• Holler, F. James; Skoog, Douglas A.; Crouch, Stanley R., Princípios de Análise
Instrumental, 6a ed. Bookman, 2009.
• http://www.teledyneleemanlabs.com/products/icp/dc-arc/index.asp
• http://www.bruker-axs.com/q2ion.html

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