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GRADUAÇÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL 1

ANA LUIZA FARIAS ALVES


MARCUS VINÍCIUS SOARES LUDIGER

RELATÓRIO: QUEDA LIVRE

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2023
ANA LUIZA FARIAS ALVES
MARCUS VINÍCIUS SOARES LUDIGER

RELATÓRIO: QUEDA LIVRE

Relatório solicitado pelo docente Jime de


Souza Sampaio como fim avaliativo no
componente curricular física experimental I
no curso de Licenciatura em Química, do
Instituto Federal da Bahia - IFBA.

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2023
1.INTRODUÇÃO:

Uma das principais áreas de estudo da física, a cinemática, está relacionada


ao movimento de corpos, seja analisando a velocidade ou aceleração com que se
movem, a distância percorrida durante sua locomoção ou o tempo que esse corpo
leva para realizar essa distância. Tudo ao nosso redor, nós mesmos e o próprio
mundo está o tempo todo em movimento dependendo do referencial adotado para
se observar esse movimento.
Identificar e estudar um movimento depende de várias variáveis que precisam
ser analisadas, a primeira delas é o deslocamento. Não é possível falar sobre uma
movimentação sem pensar nela como a ação de sair da posição onde o
deslocamento começou (sinicial ou s0) até a posição onde ele teve fim (sfinal ou s), tal
deslocamento pode ser expressado segundo a fórmula:

Δs = sfinal - sinicial
unidade de medida segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI): m
fórmula 1

Outro conceito importante associado ao movimento é a velocidade média,


onde analisamos a razão de um deslocamento pela variação do tempo (indicado
pela fórmula: Δt = tfinal - tinicial (fórmula 2), em segundos de acordo o SI) que foi necessário
para realizá-lo, onde no momento tincial a partícula em movimento está localizada no
ponto sinicial e no instante tfinal a partícula se encontra no ponto sfinal, matematicamente
indicado pela fórmula:

Δ𝑠
vmédia = Δ𝑡

unidade de medida segundo o SI: m/s


fórmula 3

Associada a velocidade temos a aceleração, existindo uma variação na


velocidade diz-se que a partícula em movimento sofre uma aceleração ou uma
desaceleração em um determinado tempo que pode ser expressado segundo a
fórmula:
Δ𝑣
a= Δ𝑡

unidade de medida segundo o SI: m/s2


fórmula 4

No caso específico tratado neste experimento usaremos também a existência


de uma aceleração constante ou praticamente constante, que não varia com o
tempo, demonstrado pela expressão:
𝑣𝑓 − 𝑣0
a= 𝑡−0

unidade de medida segundo o SI: m/s2


fórmula 5

Esta fórmula é comumente utilizada quando apresentada em função da


velocidade com um simples tratamento matemático:

𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡

unidade de medida segundo o SI: m/s


fórmula 6

É utilizando essa mesma lógica que também podemos interpretar a fórmula 2


em função de seu deslocamento, considerando que no momento 𝑥0 temos 𝑡 = 0 e

que no período Δ𝑡 temos uma velocidade média, demonstrado pela equação:

𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎𝑡

unidade de medida segundo o SI: m


fórmula 7

Tomando como referência a fórmula 6 e todos os conceitos usados em sua


dedução podemos interpretar ela da seguinte forma: a velocidade média de um
corpo é a média aritmética das duas velocidades (tfinal e tinicial) e portanto podemos
agrupar segundo:
1
𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑣0 + 2
𝑎𝑡

unidade de medida segundo o SI: m/s


fórmula 8

Ainda na mesma lógica podemos analisando a fórmula 7 e a fórmula 8 chegar


em uma outra relação matemática que satisfaz situações muito comuns, onde o
corpo se encontra em repouso no tempo inicial (𝑣0 = 0) :

