Você está na página 1de 15

Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Instituto de Ciências Exatas - ICE

Departamento de Física - DF

LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL I

Manaus-AM

2022

1
Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Instituto de Ciências Exatas - ICE

Departamento de Física - DF

RELATÓRIO EXPERIMENTO DE QUEDA LIVRE

Relatório solicitado pelo Professor Dr. Igor


Tavares para a disciplina de Laboratório de
Física Geral I. Atividade realizada pelos
alunos:

Abraão Marques Nascimento 22153013


Henzo de Freitas Bentes 22153584
Larissa Cordeiro Cavalcante 22153018
Lucas Maciel de Souza 22154199
Moises Torres de S. Junior 22153019

Manaus-AM

2022

2
Sumario

1. Objetivo 4

2. Materiais 5

3. Investigação 5

4. Experimentação 6

4.1.  Procedimentos 7

4.2. Tratamento de dados 8

4.3 Dados da equação encontrada 11


través da regressão linear:

5. comclusão 14

6. referencias bibliograficas 15

3
1. OBJETIVO

- realizar o experimento queda livre com materiais caseiros.


- Investigar variações na construção dos experimentos levantando assim
questionamentos acerca do fenômeno.

4
2. MATERIAIS (Proposta)

- 1 esfera de borracha
- fita adesiva de papel
- trena
- folhas de papel
- celular com cronômetro e câmera
3. INVESTIGAÇÃO (Responda as questões antes de seguir para a sessão de
experimentação)

Descreva, de maneira resumida, a evolução do estudo do problema da queda livre até


o entendimento atual do fenômeno.

R: O filósofo Aristóteles (384-322 d.C.) foi um dos primeiros a procurar entender o


que ocorria com o processo de queda livre no qual acreditava que os corpos mais
pesados caiam mais rápidos quando soltos da mesma altura. No entanto, no ano
de 1589 o matemático e físico Galileu Galilei realizou o estudo da queda dos
corpos utilizando um plano inclinado, através do experimento conseguiu obter
medições mais precisas, a igualdade nos tempos de queda. Com isso Galileu
concluiu que a velocidade de queda aumentava constantemente, ou seja, o
5
movimento de queda livre é um movimento uniformemente variado (MUV).
Algum tempo depois, o físico Isaac newton através de seus experimentos
realizados no vácuo, ou seja, que não sofre influência do ar comprovou que a
teria de Galileu era relativa e não absoluta. Pois quando não se tem a influência
do ar ambos objetos chegarão ao solo ao mesmo tempo como por exemplo uma
pena e uma pedra soltas de uma mesma altura (LEAL et al, 2016).

Qual foi a contribuição de Galileu para o entendimento do problema?

R: Os estudos de Galileu sobre o movimento de queda livre foram um marco para o


desenvolvimento da ciência moderna, pois contribuíram para melhorar a física
medieval, até então ministradas pelo filósofo Aristóteles. Galileu considerava os
procedimentos experimentais e a matemática como pilares importantes para a
realização de uma teoria sobre o movimento.

Qual é a relação do experimento da queda dos corpos com o experimento alfa de


Galileu?

R: O experimento da torre de pisa foi uma demonstração que surgiu dos estudos de
Galileu sobre a queda livre, por outro lado, o experimento do plano inclinado foi a
ilustração da lei matemática nele envolvida.

Qual foi a importância desse experimento para a ciência?

R: O experimento de Galileu Galilei teve uma grande importância para o


desenvolvimento da ciência, tal que, o experimento teria criado uma nova forma de
fazer ciência, utilizando procedimentos experimentais e a matemática para descobrir as
leis da natureza. Galileu Galilei descreve com detalhes os experimentos realizados na
sua obra famosa “discurso e demonstrações matemáticas sobre as duas novas
ciências,1638”.

4. EXPERIMENTAÇÃO

Com os materiais montamos uma régua graduada para a execução do experimento.

6
Esta régua continha intervalos de altura de100mm (0,10m) até chegar em 600mm
(0,60m). Realizamos 5 repetições para cada intervalo de tempo de queda para cada
altura conforme a tabela 1.

