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Apostila de Química

Professores:Ângela Accioly
Flavia Souza
Mª da Gloria de Souza

Duque de Caxias

1
1. A Teoria Atômica da Matéria

Os filósofos gregos ponderaram bastante sobre a pergunta: A matéria pode ser infinitamente dividida em
parcelas cada vez menores ou há um ponto além do qual ela não é mais divisível? A maioria dos filósofos, entre
os quais Platão e Aristóteles, acreditavam que a matéria era infinitamente divisível. Um dos que não
concordavam com esta opinião era Demócrito (460-370 a.C.). Afirmava, ao contrário, que não se dividiam, a que
denominava átomo, significando, exatamente, “indivisível”.
Embora a proposta de Demócrito fosse conhecida, prevaleceu até o início do século XIX a idéia
equivocada de a matéria ser infinitamente divisível.
Finalmente, entre 1803 e 1807 foi publicada pelo inglês John Dalton ma teoria atômica coerente. Dalton
imaginou sua teoria para explicar diversas observações experimentais. Suas concepções eram tão
fundamentais que sua proposta permaneceu intacta, na essência, até os dias de hoje.
Os seguintes postulados resumem a essência da teoria atômica de Dalton:

1. Cada elemento é composto por partículas extremamente pequenas denominadas átomos.


2. Os átomos de um mesmo elemento são idênticos entre si; os átomos de elementos diferentes são
diferentes e têm propriedades diferentes (entre as quais massas diferentes).
3. Nas reações químicas, os átomos de um elemento não se transformam em outros tipos de átomos;
nestas reações, não há nem criação nem destruição de átomos.
4. Os compostos se formam quando átomos de dois ou mais elementos se combinam; um certo composto
tem sempre a mesma espécie de átomos e o mesmo número relativo destes átomos.

A partir de 1850 acumularam-se informações que sugeriam que os átomos eram constituídos por
partículas pequeníssimas, as partículas subatômicas.
Com o acúmulo de provas experimentais de que o átomo era constituído por partículas muito pequenas,
focalizou-se a atenção sobre a forma de organização dessas partículas. No início do século XX, J. J. Thomson
sugeriu que, uma vez que os elétrons correspondiam a fração muito pequena da massa de um átomo,
provavelmente eram responsáveis por fração igualmente pequena do volume do átomo. Sugeriu que o átomo
fosse constituído por uma esfera positiva uniforme de matéria na qual os elétrons ficariam dispersos. Este
modelo, conhecido como o modelo do “pudim de passas” como mostra a figura abaixo, teve vida curta.

Elétron negativo

Carga positiva ocupando


uma esfera

Em 1910, Rutherford e colaboradores fizeram experiências que levou ao abandono do modelo de


Thomson. Rutherford investigava os ângulos sob os quais as partículas α eram espalhadas ao passar através
de delgada folha de ouro. Estes observaram que quase todas as partículas α passavam diretamente através da
folha de ouro sem desvio. Algumas poucas, porém, eram desviadas, algumas até refletidas na direção original,
como mostra a figura abaixo.

2
A maior parte
das partículas
não é desviada
Partículas espalhadas

Feixe de Folha de
partícula Ouro

Tela circular
fluorescente
Fonte de
partículas alfa

Em 1911, Rutherford conseguiu explicar as observações. Admitiu que a maior parte da massa do átomo,
e a totalidade da carga positiva, estivessem concentradas numa região muito pequena e extremamente densa, a
que denominou núcleo. A maior parte do volume do átomo é espaço vazio no qual se deslocam os elétrons em
torno do núcleo. Na experiência do espalhamento das partículas alfas, a maioria das partículas passa sem
desvio apreciável através da folha de ouro porque não encontra os diminutos núcleos; as partículas alfas
simplesmente atravessam o espaço vazio dos átomos. Uma ou outra, porém, chega nas vizinhanças de um
núcleo de ouro. A repulsão entre o núcleo, com carga muito grande, e a partícula alfa é suficientemente forte
para provocar o desvio da partícula.
Investigações experimentais posteriores levaram à descoberta de partículas positivas (prótons) e de
partículas neutras (nêutrons) no núcleo. Os prótons foram descobertos por Rutherford em 1919. Os nêutrons
foram descobertos em 1932 pelo cientista britânico James Chadwick (1891 – 1972).

Estrutura Atômica Moderna (Modelo de Bohr)

A partir de novas pesquisas, o cientista Niels Bohr divulga em 1913 um modelo atômico mais avançado.
Segundo esse modelo, os elétrons se movem em órbitas fixas ao redor do núcleo. Essas órbitas são
denominadas órbitas estacionárias, nas quais os elétrons se movem sem irradiar energia. Dizemos que os
elétrons nessas órbitas se encontram no estado estacionário ou estado fundamental. Com aquecimento ou
descargas elétricas, os elétrons absorvem energia, passando a outras órbitas, mais afastadas do núcleo. Os
novos estados energéticos são os estados ativos ou excitados. No entanto, após curto tempo, os elétrons
retornam aos seus estados iniciais. Nesse retorno, os elétrons emitem energia armazenada durante o processo
de excitação.
A transição de elétrons de E1 para E2 (energia absorvida) equivale ao trabalho de deslocamento para se
afastar do núcleo e, consequentemente, quanto mais longe o elétron está em relação ao núcleo, mais facilmente
muda de órbita.

3
E2
E1 E1

Núcleo Núcleo Núcleo

Elétron no estado Fornecimento Emissão de


fundamental de energia energia

Átomo no estado Átomo excitado Átomo no estado


estacionário (energia E2) estacionário
(energia E1) (energia E1)

Um elétron é mais facilmente ativado quanto mais externo for.

A transição de um estado de energia E2 até o nível E1, mais baixo, libera uma certa quantidade de
energia correspondente à variação:

E = E2 - E1

Principais características do Átomo


Número atômico (Z)

É o número que identifica o átomo, ou seja, o seu número de prótons.

Z=P
Onde P é o nº de prótons.

Obs: O átomo é eletricamente neutro,ou seja, o número de prótons deve ser o mesmo do nº de elétrons.

Z=P=é
Número Massa ( A )
É a soma de prótons e nêutrons.

A = P +n
Representação Química. Os números de massa (A) e atômico (Z) são colocados a esquerda.

Vejamos exemplo:

23 =A A = p+n
Na n=12 23=11+n
11 = Z n = 12

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Relações Atômicas
1. Isótopos:

São os átomos com o mesmo número atômico (Z) com nº de massa (A) e
número de nêutrons (n) diferentes.

1 2 3
Ex: H H H
1 1 1

2. Isóbaros:
São átomos com mesma massa ( A ) e nº atômico ( Z ) e nº de nêutrons diferentes.

Ex: 40 40
Ca n = 22 Ca n = 20
18 20
3. Isótonos:

São átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons ( n ), mas diferentes números ( Z ) e de massa ( A )
14 7p 13 6p
Ex: N 7n C 7n
7 7e 6 6e

Resumo:
Nº Atômico ( Z ) Nº Massa ( A ) Nº Nêutrons ( n )
Isótopos = # #
Isóbaros # = #
Isótonos # # =

Características das Partículas Subatômicas

Partículas Massa relativa Carga relativa


Prótons 1 +1
Nêutrons 1 0
Elétrons 1/1840 -1

Moléculas é a menor porção de uma substância. Ex: molécula da água


Átomo é a menor porção de um elemento químico. Os átomos se reúnem e formam as moléculas.
Ex: 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo oxigênio formam a molécula da água (H2O)

Números Quânticos

 Número Quântico Principal

A cada nível de energia, ou seja, a cada órbita ou camada onde se encontram os elétrons, associa-se um
número inteiro, denominado Número Quântico Principal. Este é representado pela letra n.
São conhecidos sete níveis energéticos. A energia dos elétrons é crescente nesses níveis energéticos,
desde o nível 1 (n = 1) até o nível 7 (n = 7). Fisicamente, interpreta-se o número quântico principal como sendo
a distância de elétron ao núcleo.

5
Nível Energético K L M N O P Q
Número Quântico Principal (n) 1 2 3 4 5 6 7

São conhecidas, portanto, sete camadas (desde K até Q), onde se encontram distribuídos os
elétrons. O número da camada denomina-se número quântico principal, e assume valores de 1 até 7.
Numa camada há no máximo 2n2 elétrons. Essa fórmula vale até a quarta camada.

Número da Camada (n) Número Máximo de Elétrons por Camada


1 2 x 12 = 2 x 1 = 2
2 2 x 22 = 2 x 4 = 8
3 2 x 32 = 2 x 9 = 18
4 2 x 42 = 2 x 16 = 32

 Número Quântico Secundário ou Azimutal

Notou-se que elétrons pertencentes à mesma órbita (ou camada) apresentam pequenas diferenças nas
quantidades de energia emitidas.
A explicação física inicial foi proposta por Sommerfeld: as órbitas seriam elípticas em vez de circulares e
as pequenas diferenças seriam devidas às formas das órbitas.
Em cada camada há no máximo quatro subcamadas ou subníveis, cada uma com uma forma diferente,
em elipses mais ou menos acentuadas.
São conhecidos hoje apenas quatro subníveis: s, p, d, f. O Número Quântico Secundário ou Azimutal
é simbolizado pela letra l. Esse número define os subníveis de energia, ou subcamadas. Os valores que l pode
assumir vão de zero até n - 1.

Subnível Energético s p d f
Número Quântico Azimutal (l) 0 1 2 3

Nível ou Camada n l Número de subníveis Subníveis


conhecidos
K (1a Camada) 1 0 1 1s
L (2a Camada) 2 0; 1 2 2s 2p
M (3a Camada) 3 0; 1; 2 3 3s 3p 3d
N (4a Camada) 4 0; 1; 2; 3 4 4s 4p 4d 4f
O (5a Camada) 5 0; 1; 2; 3 4 5s 5p 5d 5f
P (6a Camada) 6 0; 1; 2 3 6s 6p 6d
Q (7a Camada) 7 0 1 7s

O quadro anterior pode ser disposto de acordo com o diagrama a seguir, onde estão representados os
subníveis conhecidos.
Assim, a representação do subnível leva o número da camada (número quântico principal) e a letra
corresponde ao tipo de subnível.

Exemplos:

4d Subnível d da camada N 3p Subnível p da camada M


Número quântico principal = 4 Número quântico principal = 3
Número quântico azimutal = 2 Número quântico azimutal = 1

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 Número Quântico Magnético

A orientação ou inclinação espacial das órbitas é associada a um número denominado Número


Quântico Magnético, simbolizado pela letra m.
Os valores assumidos por esse terceiro número quântico variam de -l até +l. Cada valor representa um
orbital.

-l  m  +l

Os valores de orbitais por subníveis podem ser encontrados pela fórmula 2l +1, onde l é o número quântico
secundário ou azimutal.

l Número de orbitais por subnível


0 (s) (2 x 0) + 1 = 1
1 (p) (2 x 1) + 1 = 3
2 (d) (2 x 2) + 1 = 5
3 (f) (2 x 3) + 1 = 7

Os valores que m pode assumir estão resumidos no a seguir:

l m Número de orbitais
por subnível
0 (s) 0 1
1 (p) -1; 0; +1 3
2 (d) -2; -1; 0; +1; +2 5
3 (f) -3; -2; -1; 0; +1; +2; +3 7

 Número Quântico de Spin

Os números n, l e m determinam as particularidades geométricas das nuvens eletrônicas e estão


associados às características físicas do movimento dos elétrons.
Para caracterizar completamente o movimento eletrônico nos átomos, lançamos mão de um quarto
número quântico. Este é denominado Número Quântico de Spin e é simbolizado pela letra S.
O número quântico de spin (em inglês, "rotação") assume dois valores:

S = + 1/2 e S = - 1/2

Estes valores representam a rotação dos elétrons sobre si mesmos. Lembre que, pelo atual modelo
atômico, o elétron está em algum lugar na "nuvem de probabilidades", ou seja, no orbital. Se fosse considerado
como uma esfera, teria dois sentidos contrários de rotação sobre si mesmo. Na realidade, os dois valores
representam dois campos magnéticos opostos.
Convencionaremos que o primeiro elétron a se localizar num orbital terá número quântico de spin S = -
1/2 e será esquematizado . Um segundo elétron no mesmo orbital terá número quântico de spin S = + 1/2 e
será esquematizado .
Diz-se que os elétrons estão em paralelo quando têm o mesmo número quântico de spin (S) e, em
antiparalelo, quando tem S contrário.

