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Licenciatura em Engenharia Biomédica Química Geral

TEORIAS DA LIGAÇÃO QUÍMICA

ANO LECTIVO 2018/2019


Licenciatura em Engenharia Biomédica Química Geral

L FORMAÇÃO DA LIGAÇÃO QUÍMICA A  B


I
G
A
Ç
Ã
O

Q
U
Í
M
I
C
A
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T
I
P
O
S

D
E

L
I
G
A
Ç
Ã
O

Q
U
Í
M
I
C
A

3
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Como se formam os compostos iónicos?


Exemplo: NaCl
L
I
5,14 -3,71 = 1,43 eV
G
A É necessário fornecer 1,43 eV para formar o NaCl
Ç
Ã
O

I Considerando apenas a EI e a AE, o NaCl não


Ó existiria !!!
N
I
C
A
Qual a energia que não foi considerada? A Energia Electrostática

Lei de Coulomb:

4
Para o NaCl, U’ = 4,51 eV Libertação de 3,08 eV para a formação do NaCl
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ENERGIA RETICULAR
L
I Definição: Energia libertada quando se forma uma mole de um cristal no seu estado padrão
G a partir dos respectivos iões no estado gasoso.
A
Ç Para calcular a energia reticular é necessário somar todas as energias de interacção de
à cada um dos iões com todos os outros iões da rede cristalina. Estas interacções dependem,
O
naturalmente, do tipo de estrutura.
I
Ó
N Exemplo: NaCl
I
C
A

5
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Sendo Z1 = +1, Z2 = -1,

L
I
G
A
Ç
Ã
O

I
No caso geral, para um composto iónico:
Ó
N
I
C
A

A = Constante de Madelung

6
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Energia de repulsão electrónica:


L
I
G
A
Ç b e n são característicos dos iões;
à n = constante de compressibilidade
O
Expressão da Energia Reticular:
I
Ó
N
I
C x = número de coordenação
A

7
E
U - energia reticular
n
A - constante de Madelung
e
N - número de Avogadro
r
Z1 - carga eléctrica do catião
g
Z2 - carga eléctrica do anião
i
r - distância internuclear
a
0 - permitividade relativa
R
n - constante de compressibilidade de Born
e
t
i
Composto Energia Reticular (kJ/mol)
c
u
l MgF2 2957 Q: +2,-1
a Q: +2,-2
MgO 3938
r

LiF 1036
r F- < r Cl-
LiCl 853
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Constantes de Madelung, A

L
I
G
A
Ç
Ã
O

I
Ó Constantes de compressibilidade de Born, n
N
I
C
A

A energia reticular pode também ser calculada através de um ciclo termodinâmico - Ciclo de
9
Born Haber –-que se baseia na lei de Hess: a variação de entalpia de uma dada reacção é
independente do “percurso” seguido entre o estado inicial e o estado final.
Ciclo Born-Haber e Energia Reticular

L
I
G
A
Ç
à (Energia ionização)  0 (Afinidade Electrónica)  0
O
(Energia reticular)  0
I
Ó
N
I
C
A
(Sublimação)  0 (Dissociação)  0

10
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L
I
A formação de ligações covalentes entre átomos polielectrónicos
G envolve apenas os electrões de valência.
A
Ç
Ã
O Grupo Configuração e- e- de valência
C
O
1A ns1 1
V
A 2A ns2 2
L
E 3A ns2np1 3
N
T
E 4A ns2np2 4
5A ns2np3 5
6A ns2np4 6
11
7A ns2np5 7
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L
I
G
A
Ç
Ã
O

C
O
V
A
L
E
N
T
E

12
Numa ligação covalente, cada electrão de um par partilhado é atraído para ambos
os núcleos envolvidos na ligação. Esta atracção é responsável pela estabilidade
L dos dois átomos na molécula.
I
G
A
Ç Porque razão os átomos partilham electrões?
Ã
O

C F + F F F
O
V
A 7e- 7e- 8e- 8e-
L
E
N
T
Estrutura de Lewis de F2
E
pares pares
ligação simples isolados
F F
isolados

pares ligação simples


F F pares isolados
isolados 13
Estrutura de Lewis da molécula de água Ligação covalente simples
L
I
G H + O + H HO H ou H O H
A
Ç
à 2e- 8e- 2e-
O

