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Ligações

Químicas
1. Introdução

• Por que a ligação química se forma?

• Quem está envolvido na ligação química?

• O que é a regra do octeto?

• Estabilidade dos gases nobres e as ligações químicas

• Tipos de ligações químicas


2. Ligação Iônica

Sal de cozinha (NaCl)


Carbonato de cálcio (CaCO3)

Fluoreto de sódio (NaF)


2. Ligação Iônica
Atração eletrostática entre íons de cargas opostas
Como se entende a ligação iônica?
Mudança de energia => formação dos íons e as interações

Dois parâmetros importantes:


Energia de ionização e Afinidade eletrônica

Átomos precisam perder elétrons Átomos precisam receber elétrons

Metais dos grupos: Não-metais dos grupos:


IA (1), IIA (2) e VIIA (17), VIA (16) e
IIIA (13) Nitrogênio (15)
2. Ligação Iônica
Avaliando a energética da formação do NaCl
Analisando Energia de Ionização (EI) e Afinidade Eletrônica (AE):
1ª E.I (Na) = + 494 kJ/mol 494 – 349 = +145 kJ/mol
AE (Cl) = -349 kJ/ mol

∆H > 0 → Não seria favorável

Atração mútua: Na+(g) + Cl-(g) → NaCl(S) -787 kJ / mol


Liberação Global de Energia: -787 + 145 = -642 kJ/mol

PAR IÔNICO

ESTRUTURA RETICULAR
2. Ligação Iônica
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE

É a energia liberada quando um mol de um composto iônico sólido é


formado a partir dos íons no estado gasoso

Ex:
Valor da energia de rede: Na+(g) + Cl-(g) → NaCl(s) Hrede = - 788
kJ/mol
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE

TEORICAMENTE:
PODE SER CALCULADA Modelo eletrostático
OU MEDIDA
EXPERIMENTALMENTE:
Ciclo de Born-Haber

SEMELHANTES: MODELO ELETROSTÁTICO ACEITO


2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
TEÓRICA:
Para compreender essa energia => Usa-se o modelo eletrostático

Energia Potencial Coulômbica: carga do cátion


carga do ânion
Z + Z −e2
Ep = −
4 0 r
distância

Ep total = soma de todas as contribuições


2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
2. Ligação Iônica
Energia de Rede

Energia Potencial Coulômbica:

2r
- r
A = 2,585 (Estrutura CFC)

- 13
A = constante de Madelung
(depende do arranjo cristalino)
2. Ligação Iônica
Energia de Rede
Energia

Distância
15 internuclear
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE

Composto Energia de rede (kJ/mol)


MgF2 - 2957 Q = +2,-1
MgO - 3938 Q = +2,-2

LiF - 1036 r F < r Cl


LiCl - 853

A energia de rede aumenta à medida que:


- As cargas nos íons aumentam
- A distância entre os íons diminui

Erede → PF e PE
A = constante de Madelung
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE

EXPERIMENTAL:
Determinado pelo Ciclo de Born-Haber (Ciclo Termoquímico): Utiliza a
Lei de Hess

M
H1 H2

A B
HT

HT = H1 + H2


2. Ligação Iônica
Ex: Ciclo de Born-Haber - Formação do NaCl

Reação de Formação: Na(s) + ½ Cl2(g) → NaCl (s)


Energia de Rede: Na+(g) + Cl-(g) → NaCl (s)

H 1ªEI (Na)= + 495,8 kJ/mol


Ha(Na)= + 107,3 kJ/mol
Hdiss(Cl2)= + 244 kJ/mol
HAE (Cl)= - 348,6 kJ/mol
HF (NaCl)= - 411 kJ/mol
Reação de formação
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE
2. Ligação Iônica
ENERGIA RETICULAR OU DE REDE

2
2. Ligação Iônica
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS IÔNICOS

I) Compostos duros e quebradiços

II) Elevado ponto de fusão e ebulição


2. Ligação Iônica
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS IÔNICOS

III) Conduzem eletricidade em solução aquosa


2. Ligação Iônica
FÓRMULA DE UM COMPOSTO IÔNICO
Fórmula de um composto iônico
2. Ligação Covalente
Idéia inicial => compartilhamento de pares de elétrons => Gilbert
Lewis => antes da teoria quântica
Compartilhamento => tem como base a regra do octeto

TEORIA DE LEWIS
2. Ligação Covalente
LIGAÇÕES MÚLTIPLAS

Ligação simples

O C O N N

Ligação dupla Ligação tripla

ESTRUTURA DE LEWIS
RELEMBRANDO COMO SE ESCREVE A ESTRUTURA DE LEWIS:

NF3 PCl3 CH4


3. Teoria de Lewis
Decidindo pela estrutura mais adequada
Carga Formal
Carga que o átomo teria se as ligações fossem perfeitamente covalentes
e se cada átomo tivesse metade dos elétrons compartilhados.
Pode ser calculada: CF = V – (NL + ½ C)
V= elétrons da camada de valência
NL= nº de elétrons nos pares não-ligantes
C = nº de elétrons compartilhados
EX.: Estrutura do CO2