7
Princípio da Exclusão de Pauli

Como vimos até agora, os elétrons de um átomo encontram-se em diferentes situações energéticas. A
situação energética de cada elétron é definida por quatro estados energéticos. São os quatro números
quânticos. A cada estado corresponde um número. Portanto, há quatro números quânticos para cada elétron de
um átomo.

Os números quânticos identificam, assim, cada elétron.

O princípio de exclusão, de Wolfgang Pauli, estabelece que, em um mesmo átomo, não pode haver dois
elétrons com os quatro números quânticos iguais. Como consequência desse princípio, pode existir, num
mesmo orbital, no máximo dois elétrons, que têm spins contrários:
O número máximo de elétrons por subnível será, portanto, dado pela fórmula 4l + 2, o dobro da fórmula 2l
+ 1, a qual, como vimos anteriormente, nos dá o número de orbitais por subnível.

l 4l + 2 (número máximo de elétrons


por subnível)
0 (s) (4 x 0) + 2 = 2 s2
1 (p) (4x 1) + 2 = 6 p6
2 (d) (4 x 2) + 2 = 10 d10
3 (f) (4 x 3) + 2 = 14 f14

Regra de Hund

A regra de Hund, chamada regra da máxima multiplicidade, rege o preenchimento eletrônico nos
subníveis.

Os elétrons distribuem-se nos orbitais disponíveis de um subnível segundo a ordem crescente de


energia.

Exemplos:

. No subnível s:

1o elétron: (S = - 1/2) 2o elétron: (S = + 1/2)

8
. No subnível p:

1o elétron: 2o elétron: 3o elétron:

Alojam-se inicialmente elétrons em paralelo, sucessivamente, enquanto houver orbitais disponíveis.

4o elétron: 5o elétron: 6o elétron:

Alojam-se em seguida elétrons em antiparalelo em relação aos primeiros, sucessivamente, até o


preenchimento total.
O mesmo procedimento se aplica aos subníveis d (dez elétrons) e f (catorze elétrons).
É possível identificar cada elétron através de seus quatro números quânticos. Vejamos os resumos no
quadro apresentado a seguir.

Número Notação Valores Interpretação Interpretação


Quântico Física Matemática
Principal n 1 até 7 Distância média Número da camada
núcleo-elétron Nível energético
Azimutal l 0, 1, 2, 3 Tipo de órbita Número da subcamada
s, p, d, f Subnível
Magnético m - l até + l Disposição do Identificação do orbital
orbital no espaço dentro do subnível
Spin S +1/2 e -1/2 Rotação do elétron Campos magnéticos
opostos

Distribuição Eletrônica

Os elétrons distribuem-se nos níveis e subníveis de maneira a ocupar inicialmente subníveis de menor
energia e em seguida subníveis com energia cada vez maior.
A ordem crescente de energia é

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d, 7p

O subnível de menor energia é 1s. O subnível de maior energia é 6d. Note que a ordem crescente de energia
para os subníveis não segue a ordem de camadas.
O cientista americano Linus Pauling montou um diagrama prático para a distribuição eletrônica nos
subníveis. As setas indicam a ordem crescente de energia dos subníveis.

9
Níveis
K 1s K=2
L 2s 2p
L=8
M 3s 3p 3d M = 18
N 4s 4p 4d 4f N = 32
O 5s 5p 5d 5f O = 32
P 6s 6p 6d P = 18
Q 7s Q=2

Subníveis : s = 2; p = 6; d = 10; f = 14 Número de


elétrons
Exemplo:

Para fazer a distribuição eletrônica do átomo de enxofre (Z =16), basta acompanhar as setas no diagrama
de Pauling, em ordem crescente de energia dos subníveis. Começamos por 1s, com 2 elétrons, notado 1s2, e
assim por diante.
1s2 2s2 2p6 3s2 3p4

K=2 L=8 M=6

Número de elétrons no subnível de maior energia: 4


Número de elétrons no último nível: 6
Não esqueça o significado da notação:

3p4 onde: 3 é o nível; p é o subnível e 4 é o número de elétrons no subnível.

Observação:

Alguns elementos apresentam irregularidades na distribuição eletrônica; é o caso de Cr, Cu, Nb, Mo, Tc,
Ru, Rh, Pd, Ag, Pt, Au. A razão é que as configurações d5, d10, f7 e f14 são muito estáveis. por exemplo, o cromo
(Z = 24), em vez de 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4, apresenta como distribuição correta 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5,
que é mais estável. O cobre (Z = 29), em vez de 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9, apresenta como distribuição correta
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10, que é mais estável.

2 Classificação Periódica dos Elementos Químicos

2.1 – Introdução

Todas as tentativas de classificar os elementos químicos vieram da experiência e da observação, antes


de surgirem os conhecimentos de estrutura atômica.
Elementos com comportamentos químicos semelhantes eram agrupados em “séries” ou “famílias”.

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A classificação dos cientistas Dimitri I. Mendeleyev e J. Lothar Meyer foi a mais bem sucedida e a que
maior importância ganhou. Eles ordenaram numa tabela os vários elementos conhecidos, com base em suas
propriedades físicas e químicas. Além de classificar os elementos, chegaram a prever a existência de elementos
ainda não descobertos, assim como grande parte de suas propriedades.

2.2 – A Lei Periódica

Elementos de propriedades semelhantes são colocados na mesma coluna vertical. Verificou-se que
muitas propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de seus números atômicos.
Assim, as propriedades dos elementos dependem da carga nuclear e, portanto, da estrutura das camadas
eletrônicas do átomo neutro.
Dizer que uma propriedade é periódica em função do número atômico significa que ela alcança valores
máximos e mínimos com o aumento do número atômico.
Algumas Propriedades Físicas e Químicas que Mantêm Curvas Periódicas em

Função do Número Atômico:

 Volume atômico;
 Energia de ionização;
 Coeficiente de dilatação;
 Energia de formação de compostos;
 Densidade;
 Ponto de fusão;
 Ponto de ebulição.

Dizemos que uma propriedade é aperiódica quando os valores que ela assume são sempre crescentes
ou decrescentes à medida que aumenta o número atômico.

Propriedades Aperiódicas em Função do Número Atômico:

 Massa atômica;
 Calor específico.

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2.3 – A Tabela Periódica Atual

A tabela periódica atual é derivada da tabela de Mendeleyev, que só apresentava 63 elementos. O modo
usual de apresentar a tabela possui as seguintes convenções:

Número Atômico

Número de Elétrons
nas Camadas:
Nome do Elemento Z K camada K
L camada L
M camada M

E N
O
P
.
.
.
Q
Símbolo do Massa Atômica
Elemento

Média das Massas Atômicas dos


Isótopos do Elemento ou ( ) =
Número de Massa do Isótopo
Mais estável

Na tabela periódica moderna, os elementos químicos estão dispostos segundo a ordem crescente de
seus números atômicos, em linhas horizontais chamadas PERÍODOS e colunas vertical chamadas GRUPOS.
Os grupos eram divididos em SUBGRUPOS A e B. Em 1990, a IUPAC publicou a recomendação final para um
novo sistema que não usa letras e os grupos passaram a sr enumerados com algarismos arábicos de 1 a 18 (da
esquerda para direita).
São conhecidos hoje 112 elementos químicos. Os últimos ainda não tiveram oficializados seus nomes e
símbolos.
Os elementos de número atômico maior que 92 são chamados transurânicos (que vêm depois do
urânio) e são todos artificiais, criados em laboratórios por meio de rações nucleares. Há um total de 89
elementos naturais, pois, além, dos transurânicos, são também artificiais os elementos Tc, Pm e At. Esses três
elementos são chamados cisurânicos.
89 Elementos Naturais
23 Elementos Artificiais
3 Elementos Cisurânicos 20 Elementos Transurânicos

112 Elementos Químicos

OBS.: Há notícias de que mais elementos foram recentemente criados, o que eleva o total para 118 elementos,
porém ainda existem poucas informações a respeito destes elementos.

2.4 – Os Períodos

A tabela apresenta sete períodos, cada um corresponde a uma das camadas eletrônicas da eletrosfera.
Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de camadas eletrônicas, que é igual ao número do
período. Cada período inicia uma nova camada eletrônica.

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2.5 – Os Grupos de Elementos

Observando a tabela periódica, nota-se que há dezoito colunas verticais, onde se agrupam elementos de
comportamento químico semelhante. Esse comportamento químico comum se deve à semelhança que existe
na camada externa (ou camada de valência) dos átomos dos elementos situados em uma mesma coluna.

a) Os grupos de 1 a 7 subdividem-se em subgrupos (ou famílias) A e B. Algumas famílias recebem um nome


especial; outras recebem o nome do primeiro elemento da família.

Famílias Nomes Elementos


1 ou 1A Metais alcalinos Li, Na, K, Rb, Cs, Fr
2 ou 2A Metais alcalinos-terrosos Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra
13 ou 3A Família do boro B, Al, Ga, In, Tl
14 ou 4A Família do carbono C, Si, Ge, Sn, Pb
15 ou 5A Família do nitrogênio N, P, As, Sb, Bi
16 ou 6A Calcogênios O, S, Se, Te, Po
17 ou 7A Halogênios F, Cl, Br, I, At

b) A família 8B é formada por três colunas (8, 9 e 10):

Fe Co Ni
Ru Rh Pd
Os Ir Pt

c) O grupo 18 ou 0 (zero) é formado pelos gases nobres, que também se chamam gases raros. São eles: hélio
(He), neônio (Ne), argônio (Ar), kriptônio (Kr), xenônio (Xe), radônio (Rn). Até há pouco tempo, esses
elementos eram chamados de “gases inertes”, pois ainda não se conhecia nenhum composto de gás nobre.
Sua reatividade química era considerada nula, devido ao fato de apresentarem os subníveis da última
camada ns2 np6 totalmente preenchidos:

   
s2 p6

d) O elemento químico hidrogênio é único, e não se enquadra na família dos alcalinos (ou em nenhuma outra),
sendo aí localizado apenas por ter número atômico igual a 1. Alguns autores o localizam acima do flúor, ao
lado do hélio, ou então totalmente separado, fora do corpo da tabela.

e) Os elementos típicos são os elementos representativos e se localizam nas colunas A e 0 (zero). Segundo a
opinião de alguns autores, a coluna zero deveria chamar-se 8A. Realmente já se descobriu que o grau de
oxidação máxima dos gases nobres é +8, e isso justificaria a denominação. Por outro lado não há nenhuma
relação entre eles e os elementos de 8B. Na tabela original de Mendeleyev não estavam os gases nobres,
que não haviam sido descobertos ainda. Ao serem descobertos, foram

f) adicionados com o número zero devido à sua suposta reatividade nula. Conservaremos essa denominação
apenas por motivos históricos.

g) Os elementos das séries dos lantanídeos e actinídeos compõem os chamados elementos de transição
interna. Os outros elementos das colunas B são os chamados de transição simples.