C
O Ligação dupla - 2 átomos partilham 2 pares de eletrões
V
A
L O C O ou O C O
E
N
T 8e- 8e- 8e- Ligações duplas
E

Ligação tripla - 2 átomos partilham 3 pares de eletrões

N N ou N N
14
8e-8e-
Ligação tripla
As ligações múltiplas são mais curtas que as ligações simples
Comprimento das ligações covalentes
L
I
G
A
Ç
Ã
O

C
O
V
A
L
E
N
T
E

Comprimento das ligações 15

Ligação tripla < Ligação dupla < Ligação simples


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L
I
Ligação covalente polar ou ligação polar é uma ligação covalente na
G
A qual um dos átomos apresenta maior densidade eletrónica
Ç
Ã
O

C
O Maior densidade
Menor densidade
V
A eletrónica
eletrónica
L
E
N H F
T
E

Pobre em e- rico em e-

H F
d+ d- 16
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Eletronegatividade é a capacidade de uma átomos de atrair para si os


eletrões de uma ligação química.

Afinidade eletrónica - possível de medir, Cl apresenta o valor máximo

X (g) + e- X-(g)
Eletronegatividade - relativa, F apresenta o valor máximo

17
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Valores de eletronegatividades de elementos comuns

18
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Variação de eletronegatividade com o número atómico

19
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Classificação das ligações - diferença de eletronegatividade

Diferença Tipo de ligação


0 Covalente
2 Iónica
0 < e <2 Covalente polar

Diferença de eletronegatividade

Covalente Covalente polar Ionica 20

Partilha de e- Transferência parcial de e- Transferência de e-


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L
Compostos covalentes moleculares são constituídos por
I moléculas que contêm unidades moleculares discretas Ex: CO2,
COMPOSTOS Compostos que
G contêm apenas HCl, H2O
COVALENTES ligações
A
covalentes Compostos covalentes de estrutura tridimensional são
Ç
à constituídos por estruturas tridimensionais extensas não
O contendo unidades moleculares discretas
Ex: SiO2, BeCl2
C
O
TEORIAS DA LIGAÇÃO QUÍMICA COVALENTE
V
A  Teoria de Lewis
L
E  Teoria do Enlace de Valência (TEV)
N
T  Teoria das Orbitais Moleculares (TOM)
E

Lewis (1916):

o Os átomos reagem de forma a alcançar uma configuração electrónica mais estável.


o A estabilidade máxima é atingida quando o átomo consegue tornar-se isoelectrónico
21
de um gás raro.
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E Estrutura de Lewis
S
T Representação das ligações covalentes utilizando a notação de Lewis na qual os pares de electrões
R partilhados se representam por uma linha ou por pares de pontos entre dois átomos e os pares de
U electrões isolados se representam por pares de pontos.
T
U Ex: Estrutura de Lewis da molécula H2O
R
A
H O H ou H O H
D
E

L
E
Regra do Octeto
W Qualquer átomo, excepto o hidrogénio, tem tendência a formar ligações de forma a ficar
I
rodeado por oito electrões de valência.
S

Sempre que um átomo individual não possua um octeto


completo, pode completar o seu octeto através da partilha de H O H
electrões com outro átomo numa ligação covalente.
22
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E Excepções à Regra do Octeto:


S
T o Grupo 1 (metais alcalinos) A capacidade de covalência máxima é limitada pelo
R o Grupo 2 (metais alcalino-terrosos) número de electrões de valência 
U o Grupo 13
T
U
R
A Ácido de Lewis - espécie aceitadora electrónica
Base de Lewis - espécie doadora electrónica
D
E

L
E

W
I

S


 23
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E
S
T
REGRAS DE ESCRITA DA ESTRUTURA DE LEWIS
R
U 1. Escrever o esqueleto estrutural do composto pondo em evidência os átomos que se
T encontram ligados entre si.
U Em geral, o átomo menos electronegativo ocupa uma posição central.
R
O hidrogénio e o flúor ocupam geralmente nas estruturas de Lewis, posições terminais.
A

D
2. Contar o número total de electrões de valência.
E
Para iões poliatómicos adicionar as cargas negativas ao total.
L
E 3. Desenhar uma ligação covalente simples entre o átomo central e os átomos em seu
W redor e completar o octeto dos átomos ligados ao átomo central.
I Representar os pares isolados.
S
4. Se a regra do octeto não for respeitada para o átomo central, escrever a estrutura de
modo a estabelecer ligações duplas ou triplas entre o átomo central e os átomos em
seu redor utilizando os pares isolados dos últimos.

