Você está na página 1de 6

INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DO

RIO DE JANEIRO
CAMPUS NILÓPOLIS

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PURAS

Disciplina: Química Orgânica Experimental I


Discente: Camila Lima
Prof.ª Luísa Marçal

Nilópolis
02/2024
Sumário

Introdução..................................................................................................................................2

Objetivo......................................................................................................................................2

Materiais e métodos...................................................................................................................2
Materiais....................................................................................................................................2
Métodos......................................................................................................................................3

Resultados e Discussão..............................................................................................................4

Conclusão...................................................................................................................................5

Resposta das questões propostas................................................................................................5

Referências bibliográficas..........................................................................................................5
INTRODUÇÃO

O ponto de ebulição é um conceito fundamental na química e refere-se à temperatura


na qual uma substância muda do estado líquido para o estado gasoso. Este processo ocorre
quando a pressão de vapor do líquido (pressão exercida pela fase gasosa na fase líquida em
um sistema fechado a uma determinada temperatura) é igual à pressão em torno do líquido.
Quando isso acontece, o líquido se transforma em gás (Solomons, 2018).
É importante notar que o ponto de ebulição de uma substância pode variar dependendo
da pressão atmosférica. Por exemplo, em altitudes diferentes, uma mesma substância
apresenta pontos de ebulição diferentes. Quanto maior a altitude, menor é a pressão
atmosférica, e menor é o ponto de ebulição. Ela também depende das forças intermoleculares
existentes entre as moléculas do composto e da massa molecular do composto (Feltre, 2008).
Para determinar o ponto de ebulição de uma substância pura pelo método do tubo
capilar, o ponto de ebulição é determinado quando o líquido entra no capilar porque é nesse
momento que a pressão de vapor do líquido se iguala à pressão atmosférica, permitindo que
ocorra um refluxo do líquido para dentro do tubo (texto baseado nas explicações da
professora em aula).

OBJETIVO

Determinar o ponto de ebulição do 1-Butanol, e identificar um líquido desconhecido


pelo ponto de ebulição, atrelado a dicas e características dadas da amostra pela professora no
roteiro.

MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
Tubo de Thiele Termômetro
Tubo capilar (6 unidades) Anel de borracha (elástico)
Garra Mufa
Bico de Bunsen Suporte universal
Óleo seco Conta-gotas
Microtubo de ensaio
3.1.1 Reagentes e solventes

1-Butanol Líquido desconhecido (Tolueno)

3.2 Métodos

Inicialmente, seis tubos capilares foram preparados, fechando uma de suas


extremidades, um a um, na zona oxidante da chama do Bico de Bunsen. O movimento de
rotação foi realizado até a formação de uma bolha na ponta, indicando o fechamento da
extremidade.
Em seguida, transferiu-se, com o auxílio de um conta-gotas, a medida de
aproximadamente dois dedos de 1-Butanol líquido em um microtubo de ensaio.
Posteriormente foi inserido no microtubo, um tubo capilar com a extremidade fechada virada
para cima, de forma que a ponta aberta do capilar ficasse encostado no fundo do microtubo.
O microtubo foi então fixado a um termômetro com um anel de borracha, garantindo
que a base do microtubo e o bulbo do termômetro estivessem alinhados para uma aferição
eficaz. Este conjunto foi fixado em um suporte universal com uma garra de termômetro e
inserido em um Tubo de Thiele, preenchido com óleo de soja seco até o início da alça lateral,
que foi preso ao suporte com o auxílio de uma garra e uma mufa. O termômetro foi imerso no
óleo de forma que o bulbo ficasse na altura média da alça lateral.
Com a aparelhagem montada, o aquecimento do Tubo de Thiele foi iniciado com o
auxílio do Bico de Bunsen, movendo repetidamente a chama de um lado do Tubo até a alça,
para evitar a concentração de calor em apenas um lado. O sistema foi observado alternando a
atenção entre o líquido e a marcação da temperatura. Ao observar o aparecimento de um fluxo
de bolhas contínuo (colar contínuo) oriundo do tubo capilar, afastou-se o Bico de Bunsen
atentando o olhar no fundo do capilar, aguardando até que as bolhas parassem de subir e
houvesse um refluxo do líquido para dentro do tubo. Esse refluxo indica o ponto de ebulição,
e é o momento que a temperatura deve ser anotada. Este procedimento foi repetido três vezes
com o 1-Butanol e mais três vezes com um líquido desconhecido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1: resultados do experimento com o ponto de ebulição teórico