13
Resumo:

De acordo com seu comportamento químico e físico, um elemento pode ser classificado em:
representativo, de transição simples e transição interna.
Representativos

Representativos

Transição Simples

Transição Interna

2.6 – Configuração Eletrônica nos Elementos Representativos

Observando as distribuições eletrônicas, notamos que todos os elementos da família 1A (metais


alcalinos) terminam em ns1, onde n é o número quântico principal, ou seja, o número do período. Todos têm um
elétron na última camada (chamada “camada de valência”).

 1 ou 1A - ns1 - Metais Alcalinos

11Na 1s2 2s2 2p6 3s1


Os metais alcalinos-terrosos apresentam dois elétrons na última camada, assim preenchendo o subnível
s.

 2 ou 2A - ns2 - Metais Alcalinos-terrosos

38Sr [Kr] 5s2

Nos elementos que vão desde o subgrupo 3A até os gases nobres, o elétron de diferenciação (último
elétron distribuído) entra no subnível p da última camada, preenchendo assim, sucessivamente, os orbitais
disponíveis.

14
Elemento Z Configuração Subníveis da
Grupo Eletrônica Última Camada
13 ou3A Al 13 [Ne] 3s2 3p1 s2p1
14 ou 4A Si 14 [Ne] 3s2 3p2 s2p2
15 ou 5A P 15 [Ne] 3s2 3p3 s2p3
16 ou 6A S 16 [Ne] 3s2 3p4 s2p4
17 ou 7A Cl 17 [Ne] 3s2 3p5 s2p5
18 ou 0 Ar 18 [Ne] 3s2 3p6 s2p6

Elétron de Diferenciação

s2p1 s2p2 s2p3 s2p4 s2p5 s2p6

Nota-se que a configuração eletrônica da última camada (camada externa ou camada de valência) é
função periódica do número atômico. O número de elétrons da última camada coincide com o número do grupo.

 17 ou 7A - ns2 np5 - Halogênios

 18 ou 0 - ns2 np6 - Gases Nobres

Resumo: Nos elementos representativos, o elétron de diferenciação está alojado em subnível s ou em subnível
p. Assim, teremos:

Grupos de Elementos Elétron na Camada Externa


1 ou 1A - Metais alcalinos ns1
2 ou 2A - Metais alcalinos-terrosos ns2
13 ou 3A - Família do boro ns2 np1
14 ou 4A - Família do carbono ns2 np2
15 ou 5A - Família do nitrogênio ns2 np3
16 ou 6A - Calcogênios ns2 np4
17 ou A - Halogênios ns2 np5
8 ou 0 - Gases Nobres ns2 np6

15
18

1s2
2 13 14 15 16 17
s1 s2 s2p
1
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
s2p
2

s2p
3

s2p
4

s2p
5
s2p
6

2.7 – Configuração Eletrônica nos Elementos de Transição

2.7.1 – Elementos de transição Simples

Esses elementos possuem um ou dois elétrons na última camada. Por outro lado, a distribuição de seus
elétrons envolve o subnível d da penúltima camada. O elétron de diferenciação, com algumas exceções, aloja-
se nesse subnível d.

Exemplos:

 Vanádio Z = 23 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3

Número de camadas = 4  40 período da tabela periódica  n = 4;


Subnível de maior energia = 3d  elemento de transição simples;
-
-
- Somando o número de elétrons no subnível de maior energia (3d) com o número de elétrons no subnível
mais afastado (4s), obtemos cinco, o que localiza o vanádio no subgrupo 5B.

16
 Zircônio Z = 40 [Kr] 5s2 4d2

Número de camadas = 5  50 período da tabela periódica  n = 5;


Subnível de maior energia = 4d  elemento de transição simples;
-

5s2 4d2  2 + 2 = 4  subgrupo 4B.


-
-

A localização no subgrupo, dessa maneira, não vale para todos os elementos.

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

ns2 (n – 1)d6 ou

ns2 (n – 1)d7 ou

ns2 (n – 1)d8 ou
ns2 (n – 1)d1

ns1 (n – 1)d10

ns2 (n – 1)d10
ns2 (n – 1)d4 ou

ns1 (n – 1)d7

ns1 (n – 1)d8

ns1 (n – 1)d9
ns2 (n – 1)d2

ns2 (n – 1)d3

ns1 (n – 1)d5
ns2 (n – 1)d5

*
*

* Elementos de transição interna

Observação:

Muitos autores não consideram elementos de transição aqueles que estão em 1B e 2B. Eles definem
como elementos de transição aquele que apresenta o subnível d incompleto, o que não ocorre em 1B e 2B. Nos
elementos 1B (Cu, Ag e Au), em vez de ns2 (n – 1)d9, temos a configuração ns1 (n – 1)d10. Assim, nos elementos
de 2B (Zn, Cd e Hg) e elétron de diferenciação em ns2.

2.7.2 - Elementos de transição Interna

Geralmente apresentam o elétron de diferenciação alojando-se no subnível f da antepenúltima camada.


Lembramos que o subnível só se completa com catorze elétrons.

Exemplo:

 Európio Z = 63 [Xe] 6s2 4f7

Subnível mais afastado: 6s  6a camada  n = 6;


Subnível de maior energia = 4f  4a camada, que é a antepenúltima.
-
-

Quando o subnível mais energético é o f, o elemento pertence ao grupo 3B.

Podemos resumir de forma geral a distribuição eletrônica no seguinte esquema:

17
1 18

2 13 14 15 16 17

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

(n) s (n – 1) d (n) p

4f

5f

(n –2) f

2.8 – Raio Atômico

Propriedade periódica que refere-se ao tamanho dos átomos.


Raio atômico é a metade da distância internuclear nas moléculas ou cristais das substâncias simples
correspondentes.

Exemplo:
d = distância internuclear
Cl2
r = d/2 = raio atômico do cloro
d

Há duas forças simultâneas influenciando o raio atômico do elemento: a repulsão entre elétrons e a

Num subgrupo  Quando aumenta o número atômico, aumenta o número de camada e aumenta o raio atômico.
atração núcleo-elétrons.

Num período  Nesse caso, prevalece a atração núcleo-elétrons, logo o átomo será menor, quanto maior for o
número atômico.

O elemento de maior raio atômico da tabela periódica é o frâncio (Fr).

18
2.9 – Energia de Ionização

É a energia necessária para retirar um elétron da camada mais externa do átomo de um elemento
químico no estado gasoso.
Essa propriedade periódica esta intimamente relacionada com o raio atômico. Quanto mais perto se
localiza o elétron periférico do núcleo, mais difícil se torna retirá-lo do átomo.

Quanto menor é o raio atômico de um elemento químico, maior a sua energia de ionização.
Existe a primeira, a segunda, a terceira etc, energia de ionização do átomo à medida que se retira o
primeiro, o segundo, o terceiro etc. elétron. À medida que cada elétron é retirado, aumenta a atração do núcleo
sobre os elétrons remanescentes. É necessária uma quantidade de energia maior para se retirar um segundo
elétron. A segunda energia de ionização é maior que a primeira, e assim por diante.

E1  E2  E3  ...  En

À energia de ionização é medida em elétron-volt (eV). Um elétron-volt é a energia cinética adquirida por
um elétron quando acelerado pelo potencial 1 volt.

Exemplo:

Primeira Energia de Ionização


1A 3A 5A 0
0
2 período Li (5,39) B (8,29) N (14,53) He (24,58)
30 período Na (5,14) Al (5,98) P (10,48) Ne (21,56)

Segunda Energia de Ionização


1A 3A 5A 0
20 período Li (75,62) B (25,15) N (25,59) He (54,40)
30 período Na (47,29) Al (18,82) P (19,72) Ne (41,07)

Átomos que perdem elétrons são eletrizados positivamente e se chamam cátions.


Exemplo:
5,14 eV + Na Na+ + e-
a
1 energia de Átomo Cátion Elétron
ionização do Na Neutro de Na sódio

Genericamente, podemos representar o processo assim:

Energia de ionização + X  X+ + 1e-


Átomo Cátion Elétron
Neutro

O elemento de maior energia de ionização da tabela periódica é o hélio (He).

19
2.10 – Eletroafinidade

Essa propriedade periódica, também chamada afinidade eletrônica, é medida pela quantidade de energia
liberada por um átomo no estado gasoso ao receber um elétron na sua camada mais externa. Essa energia
mostra a força com que o núcleo do átomo atraí o elétron recebido.

Átomos que recebem elétrons são eletrizados negativamente, chamando-se ânions.


Exemplo:
Cl + e- Cl- + 3,81 eV
Átomo Elétron Ânion eletroafinidade
Neutro de Cl
Genericamente, podemos representar o processo assim:

X + 1e-  X- + energia
Átomo Elétron Ânion eletroafinidade
Neutro

Tanto os ânions como os cátions são chamados de íons, que quer dizer “partículas eletrizadas”.
Nos grupos a eletroafinidade aumenta para cima. Nos períodos, ela aumenta da esquerda para direita.

2.11 – Eletronegatividade

A energia de ionização e a eletroafinidade compõem uma propriedade muito importante chamada


eletronegatividade.
A eletronegatividade é a tendência que os átomos possuem de receber elétrons no seu nível mais
externo, na formação de uma ligação com outros átomos.

Exemplo: Cloro

 cloro tem:
- energia de ionização grande  grande quantidade de energia para retirar um elétron;
- eletroafinidade grande  maior tendência à atração núcleo-elétron livre

 Tendência Não-metálica
Assim concluímos que o cloro forma um ânion mais facilmente do que um cátion.

A eletronegatividade é chamada caráter não-metálico porque é na região da tabela onde ela é maior que
se encontram os não-metais.

Exemplo: Sódio

 O sódio tem:
- energia de ionização pequena  pequena quantidade de energia para retirar um elétron;
- eletroafinidade pequena  menor atração núcleo-elétron livre.

 Tendência Metálica
Assim concluímos que o sódio forma um cátion mais facilmente do que um ânion.

Em contraposição ao caráter não-metálico (eletronegatividade) está o caráter metálico. Sua variação é


inversa à da eletronegatividade (eletropositividade). O frâncio (Fr) é o elemento de maior caráter metálico.

20
2.12 – Densidade Absoluta

A densidade de um corpo é a relação entre sua massa e seu volume:

densidade = massa/volume
d = m/V

As medidas das densidades dos elementos químicos, comparadas nas mesmas condições (estado sólido
a 200C), indicam uma variação periódica em função de sues números atômicos.
Os elementos mais densos de todos da tabela periódica são os ósmio (Os), o irídio (Ir) e a platina (Pt).
Nos períodos, os elementos mais densos estão no centro da tabela. Nos grupos, a densidade aumenta
de cima para baixo.

2.13 – Volume Atômico

É o volume ocupado por um conjunto de átomos no estado sólido, mais exatamente por 6,02x1023
átomos do elemento. Perceba que o volume atômico não é o volume de um único átomo.
Num período, o volume atômico aumenta do centro para as extremidades. É fácil compreender que,
quanto maior densidade, menor será o volume ocupado por uma quantidade fixa de átomos.

Exemplo:

Potássio (K) d = 0,87 g/cm3 Vatômico = 46,0 cm3


Vanádio (V) d = 6,0 g/cm3 Vatômico = 8,0 cm3

Numa família, o volume atômico aumenta à medida que o número atômico cresce.

