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Área do Conhecimento de Ciências Exatas e Engenharias

FBX 4006A Química geral

Ligação Interatômica

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Profa. Janaina da Silva Crespo
Ligação química

As ligações químicas ocorrem para que um átomo


adquira a configuração estável de 8 elétrons na camada de
valência. Para isto os elementos podem:

Receber, ceder ou compartilhar elétrons

As ligações químicas primárias são: iônica, covalente e


metálica.
Energia envolvida nas ligações químicas
Tipo de ligação presente nos materiais
Ligação iônica

• Os elétrons de valência são transferidos entre átomos (de diferentes


eletronegatividades alta e baixa) produzindo íons.
• A ligação iônica não é direcional = a atração é mútua.
• A ligação iônica é forte = (150-300 kcal/mol). O ponto de fusão dos
materiais com esse tipo de ligação é alto.
Ligação Covalente

• Os elétrons de valência são compartilhados (átomos de alta


eletronegatividade).
• A ligação covalente é direcional.
• A ligação covalente é forte (um pouco menos do que a ligação
iônica) = 125-300 kcal/mol.

Molécula de H2
Ligação covalente e os materiais

Diamante
Ligação covalente e os materiais

Poli(estireno)
Ligação covalente e os materiais

Borracha natural: produzida a


partir da seiva da seringueira
(Hevea brasiliensis).
Energia envolvida na formação/quebra de ligações covalente
GEOMETRIA MOLECULAR
DEPENDE:
❖ Disposição espacial dos núcleos dos átomos.
❖ Repulsão dos pares eletrônicos das ligações ou pares
livres dos átomos.
Obs. Toda molécula formada por dois átomos é sempre
linear.
Nuvens Eletrônicas
Quando se tratar de moléculas com três ou mais
átomos, considera-se uma nuvem eletrônica para os
casos:
❖ Ligação covalente simples
❖ Ligação covalente dupla
❖ Ligação covalente tripla
❖ Par de elétrons não ligante
GEOMETRIA
1 - Moléculas diatômicas são sempre lineares
Ex = H2, Cℓ2, HCl, HBr

2- Moléculas poliatômicas
A geometria é determinada pelo número de pares de elétrons
em torno do átomo central.
* Dois pares ligantes – Linear (180º): Ex = CO2

:Ö = C = Ö:

* Três pares ligantes – Trigonal plana (120º): Ex = SO3

Estruturas de ressonância
* Três pares ligantes – Trigonal plana (120º): Ex = BF3.
B completa valência com 6 elétrons: exceção a regra do octeto
Hibridização (mistura de orbitais para formar “novo”
orbital ligante): implica na possibilidade de novas
ligações as vezes com expansão da camada de
valência átomos a partir 3 período)
* Dois ligantes e um ou dois não ligante(s) – Angular plana
(~105º): Ex = SO2 (um não ligante), H2O (dois não ligantes)

* Quatro pares ligantes – Tetraédrica (109º28’): Ex = CH4


Hibridização (mistura de orbitais formando um “novo” orbital ligante) do
Carbono - sp3
* Três ligantes e um não ligante – Piramidal (~107º)
Ex = NH3

* Quatro ligantes e dois não ligantes – Quadrado Planar (90°)


Ex = [Cu(NH3) 4]2+ (compostos de coordenação)
* Cinco pares ligantes – Bipirâmide trigonal: Ex = PCℓ5
(P – expansão da camada de valência 10e- - átomos a partir do 3 período)

* Quatro pares ligantes e um não ligante – Gangora: Ex = SF4


* Três pares ligantes e dois não ligantes – Forma T: Ex = CℓF3
(Cl – expansão da camada de valência 10e-)

* Seis pares ligantes – Octaédrica:


Ex = SF6 (S – expansão da camada
de valência 12e-)
* Cinco ligantes e um não ligante - Pirâmide base quadrada
Ex = CℓF5
* Sete ligantes e um não ligante – Bipirâmide base pentagonal
Ex = IF7
Polaridade das Ligações

❖ Ligações covalentes: função da diferença de eletronegatividade


entre os átomos da ligação.
Eletronegatividade

F  O  N = Cl  Br  I = S = C  P = H  metais

Classificação:
- Apolar: formadas por átomos de eletronegatividade similares.
- Polar: formadas por átomos de eletronegatividade distintas.
Ligação covalente apolar:

H H
H2 →

Ligação covalente polar:

+ -
H Cl
HCl →
Polaridade das Ligações

H2 HCl NaCl
Polaridade das Moléculas

❖ Definição: acúmulo de cargas elétricas em regiões distintas da molécula, sua força


depende da polaridade das ligações e da geometria molecular.

❖ Momento dipolar: é o vetor que orienta a polaridade da ligação, pólo positivo para
o negativo.

❖ Momento dipolar resultante: vetor que define a polaridade da molécula,


soma dos vetores.
❖ Molécula Polar

❖ Molécula Apolar
Formação das micelas de sabão e
eliminação de vírus e bactérias
Ligações secundárias = Forças Intermoleculares
= Forças de van der Waals, J. H. (1837-1923)

10 kJ/mol
Forças Intermoleculares
Dipolo induzido-Dipolo induzido (Dispersão de London)

Neônio

Ex: N2, Cl2, CH4, C2H6

Eletronegatividade entre os átomos é similar:


moléculas apolares.
Íon - Dipolo
Dipolo permanente-Dipolo permanente
(Dipolo-Dipolo)

Ácido clorídrico HCl

2,1 3,0
Ex: HCl, CO, HCCl3

Eletronegatividade entre os átomos é diferente:


moléculas polares.
Ligação de hidrogênio: H ligado a F,O,N
DNA
Forças Intermoleculares
Ligação Metálica: teoria de Drude (1900)

• Os átomos envolvidos tem baixa eletronegatividade = metais com


1e-, 2e- ou 3e- de valência).
•Os elétrons de valência não se encontram ligados a qualquer átomo
em particular e estão “livres” para se “movimentar” = conduzir,
formando um “mar ou nuvem de elétrons”.
•Os elétrons restantes e os núcleos atômicos, formam os núcleos
iônicos.
•A ligação metálica é forte (um pouco menos do que a ligação iônica
ou covalente) = 20-200 kcal/mol.
Ligação Metálica: teoria de Drude (1900)
Ligação Metálica:
teoria das bandas de condução
Ligação Metálica:
teoria das bandas de condução
Propriedades das substâncias-materiais

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