1 2
𝑥 − 𝑥0 = 2
𝑎𝑡

O movimento específico que trataremos neste relatório experimental é


chamado de movimento de abandono ou queda livre, onde um corpo abandonado a
uma determinada altura sofre ação da aceleração da gravidade. Baseado na
literatura sabemos que essa aceleração varia de acordo com a variação da latitude,
podendo mudar seu módulo, direção e sentido e por isso não pode ser considerado
como uma constante.
O principal objetivo do nosso experimento é definir um valor aceitável da
gravidade na sala onde foram realizados nossos testes, trabalhando com o
movimento de uma esfera de metal em queda livre.
Para isso usaremos os princípios de linearização, que se trata do
procedimento de matematicamente encontrar uma relação entre diferentes variáveis,
que satisfaça a equação da reta, determinando seus coeficientes linear e angular
com os valores encontrados de velocidade, tempo e deslocamento de tal forma que
consigamos um valor para a aceleração da gravidade.

2.OBJETIVOS:

● O experimento tem como objetivo estudar o movimento de um corpo em


queda livre;
● Verificar se a gravidade da sala está dentro do esperado na literatura.

3.MATERIAIS E MÉTODOS:
3.1.MATERIAIS:

● Esfera de aço;
● Eletroímã;
● Fonte de tensão;
● Régua com marcadores;
● Cronômetro digital;
● Base de apoio;
● Haste de sustentação;
● Abraçadeiras;
● Fios diversos;
● Trena.

3.2.MÉTODOS:

● Ligar os equipamentos para realizar as medições;


● Posicionar a esfera no sistema de disparo do equipamento;
● Alinhar o sistema de disparo da esfera com o sistema de trava do
cronômetro;
● Testar o alinhamento efetuando um disparo da esfera;
● Avaliar as incertezas dos instrumentos utilizados;
● Posicionar a esfera no disparador e determinar o h0 (altura inicial);
○ Medir o tempo de queda da esfera;
○ Realizar a medida de tempo mais 4 vezes;
○ Repetir esse procedimento mais 9 vezes para diferentes h0.

4.RESULTADOS:

Ao iniciarmos o experimento, primeiro regulamos o equipamento a fim de


obter uma melhor precisão nos valores de tempo (s), alinhando o sistema de disparo
da esfera com o sistema de trava do cronômetro.
Assumindo o ponto que a esfera é largada como h0 = x m, assumimos que o
h = 0 m, pois uma vez que ele passa pelo segundo sensor consideramos que a
esfera encontrou o chão, a informação que queremos é a aceleração da esfera
nessa variação de espaço, onde tratamos a aceleração como a gravidade, uma vez
que o estudo foi realizado para corpos em queda livre.
Após os ajustes necessários começamos a coletar os dados para as
seguintes alturas abaixo.

Tabela 1. Dados coletados na experiência de queda livre

h0 (m) σ𝐵 em h Tempo (s)


(m)
Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5

Altura 1 0,148 −4 0,1646 0,1638 0,1595 0,1606 0,1545


5 × 10

Altura 2 0,229 −4 0,2061 0,2062 0,2081 0,2082 0,2085


5 × 10

Altura 3 0,282 −4 0,2322 0,2325 0,2322 0,2324 0,2302


5 × 10

Altura 4 0,319 −4 0,2458 0,2465 0,2452 0,2470 0,2466


5 × 10

Altura 5 0,344 −4 0,2554 0,2560 0,2566 0,2555 0,2549


5 × 10

Altura 6 0,427 −4 0,2865 0,2865 0,2865 0,2866 0,2867


5 × 10

Altura 7 0,494 −4 0,3099 0,3097 0,3097 0,3090 0,3099


5 × 10

Altura 8 0,641 −4 0,3551 0,3552 0,3538 0,3551 0,3548


5 × 10

Altura 9 0,721 −4 0,3759 0,3770 0,3749 0,3758 0,3769


5 × 10

Altura 10 0,971 −4 0,4375 0,4393 0,4396 0,4394 0,4370


5 × 10

Uma vez feito a coleta dos dados, começamos a fazer o tratamento


matemático utilizando a plataforma do excel para facilitar os cálculos, onde
determinarmos os valores médios de tempo e suas respectivas incertezas para as
alturas anteriormente mencionadas.
Primeiro foi feita a média entre os valores de tempo (s) obtidos para cada
altura, que foi calculada a partir do somatório de todas as medidas divido pela
quantidade de medidas.
(𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + 𝑡4 + 𝑡5)
5