2.14 – Metais, Não-metais e Metalóides ou Semimetais

2.14.1 – Estado Físico

À pressão normal (1 atm) e à temperatura ambiente (250C), são:

- Líquidos: O bromo (Br) formando a subst6ancia simples Br2 (com ponto de fusão = -70C), e o mercúrio (Hg),
cujo ponto de fusão é –390C;
- Gases: O fluor (F), o cloro (Cl), o oxigênio (O), o nitrogênio (N) e o hidrogênio (H), todos formando
substâncias simples diatômicas (F2, Cl2, O2, N2 e H2), ao lado dos gases nobres, que são monoatômicos;
- Sólidos: Todos os demais elementos, que constituem a maioria dos elementos químicos conhecidos.

2.14.2 – Metais

Dos 107 elementos químicos conhecidos, 81 são metais. Suas propriedades físicas são:

- Boa condutividade térmica;


- Boa condutividade elétrica;
- Têm brilho metálico acinzentado (Au e Cu são de brilho amarelado);
- São maleáveis (maleabilidade: capacidade de formar chapas);
- São dúcteis (ductilidade: capacidade de formar fios);
- São todos sólidos, com exceção do mercúrio (Hg).

21
A principal propriedade química dos metais é a eletropositividade. Os metais, tendo energia de ionização
baixa, tendem a se converter em cátions.

2.14.3 – Não-metais
São eles:
C N O F no 20 período
P S Cl no 30 período
Se Br no 40 período
I no 50 período
At no 60 período

Esses elementos não são bom condutores de eletricidade (com exceção do carbono-grafite e do selênio).
Não têm brilho como os metais (com exceção do carbono-grafite, do carbono diamante e do iodo). São
eletronegativos, com tendência a converter em ânions.

2.14.4 – Metalóides ou Semimetais

Apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. Dentre eles, o germânio era
muito utilizado na fabricação de transistores; hoje se prefere utilizar i silício, de alto valor comercial, também
usado na fabricação de chips para computadores.

Lista de Exercícios de Estrutura Atômica

1. Quais são os números atômicos, de massas (ou massa atômica), de prótons, de nêutrons e de elétrons de
um átomo dos elementos a seguir em seu estado normal?

a) 1939K; b) 2555Mn; c) 2759Co, d) 53127I; e) 1632S

2. Um átomo possui 19 prótons, 20 nêutrons e 19 elétrons. Observe os átomos abaixo e identifique de quem
este átomo é isóbaro, isótopo ou isótono.

a) 1922A; b) 1838B; c) 2039C

3. Considere os elementos abaixo e responda: Quais são isóbaros, isótopos ou isótonos.

a) 816O; b) 1940K; c) 1840Ar, d) 817O; e) 1737Cl; f) 818O; g) 2040Ca

4. São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z:



X é isóbaro de Y e isótono de Z.


Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z.
O número de massa de Z é 138.

Responda:

a) Os números de massa, atômico e de nêutrons de X.


b) Os números de nêutrons de Y.
c) Os números atômicos e de nêutrons de Z.

22
5. Um átomo possui, numa camada, os subníveis s, p e d com o máximo de elétrons. Quantos elétrons estão
nessa camada, supondo que apenas os subníveis s, p e d estejam presentes?

6. O último elétron de um átomo neutro apresenta o seguinte conjunto de números quânticos:


n = 4; l =1; m = -1; S = + ½
Considerando que o primeiro elétron a ocupar um orbital possui o número quântico de spin igual a – ½. Calcule
o número atômico desse átomo.

7. Coloque em ordem crescente de energia os subníveis eletrônicos:

a) 4d, 4f, 5p, 6s


b) 4s, 3d, 4p, 3p

8. Mostre a distribuição eletrônica para os elétrons abaixo e identifique os conjuntos de números quânticos do
elétron mais energético (último).

a) Fe (Z = 26)
b) S (Z = 16)
c) Cu (Z = 29)
d) As (Z = 33)

9) Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas internacionais de qualidade. O
grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos parafusos e pinos de titânio que compõem
as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são usadas para fixar coroas dentárias, aparelhos
ortodônticos e dentaduras nos ossos da mandíbula e do maxilar. Considerando que o número atômico do titânio
é 22, sua configuração eletrônica será:

a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3. c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2. e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6.
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2.

10)Um elemento cujo átomo possui 20 nêutrons apresenta distribuição eletrônica no estado fundamental 1s2 2s2
2p6 3s2 3p6 4s1, tem:

a) Número atômico 20 e número de massa 39. d) Número atômico 19 e número de massa 39.
b) Número atômico 39 e número de massa 20. e) Número atômico 39 e número de massa 19.
c) Número atômico 19 e número de massa 20.

11) O cloreto de sódio (NaCl) representa papel importante na fisiologia da pessoa, pois atua como gerador do
ácido clorídrico no estômago. Com relação ao elemento químico cloro (Z = 17), o número de elétrons no subnível
“p” é:

a) 8. b) 12. c) 11. d) 10. e) 6.

12) A configuração eletrônica do elemento químico de número 21 é:

a) 2, 8, 9, 2. b) 2, 8, 8, 3. c) 2, 8, 10, 1. d) 2, 18, 1. e) 2, 8, 7, 4.

23
13) O íon monoatômico A2– apresenta configuração eletrônica 3s23p6 para o nível mais externo. O número
atômico do A é igual a:

a) 8. b) 10. c) 14. d) 16. e) 18.

14) Considerando a configuração eletrônica do oxigênio (Z = 8), no seu estado fundamental, podemos afirmar
que os números quânticos principal, secundário, magnético e spin do último elétron da camada de valência
desse átomo são, respectivamente:

a) 1, 0, 0, – 1/2. c) 1, 0, 0, +1/2. e) 2, 1, – 1, +1/2.


b) 1, 1, +1, +1/2. d) 2, 1, – 1, – 1/2.

15) A química se interessa particularmente pelo estudo da eletrosfera atômica porque a distribuição eletrônica
permite prever o comportamento químico dos átomos, já que são os elétrons que podem se movimentar entre
eles ou fazer sua união. A distribuição eletrônica correta para o cátion bivalente do elemento químico magnésio
(Z = 12) é:

a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2. c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. e) 1s2 2s2 2p6.
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. d) 1s2 2s2 2p6 3s2.

56
16) A pedra imã natural é a magnetita (Fe3O4). O metal ferro pode ser representado por 26Fe e seu átomo
apresenta a seguinte distribuição eletrônica por níveis:

a) 2, 8, 16. b) 2, 8, 8, 8. c) 2, 8, 10, 6. d) 2, 8, 14, 2. e) 2, 8, 18, 18, 10.

17) A corrosão de materiais de ferro envolve a transformação de átomos do metal em íons (ferroso ou férrico).
Quantos elétrons há no terceiro nível energético do átomo neutro de ferro?

a) 2. b) 6. c) 14. d) 16. e) 18.

24
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS × LIGAÇÕES QUÍMICAS (E INTERAÇÕES)

Tipo de
Ligação
Iônica Metálica Covalente
Molécula polar
Partículas Cátions e Átomos e Molécula
Molécula polar (com H —
constituintes ânions cátions apolar
FON)
Interação
Força Pelos elétrons Ligação
entre as van der Waals Dipolo-dipolo
eletrostática livres Hidrogênio
partículas
P Gasoso P Gasoso P Líquido
Gasoso/
Sólidos Sólido (exceto M Gasoso M M Sólido
Estado físico Líquido
cristalinos mercúrio)
Líquido/
G G Sólido G Sólido
Sólido
Pontos de
Os mais
Fusão e Muito altos Muito altos Baixos Medianos
baixos
Ebulição
Condutividad Boa apenas
e elétrica quando Excelente no
Nula Nula Baixa
(cargas para dissolvidos ou estado sólido
fluir) fundidos
Extremamente
Solúveis em
Solubilidade Solúveis em Solúveis em Solúveis em solúveis em
solventes
(os similiares mercúrio apolares como solventes água (pelas
polares como
se dissolvem) (amálgamas) éter polares pontes de
água
hidrogênio)

25
26

NÚMERO DE OXIDAÇÃO (nox)

É um número associado à carga de um elemento numa molécula ou num íon.O nox de um


elemento sob forma de um íon monoatômico é igual à carga desse íon, portanto é igual à
eletrovalência do elemento nesse íon. O nox de um elemento numa molécula e num íon composto
é a carga que teria o átomo desse elemento supondo que os elétrons das ligações covalentes e
dativas se transferissem totalmente do átomo menos eletronegativo para o mais eletronegativo,
como se fosse uma ligação iônica.

Elementos com nox fixo em seus compostos


metais alcalinos (+1)
metais alcalino-terroso (+2)
alumínio (+3)
prata (+1)
zinco (+2)
Enxofre em monossulfetos (-2)
Halogênios (-1)
Hidrogênio (+1) exceto nos hidretos que é (-1)
Oxigênio (-2)
Oxigênio nos Peróxidos (-1)
Oxigênio nos superóxidos (-0,5)
Oxigênio nos Fluoretos (+1 ou +2)
O oxigênio é o mais eletronegativo de todos os elementos, exceto o flúor. O oxigênio tem
nox negativo em todos os seus compostos, exceto quando ligado ao flúor. Na grande maioria de
seus compostos, o oxigênio tem nox = -2. Nos peróxidos (grupo -O-O-) o oxigênio tem nox = -1 e
nos superóxidos tem nox= -0,5.

O hidrogênio é menos eletronegativo que todos os não-metais e semimetais; por isso,


quando ligado a esses elementos, tem nox positivo e sempre igual a +1. O hidrogênio é mais
eletronegativo que os metais; por isso, quando ligado a esses elementos, tem nox negativo e
sempre igual a -1.


A soma dos nox de todos os átomos de:


Uma molécula é igual a zero.
Um íon composto é igual à carga do íon.

O nox de qualquer elemento sob forma de substância simples é igual a zero. O nox máximo de
um elemento é igual ao número do grupo onde está o elemento na Tabela Periódica, com
exceção dos elementos do Grupo VIII B.
O nox mínimo é igual a (número do grupo - 8),no caso de o elemento ser um não-metal ou um
semimetal.
Nox e valência - O nox de um elemento na forma de um íon monoatômico é igual à sua
eletrovalência. O nox de um elemento na forma de molécula ou de íon composto não é
obrigatoriamente igual à sua valência. A valência, nesses casos, é dada pelo número de

26
27
ligações covalentes e dativas. Cada ligação covalente conta como uma unidade de valência,
e cada ligação dativa, como duas unidades de valência.
OXIRREDUÇÃO

Numa reação de oxirredução sempre há perda e ganho simultâneos de elétrons, pois os que são
perdidos por um átomo, íon ou molécula são imediatamente recebidos por outros. A perda de elétrons é
chamada de oxidação. O ganho de elétrons é chamado de redução.
Este processo de perda e ganho de elétrons alteram os números de oxidação dos elementos da
seguinte forma:

Na oxidação, o número de oxidação (Nox) do elemento aumenta (pois ele perde elétrons).

1. Na redução, o número de oxidação (Nox) se reduz ( pois o elemento ganha elétrons).

2. Redutores e oxidantes

O agente redutor é que provoca a redução, perdendo elétrons. Entretanto, perder elétrons
significa se oxidar pode dizer então que:

a. O agente redutor se oxida (ou sofre oxidação)


b. O agente oxidante provoca a oxidação, recebendo elétrons. O agente oxidante se
reduz (ou sofre redução)

Resumindo

Redução: ganho de elétrons ( diminuição de Nox)

Oxidação: perda de elétrons ( aumento de Nox)

Redutor: fornece elétrons e se oxida (Nox aumenta)

Oxidante: recebe elétrons e se reduz (Nox diminui)

O redutor reduz o oxidante

O oxidante oxida o redutor

Nem todas as reações são de oxirredução. Nas reações de oxirredução sempre ocorre alguma
mudança do número de oxidação de pelo menos dois elementos (o oxidante e o redutor).

