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RELATÓRIO 8

LABORATÓRIO DE MECÂNICA
INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS
Campus Montes Claros
Engenharia Química

MOMENTO DE INÉRCIA DE CORPOS EM ROTAÇÃO

Docente:Sebastião Batista Amorim


Discente: Carlos Rhewel M. Lopes
Gabriel Lacerda Lopes
João Renato Lopes
Taís Helena
Vailton Daniel
Turma: BCEQ121IA
QUINTA FEIRA (13:20)

Montes Claros-MG
2022
SUMÁRIO

1. Introdução…………………………………………………………….…...……....03

2. Objetivo ………………………………………………………………….………...05

3. Materiais ……………………………………………………………………..…….05

4. Procedimento……………………………………………………..…………..…..05

5. Resultados…...…………………….………………………………………..….…06

6. Análise e Discussão……………………………………………………………..08

7. Conclusão…………………………………….………………….…..……….…...10

8. Referências……………………………………………….…………....……….….10

1. INTRODUÇÃO
Ao observarmos um equilibrista andando em uma corda, percebemos que ele abre
os braços para melhorar o equilíbrio ou faz uso de uma vara para diminuir sua
tendência de giro dificultando sua rotação de queda.Uma bailarina quando inicia
seu giro nas pontas dos pés está com os braços abertos, porém quando fecha os
braços sua velocidade de rotação aumenta.
O aumento ou diminuição da velocidade está relacionada com a distribuição da
massa em rotação, ou seja, alterando a inércia de rotação do que está girando.
Assim quanto mais distribuída estiver a massa mais difícil será atingir certa
velocidade de rotação submetida ao mesmo agente externo. Essa dificuldade de
inércia de rotação é denominada momento de inércia.
O momento de inércia de um objeto em relação a um eixo é a propriedade do objeto
que o faz resistir a uma variação em sua velocidade vetorial angular em relação ao
eixo.O momento de inércia varia não só de um objeto para outro, como também
para um mesmo objeto, dependendo do eixo de rotação. A expressão matemática
que permite o cálculo do momento de inércia de um objeto simples é:
2
I =m r
onde m é a massa em quilograma e r é a distância do objeto até o eixo de rotação
em metros.

Cálculo do Momento de Inércia

O corpo rígido é formado por várias partículas, podendo ser considerado um


sistema de partículas discretas ou contínuas. Se for considerado sistema de
partículas discretas, temos que o momento de inércia é a somatória das massas
multiplicadas por suas distâncias ao quadrado em relação ao eixo de rotação.

I =∑ m i r i
2

Caso o corpo seja contínuo, imagina-se ele dividido em partes muito pequenas,
cada uma com massa Δ mi , temos que a somatória torna-se uma integral quando
Δ mi → 0. Então:

I =∫ r 2 dm

Se conhecermos o momento de inércia de um corpo em relação a um eixo qualquer
que passe pelo seu centro de massa, poderemos determinar o momento de inércia
desse corpo em relação a qualquer outro eixo paralelo ao primeiro.
2
I =I cm + M h
em que M é a massa do corpo e h a distância perpendicular entre os eixos.
Seja O o entro de massa de um corpo de forma arbitrária, temos que O é a origem
do sistema de coordenadas cartesianas. Considere um eixo perpendicular passando
por O e outro paralelo passando por P que possui coordenadas e a e b
(representado na figura 1).

Figura 1:Demonstração do teorema através do plano cartesiano

O elemento dm possui coordenadas x e y e em relação ao ponto P possui momento


de inércia igual a (expressas na figura 2):

Figura 2:Demonstração por meio da manipulação algébrica

De acordo com a definição de centro de massa, as duas integrais intermediárias


representam as coordenadas do centro de massa (multiplicadas por uma
constante), logo são iguais a zero.
2. OBJETIVOS
Determinar experimentalmente o momento de inércia de corpos sólidos e comparar
com os valores obtidos a partir das previsões teóricas.
3. MATERIAIS