Imagem.1 - Médias obtidas para os dados coletados

Uma vez com as médias calculadas, podemos encontrar nosso desvio padrão
σ𝐴 (𝑠) para encontrar a incerteza total. Onde o desvio padrão é determinado por:
2
1
σ𝐴 = (5−1)5
× Σ(𝑥 − 𝑥𝑚𝑒𝑑)

2
σ𝐴 = 0, 05 × Σ(𝑥 − 𝑥𝑚𝑒𝑑)
Exemplo para a h1

Imagem.2 - Demonstração de como foi feito o cálculo de desvio padrão para as alturas.
σ𝐴 = 0, 05 × 0, 00006466
σ𝐴 = 0, 00179805 𝑠

Utilizando isso para todas as alturas, conseguimos determinar qual o desvio


padrão da sua medida de tempo.
Em relação ao erro da escala σ𝐵 (𝑠), como podemos observar no cronômetro,
seu último dígito estava na escala de décimo de milésimo, logo 0,0001 ou 1 x 10-4.
Para determinar a incerteza total σ𝐶 (𝑠), como já sabemos, utilizamos a
fórmula:
2 2
σ𝐶 (𝑠) = σ𝐴 (𝑠) + σ𝐵 (𝑠)

Exemplo para h1:

−3 2 −4 2
σ𝐶 (𝑠) = (1, 79805 𝑋 10 ) + (1 𝑋 10 )
σ𝐶 (𝑠) = 0, 0018

Imagem.3 - Cálculo realizado no excel a partir do sistema de linhas e colunas.

Assim obtemos os seguintes dados:

Tabela 2. Dados obtidos para o experimento de queda livre

Média t (s) σ𝐴 (𝑠) σ𝐵 (𝑠) σ𝐶 (𝑠) Resultado

Altura 1 0,1606 1,79805 X 10-3 1 X 10-4 0,0018 (0,1606 + 0,0018)s

Altura 2 0,20738 5,03389 X 10-4 1 X 10-4 0,000513226 (0,2073 + 0,00051)s

Altura 3 0,2319 4,28952 X 10-4 1 X 10-4 0,000440454 (0,2319 + 0,00044)s

Altura 4 0,24622 3,2 X 10-4 1 X 10-4 0,000335261 (0,2462 + 0,00033)s


Altura 5 0,25568 2,88791 X 10-4 1 X 10-4 0,000305615 (0,2556 + 0,00030)s

Altura 6 0,28656 4 X 10-5 1 X 10-4 0,000107703 (0,2865 + 0,00010)s

Altura 7 0,30964 1,66132 X 10-4 1 X 10-4 0,000193907 (0,3096 + 0,00019)s

Altura 8 0,3548 2,58844 X 10-4 1 X 10-4 0,000277489 (0,3548 + 0,00027)s

Altura 9 0,3761 3,88587 X 10-4 1 X 10-4 0,000401248 (0,3761 + 0,00040)s

Altura 10 0,43856 5,42771 X 10-4 1 X 10-4 0,000551906 (0,4385 + 0,00055)s

Para encontrar os valores do quadrado do tempo (t2), pegamos os valores


médios de t e elevamos ao quadrado, já para obter suas incerteza ao quadrado,
apenas propagamos a incerteza, onde multiplicamos o valor de t2 pela incerteza
σ𝐶 (𝑠) dos valores médios de t.
2 2
σ𝑡 = 𝑡 × σ𝐶

Imagem.4 - Resultados dos cálculos realizados no excel a partir da fórmula acima.