Exemplo: H2O2 H2O + ½ O 2 (decomposição da água oxigenada)

Nas reações sem oxirredução, nenhum elemento sofre mudança no número de oxidação
(Nox).

Exemplo: SO2 + H2O H2SO3

27
28
Exemplos de oxidantes e redutores.

Processo de obtenção de água de cloro

O cloro reage com a água formando HCl e HClO, a solução resultante recebe o nome de água de
cloro:

Cl2 (g) + H2O (l) HCl (aq) + HClO (q)

O HClO é poderoso oxidante

Com soluções de hidróxidos, em vez de ácidos, formam-se os sais correspondentes.


Vejamos a reação com NaOH (aq)

Cl2 + 2 NaOH (aq) NaCl (aq) + NaClO (aq) + H2O (l)

Ou por etapas:

Cl2 + H2O HCl + HClO

HCl + NaOH NaCl + H2

HClO + NaOH NaClO + H2O

Cl2(g) + 2 NaOH (aq) NaCl (aq) + NaClO (aq) + H2O(l)

Esta é uma reação de auto – redução, pois parte do cloro se oxida e parte se reduz. O
cloro (Cl2) e o hipoclorito (ClO -) por serem agentes oxidantes, são utilizados como alvejantes e
desinfetantes. O cloro é utilizado como alvejante na fabricação do papel, raiom, algodão, linho e
como desinfetante na obtenção da água potável e nas piscinas. A ação batericida do cloro é
devida ao ácido hipocloroso que se forma por reação com a água e que tem uma ação fatal sobre
as bactérias.

Água oxigenada

a água oxigenada pode atuar como oxidante ou como redutora, exemplos:

como oxidante

H2O2 + SO3 2- H2O + SO4 2 -

Aqui ela oxida o SO4 2 - a SO32-

como redutora

H2O2 + MnO4 - + H+ Mn 2+ + O2 + H2O

Aqui ela reduz o MnO4- a Mn 2+

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Água oxigenada

É um composto pouco estável, decompondo –se facilmente em água e oxigênio.

2H 2O2 H2O + O2

A decomposição é facilitada pela ação da luz (por isso a água oxigenada é guardada em
frascos escuros).

Emprega-se água oxigenada com bactericida no tratamento de feridas, pois o oxigênio


nascente liberado destrói as bactérias:

H2O2 H2O + [O]

A água oxigenada encontrada no comércio constitui uma solução de água oxigenada, ou seja,
H2O2, dissolvida em água.

Funções Inorgânicas

Função química corresponde a um conjunto de substâncias que apresentam propriedades


químicas semelhantes. No século XVIII dizia-se que substância inorgânica (ou mineral) é a que se
origina dos minerais. Substância orgânica é a que se origina dos organismos vivos (vegetais e
animais).
Posteriormente, verificou-se que todas as substâncias orgânicas são as que contêm
carbono e substâncias inorgânicas (ou minerais) são as formadas pelos demais elementos
químicos. Nos dias de hoje, são conhecidas exceções; de fato, há compostos que se comportam
como substâncias inorgânicas, como CO, CO2, Na2CO3, KCN etc., mas, que contêm carbono em
sua estrutura. Devido as suas características essas substâncias são consideradas como
inorgânicas.
Função química corresponde a um conjunto de substâncias que apresentam propriedades
químicas semelhantes e que são denominadas funcionais.
Em função dessas propriedades podemos agrupar as substâncias em grupos aos quais
chamaremos de funções inorgânicas.
As principais funções inorgânicas são:
. Função ácida.
. Função base ou hidróxido.
. Função sal.
. Função óxido.

29
30
2 - DISSOCIAÇÃO E IONIZAÇÃO

Para compreender os conceitos das funções deveremos distinguir os fenômenos de


ionização e dissociação.
Observe o fenômeno:

H – Cl + H2O H3O + + Cl –

Devido à diferença de eletronegatividade entre os átomos de hidrogênio e cloro a ligação


covalente é quebrada produzindo íons. Este fenômeno chama-se ionização.
A ionização ocorre com alguns compostos moleculares.

Veja agora o fenômeno:

NaCl + H2O Na + (aq) + Cl – (aq)

Neste fenômeno os íons apenas são separados. O fenômeno será denominado de


dissociação.
A dissociação ocorre com os compostos iônicos.

Grau de ionização ou dissociação (a)

Quando as espécies químicas estão em solução aquosa, nem todas sofrem ionização ou
dissociação. A porcentagem de espécies que sofrem estes fenômenos é dada pelo grau de
ionização ou dissociação.

nº de moléculas ionizadas (ni)


a = __________________________
nº de moléculas dissolvidas (n)

3 – ÁCIDOS
Ácido, segundo Arrhenius (1887), é toda substância que, em solução aquosa, libera única e
exclusivamente íons H+ . Um exemplo é o ácido clorídrico, de fórmula HCl:
HCl H+ + Cl –
Alguns anos mais tarde, em 1923, Brønsted e Lowry propuseram a idéia de que ácido é
uma substância que pode ceder prótons (íons H+).
Esta última definição, generaliza a teoria de ácidos de Arrhenius. A teoria de Brønsted e
Lowry de ácidos também serve para dissoluções não aquosas; as duas teorias são muito
parecidas na definição de ácido, mas a de Brønsted-Lowry é muito mais geral.
Lewis em 1923 ampliou ainda mais a definição de ácidos, teoria que não obteve
repercussão até alguns anos mais tarde. Segundo a teoría de Lewis um ácido é aquela espécie
química que, em qualquer meio, pode aceitar um par de elétrons. Desta forma incluem-se
substâncias que se comportam como ácidos, mas não cumprem a definição de Brønsted e Lowry,
sendo denominadas ácidos de Lewis. Visto que o protão, segundo esta definição, é um ácido de
Lewis ( tem vazio o orbital 1s, onde pode alojar-se o par de elétrons), pode-se afirmar que todos

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os ácidos de Brønsted-Lowry são ácidos de Lewis, e todos os ácidos de Arrhenius são de
Brønsted-Lowry.
Exemplos de ácidos de Brønsted e Lowry: HCl, HNO3, H3PO4 - se doarem o H+ durante a
reação. Se estiverem em solução aquosa também são ácidos de Arrhenius. Exemplos de ácidos
de Lewis: Ag+, AlCl3, CO2, SO3 – se receberem par de elétrons.
Atualmente,sabe se que a definição Arrhenius não é rigorosamente correta. Na verdade, em
solução aquosa, o cátion H+ se uno a uma molécula de água formando o íon H3O+, chamado
hidrônio ou hidroxônio:
H+ + H2O H3O+
Características dos ácidos:
A palavra "ácido" é originária do termo em latim acidu, que significa "azedo", e apresentam
as seguintes características:
 Sabor azedo
 Formam soluções aquosas condutoras de eletricidades
 Mudam de cor com certas substâncias ( indicadores de ácidos )
 Desidratam a matéria orgânica
 Neutralizam bases formando sal e água.
Classificação:
Quanto a presença de oxigénio:
 Hidrácidos: sem oxigênio.
Ex: HCl, HBr e H2S.
 Oxiácidos: com oxigênio.
Ex: HNO3 , H2SO4 e H3 PO4.
Quanto a volatilidade:
Todo composto iônico é não-volátil. Portanto, os sais e os hidróxidos metálicos são não-voláteis.
 Principais ácidos voláteis:
HF, HCl, HBr, HI, H2S, HCN, HNO2, HNO3 e CH3-COOH.
 Principais ácidos fixos ou não-voláteis:
H2SO4 e H3PO4.
A única base volátil é o hidróxido de amônio.
Quanto à força:
Um ácido forte é aquele que se ioniza completamente na água, isto é, libera íons H+,
porém não os recebe. O exemplo anterior (ácido clorídrico) é um ácido forte. Outro é o ácido nítrico .
Um ácido fraco também libera íons H+ , porém parcialmente, estabelecendo um equilíbrio
químico. A maioria dos ácidos orgânicos são deste tipo, e também alguns sais como o cloret o de
alum ínio .
HAc H+ + Ac- ( em solução aquosa )
Neste caso HAc equivale ao ácido acético, e a seta dupla indica o equilíbrio

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Figura 1: Um parafuso, contendo ferro em sua composição e um fio de cobre mergulhados


em ácido clorídrico. O ácido clorídrico não reage com o fio de cobre.
 Ácidos fortes, quando a ionização ocorre em grande extensão.
Exemplos: HCl, HBr, HI . Ácidos HxEOy, nos quais (y - x) ³ 2, como HClO4, HNO3 e
H2SO4.
 Ácidos fracos, quando a ionização ocorre em pequena extensão.
Exemplos: H2S e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 0, como HClO, H3BO3.
 Ácidos semifortes, quando a ionização ocorre em extensão intermediária.

Exemplos: HF e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 1, como H3PO4, HNO2, H2SO3.

Exceção: H2CO3 é fraco, embora (y - x) = 1.


N é o número de moléculas que foram ionizadas pelo número total de moléculas. Força:
Forte: Grau de ionização acima de 50%.
Semi-forte: Grau de ionização entre 5% a 50%.
Fraco: Grau de ionização abaixo de 5%.

Quanto ao número de grupos funcionais (H+):

Monopróticos: H2SO4, H3PO4, H3BO3, H3PO3


Dipróticos: H2S, H2Cr2O7, H2MnO4, H3PO3, etc

Quanto ao grau de hidratação:

Orto: Ácido hidratado: H3PO4 (Fosfórico)


Meta: Ácido menos uma molécula de água: H3PO4 - H2O = HPO3 (Metafosfórico)
Piro: 2 ácidos menos uma molécula de água: 2 H4PO4 - H2O = H4P2O7 (Pirofosfórico)

Nomenclatura dos Ácidos

Hidrácidos:

Nos ácidos sem oxigênio a nomenclatura é bem simples, é só seguir a regra abaixo:
Ácido ................................. ídrico
nome do elemento

Os nomes dos hidrácidos são formados acrescentando-se a terminação ídrico às primeiras


letras do nome do elemento químico.
Exemplos:
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HCl – ácido clorídrico
HBr – ácido bromídrico
HI – ácido iodídrico
Oxiácidos:

Os nomes dos ácidos com oxigênio são dados a partir das reações de ionização dos
mesmos:
Reação de ionização do ácido H2CO3.
H2CO3 2 H+ + CO3-2
-2
O ânion CO3 é denominado de carbonato, a partir desse nome estabelece uma
comparação seguindo o quadro abaixo:

Ânions Sufixo
ITO oso
ATO ico
Tabela 1: Sufixos para Oxiácidos.

Como a terminação de carbonato é ATO, a nomenclatura para o ácido da qual deriva


este ânion será Ácido carbônico (sufixo – ico).

H2CO3 2 H+ + CO3-2
Ácido carbônico Carbonato
Em função do NOX:
NOX Elemento Nome do Ácido
-1, -2 Elemento + ÍDRICO
+1 HIPO + Elemento + OSO
+3, +4 Elemento + OSO
+5, +6 Elemento + ICO
+7 PER + Elemento + ICO

Tabela 2: Nomenclatura em função do NOX.


Exceções:

B e C, quando ligados a: O2 = OSO


O3 = ICO
H2PO3=META
H3PO4=ORTOFosfórico
H4P2O7 = PIRO

Uso de alguns ácidos importantes:

Bateriaautomotiva
H2SO4 Catalisador
Desidratante
Mede o nível de industrialização de um país.

