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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção vamos apresentar as reações e os cálculos envolvidos na


prática de volumetria de complexos.

4.1 REAÇÕES

4.1.1 Padronização da solução de EDTA

CaCO3 + EDTA → [CaY 2− ] + CO3−2

A padronização da solução de EDTA foi realizada com uma solução de


carbonato de cálcio (CaCO3) 0,01 mol ∙ L−1 , padrão primário. Na titulação do
carbonato foram gastos, em média, 10,3 mL da solução de EDTA. A solução no
erlenmeyer passou da cor violeta para azul, devido aos cristais do indicador
negro de eriocromo T.

Ca − Ind (violeta) + EDTA → Ca − EDTA + Ind (azul)

4.1.2 Determinação da dureza da água

Ca2+ + Y 4− → [CaY 2− ]

Na determinação da dureza da água da torneira do laboratório,


utilizamos a solução de EDTA padronizada anteriormente. Nesta titulação
foram gastos, em média, um volume de 4,15 mL da solução do ácido
etilenodiaminotetracético contido na bureta.

4.2 CÁLCULOS

4.2.1 Cálculos necessários para preparar cada solução

Para preparar 250 mL de EDTA 0,01 mol ∙ L−1: m(Na2 H2 Y ∙ H2 O) = M x MM x


V(L) = 0,01 mol ∙ L−1 x 372,24 g ∙ mol−1 x 0,25 L = 0,9306 g.

Para preparar 50,0 mL de CaCO3 0,01 mol ∙ L−1 : m(CaCO3) = M x MM x V(L) =


0,01 mol ∙ L−1 x 100 g ∙ mol−1 x 0,05 L = 0,05 g.
4.2.2 Cálculo da padronização do EDTA

Para este cálculo temos os seguintes dados:

 V(CaCO3 ) = 10,0 mL = 10,0 ∙ 10−3 L;


 M(CaCO3 ) = 0,01 mol ∙ L−1 ;
 V(EDTA) = 10,3 mL = 10,3 ∙ 10−3 L (média entre os valores 9,8 mL e 10,8
mL).

n(CaCO3 ) = 0,01 mol ∙ L−1 ∙ 10 ∙ 10−3 L = 1,0 ∙ 10−4 mols

1,0 ∙ 10−4 mols


M(EDTA) = = 0,097 mol ∙ L−1
10,3 ∙ 10−3 L

A concentração do EDTA calculada é muito próxima à da solução


preparada, que nos mostra que houve poucos erros durante o preparo da
solução e pouca perda de matéria no seu armazenamento, visto que a
diferença foi apenas de 3%.

4.2.3 Cálculo para a determinação da dureza da água

Para o cálculo deste procedimento temos os seguintes dados:

 V(água) = 100,0 mL = 0,1 L;


 M(EDTA) = 0,097 mol ∙ L−1 ;
 V(EDTA) = 4,15 mL = 4,15 ∙ 10−3 L (média entre os volumes 3,7 mL e 4,6
mL).

n(Y 4− ) = 0,097 mol ∙ L−1 ∙ 4,15 ∙ 10−3 L = 4,0 ∙ 10−4 mols

2+ )
4,0 ∙ 10−4 mols
M(Ca = = 4,0 ∙ 10−3 mol ∙ L−1
0,1 L

A dureza da água é dada pela concentração dos íons cálcio (Ca2+ ) na


forma de óxido de cálcio (CaO) da amostra de água coletada da torneira. A
dureza pode ser expressa em ppm = mg/L e em grau alemão (1 DHº = 10
ppm), para isso calculamos a massa do óxido de cálcio contida em um litro da
amostra.

(𝐶𝑎𝑂) = 4,0 ∙ 10−3 mol ∙ L−1 ∙ 56 g ∙ mol−1 ∙ 1 L = 0,224 g = 224 mg

Portanto a dureza da água da torneira é de 224 ppm, que convertidos


em graus alemães resulta no valor de 22,4 DHº.
Segundo a literatura essa água é classificada como dura pois seu valor
está compreendido entre 200 a 350 ppm, mais ainda pode ser considerada
uma água potável visto que no Brasil o limite de dureza é de 500 mg/L.

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