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Propriedades Moleculares e

Força de Ligação
Prof Ubirajara Pereira Rodrigues Filho
Momento de Dipolo da Ligação

 ( D )  q.r   A  B .r
 30
1D  3,336 x10 Cm

Aqui estamos representando apenas a parte escalar de .


Para o HCl temos q= e= 1,60.10-19C e r=1,36.10-10m
Então =2.18.10-29 C.m=6,54D
Mas o valor experimental é de 1,03D; então a separação de carga
não é completa e a ligação não é totalmente iônica.
Polaridade de Ligações
Químicas
Simetria e Momento de Dipolo Elétrico
Permanente Molecular
Moléculas AB3
Planares
Moleclas AB3
Piramidais
Momento de Dipolos Moleculares
Isômeros Geométricos

Cis-1,2-etileno
Trans-1,2-etileno
Organometálicos do Tipo
Metalocenos

No Cr temos o
centro de inversão
(i), portano, a
Cr molécula não tem
momento de diplo
resultante e a
molécula é apolar.
(TiO2) fase Rutila

A presença do centro de inversão faz com que o momento de


dipolo elétrico molecular (resultante) seja nulo.
Poli(difluoreto de vinilideno)
PVDF

Esferas cinzas são átomos de carbono, esferas brancas são átomos de H e


esferas amarelas são átomos de F.
As duas conformações do PVDF acima são polares, sendo que a da direita
chamada de all trans é a mais polar.
Polarizabilidade
Polarizabilidade Molecular
Polarizabilidade(α) é capaxidade que um atomo ou molécula tem de
mudar sua distribuição eletrônica em resposta a um campo elétrico
externo (E), ou a uma carga nas suas proximidades. A seguinte equação
define a polarizabildade em função do campo elétrico externo e do


momento de dipolo induzido (p) por H.


p  E

Veja: http://www2.chemie.uni-erlangen.de/software/petra/manual/manual-16.html
Polarizabilidade e Raio Médio
Molecular
• A polarizabilidade molecular esta relacionada ao
diâmetro médio molecular (a) pela seguinte
relação:
 2  2 2
α   e r
 3 
  2e 2 
2  n 0
    f
 me   n
h  1,05459 x10 34 Js
2
e  1,60219 x10 19 C
me  9,10953x10 31 kg
  E0  En ; f n 0  força do oscilador
C60
Fulurenos
Polarizabilidade
Fulurenos

r = raio em Angstrons do fulureno,  é a permissividade elétrica


calculada por mecânica quântica e todas as outras entradas
são valores de polarizabilidade calculada por diferentes métdos
de Mecânica Quântica.

Phys. Rev. B 77, 115452 (2008)


Polarizabilidade
Volumétrica
• A polarizabilidade é mais comumente descrita em
termos de polarizabilidade volumétrica.

3 1
 (cm )  
4 0
Polarizabilidade Molecular
• Podemos voltar ao nosso problema agora, pois ja estamos
familiarizados com a grandeza polarizabilidade.
• A polarizabilidade molecular segundo Kang e Jhon é um termo
aditivo então:

 mol  i 1
n atomos
i
Permissividade Elétrica relativa
de Moléculas


2
 
1  2a  4L    ' 
r  ,a      0

1 a  3  M m  12 0 kT 
 
  massa específica, L  cte de Avogadro  6,02205x1023 mol 1
 0  momento de dipolo elétrico permanente
k  cte de Boltzman  1,38066x10-23 JK 1
Índice de Refração
se tomarmos a aproximação de que  não varia com  , teremos :
nr   r
se  ' é muito pequeno :

n r  1  2π
'

Mm
Refração Molar

Mm  n  1   4
2
 '
Rm  
r
2   L  
 n  2  3
r 
 e  '
2
     2  n0
 f para    n0
 me  n
Força de Ligação
Comprimentos de Ligação(pm) e energia de ligação (kJ mol -1 )
Ligação Comp. Ligação Energia Ligação Comprimento Energia
H--H 74 436 H--C 109 413
C--C 154 348 H--N 101 391
N--N 145 170 H--O 96 366
O--O 148 145 H--F 92 568
F--F 142 158 H--Cl 127 432
Cl-Cl 199 243 H--Br 141 366
Br-Br 228 193 H--I 161 298

I--I 267 151

C--C 154 348

C--C 154 348 C=C 134 614


C--N 147 308 CC 120 839

C--O 143 360

C--S 182 272 O--O 148 145


C--F 135 488 O=O 121 498

C--Cl 177 330

C--Br 194 288 N--N 145 170


C--I 214 216 NN 110 945
Forças Intermoleculares
• As forças intermoleculares são responsáveis por manter
as moléculas unidas, principalmente no estado líquido e
no estado sólido, ou seja, matéria condensada. Mesmo
em alguns gases podemos observar dímeros, trímeros e
clusters de moléculas e átomos.