HCl- Ácido estomacal


HF – Ácido usado por vidraceiros
HCN – Ácido presente nas câmaras de gás
HClO - Água sanitária (clorofina)
H2CO3 - Bebidas gasosas
H2S - Ovos podres
CH3COOH - Vinagre
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Fórmula Nome Fórmula Nome


HAlO2 Ácido Alumínico HIO4 Ácido Periódico
H3BO3 Ácido Bórico H2MnO4 Ácido Mangânico
HBrO2 Ácido Bromoso HMnO4 Ácido Permangânico
H2CO3 Acído Carbônico HNO2 Ácido Nitroso
HCN Ácido Cianídrico HNO3 Ácido Nítrico
HClO Ácido Hipocloroso H2PO2 Ácido Metafosfórico
HCl Ácido Clorídrico H3PO4 Ácido (Orto)fosfórico
HCrO4 Ácido Crômico H4P2O7 Ácido Pirofosfórico
H2CrO7 Àcido Dicrômico H2S Ácido Sulfídrico
HF Ácido Fluorídrico H2SO3 Ácido Sulfuroso
HFO3 Ácido Fluórico H2SO4 Ácido Sulfúrico
HI Ácido Iodídrico H2ZnO2 Ácido Zíncico
Tabela 3: Fórmula e nome de alguns ácidos.
4 – BASES
Segundo Svante Arrhenius, uma base (também chamada de álcali) é qualquer substância
que libera única e exclusivamente o ânion OH– (íons hidroxila ou oxidrila) em solução aquosa.
Soluções com estas propriedades dizem-se básicas ou alcalinas.
NaOH Na+ + OH-

Figura 2: Hidróxido de Sódio (NaOH)


As bases possuem baixas concentrações de ions H+ sendo considerado base as soluções
que têm pH acima de 7. Possuem sabor adstringente (ou popularmente, cica) e são empregadas
como produtos de limpeza, medicamentos (antiácidos) entre outros.
Muitas bases, como o hidróxido de magnésio (leite de magnésia) são fracas e não trazem
danos. Outras como o hidróxido de sódio (NaOH ou soda cáustica) são corrosivas e sua
manipulação deve ser feita com cuidado. Quando em contato com o papel tornassol vermelho
apresentam a cor azul-marinho ou violeta.
Em 1923, o químico dinamarquês Johannes Nicolaus Brønsted e o inglês Thomas Martin
Lowry propuseram a seguinte definição: Uma base é um aceitador de prótons (íon hidrônio H+)
Mais tarde Gilbert Lewis definiu como base qualquer substância que doa pares de elétrons
não ligantes, numa reação química - doador do par electrônico.
As bases neutralizam os ácidos, segundo conceito de Arrhenius, formando água e um sal:
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H2SO4 + Ca(OH)2 2 H2O + CaSO4


(ácido sulfúrico + hidróxido de cálcio = água + sulfato de cálcio)
HCl + NaOH H2O + NaCl
(ácido clorídrico + hidróxido de sódio = água + cloreto de sódio)

Características gerais das bases:


 Apresentam sabor caustico;
 Estriam a matéria orgânica;
 Deixam vermelha a solução alcoólica de fenolftaleína;
 Neutralizam ácidos formando sal e água;
Algumas bases (álcalis) conhecidas:

 Soda Cáustica(NaOH)
 Leite de magnésia (Mg(OH)2)
 Cal hidratada (apagada) (Ca(OH)2)
 Cloro de piscina
 Água do mar (devido aos sais e outras substâncias diluídas nessa água, ela apresenta um
pH relativamente alto, pois isso a torna básica)
 Banana verde
 Antiácidos em geral
 Produtos de limpeza
 Amônia (NH3)
 Sabão (todos) e detergente
Classificação
Quanto ao número de hidroxilas:

Monobases (1 OH-): NaOH, KOH, NH3OH


Dibases (2 OH-): Mg(OH)2, Ca(OH)2, Fe(OH)2, Ba(OH)2
Tribases (3 OH-): Al(OH)3, Fe(OH)3
Tetrabases (4 OH-): Sn(OH)4, Pb(OH)4
Quanto ao grau de dissociação:
Bases fortes: São as que dissociam muito. Em geral os metais alcalinos e alcalino-
terrosos formam bases fortes (família IA e IIA da Tabela periódica). Porém, o hidróxido de Berílio e
o hidóxido de Magnésio são bases fracas.
Bases fracas: São as bases formadas pelos demais metais e o hidróxido de amônio, por
terem caráter molecular

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Quanto à solubilidade em água:
Solúveis: Todas as bases formadas pelos metais alcalinos são solúveis. Podemos citar
também o hidróxido de amônio, que apesar de ser uma base fraca, é solúvel.
Pouco solúveis: São as bases formadas pelos metais alcalino-terrosos em geral.
Insolúveis: As demais bases. Vale lembrar sempre alguma parcela dissolve, mas chama-
se insolúvel quando essa quantidade é insignificante em relação ao volume total.
Nomenclatura das bases
Há duas maneiras de se dar nome às bases:
1ª maneira:
Hidróxido de ..................................
Nome do Elemento
NaOH - Hidróxido de Sódio
Fe(OH)2 - Hidróxido de Ferro II
Fe(OH)3 - Hidróxido de Ferro III
Algarismo romano indicando o Nox do cátion, opcionalmente entre parêntesis.
2ª maneira:
A partir do NOX estabelece a nomenclatura conforme o a tabela abaixo

Nox Sufixo
Menor oso
Maior ico
Tabela 4: Sufixos para Hidróxidos.
Fe(OH)2 - hidróxido ferroso
Fe(OH)3 - hidróxido férrico

5 – SAIS

Em química, um sal é um composto iônico, ou seja, formado por cátions e ânions. Eles são
tipicamente o produto de uma reação química entre:
Uma base e um ácido: forma-se um sal e água.
2 NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + 2H2O
Um metal e um ácido: forma-se um sal e hidrogênio.
Mg + H2SO4 → MgSO4 + H2
Um óxido ácido e um óxido básico: forma-se um sal.
CO2 + CaO → CaCO3
Os íons que formam os sais podem ser monoatómicos (como o ânion fluoreto, F- ou o
cátion cálcio, Ca2+) ou poliatómicos (como o ânion sulfato, SO4 2-). Podem ainda ser inorgânicos
(como o já referido sulfato) ou orgânicos (como o ânion acetato, CH3COO-).
Em geral, os sais formam cristais. São frequentemente solúveis em água, onde os dois
íons se separam. Os sais em geral têm um alto ponto de fusão, reduzida dureza e pouca
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compressibilidade. Se fundidos ou dissolvidos em água, conduzem electricidade, pois
dissociam-se nos seus íons constituintes, passando estes a funcionar como electrólitos.
O sal mais popularmente conhecido é o cloreto de sódio, vulgarmente conhecido como "sal
comum" ou "sal da cozinha", por ser largamente utilizado na alimentação humana.

Figura 3: Cloreto de Sódio ( NaCl ) cobrindo o Bequer


A neutralização dos ácidos pelas bases pode ser total ou parcial, dando origem a sais ácidos ou
básicos
Características gerais das sais:
 Apresentam sabor salgado;
 Conduzem corrente elétrica quando estão em solução;
 Os sais reagem com ácidos, com hidróxidos, com outros sais e com metais;
Nomenclatura e Formulação
A fórmula química de um sal é sempre representada usando em primeiro lugar o cátion e
depois o ânion que o compõem.
Um sal é designado juntando o nome do ânion e o nome do cátion que o constituem, por
esta ordem. O ânion toma um nome de acordo com a terminação do nome do ácido que lhes dá
origem:

Terminação Terminação do
Exemplo de ânion Exemplo de sal
do ácido ânion

ácido clorídrico (HCl) → cloreto cloreto de sódio


-ídrico -eto
(Cl-) (NaCl)

ácido fosfórico (H3PO4) → fosfato fosfato de magnésio


-ico -ato
(PO43-) (Mg3(PO43-)2)

ácido sulfuroso (H2SO3) → sulfito


-oso -ito sulfito de potássio
(SO32-)

Tabela 5: Nomenclatura dos Sais(Ânion).

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Usando a regra do NOX
A terminação do nome do ânion depende do número de oxidação do seu átomo central:
Nome do ácido Número de oxidação Ânion (átomo central)

hipo...oso +1, +2 hipo...ito

...oso +3, +4 ...ito

...ico +5, +6 ...ato

per...ico +7 per...ato

Tabela 6: Nomenclatura dos Sais (NOX)


Sais neutros ou normais:
São obtidos por neutralização total (H+ions = OH-):
H2CO3 + Ca(OH)2  CaCO3 + 2 H2O
2 NaOH + H2SO4  NaSO4 + 2 H2O
Sais Ácidos e Sais Básicos:
São obtidos por neutralização parcial (H+ions ≠ OH-):
H2CO3 + NaOH  NaHCO3 + H2O
Sal ácido ou hidrogenossal
HCl + Mg(OH)2  Mg(OH)Cl + H2O
Sal básico ou hidróxissal
Classificação: Quanto à Presença de Oxigênio
 Oxissais : CaSO4 , CaCO3 , KNO3
 Halóides: NaCl , CaCl2 , KCl
Quanto ao Número de Elementos
 Binários: NaCl , KBr , CaCl2
 Ternários: CaSO4 , Al2(SO4)3
 Quaternários: NaCNO , Na4Fe(CN)6
Quanto à Presença de Água
 Hidratados: CuSO4.5 H2O; CaSO4.2 H2O
 Anidro: KCl; NaCl; CaSO4
Quanto à Natureza
 Neutros ou normais: NaBr; CaCO3
 Ácidos ou Hidrogenossais: NaHCO3; CaHPO4
 Básicos ou Hidroxissais: Ca(OH)Br
 Duplos ou mistos: NaKSO4; CaClBr

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6 – ÓXIDOS
Um óxido é um composto químico binário formado por átomos de oxigênio com outros
elementos. Os óxidos constituem um grande grupo na química pois a maioria dos elementos
químicos formam óxidos. Alguns exemplos de óxidos com os quais convivemos são: ferrugem
(óxido de ferro III), gás carbônico (óxido de carbono IV ou dióxido de carbono), cal (óxido de
cálcio).
Nos óxidos, o elemento mais eletronegativo deve ser o oxigênio. Os compostos OF2 ou
O2F2 não são óxidos pois o flúor é mais eletronegativo que o oxigênio. Estes compostos são
chamados fluoretos de oxigênio.
Óxidos Básicos:
Definição:
São óxidos em que o elemento ligado ao oxigênio é um metal com baixo número de
oxidação (+1 e +2, exceto Pb, Zn, As, Sb e Sn, os quais formam sempre óxidos anfóteros). Os
óxidos de caráter mais básico são os óxidos de metais alcalinos e alcalino-terrosos. Os óxidos
básicos possuem estrutura iônica devido à diferença de eletronegatividade entre o metal (que é
baixa) e o oxigênio (que é alta), por terem este caráter iônico apresentam estado físico sólido.
Alguns exemplos:
 Na2O - óxido de sódio
 CaO - óxido de cálcio (cal viva)
 BaO - óxido de bário (barita)
 CuO - óxido de cobre(II) (óxido cúprico)
 Cu2O - óxido de cobre(I) (óxido cuproso/cuprita)
 FeO - óxido de ferro(II) (óxido ferroso
Reações:
Reagem com a água formando uma base e com ácidos formando sal e água
(neutralizando o ácido)O cálculo do nox em alguns casos ajuda a dar a nomenclatura do
elementos. Exemplos:
 Na2O + H2O 2NaOH
 K2O + H2O 2KOH
 CaO + H2O Ca(OH)2
 FeO + H2O Fe(OH)2
 Na2O + 2HNO3 2NaNO3 + H2O
 Cu2O + 2HCl 2CuCl + H2O
 CaO + H2SO4 CaSO4 + H2O
 3FeO + 2H 3PO4 Fe3(PO4)2 + 3H2O