● Tripé tipo A com 3 kg com sapatas niveladoras


● Conjunto de polias com rolamento
● Plataforma giratória 50cm
● Haste de 400 mm de comprimento
● Presilhas de fixação
● 02 corpos de prova cilíndricos com furo central
● Cronômetro digital
● Sensores fotoelétricos (S1 e S2)
● Suporte para os corpos de prova
● Barbante
● Paquímetro
● Fita métrica e sólidos homogêneos (cilindro, paralelogramo e disco)

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Para o desenvolvimento da prática, foi ajustado o suporte para executar 5 ciclos da


plataforma e o cronômetro para determinar o tempo dos ciclos.
Posteriormente, separou-se três matérias, sendo eles: disco, paralelogramo maciço
cilíndro, e obteve a massa, a largura e o raio para analisar o momento de inércia de
ambos.

Após configurado a estrutura instrumental desejada, foi analisado o comportamento


dos três objetos de massas e geometrias diferentes. Foi registrado o tempo
necessário para cada artefato completar os ciclos, repetindo a prática 5 vezes.
Consequentemente, calculou-se a média e o desvio absoluto para cada objeto
estudado.

5. RESULTADOS
Na figura 3 e tabela 1 é possível observar o movimento da plataforma sem nenhum objeto
adicionado a mesma. É possível notar a diferença entre os tempos para os mesmos 5 ciclos
para cada objeto acoplado na estrutura.

Figura 3:Plataforma giratória 50cm

Fonte: Autores

Tabela 1:Dados para o cálculo do momento de inércia da plataforma.

R (m) P(N) τ(N.m) ∆θ (rad) tm(s) α(rad/s2) I(kg m2)

0,175 0,987 0,173 10π (5,444±0,001) 1,060 2,115x10-4

Fonte: Autores

Usando então um disco de madeira acoplada a estrutura pode se observar um aumento no


tempo para completar os ciclos. O disco tem suas devidas medidas na tabela 2.

Figura 4:Plataforma giratória 50cm com o disco

Fonte: Autores

Tabela 2:Dados para o cálculo do momento de inércia do disco

R(m) m(kg) tm(s) α(rad/s2) I(P+d)(kg.m2) Id(kg.m2)


0,146 0,727 (6,801± 0,056 ¿ 1,350 1,528 1,528
Fonte: Autores

Pode se notar então na tabela 3 e figura 5, um paralelogramo maciço acoplado a plataforma


giratória no qual teve uma diferença de tempo ainda maior com a estrutura sem adições.

Figura 5:Plataforma giratória 50cm com o paralelogramo maciço

Fonte: Autores

Tabela 3: Dados para o cálculo do momento de inércia do paralelogramo


R(m) m(kg) tm(s) α(rad/s2) I(P+p)(kg. Ip(kg.m2)
m2)

0,373 1,712 (8,633 0,420 0,020 0,020


± 0,146)
.Fonte: Autores

Usando então um cilindro preso a estrutura pode se observar na figura 6 e tabela 4, um


aumento no tempo para completar os ciclos comparando com com a estrutura sem adições,
porém em relação ao disco e o paralelogramo houve uma diminuição do mesmo.

Figura 6: Plataforma giratória 50cm com o cilindro oco

Fonte: Autores

Tabela 4:Dados para o cálculo do momento de inércia do cilindro


R(m) m(kg) tm(s) α(rad/s2) I(P+c)(kg.m2) Ic(kg.m2)

0,029 0,359 (5,887 0,906 5,135 x 10-4 3,020 x 10-4


± 0,062)
.Fonte: Autores

Pode-se perceber que na Física, define-se o momento de inércia de um corpo como sendo
a medida da distribuição da massa de um corpo ao redor de um eixo fixo de
rotação.Entende-se que ao utilizar as expressões matemáticas para os cálculos dos
momentos de inércia dos sólidos estudados,compreende-se que o momento de inércia
relaciona-se tanto com a massa, como também com o raio da trajetória circular,assim
percebe-se que para um corpo em rotação,pode-se determinar sua posição e velocidade
em função de variáveis como o ângulo e a velocidade angular.Portanto,dependendo da
distribuição da massa do corpo, são necessárias outras ferramentas matemáticas mais
avançadas para calculá-lo.