Imagem 1: Régua graduada para medições da queda livre;

4.1  Procedimentos:
- a bolinha foi segurada nas graduações de 100 mm, 200mm, 300mm, 400mm,
500mm e 600mm.

7
Logo após que a bolinha foi abandonada de queda até a base, usamos o
cronômetro e câmeras para filmar a queda (filmando a execução do experimento, e
em câmera lenta).
O procedimento foi repetido 5 vezes para cada altura 
Logo após repetirmos os passos observamos as variações de tempo de cada
repetição e depois tomamos nota de cada um.

4.2 Tratamento de dados:

 Foi construído uma tabela com os dados coletados obedecendo o Sistema


Internacional e também colocando suas respectivas incertezas.

Tabela 1: tempos obtidos para cada altura de queda do experimento;

0,1m 0,2m 0,3m


ti(s) tf(s) ∆t(s) ti(s) tf(s) ∆t(s) ti(s) tf(s) ∆t(s)
13:220 13:290 0,170 3:360 3:560 0,200 3:020 3:250 0,230
4:200 4:330 0,130 2:730 2:930 0,200 1:140 1:380 0,240
2:360 2:510 0,150 4:030 4::230 0,200 3:940 4:210 0,270
3:370 3:510 0,140 2:800 3:030 0,230 0:690 0:930 0,240
2:760 2:900 0,140 3:350 3:540 0,190 4:330 4:57 0 0,240
0,4m 0.5m 0,6
ti(s) tf(s) ∆t(s) ti(s) tf(s) ∆t(s) ti(s) tf(s) ∆t(s)
3:370 3:640 0,270 10:850 11:180 0,330 3,140 3,600 0,460
8:500 8:760 0,2600 1:460 1:760 0,300 3,870 4,200 0,330
5:510 5:740 0,230 2:760 3:060 0,300 3,360 3,690 0,330
5:270 5:540 0,270 6:500 6:800 0,300 2,540 2,880 0,340
5:470 5:770 0,300 Erro na coleta Erro na coleta
ti(s) = tempo inicial em segundos; tf(s) = tempo final em segundos; ∆t(s) = variação
do tempo em segundos. Obs: Os valores descritos em vermelho na tabela, foram
desprezados pela discrepância nos dados.

8
Tabela 2: Médias dos tempos obtidos para cada altura de queda com seus
respectivos erros;
Erro Média Erro
Altura(m)
altura(m) Final(s) tempo(s)
0,1 ±0,002 0,146 ±0,005
0,2 ±0,002 0,204 ±0,005
0,3 ±0,002 0,2375 ±0,005
0,4 ±0,002 0,275 ±0,005
0,5 ±0,002 0,307 ±0,005
0,6 ±0,002 0,333 ±0,005

Com os dados obtidos e inseridos no programa sciDAVis foi construído um gráfico


de altura pelo tempo médio, y=y(t), com suas barras de erros (gráfico 1). Neste
podemos observar um aumento da velocidade pois existe uma diminuição do tempo
na passagem da esfera para próxima marcação de queda como demostrado no
gráfico 1.

Gráfico 1: Representação gráfica de queda livre dos dados coletados fora do


laboratório.

Os dado obtidos através das médias de tempo e das variações de espaço


foram logaritmizados e tabelados conforme a tabela 3 para a melhor demonstração
gráficas.

Tabela 3. Dados de variação do tempo e espaço logaritmizados.

Dados logaritmizados

Δx(m) Δt(s)
-1,000 -0,835
-0,698 -0,69 9
-0,522 -0,624
-0,397 -0,560
-0,301 -0,512
Fazendo o uso do software de estatística sciDAVis foi construído o gráfico em escala
logarítmica: y=y(t) para a obtenção de uma reta, onde podemos observar a relação
entre o tempo e o espaço na queda da esfera.

Aplicando o log nos dois eixos da reta temos:

Gráfico 2. Representação gráfica de queda livre de dados Logaritmizados coletados


fora do laboratório.

Fazendo o uso do software de estatística sciDAVis realizamos a regressão linear e


obtivemos a linearização do gráfico.

Gráfico 3. Regressão linear de dados coletados de queda livre realizado fora do


laboratório.
.