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Óxidos Ácidos ou Anidridos:
Definição:
São óxidos em que o elemento ligado ao oxigênio é um ametal ou metal com alto número
de oxidação (nox +5 +6 +7) . Possuem estrutura molecular, pois a diferença de eletronegatividade
entre o oxigênio e o outro elemento não é tão grande. Resultam da desidratação dos ácidos e, por
isso, são chamados anidridos de ácidos. Alguns exemplos:
CO2 óxido de carbono IV ou dióxido de (mono)carbono ou anidrido carbônico
SO2 óxido de enxofre IV ou dióxido de (mono)enxofre ou anidrido sulfuroso.
SO3 óxido de enxofre VI ou trióxido de (mono)enxofre ou anidrido sulfúrico.
Cl2O óxido de cloro I ou monóxido de dicloro ou anidrido hipocloroso.
Cl2O7 óxido de cloro VII ou heptóxido de dicloro ou anidrido perclórico.
SiO2 óxido de silício ou dióxido de (mono)silício ou anidrido silícico.
MnO3 óxido de manganês VI ou trióxido de (mono)manganês ou anidrido mangânico.
Mn2O7 óxido de manganês VII ou heptóxido de dimanganês ou anidrido
permangânico.
Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+1 e +2) prefixo HIPO + sufixo OSO
Exemplo: Anidrido Hipoiodoso I2O NOX do Iodo = +1
Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+3 e +4) + sufixo OSO
Exemplo: Anidrido Iodoso I2O3 NOX do Iodo = +3
Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+5 e +6) + sufixo ICO
Exemplo: Anidrido Iódico I2O5 NOX do Iodo = +5
Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+7) prefixo HIPER/PER + sufixo ICO
Exemplo: Anidrido Periódico I2O7 NOX do Iodo = +7
SO3 Anidrido Sulfúrico
SO2 Anidrido Sulfuroso
Exceção:
CO2 dióxido de carbono ou Anidrido Carbônico
Reações:
Reagem com água formando um ácido oxigenado e com bases formando sal e água
(neutralizando a base).
Exemplos:
 SO2 + H2O H2SO3
 P2O5 + 3H2O 2H3PO4
 N2O3 + H2O 2HNO2
 CO2 + H2O H2CO3
 SO2 + 2KOH K2SO3 + H2O
 P2O5 + 6LiOH 2Li3PO4 + 3H2O

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N2O3 + Ba(OH)2 Ba(NO2)2 + H2O
 CO2 + Ca(OH)2 CaCO3 + H2O
Óxidos Anfóteros:
Definição:
São óxidos de metais de transição e semi-metais, que apresentam número de oxidação
igual a 3+ ou 4+, capazes de reagir tanto com ácidos quanto com bases, fornecendo sal e água.
Por possuírem propriedades intermediárias entre os óxidos ácidos e os óxidos básicos, podem se
comportar como óxidos ácidos e como básicos. Dependendo do metal ligado ao oxigênio pode
haver predominância do caráter ácido ou básico. O caráter ácido do óxido aumenta à medida que
seu elemento formador aproxima-se, na tabela periódica, dos não-metais. O caráter básico do
óxido aumenta à medida que o elemento formador aproxima-se dos metais alcalinos e alcalino-
terrosos. A estrutura dos óxidos anfóteros pode ser iônica ou molecular. Alguns exemplos:
 SnO óxido de estanho II
 SnO2 óxido de estanho IV
 Fe2O3 óxido de ferro III
 ZnO óxido de zinco
 Al2O3 óxido de alumínio
Observação: Os óxidos de Pb, Zn, As, Sb e Sn, independente de seus números de
oxidação, são classificados como óxidos anfóteros.
Reações:
Reagem com ácidos formando sal e água (o metal do óxido torna-se o cátion do sal), e
com bases formando sal e água também (neste caso o metal formador do óxido torna-se o ânion
do sal). Exemplos:
 ZnO + H2SO4 ZnSO4 + H2O
 ZnO + 2KOH K2ZnO2 + H2O
 Al2O3 + 6HCl 2AlCl3 + 3H2O
 Al2O3 + 2NaOH 2NaAlO2 + H2O
Alguns dos ânions formados são:
 ZnO2-2 zincato
 AlO2 - aluminato
 SnO2-2 estanito
 SnO3-2 estanato
 PbO2-2 plumbito
 PbO3-2 plumbato
 AsO3-3 arsenito
 AsO4-3 arseniato

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Óxidos Neutros:
Definição:
São óxidos que não apresentam características ácidas nem básicas. Não reagem com
água, nem com ácidos, nem com bases. O fato de não apresentarem caráter ácido ou básico não
significa que sejam inertes. São formados por não-metais ligados ao oxigênio, e geralmente
apresentam-se no estado físico gasoso. Alguns exemplos:
CO óxido de carbono II
NO óxido de nitrogênio II
N2O óxido de nitrogênio I - veja Óxido nitroso
Óxidos Duplos ou Mistos:
Definição:
São aqueles que originam dois óxidos ao serem aquecidos.
Quando se reage um óxido duplo com um ácido, o produto formado é composto de dois
sais de mesmo cátion, mas com nox diferentes, e mais água. Alguns exemplos: Fe 3O4, Pb3O4,
Mn3O4.
Exemplo de reação: Fe3O4 +8HCl 2FeCl3 + FeCl2 + 4H2O
Peróxidos:
Definição:
São os óxidos formados por cátions das famílias dos metais alcalinos (1A) e metais
alcalinos terrosos (2A) e pelo oxigênio com nox igual a -1.
Um exemplo é o peróxido de hidrogênio (H2O2), componente da água oxigenada. Sua
aplicação se dá em cortes e feridas que correm o risco de infecção bacteriana. A degradação do
peróxido de hidrogênio pela enzima catalase libera oxigênio (O2) o que causa a morte de bactérias
anaeróbicas. Exemplos:
 Na2O2
 BaO2
Superóxidos:
São associações de uma molécula de O2 (oxigênio atômico) com uma de O2-2 (peróxido),
assim, o oxigênio tem nox igual a -1/2.
Os ânions superóxidos são altamente reativos e têm capacidade de cindir outras moléculas
à medida que entram em contato. Normalmente as mitocôndrias têm esses ânions sob controle.
Se algum sai para o citoplasma celular, há uma quantidade de reações químicas protetoras que
podem ser ativadas para absorvê-los e prevenir algum dano celular.
Óxidos de Metais:
Óxido de [Nome do Metal], caso o cátion apresente somente uma carga.
 Na2O Óxido de sódio
 ZnO Óxido de zinco

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Al2O3 Óxido de alumínio
Caso o elemento apresente mais de uma carga(quando não tiver nox fixo), poderemos
utilizar Óxido de [nome do elemento] + carga do elemento.
 Fe2O3 Óxido de ferro III
 SnO2 Óxido de estanho IV
Pode-se também fazer uso dos sufixos ico (maior Nox) e oso (menor Nox), para o caso do
elemento apresentar duas cargas.
 Fe2O3 Óxido férrico
 FeO Óxido ferroso
 Cu2O Óxido cuproso
 CuO Óxido cúprico
 SnO Óxido estanoso
 SnO2 Óxido estânico
Óxidos de Ametais
[Mono, Di, Tri...] + Óxido de [(Mono), Di, Tri] + [Nome do Ametal]
SO3 Trióxido de (Mono)Enxofre
N2O5 Pentóxido de Dinitrogênio

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REAÇÕES QUÍMICAS

A queima de uma vela, a obtenção de álcool etílico a partir de açúcar e o enferrujamento


de um pedaço de ferro são exemplos de transformações onde são formadas substâncias com
propriedades diferentes das substâncias que interagem. Tais transformações são chamadas
reações químicas. As substâncias que interagem são chamadas reagentes e as formadas de
produtos.

No final do século XVIII, estudos experimentais levaram os cientistas da época a concluir


que as reações químicas obedecem a certas leis. Estas leis são de dois tipos:

 leis ponderais: tratam das relações entre as massas de reagentes e produtos que
participam de uma reação;
 leis volumétricas: tratam das relações entre volumes de gases que reagem e são
formados numa reação.

Definição da reação química e porque ela é importante para o corpo humano

As reações químicas envolvem a formação ou o rompimento de ligações entre átomos.


Estas reações ocorrem continuamente em todas as células de seu corpo. As reações químicas
são os meios pelos quais as estruturas corporais são construídas e as funções corporais
executadas. Após uma reação química, o número total de átomos permanece o mesmo, mas, por
causa do rearranjo que ocorre entre os átomos, existem novas moléculas com novas
propriedades. Esta seção enfoca as reações químicas básicas, comuns a todas as células vivas.

REAÇÕES DE SÍNTESE

Quando dois ou mais átomos, íons ou moléculas combinam-se para a formação de


moléculas novas e maiores, o processo é chamado de uma reação de síntese. A palavra
síntese significa "combinação", e as reações de síntese envolvem a formação de novas
ligações. As reações de síntese podem ser expressas como se segue:

Combinam-se para formar 


Átomo, B
AB
íon ou + Átomo, íon ou
Nova molécula AB
molécula molécula B
A
Um exemplo de reação de síntese é:


H2O
2H + O
Uma molécula de água

Reações de Decomposição

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O reverso de uma reação de síntese é a reação de decomposição. A palavra decompor
significa quebrar em partes menores. Em uma reação de decomposição, as ligações são desfeitas
(quebradas). As moléculas grandes são desdobradas em moléculas menores, átomos ou íons.
Uma reação de decomposição ocorre da seguinte maneira:

Decompõe-se em 
B
B A
+ Átomo, íon ou
molécula AB Átomo, íon ou molécula A
molécula B
Sob condições apropriadas, o metano pode-se decompor em carbono e hidrogênio:
2H2
de 
CH4
C Quatro
Uma molécula +
Um átomo de carbono átomos de
metano
hidrogênio

Energia e Reações Químicas

Energia química é a energia liberada ou absorvida na quebra ou na formação de ligações


químicas. Quando uma ligação química é formada, é requerida energia. Quando uma ligação
química é quebrada, uma quantidade de energia é liberada. Em outras palavras, as reações de
síntese necessitam de energia e as reações de decomposição liberam energia.

Os processos de construção do corpo - a formação de ossos, o crescimento do cabelo e


das unhas, a reposição de células danificadas - ocorrem basicamente através das reações de
síntese. O desdobramento de alimentos, por outro lado, ocorre por meio das reações de
decomposição, que liberam energia que pode ser utilizada nos processos de construção do corpo.
Como você verá mais adiante, a energia das reações de decomposição é armazenada em uma
molécula chamada de ATP (trifosfato de adenosina) até que seja necessária para o corpo no
futuro. Então, quando se necessita energia para as reações de síntese, ela é fornecida pela
quebra do ATP.

Compostos Químicos e Processos Vitais

A maior parte dos componentes químicos do corpo existe na forma de compostos, que são
divididos em duas classes principais: inorgânicos e orgânicos. Os compostos inorgânicos são
freqüentemente pequenos, em geral não apresentam átomos de carbono, e muitos contêm
ligações iônicas. Eles incluem água, oxigênio, dióxido de carbono e muitos ácidos, bases e sais.
Os compostos orgânicos sempre contêm carbono e são mantidos unidos principalmente, ou
totalmente, por ligações covalentes. Compostos orgânicos no corpo incluem carboidratos, lipídios
(tais como triglicerídeos ou gorduras), proteínas, ácidos nucléicos e trifosfato de adenosina.
Ambos, compostos orgânicos e inorgânicos, são essenciais para as funções vitais.