24
Carga formal - é a diferença entre o número de electrões de valência num átomo
E isolado e o número de electrões atribuídos a esse átomo numa estrutura de Lewis.
S
T
R -1 +1 C – 4 e- 2 ligações simples(2x2) = 4
U
H C O O – 6 e- 1 ligação dupla = 4
T H
U 2H – 2x1 e- 2 pares isolados(2x2) = 4
R 12 e- Total = 12
A

D
E Carga formal total de
de um átomo eletrões de total de
1 total de eletrões
L
E
W
na estrutura de = valência no
Lewis átomo livre
- eletrões não
ligantes
-
2
( ligantes )
I
S

Carga formal no átomo de C = 4 - 2 - ½ x 6 = -1

Carga formal no átomo de O = 6 - 2 - ½ x 6 = +1


25
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E
S
T Regras de escrita de cargas formais
R
U o Para as moléculas neutras a soma das cargas formais tem de ser zero
T
U o Para moléculas neutras, uma estrutura de Lewis na qual não existam cargas formais é preferível a uma
R
A estrutura alternativa onde existam cargas formais

D o Para aniões, a soma das cargas formais tem de igualar a carga negativa do anião
E
o Para catiões, a soma das cargas formais tem de igualar a carga positiva do catião
L
E o Estruturas de Lewis com cargas formais elevadas são menos prováveis que as que têm cargas formais
W
I baixas
S
o Entre estruturas de Lewis alternativas com distribuições de cargas formais semelhantes, a estrutura

mais provável é aquela em que as cargas formais negativas se encontram localizadas nos átomos mais

electronegativos.
26
GEOMETRIA MOLECULAR

27
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MOLÉCULAS POLIATÓMICAS
G
E
AB2
O
M
E
T
R
I AB3
A

M
O
L
E
C AB4
U
L
A
R
28
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G AB5
E
O
M
E
T
R
I
A

M AB6
O
L
E
C
U
L
A
R
29
Modelo de Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de Valência (RPECV)
G
Permite prever a geometria molecular a partir da repulsão electrostática entre pares de electrões
E
O N.º de átomos N.º de pares e- não Disposição pares Geometria
Classe ligados ao átomo central ligantes no átomo central de electrões Molecular
M
E linear linear
T AB2 2 0
R
B B
I
triangular plana triangular plana
A
AB3 3 0
M
O
L
triangular planar angular
E
C AB2E 2 1
U
L
A tetraédrica tetraédrica
R AB4 4 0
30
G
E
O
M
E
T
R
I
A

M
O
L
E
C
U
L
A
R

31
N.º de átomos N.º de pares e- não Disposição pares Geometria
Classe ligados ao átomo central ligantes no átomo central de electrões Molecular
G
Bipiramidal trigonal em forma de T
E
F
O AB3E2 3 2
M F Cl
E
T F
R
I Bipiramidal trigonal linear

A AB2E3 2 3 I

M
I
O
L
I
E
C
octaédrica octaédrica
U
L AB6 6 0
A
R
32
N.º de átomos N.º de pares e- não Disposição pares Geometria
Classe ligados ao átomo central ligantes no átomo central de electrões Molecular
G
E
O octaédrica pirâmide
M AB5E 5 1 F
E F F
T
R Br
I F F
A

M octaédrica quadrangular
O
AB4E2 4 2
L
F F
E
C Xe
U
F F
L
A
R
33
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T
E
O
R TEORIA DO ENLACE DE VALÊNCIA (1927)
I
A
A MOLÉCULA DE HIDROGÉNIO - H2
D
O

E
N
L
A
C
E

D
E

V
A
L
Ê
N
C
I
A 34
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T
E
O
R
I
A

D
O

E
N
L
A
C
E

D
E Sobreposição Orbital: à medida que os dois átomos de hidrogénio se
V aproximam um do outro, a sobreposição das suas orbitais atómicas 1s aumenta.
A As amplitudes de onda adicionam-se, gerando uma nova orbital com elevada
L
Ê densidade electrónica entre os núcleos.
N
C
I
A 35
T
E
O
R
I
A

D Consequentemente, aumenta a blindagem dos núcleos e a interacção núcleo - electrão.