O C O O C O O C O
Qual das três é a mais provável?
A estrutura mais estável tem:
- a carga formal mais baixa em cada átomo,
- a carga formal mais negativa nos átomos mais eletronegativos.
3. Teoria de Lewis
Ressonância
Algumas moléculas têm estruturas que não podem ser expressas
corretamente por uma única estrutura de Lewis. O
O
EX.: Estrutura do O3 (Ozônio) O
Experimentalmente as duas ligações tem comprimentos iguais
3. Teoria de Lewis
Exceções a Regra do Octeto
Alguns elementos ao se combinar não segue a regra do octeto

Vejamos alguns exemplos:

N O N O
F
F F
Número ímpar de elétrons
S
F B F F F
F
F
Octeto expandido
Octeto incompleto (átomo central com n > 3)
4. Eletronegatividade
CARÁTER COVALENTE x CARÁTER IÔNICO

H O
Cl Cl H F
H
Compartilhamento de elétrons diferenciado nas duas moléculas

Poder de atração diferenciado pelo par de elétrons

ELETRONEGATIVIDADE:
é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula
ESCALA DE PAULING

5. Eletronegatividade
4. Eletronegatividade
LIGAÇÃO COVALENTE x LIGAÇÃO IÔNICA

F2
HF LiF
DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE:

4,0 – 4,0 = 0 4,0 – 2,1 = 1,9 4,0 – 1,0 = 3,0

COVALENTE APOLAR COVALENTE POLAR IÔNICA

Momento de dipolo = m
4. Eletronegatividade
LIGAÇÃO COVALENTE x LIGAÇÃO IÔNICA
Caráter iônico (%)

Diferença de eletronegatividade
4. Eletronegatividade
LIGAÇÃO COVALENTE x LIGAÇÃO IÔNICA

Momento de dipolo = m
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
Para prevermos a forma molecular, supomos que os PARES DE
ELÉTRONS DE VALÊNCIA se repelem e, conseqüentemente, a
molécula assume qualquer geometria 3D que minimize essa repulsão.

BASE: Teoria de Lewis


QUEM A DESENVOLVEU: R. Gillespie
IMPORTANTE CONSIDERAÇÃO: Repulsões diferenciadas

ParEL- ParEL < ParEL- ParENL < ParENL- ParENL


5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)

5 FORMAS GEOMÉTRICAS = 5 ARRANJOS→  GEOMETRIAS


5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
DIVIDIR AS MOLÉCULAS EM DUAS CATEGORIAS:

1. EM QUE O ÁTOMO CENTRAL NÃO TEM PARES ISOLADOS


Ex:
O C O

2. EM QUE O ÁTOMO CENTRAL TEM PARES ISOLADOS


Ex:
O S O
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
O ÁTOMO CENTRAL NÃO TEM PARES ISOLADOS:
AXm , m = 2, 3, 4, 5 e 6 - ARRANJOS POSSÍVEIS
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)

EM QUE O ÁTOMO CENTRAL NÃO TEM PARES ISOLADOS:


AXm , m = 2, 3, 4, 5 e 6

VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS:


CO2, BF3, CH4, PCl5, SF6

Para determinar o arranjo/geometria:


• Desenhe a estrutura de Lewis,
• Ordene os pares de elétrons (ÁTOMO CENTRAL) em dos arranjos
dados para minimizar a repulsão e- - e-
• Ligações múltiplas contam como ligações simples
• Determinar arranjo e geometria
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
O ÁTOMO CENTRAL TEM PARES ISOLADOS:
AXmEn , m = 2, 3..., n = 1,2,3,...

IMPORTANTE CONSIDERAÇÃO: Repulsões diferenciadas

ParEL- ParEL < ParEL- ParENL < ParENL- ParENL


5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
O ÁTOMO CENTRAL TEM PARES ISOLADOS:
AXmEn , m = 2, 3..., n = 1,2,3,...

Para determinar o arranjo/geometria:


• Desenhe a estrutura de Lewis,
• Ordene os pares de elétrons (ÁTOMO CENTRAL) em uma dos arranjos dados
para minimizar a repulsão e- - e-
• Ligações múltiplas contam como ligações simples
• Determinar arranjo e geometria
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)

EM QUE O ÁTOMO CENTRAL TEM PARES ISOLADOS:


AXmEn , m = 2, 3, ...; n = 1, 2, 3,...

VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS:


SO2, SF4, ClF3
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
O ÁTOMO CENTRAL TEM PARES ISOLADOS:
AXmEn , m = 2, 3..., n = 1,2,3,...
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons no
Nível de Valência (RPENV)
MOLÉCULAS COM NÍVEIS DE VALÊNCIA EXPANDIDOS
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
MOLÉCULAS COM NÍVEIS DE VALÊNCIA EXPANDIDOS
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons
no Nível de Valência (RPENV)
POLARIDADE E GEOMETRIA

MOLECULA LINEAR MOLECULA ANGULAR


ESCALA DE PAULING

5. Eletronegatividade
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons no
Nível de Valência (RPENV)
POLARIDADE E GEOMETRIA
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons no
Nível de Valência (RPENV)
5. Teoria de Repulsão do Par de Elétrons no
Nível de Valência (RPENV)

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