Assim foi possível construir a tabela com os dados abaixo:

Tabela 3. Quadrado do tempo e sua respectiva incerteza.


t2 (s2) σt2 (s2) Resultado t2 (s2)

Altura 1 0,025792 0,00000464262 (0,025792 + 0,0000046)

Altura 2 0,043006 0,0000022072 (0,043006 + 0,0000022)

Altura 3 0,053778 0,00000236866 (0,053778 + 0,0000023)

Altura 4 0,060624 0,0000020325 (0,060624 + 0,0000020)

Altura 5 0,065372 0,00000199787 (0,065372 + 0,0000019)

Altura 6 0,082117 0,000000884421 (0,082117 + 0,0000008)

Altura 7 0,095877 0,00000185912 (0,095877 + 0,0000018)

Altura 8 0,125883 0,00000349312 (0,125883 + 0,0000034)

Altura 9 0,141451 0,0000056757 (0,141451 + 0,0000056)

Altura 10 0,192335 0,000106151 (0,192335 + 0,0001061)

Uma vez com o tratamento dos dados coletados, podemos começar a


analisar esses dados obtidos em relação à proposta do experimento realizado, que é
encontrar um valor para a gravidade dentro da sala em que o experimento foi
realizado e conferir se esse valor condiz com as literaturas.

4.1.Discussão:

1 - Construa em papel milimetrado, o gráfico de h versus os valores


médios de t. Discuta o gráfico obtido: ele está de acordo com sua expectativa?

Primeiramente vamos selecionar os dados que serão utilizados para


construção desse gráfico:

Tabela 4. Dados para o gráfico h (altura) x t (tempo)

TEMPO (s) ALTURA (m)

0,1606 0,148

0,20738 0,229
0,2319 0,282

0,24622 0,319

0,25568 0,344

0,28656 0,427

0,30964 0,494

0,3548 0,641

0,3761 0,721

0,43856 0,971

Gráfico 1. h (altura em metros) x t (tempo médio em segundos)

Imagem.5 - Gráfico feito no excel, mostrando a curva criada pelos dados obtidos em relação a
altura (h) em função do tempo (s)

Se observamos o gráfico, podemos notar que sua curva está dentro do


esperado proposto pela literatura, uma vez que podemos determinar a altura inicial
(h0) a partir da seguinte fórmula:
2
𝑔𝑡
ℎ0 = 2
Considerando a aceleração da gravidade como uma constante, observamos
que com o passar do tempo a altura inicial aumenta uma vez que são diretamente
proporcionais, assim gerando a curva do gráfico anteriormente mostrado.

2
𝑔𝑡
2 - Utilizando a equação ℎ0 = 2
e o valor de g = 9,81 m/s2, calcule os

valores de h0 para cada tempo médio da tabela. Represente estes “pontos


teóricos” no mesmo gráfico do item anterior de preferência utilizando uma cor
diferente. O que você pode concluir? Em que regiões você percebe as maiores
e as menores discrepâncias entre a curva experimental e a curva teórica?

Agora assumindo apenas os valores de tempo obtidos e considerando a


gravidade da sala como 9,81 m/s2, podemos determinar quais seriam as alturas
teóricas que estaríamos lançando a esfera.

Tabela 5. Dados para construção do gráfico das alturas (h) teóricas

Tempo (s) h0 = 4,905(s2)

0,1606 0,126511526 m

0,20738 0,210946708 m

0,2319 0,263779177 m

0,24622 0,297362135 m

0,25568 0,320650947 m

0,28656 0,402782088 m

0,30964 0,47027634 m

0,3548 0,617456311 m

0,3761 0,693818185 m

0,43856 0,943402555 m

Gráfico 2. Pontos teóricos de h (altura) considerando g = 9,81


Imagem.6 - Gráfico feito no excel, mostrando a curva teórica, identificando os valores de h0
assumindo g = 9,81 m/s2.

Se observamos as alturas que foram obtidas pela curva teórica, notamos que
existe uma discrepância em relação às medidas que foram coletadas no laboratório,
isso pode ocorrer por diversos motivos, uma vez que teoricamente não
consideramos diversas variáveis que são importantes para a determinação desse
valor, por exemplo a resistência do ar, e a latitude da região em que estamos
localizados no planeta.
Porém se compararmos os gráficos já construídos, podemos observar que as
curvas estão muito próximas uma da outra. No gráfico vamos considerar a linha azul
como a curva obtida a partir das observações experimentais e a linha laranja como a
curva teórica.

Gráfico 3. Comparação gráfico 1 x gráfico 2


Imagem.7 - Gráfico com a comparação entre os valores obtidos e os valores teóricos para a
altura (h) em função do tempo (s).