O

E
N
L COMPRIMENTO DE LIGAÇÃO E ENERGIA DE LIGAÇÃO
A
C
E

D Comprimento de Ligação – a distância de separação à qual a molécula é mais


E
estável.
V
A
L Energia de Ligação – a estabilidade à distância de separação do comprimento
Ê de ligação, também conhecida como a força da ligação.
N
C
I
A 36
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T
E
O
R MOLÉCULAS DIATÓMICAS HOMONUCLEARES
I F2
A

D • O átomo de flúor tem 7 electrões de valência:


O 1s22s22p5
• Pretende possuir 8 electrões de valência.
E
N
L
A • Se dois átomos de flúor se juntarem, podem
C partilhar o 8º electrão.
E

D
E

V
A
L
Ê
N
C
I
A
37

A LIGAÇÃO COVALENTE É DIRECCIONAL


T
E
O
O2 O LIGAÇÕES MÚLTIPLAS
R
I
A
Coalescência  Ligação  Coalescência p
D
O

E
N Ligação p
L
A
C
E

D
E

V
A
L
Ê
N
C
I
A 38

O=O
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T
E
O
R
I
A

D
O

E
N
L
A
C
E

D
E
1. A sobreposição de topo das orbitais completamente preenchidas
conduziria a elevada repulsão electrónica;
V
A 2. Sendo a ligação p mais fraca que a ligação , duas ligações p estabilizariam
L menos o sistema do que uma ligação  e uma ligação p.
Ê
N
C
I
A
39
T
E N2
O
R
I
A

D
O N≡N
E
N
L
A
C
E

D MOLÉCULAS DIATÓMICAS HETERONUCLEARES


E

V
A
HF
L
Ê
N
C
I
A 40
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T
E
O
R HF
I
A

D
O

E
N
L
A
C
E

D
E

V
A
L
Ê
N
C
I
A 41
H
I MOLÉCULAS POLIATÓMICAS
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O
Para que qualquer esquema de formação de ligações
D em moléculas poliatómicas seja satisfatório deve
E HIBRIDAÇÃO
permitir explicar a sua geometria molecular
O
R
B
CH4
I
T C:
A
I
S 2s 2p 2s 2p

A
T
Ó O carbono, no estado fundamental, poderia formar apenas duas ligações com os átomos de hidrogénio,
M uma vez que possuí apenas dois electrões desemparelhados. A espécie CH2 embora seja conhecida é
I
C
bastante instável.
A
S Para explicar a formação das 4 ligações C-H no metano temos que excitar energeticamente 1
electrão da orbital 2s para a orbital 2p vazia 42
H No entanto, a coalescência da orbital 1s do H com a 2s do C é diferente da coalescência da orbital 1s
I
B do H com uma 2p do C, logo as ligações seriam C-H não seriam todas equivalentes.
R
I
D
A
Ç
Ã
Hibridação  processo de mistura das orbitais atómicas num átomo (geralmente o átomo central) de
O modo a gerar um novo conjunto de orbitais atómicas, as orbitais híbridas.

D
E
As orbitais híbridas são orbitais atómicas equivalentes que se obtêm quando se combinam duas ou
O mais orbitais não equivalentes do mesmo átomo e são utilizadas na formação de ligações covalentes.
R
B
I No caso do C, podemos gerar 4 orbitais híbridas se misturarmos
T as orbitais 2s e 2p:
A
I
S

A
T
Ó Orbitais sp3
M
I
C As 4 orbitais híbridas são equivalentes e orientam-se
A em direcção aos 4 vértices de um tetraédro regular -
S O CH4 possui uma geometria tetraédrica e os ângulos 43
HCH são todos de 109,5º.
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H
I
B Construção de Orbitais Híbridas
R
I
D O conceito de hibridação não se aplica a átomos isolados e é utilizado apenas para
A
Ç explicar as ligações químicas numa molécula
Ã
O
A hibridação é o processo de mistura de duas ou mais orbitais atómicas não
D
E equivalentes.
O
R
B As orbitais híbridas possuem formas bastante diferentes das orbitais atómicas
I
T puras.
A
I
S
O número de orbitais atómicas híbridas que se forma é igual ao número de
A
orbitais atómicas puras que participa no processo de hibridação.
T
Ó
M
I Nas moléculas poliatómicas, as ligações covalentes formam-se através da
C sobreposição espacial, coalescência, de orbitais híbridas ou entre orbitais
A
S híbridas e orbitais atómicas puras.
44
H HIBRIDAÇÃO sp3
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R
B
I
T
A
I
S

A
T
Ó
M Ex: CH4
I
C
A
S 45
H
I Ex: NH3
B
R Hibridação sp3
I
D
A
Ç
N:
à 1s2 2s2 2p3 Orbitais sp3
O

D
E

O
R
B Três das quatro orbitais híbridas formam
I
T ligações covalentes N-H enquanto que a
A quarta orbital híbrida acomoda o par isolado
I
S
que se localiza no azoto.