Substância Temp. Exp. Temp. Temp. Exp. Ponto de Ebulição
Amostra 1 Exp. Amostra 3 teórico
Amostra 2
1-Butanol 102 ºC 109 ºC 109 ºC 117,2 ºC
(Constantino, 2005)
Tolueno 103 ºC 109 ºC 109 ºC 110,6 ºC
(Solomons, 2018)

Como pode ser observado na tabela 1, houve discrepância significativa tanto na


repetição dos testes do Butanol, quanto em relação ao ponto de ebulição na literatura.
Enquanto o Tolueno, teve uma aproximação maior do ponto de ebulição teórico.

Tabela 2: relação entre massa molar, tipo e estrutura química das substâncias
Substância Massa molecular Tipo Estrutura Química
1-Butanol 74,12 Álcool

Tolueno 92,141 Hidrocarboneto


aromático

O Butanol, que é um tipo de álcool, apresenta um ponto de ebulição elevado. Isso


ocorre porque as moléculas de álcool têm a capacidade de se associar por meio de ligações de
hidrogênio (tabela 2). Essas ligações de hidrogênio são particularmente fortes e, portanto,
necessitam de uma quantidade significativa de energia térmica para serem quebrada,
resultando em um ponto de ebulição alto para o Butanol (Solomons, 2018).
Já o Tolueno tem como principal ligação intermolecular as forças de dispersão de
London. Apesar de serem geralmente mais fracas que outras ligações intermoleculares, essas
forças variam com o tamanho da molécula. O Tolueno, que possui um maior número de
moléculas e um peso molecular superior ao do Butanol, também tem mais elétrons. As forças
de dispersão de London podem se tornar bastante intensas quando há muitos elétrons
envolvidos (Constantino, 2005). Portanto, mesmo que o Tolueno tenha uma ligação
intermolecular mais fraca que o Butanol, ele também apresenta um ponto de ebulição elevado
devido a outros fatores como a massa molecular, já que moléculas mais pesadas possuem
mais partículas e, portanto, têm mais ligações intermoleculares para quebrar durante a
vaporização (Feltre, 2008).
CONCLUSÃO

O experimento realizado com a substância desconhecida, o Tolueno, demonstrou ser


consideravelmente mais eficiente em comparação ao Butanol. Fatores como possíveis
impurezas na substância ou, mais provavelmente, o manuseio inadequado do Bico de Bunsen,
podem ter influenciado os resultados dos testes. Este é um experimento que exige paciência e
atenção meticulosa, tanto durante o aquecimento quanto na medição da temperatura. Além
disso, pode-se concluir que o ponto de ebulição é influenciado pelas ligações intermoleculares
e pela massa molecular da substância.

RESPOSTA DAS QUESTÕES PROPOSTAS

I. O que é pressão de vapor em um líquido?


R.: Página 2, Introdução.
II. O que é ponto de ebulição?
R.: Página 2, Introdução.
III. Por que se determina o ponto de ebulição no momento que o líquido entra no capilar?
R.: Página 2, Introdução.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P. W.; PAULA, Julio de. Físico-química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
CONSTANTINO; M. G.; Química Orgânica: Curso Básico Universitário. Vol.1. USP,
2005.
FELTRE, R; Química: Química Geral, v.1. 7ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2008.
FELTRE, R; Química: Química Orgânica, v.3. 7ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2008.
SOLOMONS, T. W. G; FRYHLE C. B; SNYDER S. A; Química Orgânica (volume 1). 12º
ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2018.

Você também pode gostar