Levando em conta os fatores que não foram considerados para determinar as


alturas teóricas, podemos assumir que a precisão do experimento foi aceitável, uma
vez que não existem diferenças muito grandes entre as curvas. Isso fica ainda mais
evidente quando realizamos um ajuste linear para obter o coeficiente angular da
reta.

3 - Ajuste linear, gráfico do ajuste linear, erro percentual.

Por fim, vamos utilizar os valores de h0 coletados experimentalmente e usar o


t2 para criar um ajuste linear e montar um gráfico que possa nos fornecer o valor da
gravidade da sala em que o experimento foi realizado.

Tabela 6. Dados para construção do gráfico h x t2

T2(s) h(m)

0,025792 0,148

0,043006 0,229
0,053778 0,282

0,060624 0,319

0,065372 0,344

0,082117 0,427

0,095877 0,494

0,125883 0,641

0,141451 0,721

0,192335 0,971

Para descobrir o valor da gravidade na sala, utilizamos a linearização dos dados a


fim de obter um coeficiente angular (a) da reta y = ax + b, onde:
● y seria a altura do lançamento h0;
● a seria a metade da gravidade ou seja g/2, portando g = 2a;
● x seria o quadrado do tempo médio;
● e b = 0.

Gráfico 4. Linearização dos dados obtidos

Imagem.8 - Gráfico da linearização dos dados obtidos.


Analisando o gráfico podemos perceber que o experimento foi realizado com
sucesso, uma vez que os valores ainda estão dentro do esperado.
Com a reta que foi gerada pelo gráfico acima podemos dizer que a função
que descreve o valor da gravidade na sala é y = 4,9572x + 0,0183, se substituirmos
as variáveis temos:
ℎ0 = 2(4, 9572𝑥) + 0, 0183
ℎ0 = 9, 9144𝑥 + 0, 0183

Onde 9,9144 m/s2 é o valor da gravidade obtida pelo experimento. Se


2
𝑔𝑡
substituirmos esse valor na equação: ℎ0 = 2
, conseguimos encontrar os valores
esperados para h0. Exemplo h1.
9,9144(0,025792)
ℎ1 = 2

ℎ1 = 0, 12785 𝑚

Após encontrar esse valor para gravidade, podemos determinar qual o erro
percentual assumindo a gravidade de referência como 9,81 m/s2. O erro percentual
será determinado por:
𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐸𝑟% = 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
× 100

9,9144 − 9,81
𝐸𝑟% = 9,81
× 100

𝐸𝑟% = 1, 06

5.CONCLUSÃO:

Assim ao concluir o experimento podemos observar que existem fatores que


interferem diretamente no valor da aceleração da gravidade, porém ainda assim o
mecanismo para determinar um valor aproximado ainda é válido, uma vez que o
esperado não difere de forma exagerada em relação ao experimental, e possui um
erro percentual dentro do tolerável, como mostra a tabela 7.
Tabela 7. Resultados finais.

Gravidade experimental (m/s2) Erro percentual %

9,9144 1,06

É interessante observar, que estudos já foram realizados a fim de determinar


a variação da gravidade em diferentes pontos da terra, o que valida ainda mais a
nossa prática e nossos resultados, uma vez que as variáveis que não são
consideradas para determinar a aceleração da gravidade de forma teórica, como a
latitude da região entre outras circunstâncias na sala e no equipamento utilizado
para realizar as medidas, interferem diretamente o resultado.

Imagem.9 - Mapa de calor da variação da gravidade em diferentes pontos do planeta.

6.REFERÊNCIAS:
● R. Resnick, D. Halliday, e J. Merrill, Fundamentos de Física, vol. 1 Mecânica,
7a ed., LTC (2006).
● Roteiro da Aula 2: Física experimental – Queda livre (IFBA) campus Vitória da
Conquista, disponibilizado pela professor Jime de Souza Sampaio;
● MOYSÉS, H. et al. MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL: Galileu e a queda dos
corpos. In: CURSO de física básica: 1 mecânica. 5. ed. [S. l.: s. n.], 2009. cap. 2,
p. 41-58.

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