A
A repulsão entre os electrões não ligantes e os
T electrões nas orbitais ligantes faz diminuir os
Ó ângulos HNH de 109,5º para 107,3º.
M
I
C
A
S 46
HIBRIDAÇÃO sp
H
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R
Ex: BeCl2
B
I O modelo RPECV prevê geometria linear para esta molécula.
T
A
I
S Be:
2s2 2p
A
T
Ó 1º ocorre promoção de um electrão de uma orbital 2s para uma 2p
M
I
C 2s1 2p1
A
S Existem agora duas orbitais disponíveis no átomo de Be para a formação de ligações. 47
H Tem de ocorrer mistura ou hibridação das orbitais 2s e 2p, formando-se duas orbitais
I
B híbridas sp equivalentes:
R
I
D +
A
Ç
Ã
O

D
E Orbitais sp Orbitais 2p vazias
O
R
B As duas orbitais híbridas dispõem-se ao longo do mesmo eixo, o eixo dos xx.
I
T
A
I
As ligações do BeCl2 são cada uma delas de 180º resultantes da coalescência de uma
S orbital sp do Be e de uma orbital 3p do Cl- a geometria do BeCl2 é linear.

A
T
Ó
M
I
C
A
S 48
H
I HIBRIDAÇÃO sp2
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R
B
I
T
A
I
S

Ex: BH3
A
T o modelo RPECV prevê uma geometria plana.
Ó
M
I
C
A
S B:
49
H
I
B Ex: BF3
R
I
D
A B:
Ç
à 2s1 2p2 Orbitais sp2 Orbital 2p
O

D
E As três orbitais sp2 situam-se no mesmo plano e o ângulo formado por
quaisquer 2 dessas orbitais é 120º.
O
R
B
I
T
A
I Assim, as ligações BF são, cada uma
S
delas, formada pela sobreposição
A espacial de uma orbital híbrida sp2 do
T boro e uma orbital 2p do flúor.
Ó
M
I
C A molécula de BF3 é plana com todos
A os ângulos FBF iguais a 120º.
S
50
H
I
B Hibridação de Orbitais s, p e d
R
I Para os elementos a partir do 3º período a geometria não pode ser sempre explicada se
D
A admitirmos apenas a hibridação de orbitais s e p, é necessário incluir orbitais d no processo
Ç de hibridação para compreender a formação de moléculas com geometria octaédrica ou de
à bipirâmide trigonal.
O

D
E
Ex: SF6
O
R
B S::
I
T 3s2 3p4 3d
A
I
S Como a energia do nível 3d é bastante próxima do 3s e 3p:

A
T
Ó 3s 3p 3d
M Orbitais sp3 d2 Orbitais 3d vazias
I
C
A A sobreposição espacial das orbitais 2p do F com as orbitais híbridas do S origina a
S formação de seis ligações S-F. A regra do octeto é excedida pois existem 12 electrões.
51

utilização de orbitais s+p+d  expansão da camada de valência


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H HIBRIDAÇÃO sp3d
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D Combinação das orbitais s, px, py, pz e dz2 arranjo bipiramidal trigonal


E

O
R
B
I
T
A
I
S

A
T
Ó
M
I
C
A
S 52
Combinação das orbitais s, px, py, pz e dx2-y2 arranjo bipiramidal de base quandragular
HIBRIDAÇÃO sp3d2
H
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D PRESENÇA DE PARES ELECTRÓNICOS ISOLADOS


E

O
R
B
I
T
A
I
S

A
T
Ó
M
I
C
A
S
53
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H
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R
B
I
T
A
I
S

