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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

ACELARAÇÃO DOS CORPOS EM QUEDA LIVRE

Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física


da Universidade Federal do Triângulo Mineiro: genoedfs@gmail.com.

UBERABA-MG

03/10/2019

1 RESUMO

A quarta prática teve como objetivo a análise de um corpo em movimento


retilíneo acelerado na direção vertical, a dita queda livre. Portanto, usou-se esferas de aço
– tornando-as bem mais densas do que o ar – soltas partir do repouso por entre cinco
sensores foto elétricos postos sequencialmente em intervalos de distâncias conhecidos.
Os dados foram utilizados na construção de gráficos cujo o resultado mais significativo
nos levou a determinar a gravidade do local do experimento.
Palavras-chave: Queda livre, gravidade, movimento uniformemente acelerado.

2 INTRODUÇÃO

No mito do experimento da Torre de Pisa, Galileu, supostamente, teria solto


corpos de massas distintas para verificar suas trajetórias ao longo do tempo. Como
resultado, encontrou tempos quase que idênticos não importando a diferença entre as
massas de ambos (Peduzzi, 2011). Mais geralmente, qualquer corpo lançado de uma
altura qualquer com velocidade inicial nula passa por uma outra mesma altura, com a
mesma velocidade e de forma independente da sua massa (Moysés, 2002).
Particularmente, podemos determinar a velocidade que um corpo adquire, após
ser largado do repouso, a uma altura h do plano horizontal de referência usando a fórmula
de Torricelli, dada por:

𝑉 2 = 𝑣𝑜 2 + 2𝑎∆𝑥

1
Sendo a velocidade inicial igual a zero; o espaço percorrido a altura e aceleração
em questão sendo a da gravidade, torna que:

𝑉 = 2√2𝑔ℎ

Ou mesmo qualquer outra equação para o movimento uniformemente variado,


usando-se do mesmo tratamento dedutivo anterior:

ℎ = 𝑉𝑡

1
ℎ= 𝑎𝑡²
2

3 OBJETIVOS

Testar conceitos clássicos da cinemática por meio da queda livre bem como
compreender a independência da variação da posição ao longo do tempo - velocidade –
em relação à massa dos corpos. Fazer a análise por meio de gráficos e determinar qual
valor da aceleração está agindo no sistema. Em especial passar os dados obtidos por um
tratamento estatístico e finalmente linearizar os gráficos para um melhor entendimento.

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAIS

4.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Tabela 1: Materiais
Trena 02 Esferas De Aço De Massas Distintas
Eletroímã Sensores Foto Elétricos
Cronômetro Digital Haste De Alumínio Milimetrada
Tripé De Ferro C/ Sapatas Niveladoras Coador De Café P/ Aparar As Esferas

4.2 MÉTODOS

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1. Checar a funcionalidade dos sensores foto elétricos, cronômetro e
eletroímã;
2. Determinar os intervalos de distância entre um sensor a outro;
3. Posicionar o eletroímã logo acima do sensor para garantir que as esferas
partam do repouso;
4. Verificar se o coador de café está posicionado para aparar as esferas antes
que danifique alguma estrutura ou machuque algum pé;
5. Ligar o eletroímã, colocar a esfera e desligá-lo logo em seguida;
6. Fazer anotação dos tempos para a queda livre de ambas as esferas,
calcular suas velocidades e acelerações.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir, as tabelas dos dados experimentais em cada um dos dois lançamentos


para a esfera de massa m e M, lembrando que: M > m:

Tabela 2: Dados experimentais usando a esfera de massa m = 32,7g.


Intervalo Yo (m) ∆Y (m) to (s) ∆t (s) V (m/s) a (m/s²)
1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
2 0,0 0,181 0,138 0,138 1,32 9,5
3 0,0 0,345 0,072 0,210 1,97 9,4
4 0,0 0,504 0,055 0,265 2,46 9,3
5 0,0 0,671 0,049 0,314 2,86 9,1

Tabela 3: Dados experimentais usando a esfera de massa M = 63,9g


Intervalo Yo (m) ∆Y (m) to (s) ∆t (s) V (m/s) a (m/s²)
1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
2 0,0 0,181 0,143 0,143 1,27 9,4
3 0,0 0,345 0,074 0,217 1,99 9,2
4 0,0 0,504 0,055 0,272 2,47 9,1
5 0,0 0,671 0,048 0,320 2,88 9,0

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É de se notar a semelhança entre as velocidades e seus valores que vão crescendo
de maneira mais homogênea, mais uniformizada. Assim como a semelhança dos valores
das acelerações encontradas. Em ambos os exemplos as velocidades e acelerações não
oferecem discrepâncias absurdas, logo, a taxa de variação da velocidade ao longo do
tempo é algo que independe da massa do corpo avaliado.

5.1 GRÁFICOS DOS MOVIMENTOS EM QUEDA LIVRE

4
6 CONCLUSÃO

Realmente, a relação entre a massa e a velocidade de um corpo no movimento


uniformemente variado em situação de queda livre não interfere em nada, pois tanto a
bolinha de massa maior quanto a de massa menor chegaram ao plano horizontal de
referência ao mesmo tempo.

REFERÊNCIAS

CAPÍTULO 6: H. MOYSÉS NUSSENZVEIG. MOVIMENTO


UNIDIMENSIONAL. CURSO DE FÍSICA BÁSICA – VOL. 1 / H. MOYSÉS
NUSSENZVEIG – 4° EDIÇÃO – SÃO PAUL: BLUCHER 2002. P. 105-125
PEDUZZI, LUIZ O. Q. EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DA FÍSICA
/ LUIZ O. Q. PEDUZZI. — FLORIANÓPOLIS: UFSC/EAD/CED/CFM, 2011.
130P.: IL.; GRAFS. TABS

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