Compostos Inorgânicos

Funções da água e dos ácidos, das bases e dos sais inorgânicos.

Água:

Uma das substâncias inorgânicas mais abundantes no organismo humano é a água. Em


um homem adulto médio, a água constitui aproximadamente 60% do peso corporal. Com raras

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exceções, a água compõe a maior parte do volume das células e dos fluidos do corpo. As
seguintes propriedades da água explicam porque ela é um componente tão vital:

1. A água é um excelente solvente e meio de suspensão. Um solvente é um líquido ou


gás no qual algum outro material, chamado de soluto, foi dissolvido. A combinação de
solvente e soluto é chamada de solução. A água é o solvente que carrega nutrientes,
oxigênio e resíduos através do corpo. A água é também vital à sobrevivência como um
meio de suspensão. Muitas moléculas orgânicas grandes são suspensas na água das
células corporais, o que lhes permite entrar em contato com outros componentes
químicos, proporcionando a ocorrência das reações químicas essenciais.
2.
2. A água pode participar de reações químicas. Na digestão, a água auxilia na quebra
de moléculas grandes de nutrientes. As moléculas de água também fazem parte de
reações de síntese que produzem hormônios, enzimas e nutrientes tais como
carboidratos, lipídios e proteínas.
3. A água absorve e libera calor muito lentamente. Em comparação com outras
substâncias, a água requer um grande aporte de calor para aumentar sua temperatura
e uma grande perda de calor para diminuir sua temperatura. Assim, a grande
quantidade de água no corpo modera os efeitos de flutuações das temperaturas
ambientais, auxiliando, desse modo, na manutenção da homeostase da temperatura
corporal.

4. A água requer uma grande quantidade de calor para se transformar de um líquido em um


gás. Quando a água se evapora da pele (transpiração), ela leva consigo uma grande
quantidade de calor, sendo isto um excelente mecanismo para o resfriamento corporal.
5. A água serve como um lubrificante. É o componente preponderante da saliva, dos mucos e
outros fluidos lubrificantes. A lubrificação é especialmente necessária no tórax e no abdome,
onde os órgãos internos se tocam e deslizam uns sobre os outros, e nas articulações, onde os
ossos, os ligamentos e os tendões se atritam uns sobre os outros.

Ácidos, Bases e Sais lnorgânicos.

Quando moléculas de ácidos, bases ou sais inorgânicos se dissolvem na água das células
do corpo, elas sofrem ionização ou dissociação, isto é, elas se dissociam em íons. Um ácido é
ionizado em um ou mais íons hidrogênio (H+) e em um ou mais ânions (íons negativos). Uma
base, em contraste, ioniza-se em um ou mais íons hidróxido (OH-) e um ou mais cátions (íons
positivos). Um sal, quando dissolvido em água, ioniza-se em cátions e ânions, nenhum dos quais
é H+ ou OH- . Ácidos e bases reagem entre si para formar sais. Por exemplo, a combinação de
ácido clorídrico (HCI), um ácido e hidróxido de potássio (KOH), uma base, produz cloreto de
potássio (KCI), um sal e água (H2O) Esta reação ocorre como se segue:

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RESUMO: TIPOS DE REAÇÃO


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HCl KOH KCl + H2O
+
Ácido Base Sal água --

Ácidos, bases e sais . (a) Quando colocados em água, o ácido clorídrico (HCl) ioniza-se
em H+ e Cl. (b) Quando a base hidróxido de potássio(KOH) é colocada em água, ela se ioniza em
OH- e K+. (c) Quando o sal cloreto de potássio (KCl) é colocado em água, ele se ioniza em íons
positivo (K+) e negativo (Cl-), nenhum dois quais é H+ ou OH.

Ionização é a reparação de ácidos, bases e sais inorgânicos em íons dentro de uma


solução.

 Síntese ou adição:

aA + bB + ...  xX

 Decomposição ou análise:

xX  aA + bB +...

 Deslocamento:

AB + C  AC + B (Reatividade: C > B)

AB + C  CB + A (Reatividade: C > A)

 Metais com a água:


o Metais alcalinos fazem reação muito violenta (perigo!) com a água, mesmo a frio.
o Metais alcalino-terrosos fazem reação branda com a água, a frio.
o O magnésio faz reação muito lenta com a água fria; com a água quente é mais
rápida, porém branda.
o Os metais menos reativos que o Mg e mais reativos que o H só reagem com vapor
de água a alta temperatura.
o Os metais menos reativos que o H não reagem com a água em nenhuma condição.
o
 Reação de dupla troca:

AB + CD  AD + CB

A reação de dupla troca ocorre quando AD e/ou CB for:

1. menos solúvel
2. eletrólito mais fraco
3. mais volátil

que AB e/ou CD.

Solubilidade em agua

1. Regras de solubilidade em água:

 Os sais dos metais alcalinos e de amônio são solúveis .

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Os nitratos (NO3-) e os acetatos (CH3-COO-) são solúveis .
 Os cloretos (Cl-), os brometos (Br-) e os iodetos (I-), em sua maioria, são solúveis.
Principais exceções:
 PbCl2, AgCl, CuCl e Hg2Cl2  insolúveis
 PbBr2, AgBr, CuBr e Hg2Br2  insolúveis
 PbI2, AgI, CuI, Hg2I2 e HgI2  insolúveis
 Os sulfatos (SO42-), em sua maioria, são solúveis na água.
Principais exceções: CaSO4, SrSO4, BaSO4 e PbSO4  insolúveis
 Os sulfetos (S2-) e hidróxidos (OH-), em sua maioria, são insolúveis na água.
Principais exceções: Sulfetos dos metais alcalinos e de amônio  solúveis
Sulfetos dos metais alcalino-terrosos  solúveis
 Os carbonatos (CO32-), os fosfatos (PO43-) e os sais dos outros ânions não mencionados
anteriormente, em sua maior parte, são insolúveis na água.
Exceções: Os sais dos metais alcalinos e de amônio são solúveis.

2. Indícios de ocorrência de uma reação

 mudança de coloração no sistema e/ou


 liberação de gás (efervescência) e/ou
 precipitação (formação de composto insolúvel) e/ou
 liberação de calor (elevação da temperatura do sistema reagente).

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Exercícios para Estudo sobre Classificação das Reações Químicas

1) P4 + 5 O2 2 P2O5

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

2) 8 H2S + 8 Cl2 S8 + 16 HCl

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

3) 6 H3BO3 H4B6O11 + 7 H2O

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

4) 2 N2 + O2 2 N2O

( ) Síntese. ( ) Decomposição. ( ) Simples troca. ( ) Dupla troca

5) 2 Au2O3 4 Au + 3 O2

( ) Síntese. ( ) Decomposição. ( ) Simples troca. ( ) Dupla troca

6) 3 Ca + 2 AlCl3 3 CaCl2 + 2 Al

( ) Síntese. ( ) Decomposição. ( ) Simples troca. ( ) Dupla troca

7) 3 BaCl2 + Al2(SO4)3 3 BaSO4 + 2 AlCl3

( ) Síntese. ( ) Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

8) CaBr2 + 2 AgNO3 2 AgBr + Ca(NO3)2

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

9) 2 Al + 3 H2SO4 Al2(SO4)3 + 3 H2

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

10) 2 HCl + Ca(OH)2 CaCl2 + 2 H2O

( ) Síntese. ( )Decomposição. ( )Simples troca. ( ) Dupla troca

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Conceitos de Potencial Hidrogeniônico, pH, das soluções aquosas

pH = 1  pH = log ([H3O+ ])-1  pH = - log [H3O+ ]


log [H3O+ ]
ou pH = - log [H+ ]

Relação entre pH e pOH nas soluções aquosas a 25°C

Sabemos que para a água pura:

Kw = [H3O+ ]eq . [ OH- ]eq e que a 25°C e 1 atm : Kw= 10 –14


então:

[H3O+ ]eq . [ OH- ]eq = 10 –14 se multiplicarmos por (- log), temos:

-log ([H3O+ ]eq . [ OH- ]eq) = -log 10 –14


 - log [H3O+ ] + - log [OH- ] = 14  pH + pOH = 14

pH pOH

Variação de pH e pOH das soluções aquosas a 25°C e 1 atm:

Se adicionar ácido à água pura, teremos:

* [H3O+ ]eq  10 -7 (- log )  - log [H3O+ ]eq < - log 10 –7  pH (soluções ácidas) < 7

* [ OH- ]eq < 10 -7 (- log )  - log [OH- ]eq > - log 10 –7  pOH (soluções ácidas) > 7

Se adicionar base ou álcalis à água pura, teremos:

* [H3O+ ]eq < 10 -7 (- log )  - log [H3O+ ]eq > - log 10 –7  pH (soluções básicas ou alclinas) > 7

* [ OH- ]eq > 10 -7 (- log )  - log [OH- ]eq < - log 10 –7


 pOH (soluções básicas ou alcalinas) <7

pH 0 7 14

Faixa de pH das soluções aquosas: ÁCIDO BÁSICO ou ALCALINO

[H3O+ ] 1M (100 M) 10- 7 M 10-14 M

[OH- ] 10-14 M 10- 7 M 1M (100 M)

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Produto Iônico da Água, Kw

NEUTRO

Seja a ionização da água pura a 25°C e 1atm:

2H2O(l) H3O+(aq) + OH- (aq) Ki = [H3O+ ]eq [ OH- ]eq

No equilíbrio: [ ] = cte 10 -7 M 10-7M [H2O]eq

Onde: [H2O]eq = constante pois é um líquido puro, então:

Ki [H2O]eq =[H3O+ ]eq . [ OH- ]eq = constante = Kw (Produto Iônico da Água )

 Kw = [H3O+ ]eq [ OH- ]eq Ou Kw = [H+ ]eq [ OH- ]eq

Portanto, para a água pura, a 25°C e 1 atm, temos:

[H3O+ ]eq = [ OH- ]eq = 10 -7 M  Kw = [H3O+ ]eq [ OH- ]eq Kw= (10 -7 ). (10 -7 ) Kw= 10–14 .

Potencial Hidrogeniônico, pH, das soluções aquosas

pH = 1  pH = log ([H3O+ ])-1  pH = - log [H3O+ ]

log [H3O+ ]

ou pH = - log [H+ ]

Relação entre pH e pOH nas soluções aquosas a 25°C.

Sabemos que para a água pura:

Kw = [H3O+ ]eq . [ OH- ]eq e que a 25°C e 1 atm : Kw= 10 –14


então:

[H3O+ ]eq . [ OH- ]eq = 10 –14 se multiplicarmos por (- log), temos:

-log ([H3O+ ]eq . [ OH- ]eq) = -log 10 –14


 - log [H3O+ ] + - log [OH- ] = 14  pH + pOH = 14

pH pOH

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BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA
BÁSICA
 BRADY; HUMISTON, James E.; Humiston, Gerard E. Química geral. 2. ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 2006.
 BROWN, T.L., et Al. Química a Ciência Central. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
COMPLEMENTAR
 ALLINGER, Norman L. Química orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Ltr, 1996.
 BRUICE, P. Y. Química Orgânica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
 KOTZ, JOHN .; TREICHEL, PAUL; WEAVER, GABRIELA, C.; M. C. Química geral e
reações químicas. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
 RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: Markron, 2006.
 SOLOMONES, G. Química Orgânica. 8. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2005.

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ANEXO 1: TABELA PERIÓDICA

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