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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO

Natalia Tomazine RA: 727540

Maria Lucia Rocha Azevedo RA: 727525

RELATÓRIO I
VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO POR
EDTA - DETERMINAÇÃO DE ÍONS DE CÁLCIO E
MAGNÉSIO (DUREZA DA ÁGUA)

SÃO CARLOS
2017
1.Título
1.1 Volumetria de Complexação: Determinação de Cálcio e Magnésio (dureza
da água).

2. Objetivo
2.1 Esse experimento teve por objetivo descobrir e caracterizar a dureza da
água por meio de cálculos, experimentos e comparações com referenciais
fixos estipulados em tabelas. Após o recolhimento correto de todos os dados,
analise comparada com as informações contidas no material fornecido pela
professora e cálculos, descobriu-se que a água analisada proveniente do
Departamento de Química é mole e, com isso, é adequada a consumo
humano.

Essa experiência também contribuiu na agregação de conhecimento sobre os


processos industriais em situações reais, no melhor entendimento da
importância dos parâmetros, dos intervalos de tolerância sobre determinados
materiais/substancias e no quão elas influenciam nos processos.

3. Introdução
3.1 A dureza da água é a propriedade relacionada com a concentração de íons
de determinados minerais dissolvidos nessa substancia. Devido à presença
significante de Ca2+ (cálcio) e Mg2+ (magnésio) nas aguas naturais, a dureza é
determinada através dos sais solúveis de cálcio e magnésio, como os
carbonatos, bicarbonatos, sulfatos e cloretos. No entanto, há outros metais
podem ser levados em conta na aferição da dureza da agua, como o Zn
(zinco), o Fe (ferro) e o Al (alumínio), porem eles estão em concentrações
relativamente mais baixas que os anteriores mencionados.

Dependendo da dureza da água, temos que ela interfere nos processos


industriais de forma negativa, pois quanto mais elevada for a concentração de
CaCO3, mais dura é a água e maior é a sua capacidade de precipitar sabão.
Como exemplos, vemos casos em que há incrustação de íons de carbonato e
bicarbonato nos aparelhos domésticos, depósitos de calcite em caldeiras,
entupimento de canos na produção de cervejas e demais processos industriais.

Com isso, podemos prever certas vantagens e desvantagens relativas ao


estado da agua em cada situação proposta. Para contornar este problema,
alguns estudiosos estabeleceram regiões em que a agua é considerada
apropriada para determinada atividade. Como o método é eficiente, varias
empresas adotaram o procedimento e consultam tais valores para selecionar o
tipo correto de agua a ser utilizado para tal fim.
Assim, há a seguinte tabela que classifica os estados da água, auxiliando a
correta determinação de seu uso de acordo com as suas concentrações:

Para calcular a grau de dureza da agua, faz-se titulações complexométricas


com EDTA que, por ser uma substancia quelante e extremamente estável (por
possuir uma geometria da molécula que prende o metal), funcionam muito
bem como reages titulométricos em condições adequadas de pH e, além disso,
os complexos formados das ligações possuem proporção 1:1, que facilita os
cálculos finais.

O pH constante é essencial para que se forme o complexo no curso da


titulação, pois implica bastante na quantidade de EDTA que irá reagir com o
metal (pois depende do [H+] e do [OH-], então a solução de um íon metálico a
ser titulado com o EDTA deve ser tamponada, afim de manter o nível do pH
apropriado). Para mostrar o quanto o pH influencia no meio, temos um gráfico
com a Distribuição das varias espécies de EDTA em função do pH:

Analisando a geometria do complexo, reforçamos a ideia de que os quelatos


(no caso o EDTA) são compostos extremamente estáveis, devido a presença de
6 ligações covalentes e coordenadas entre o íon metálico e os grupos doadores
de elétrons, sendo então um ligante hexacoordenado.
4. Procedimento Experimental
4.1 Há essencialmente duas partes nesse experimento.

4.2 Determinação de Ca2+ e Mg2+: Primeiro adicionamos na água 1,0 ml do


tampão pH 10 e um pouco de indicador ácido-base denominado Eriocromo T,
homogeneizamos a solução e titulamos com o EDTA até que se perceba a
mudança de cor vermelho-vinho para azul. (repete-se o processo 3 vezes).

4.3 Determinação de Ca2+: Adicionamos 1,0 ml de NaOH 1,0 M (com pH = 12),


um pouco de indicador ácido-base denominado murexida e homogeniza-se a
solução. Novamente titula-se a solução com EDTA até a mudança da cor
vermelha para roxo. (repete-se o processo 3 vezes).