I = m.R2.

A equação M = I.α relaciona o módulo do torque M com a aceleração angular α e com a


quantidade I que representa a inércia rotacional do objeto. A quantidade é conhecida como
o momento de inércia do corpo e a sua unidade no SI é kg.m2.

6. ANÁLISE E DISCUSSÃO

Após a realização dos cálculos, os dados foram registrados em uma tabela. Foi feita a
comparação entre o momento de inércia obtido experimentalmente com o momento de
inércia matematicamente, os resultados seguem logo abaixo:

Disco:

Valor do momento de inércia obtido matematicamente: 7,75x10-3 kg/m2

Valor do momento de inércia experimentalmente: 1,528 kg/m2

Paralelogramo Maciço:

Valor do momento de inércia obtido matematicamente: 0,119 kg/m2

Valor do momento de inércia experimentalmente: 0,020 kg/m2

Cilíndro:
Valor do momento de inércia obtido matematicamente:1,509 x 10-4 kg/m2

Valor do momento de inércia experimentalmente: 3,020 x 10-4 kg/m2

Foi observado que em todos os objetos de estudo o sistema manteve-se em movimento


mesmo após ter atingido o ponto mais baixo no primeiro ciclo,a relação mostra que a
inércia de um corpo é proporcional à força que é aplicada sobre ele e inversamente
proporcional à sua aceleração, ou seja, quanto maior for a inércia de um corpo, maior será a
força necessária para colocá-lo ou tirá-lo do seu atual estado de movimento.

Para o movimento do Disco foi observado no primeiro ciclo o deslocamento inicial até o
ponto mais baixo de 0,71 m e o movimento ascendente foi de 0,51 m, resultando assim,
0,20 m de dissipação. Tal experimento, permite encontrar a energia dissipada do sistema
por meio do trabalho da força peso. Sendo de 0,197 J. w=P.d

Para o movimento do paralelogramo foi aferido no ciclo inicial de deslocamento até o ponto
mínimo de oscilação de 0,77 m e o movimento ascendente foi de 0,58 m,
consequentemente, 0,25 de dissipação. O resultado calculado da perda de energia foi de
0,188 J.

O procedimento foi executado também para o cilindro oco, registrado 0,76 m o movimento
descendente e 0,52 m no movimento ascendente. Obtendo 0,237 J de perda de energia.

Os resultados detalhados seguem na tabela 5.

Tabela 5: Valores da dissipação de energia pelo trabalho da força peso

Objetos Dissipação da Energia (J) Porcentagem da Perda (%)

Disco 0,197¿) 28,169

Paralelogramo 0,188(± 0,021) 22,675

Cilindro oco 0,277(± 0,021) 31,579


Fonte: Autores

As observações aproximadas de cada dado identificado nos possibilita afirmar que o padrão
da dissipação da energia se manteve, visto que, a resultante das forças e a soma dos
momentos das forças, ou torques, são nulas. Quando na situação de equilíbrio estático, os
corpos encontram-se em repouso.
7. CONCLUSÃO

Conclui-se, então, que cada objeto terá um momento de inércia diferente, a


depender de cada largura, comprimento, raio, massa total do objeto e também da
distribuição da massa do objeto. Cada um desses fatores afetará no cálculo do momento de
inércia(utilizando as medidas certas para cada tipo de objeto). Foi visto experimentalmente,
também, que, à medida que se aumentava a massa do objeto na plataforma, foi necessário
um tempo maior para realizar as cinco voltas, ou seja, o momento de inércia teria que ser
maior como é previsto na teoria.

7. REFERÊNCIAS

● TIPLER, P. A., MOSCA, G. Física Para Cientistas e Engenheiros. Volume 1. 6a


edição. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
● Manual de Instruções e Guia de Experimentos FORÇA CENTRÍPETA E MOMENTO
DE INÉRCIA. Azeheb Laboratórios de Física.

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