A
T
Ó
M
I
C
A
S
54
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H
I
B HIBRIDAÇÃO EM MOLÉCULAS COM LIGAÇÕES DUPLAS OU TRIPLAS
R
I
D Ex: C2H4 Esta molécula tem uma ligação dupla carbono carbono e tem geometria
A plana
Ç
Ã
O

D
E C: Estado fundamental
O 2s 2p
R
B
I Estado excitado
T
A 2s 2p
I
S
Estado com hibridação sp2
A 2pz
T
Ó Orbitais sp2
M
I
C
A
S 55
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H
I Cada átomo de C utiliza as três orbitais híbridas sp2 para formar duas ligações com as orbitais 1s
B dos átomos de H e uma com uma orbital híbrida sp2 do átomo de C adjacente.
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R
B
I
T
A
I Ligação  C  H Ligação  C  C
S

A
T Ligação  - quando as orbitais coalescem de topo para formar uma
Ó ligação covalente, a nuvem electrónica resultante concentra-se entre
M
I os núcleos dos átomos envolvidos na ligação
C
A
S
56
Licenciatura em Engenharia Biomédica Química Geral

H As orbitais 2pz não híbridas dos átomos de carbono coalescem e formam outra ligação
I
B
R
I
D
A
Ç
Ã
O

D
E

O
R Ligação p  quando as orbitais coalescem lateralmente, a nuvem electrónica concentra-se acima e
B
I abaixo do plano dos núcleos dos átomos envolvidos na ligação.
T
A
I
S

A
T
Ó
M
I
C
A
57
S Ligação p C  C
H Ex: C2H2 ligação tripla entre os átomos de carbono geometria linear
I
B
R
I C: As duas orbitais híbridas sp de cada
D Estado fundamental
A átomo de carbono formam uma ligação
2s 2p sigma com a orbital 1s do hidrogénio e
Ç
à Estado excitado outra ligação sigma com o outro átomo
O de carbono.
2s 2p
D Estado com hibridação sp Formam-se ainda 2 ligações p por
E coalescência lateral das duas orbitais
2py 2pz 2py e 2pz, não híbridas.
O Orbitais sp
R
B
I
T
A
I
S

A
T
Ó A ligação CC é formada por uma ligação  e duas ligações p 58
M
I
C
A
S
T
E TEORIA DAS ORBITAIS MOLECULARES
O
R (Vantagem sobre a TEV: explica correctamente as estruturas electrónicas das moléculas)
I
A
D ORBITAIS ATÓMICAS ORBITAIS MOLECULARES
A
S As orbitais atómicas puras dos átomos numa molécula combinam-se para produzir orbitais
O que estão distribuídas, ou deslocalizadas, por vários átomos, conduzindo a orbitais
R
B moleculares.
I
T
A Como?
I
S » Cada electrão numa molécula é atribuído a uma orbital específica.
» Dois electrões numa molécula têm descrições diferentes, uma vez que o princípio de
M
O exclusão de Pauli se aplica tanto aos electrões de moléculas como de átomos.
L
E » Os electrões numa molécula obedecem ao princípio de aufbau o que significa que ocupam
C
U as orbitais mais estáveis que estejam disponíveis.
L
A » Embora um átomo tenha um número ilimitado de orbitais, as orbitais de valência são as
R
E únicas necessárias para descrever a ligação química. 59
S
T
E
O MÉTODO CLOA – COMBINAÇÃO LINEAR DAS ORBITAIS ATÓMICAS
R
I
A 1º Princípio: o número total de orbitais moleculares produzidas, por um interacção de um
conjunto de orbitais atómicas, é sempre igual ao número de orbitais atómicas.
D
A
S
O
H2
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
E 60
S
T
E interferência construtiva interferência destrutiva
O
R
I
A
D
A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

M plano
O nodal
L
E + + + -
C +
U + -
L
A
R
E
S 61
Orbital Molecular Ligante Orbital Molecular Anti-ligante
T
E 2º Princípio: a orbital molecular ligante é de menor energia que as orbitais que a
O originaram e a orbital anti-ligante é de energia superior.
R
I
A
DIAGRAMA DE ORBITAIS MOLECULARES
D
A
S
H2 O sistema está “estabilizado” quando
O
R os electrões estão nas orbitais
B ligantes.
I
T
A
I
S