Terminado o experimento, utiliza-se todos os dados recolhidos durante os


procedimentos, desde os volumes gastos de EDTA, numero de mols, massas
molares, entre outros e calcula-se o teor (concentração) de CaCO3 dessa
amostra e, assim, podemos olhar a tabela e encontrar a classificação de
acordo com o valor encontrado. Neste experimento, vimos que a
concentração foi de 110mg/l, resultando em Agua Mole.

5. Resultados e cálculos
5.1 Ao realizar o primeiro experimento ( determinação de Ca2+  e Mg2+ )
anotamos o volume de EDTA utilizado para que a solução mudasse de cor ( de
vinho para azul), sempre preenchendo a bureta após cada medição. Os
resultados obtidos nas medições estão na tabela abaixo:

Tabela : Volume de EDTA gasto em cada repetição do experimento

Titulação Volume de EDTA gasto


(ml)
1a (12,3 ± 0,05)ml
2a (12,2 ± 0,05)ml
3a (12,9 ± 0,05)ml
Média (12,47 ± 0,05)ml
Cálculos para a determinação da dureza da água:

Alguns dados:

- Média do volume de EDTA: 12,47 ml

- CEDTA: 0,0044 mol*L-1

-mCaCO3: 100g/mol

Cálculo:

Passo 1 ) Volume de EDTA em L * CEDTA

12,47 * 10-3 * 0,0044 = 5,5*10-5 mol de EDTA

Passo 2 ) Temos que a proporção de EDTA e dos íons é: 1:1 , portanto nmols
Ca2+ + n mols  e Mg2+ também é 5,5*10-5 mol .

n mols Ca2+ e Mg2+ * mCaCO3= 5,5*10-3g

Passo 3 ) Achar a concentração de C Ca2+ e Mg2+ em mg/L

C Ca2+ e Mg2+ = 5,5 * 10-3 g/ 50ml = 5,5mg/5*10-2L = 110mg/L ou 110 ppm

Portando a água é mole

5.2 No segundo experimento (determinação de Ca2+) também anotamos o


volume de EDTA utilizado para que a solução mudasse de cor ( de rosa para
roxo), sempre preenchendo a bureta após cada medição. Os resultados
obtidos nas medições estão na tabela abaixo:

Titulação Volume de EDTA


gasto (ml)
1a (6,6 ± 0,05)ml
2a (6,0 ± 0,05)ml
3a (6,0 ± 0,05)ml
Média (6,2 ± 0,05)ml
Cálculos para determinação de Ca2+ :

Alguns dados:

- Média do volume de EDTA: 6,2 ml

- CEDTA: 0,0044 mol*L-1

-mCaCO3: 100g/mol

Cálculo:

Passo 1 ) Volume de EDTA em L * CEDTA

6,2 * 10-3 * 0,0044 = 2,728 *10-5 mol de EDTA

Passo 2 ) Temos que a proporção de EDTA e dos íons é: 1:1 , portanto n mols
Ca2+também é 2,728 *10-5 mol

n mols Ca2+ * mCaCO3= 2,728*10-3 g

Passo 3 ) Achar a concentração de C Ca2+  em mg/L

C Ca2+ = 2,728 * 10-3 g/ 50ml = 2,728mg/5*10-2L = 54,56 mg/L ou 54,56 ppm

6. Discussão do resultado obtido :


6.1 Devido a erros efetuados durante o experimento,  a última titulação do
experimento 1 e a primeira titulação do experimento 2 obteve um valor um
pouco diferente do que as demais, ambos obtiveram valores acima das outras
duas titulações. Tal fato, se deve provavelmente a menor quantidade
de  Eriocromo-T  adicionado ao início dificultando a visualização de mudança
de cor, portanto erro humano.

7. Conclusão:
7.1 Deste modo,  concluímos que a dureza da água, calculada no primeiro
experimento, segundo a tabela apresentada na Introdução deste é Água Mole
pois possui 110 mg/L de CaCO3  na substância.  E a concentração de Ca2+
( segundo experimento) é de 54,56 mg/L.
8. Referências:
8.1 h t t p s : / / w w w. g o o g l e . c o m . b r / s e a r c h ?
q=grafico+distribuicao+edta+e+ph&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKE
wjvrMb_0a7TAhXCIpAKHSEBDFkQ_AUIBigB&biw=795&bih=744#imgrc=RU_zdDkU
bELibM:

8.2 h t t p s : / / w w w. g o o g l e . c o m . b r / s e a r c h ?
q=tabela+dureza+da+agua&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjj9ona
zK7TAhUMj5AKHeOTCSEQ_AUIBigB&biw=795&bih=744#tbm=isch&q=tabela+dur
eza+da+agua+0+-+70&imgrc=_

8.3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Dureza_da_água

8.4 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/agua-dura.htm

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