10
4.3 Dados da equação encontrada través da regressão linear:

From x = -0,835 to x = -0,475


B (y-intercept) = 0,816738574514698
A (slope) = 2,17544140884421
-----------------------------------------------
Chi^2 = 0,000603220067022391
R^2 = 0,999706773602422

Reescrevendo a equação horária do movimento de queda livre, adaptada para as


condições do experimento, em escala logarítmica identificando os coeficientes
angular e linear nessa representação. Apresentamos as dependências

1
Para encontrar a constante g, aplicamos o logaritmo na equação H= . g . t ² , de tal
2
forma que:

11
comparando coma função linear y = ax + b, temos:

sabendo que a equação linearizada é y=2,175x+0,817. Concluímos que:

g
b=log .
2

g
0,817=log .
2

usando propriedades de logaritmos, encontramos a constante g:

0,817 g
10 =
2

0,817
g=10 .2

g=¿13,12m/s²
Comparando o valor da gravidade obtido nesta experiência com o valor adotado, g
= 9,8m/s². Foi calculado o desvio relativo em porcentagem.

Sabemos que o valor adotado pela aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s. O
resultado da constante g encontrada em nossa experiência de queda livre, foi de
13,12m/s² temos um erro de 3,32m/s² ou:

9,8 100
= =133,87-100=33,87%
13,12 x

12
A taxa de erro foi de 33,87%
A circunstancia onde a aceleração da gravidade se torna constante.

Galileu descobriu que dois corpos de massas distintas chegam ao chão no


mesmo tempo, quando são soltos de uma mesma altura, na medida em que a
resistência do ar seja desprezada, porque a aceleração da gravidade é constante, e é a
mesma para todos os corpos, embora sofra pequenas variações de ponto a ponto na
Terra (SILVEIRA JUNIOR et al, 2013).

O porquê da aceleração da gravidade varia com a altitude e a longitude.

A aceleração da gravidade varia com a altitude e a latitude. A Terra, devido ao


seu movimento de rotação é achatada nos polos, assemelhando-se a um elipsoide de
revolução em que o raio equatorial é maior que o raio nos polos. Por essa razão, a
aceleração da gravidade, ao nível do mar, aumenta ao percorrer um meridiano no
sentido dos polos. Fazendo uma comparação com a Lei da Gravitação Universal, é
perceptível ver que a força é inversamente ao quadrado da distância entre os corpos,
logo, a constante gravitacional vai depender da massa dos corpos e vai variar de
acordo com suas coordenadas (LOPES, 2008).

13
5. CONCLUSÃO

- A partir desse experimento, pudemos determinar a aceleração da gravidade com


ajuda da equação log𝑦=log 𝑔2 + 2log t. assim aprendendo a fazer o uso adequado do
sistema de queda livre, como se montar e qual a sua importância;
- Foi comprovado através desse sistema que ao utilizamos uma esfera podemos
determinar qual o valor da aceleração da gravidade;
- O trabalho foi muito proveitoso, pois assim relembramos certos conceitos
importantes, sendo muito interessante, pois também aprendemos sobe o porque da
aceleração da gravidade ser constante;

14
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HAMMES, O.; SCHUHMACHER, E.: O plano inclinado: uma atividade de


modelização matemática;Experiências em Ensino de Ciências – V6(2), pp. 66-
85, 2011
LEAL, M. M.; SOUSA R. S.; NUNES, L. M.; COSTA L. D. E UCHÔA J. D. O
estudo da queda livre no ensino médio: história e experimentos. Revista Somma
| Teresina, v.2, n.2, p.66-73, jul./dez. 2016
LOPES, Wilson. Variação da aceleração da gravidade com a latitude e
altitude. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 25, n. 3, p. 561-568, 2008.
KARRER, Monica; MAGINA, Sandra. Uma sequencia de ensino para a introdução de
logaritmo: estudo exploratório usando a calculadora. Bolema-Boletim de
Educação Matemática, v. 13, n. 14, p. 18-31, 2000.
SILVEIRA JUNIOR, Pedro Belchior da; ARNONI, Maria Eliza Brefere. Física dos
anos iniciais: estudo sobre a queda livre dos corpos através da metodologia da
mediação dialética. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 3, p. 1-8,
2013.

15

Você também pode gostar