Tetrâmero de água e aduto


água-4-difluorobenzene; J.
Digrama de Fotodissociação da molécula
Chem. Phys., Vol. 114, No. 9,
I2(violeta) num cluster de Ar (amarelo).
1 March 2001
Science 13 June 1997, Vol. 276. no.
5319, pp. 1660 - 1661
Forças de London
• Tipo dipolo induzido-dipolo induzido
– Mais importante para moléculas apolares e gases atômicos e seus
clusters. Ex: Ar-Ar; CH4-CH4; C6H6-BH3
– Forças de London

3   A  B  A'  B'  2R 


 ( 2)    6 ; se  curta distância
2   A   B  R  c 
( 2) 23c  A'  B'  2R 
   7 ; se  longa distância
4  R  c 

P.W. Atkins; Molecular Quantum Mechanics; 2nd ed.; p. 362-366.


Forças Dipolo-Dipolo Permanente

 1   0 A   0 B   0 A  RRˆ   0 B 
 (1)   
3  
 4 0 R   n A 0   nB 0 
R  distância que separa os dipolos
i0 são os momentos de dipolo elétrico permanente

A energia da interação depende de 1/R3 contra 1/R6 nas forças de dipolo induzido.
Passagem de Estados Físicos e
Forças Intermoleculares
Forças de London e Ponto de
Ebulição

Polarizabilidade maior para átomos maiores,  menor, leva a Forças de London


mais fortes e maior ponto de ebulição.
Ponto de Ebulição e
Polarizabilidade


Ponto de Ebulição dos Hidretos
Evidência para Formação da Ligação de Hidrogênio


A ligação de H tem caráter
covalente e iônico

• Representação covalente : HO-H····OH2,


• Representação iônica: HOδ--Hδ+····Oδ-H2
Ligação de Hidrogênio
Gelo
=1,77Å

Alguns pesquisadores consideram que distâncias X-H-X maiores que 3,10Å não
caracterizam ligações de H.
Agrupamento (Clustering) de
moléculas de água na Água Líquida

Modelo de Clusters
Ligação de Hidrogênio
Importância do Ângulo de Ligação
Ligações de H mais comuns
Energia de Dissociação da Ligação de Hidrogênio vs
Energia de Dissociação das Ligações Covalentes

C-H····OH2  4 kJ mol-1
No H5O2+ temos H= 120 kJ mol-1

1) DF Shriver et al; Inorganic Chemistry.


2) http://www.lsbu.ac.uk/water/hbond.html
Interações Hidrofóbicas
Interações Hidrofóbicas
Empacotamento de Fosfolipídios
Polímeros Apolares e Forças Intermoleculares

• Polímeros apolares
– Forças de London (dipolo-dipolo elétrico induzido)
3     '  '  2R 
 ( 2)    A B  A 6 B ; se  curta distância
2   A   B  R  c 
23c  A'  B'  2R 
 ( 2)    7 ; se  longa distância
4  R  c 

E(2) = 8kJ.mol-1

Octano-Octano E(2)= 8 x 8 kJ.mol-1= 64 kJ.mol-1

Polietileno- Polietileno supondo que cada cadeia tenha 2000 unidades de metileno
E(2)= 2.000 unidade de metileno x 8kJ.mol-1= 16MJ.mol-1 !!!
Ponto de Fusão e Forças
Intermoleculares
100

50
Metano
0 Butano
Heptano
-50
Decano
-100 Dodecano
Eicosano
-150
Triacontano
-200
Temperatura Fusão
Poli(etileno) Alta Densidade
Forças Intermoleculares de London
Polímeros Polares
• Interação Dipolo Permanente- Dipolo Permanente


 1   0 A   0 B   0 A  RRˆ   0 B 

  
(1)

3  
 4 0 R   nA0   nB 0 
R  distância que separa os dipolos
i0 são os momentos de dipolo elétrico permanente
Poli(acrilonitrila)

Para uma melhor avaliação da polaridade conferida por este grupo, vamos dar
uma olhada na acetonitrila, como exemplo de nitrila. A Acetonitrila tem =3,9 D
e temperatura de ebulição de 810C contra -420C para o propano, este último
tem massa molar similar, mas, é apolar.
Polímeros Polares
• Ligações de Hidrogênio (antigamente
Ponte de Hidrogênio)

Temperatura de fusão das poli(amidas) alifática fica entre 190 e 3500C


Ponto de Fusão de Polímeros
e Forças Intermoleculares
Ponto de Fusão de Polímeros
Forças Intermoleculares
• Conclusão

– Quanto maior for a intensidade das forças


intermoleculares, maios será o ponto de
fusão.

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