M
O
L
E O sistema está “desestabilizado”
C
U quando os electrões estão nas orbitais
L anti-ligantes.
A
R
E
S 62
Átomo H Molécula H2 Átomo H
T 3º Princípio: os electrões da molécula são colocados em orbitais de energia
E
O sucessivamente superior de acordo com o princípio de Aufbau e a
R
I Regra de Hund.
A
D Ordem de Ligação
A
S O.L. = ½ (nº de electrões nas OM ligantes - nº de electrões nas OM anti-ligantes)

O
R
B Ligação simples
I
T
A
I
S

M
O He2 ?
L
E
C
U
L
A
R
E 63
S
T
E
O 4º Princípio: as orbitais atómicas combinam-se para formar orbitais moleculares
R mais efectivamente quando as orbitais atómicas têm energia
I
A semelhante.
D
A
S O.A.s de igual energia O.A.s de energia diferente, mas próxima
O
R
B
I *
T *
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L MOLÉCULA APOLAR
A MOLÉCULA POLAR
R
E µ=0 µ≠0
S
64
O.A.s de energias muito diferentes Ligação predominantemente iónica
T
E
O SIMETRIA
R
I
A
D
A

S

O
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E

C 
U
L
A
R
E
S
65
T
E Orbitais 2p
O
R
I
A
D - + + - - + - + - + - +
A
S
O
R
B ORBITAL  ANTI-LIGANTE
I
T
A
I
S

M
O
L - + + - - + - - + -
E
C
U
L
A
R
E ORBITAL  LIGANTE
S
66
SIMETRIA CILÍNDRICA DA NUVEM ELECTRÓNICA EM
TORNO DO EIXO INTERNUCLEAR
T
E
O
R - + - +
I - -
A
D + + + - + -
A
S
O
R ORBITAL  ANTI-LIGANTE
B
I
T
A
I
S
-
- - -
M
O
L + + + +
E
C
U
L
A
R
E ORBITAL p LIGANTE
S 67
2 LÓBULOS SIMÉTRICOS E ENTRE ELES UM PLANO NODAL
QUE CONTÉM O EIXO INTERNUCLEAR
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T
E
O
R
I
A
D
A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
E 68
S
T
E MOLÉCULAS DIATÓMICAS HOMONUCLEARES
O
R
I
F2
A
D
A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
E
S 69
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E
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R
I
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A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
E
S 70
T
E
O B2
R B B B2  Molécula diamagnética
I C2
A C C O.L. = (4-2)/2 = 1
D *
A
S C2  Molécula paramagnética

O O.L. = (6-2)/2 = 2
R
B
I
T
A
I
S
desacordo com os resultados
experimentais !!!
M
O
L
E
C
U
L Em B2 e C2, a sobreposição das orbitais 2s e 2pz estabiliza pp e desestabiliza p
A
R
E MISTURA ORBITAL
S
O grau de mistura depende da diferença de energia entre as orbitais atómicas 2s e 2p. 71

•A mistura é maior quando as energias das orbitais são muito semelhantes.


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E
O
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I
A
D
A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

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L
E
C
U
L
A
R
E 72
S
T
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O
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B
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C
U
L
A
R
E 73
S
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S 74
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B
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E
C
U
L
A
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E
S
76
T
E MOLÉCULAS DIATÓMICAS HETERONUCLEARES
O
R
I
A
D
A
S
O
R
B
I
T
A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
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S 77
T
E MOLÉCULAS DIATÓMICAS HETERONUCLEARES
O
R
I
A
D
A
S
*2s-1s
O
R
B
I
T
A
I
S

M
O 2s-1s
L
E
C m
U
L
A
R
E
S O.L. = 1 78
Diamagnética
T
E
O
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I
A
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A
S
O
R
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A
I
S

M
O
L
E
C
U
L
A
R
E
S 79
T SOBREPOSIÇÃO s  s
E
O
R
I
A
O.M. 2s
D
A
S
O
R
B
I O.M. *2s
T
A
I
S
SOBREPOSIÇÃO s  p
M
O
L
E
C
U
L
A
R
E
S 80
O.M. ligante O.M. não ligante
T
E
O
HF
R
I
A
D
A
S *2px-1s
O
R
B
I
T pnl2pz pnl2py
A
I
S

M
O 2px-
L
E 1s
C
U
L
A
R
E
S 81
T
E
O
R LiF
I
A
D
A
S
O
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B
I
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I
S

M
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C
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T
E CO
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M
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NO
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C
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E
S 84

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