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Aula 4
Ligações Químicas
19/04/2023
Prof. Dr. Zeca
1
RESUMO
2
REVISÃO – Propriedades periódicas
𝒏 1
1A 2 11Na 1s2 2s2 2p6 3s1
13 14 15 16 17
18
8A
1 2A 3A 4A 5A 6A 7A
2 19K 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
3 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B
4 20Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
5
6
7
𝒍= s f d p
1s2 2s2 2p3 Só de localizar o elemento na
7N
Tabela Periódica é possível saber
33As 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 sua distribuição eletrônica
3
Tabela periódica
ORBITAIS!
Bloco s Bloco p
Bloco d
Bloco f
4
REVISÃO – Propriedades periódicas
Eletronegatividade:
• Habilidade de um átomo atrair a nuvem eletrônica para si numa ligação química
• Energia de Ionização (EI) e Afinidade Eletrônica (AE) são propriedades de átomos livres;
Eletronegatividade é uma propriedade de um átomo numa molécula 6
Ligações químicas
Ligações químicas
Como os elementos se ligam
7
Ligações químicas – Conteúdo
Identificando as ligações Químicas
• Covalente, iônica e metálica
Ligação covalente
• Estruturas de Lewis
• Modelo Valence Shell Electron Pair Repulsion (VSEPR)
• Teoria da Ligação de Valência (TLV)
• Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Interações intermoleculares
8
Ligações químicas
Na + Cl –
Na Cl
–1 0 +1 –1 0 +1
+ 3p5 3p6
0 0 0 0
3s1 3s2 3s0 3s2
9
Tipos de ligações químicas
Resulta do compartilhamento Resulta da força de atração Cada átomo está ligado à vários
de e– entre 2 átomos eletrostática entre 2 íons de outros, formando uma rede 3D
cargas opostas onde os e– tem livre mobilidade
C + 2O → CO2
Ca2+ + 2Br − → CaBr2
A diferença de eletronegatividade
(Δχ) dos elementos ligantes dá o
caráter da ligação química
Δχ pequeno ou zero:
• χ grande Ligação covalente
• χ pequeno Ligação metálica 11
Tipos de ligações químicas
12
Polaridade da ligação e eletronegatividade
Em uma ligação covalente polar, um dos átomos exerce maior atração sobre os
elétrons da ligação que o outro;
14
Polaridade da ligação e eletronegatividade
15
Polaridade da ligação e eletronegatividade
Composto F2 HF LiF
F−F H− F Li − F
Diferença de
4,0 − 4,0 = 0 4,0 − 2,1 = 1,9 4,0 − 1,0 = 3,0
eletronegatividade
Covalente Covalente
Tipo de ligação Iônica
apolar polar
16
Polaridade da ligação e eletronegatividade
δ+ δ−
H F
17
Polaridade da ligação e eletronegatividade
18
Polaridade da ligação e eletronegatividade
19
Polaridade da ligação e eletronegatividade
20
Grau de covalência x Grau de ionicidade
• Porém, uma ligação não pode ser puramente iônica. Sempre haverá um
certo caráter covalente, ou seja, caráter de compartilhamento de e–
NaCl BrF3
• Alto caráter iônico • Baixo caráter iônico
• Baixo caráter covalente • Alto caráter covalente
21
Ligação iônica
Substâncias iônicas possuem várias propriedades características, como: costumam ser
quebradiças, cristalinas e ter altos pontos de fusão;
Além disso, os cristais iônicos podem, muitas vezes, ser clivados; ou seja, quebram ao
longo de superfícies planas e lisas;
22
Ligação iônica
A formação de substâncias iônicas é muito exotérmica, como indica os altos valores
negativos de entalpia de formação;
Isso se explica por causa da disposição de íons com cargas opostas em um sólido
iônico;
A essa disposição está associada a energia reticular (Eel), que é a energia necessária
para separar completamente um mol de um composto iônico sólido em seus íons no
estado gasoso;
A magnitude da energia reticular em um sólido iônico depende das cargas dos íons,
dos seus tamanhos e de seu arranjo no sólido;
23
Ligação iônica Na+(g) + e− + Cl(g)
E(Cl)
−349 kJ
I1(Na) Na+(g) + Cl−(g)
496 kJ
Energia
Q1 Q2 Na(g) + 1 Cl2(g)
Eel = k ∆H°f [Cl(g)]
788 kJ
122 kJ
2
d ∆H°f [Na(g)] Na(s) + 1 Cl2(g)
108 kJ
2
−∆H°f [NaCl(s)]
k = constante (8,99 × 109 J m C−2)
411 kJ NaCl(s)
Q1 e Q2 = cargas das partículas
E = afinidade eletrônica 24
Ligação iônica
Para uma determinada disposição de íons, a energia reticular aumenta à medida que as
cargas dos íons aumentam e seus raios atômicos diminuem;
25
Ligação iônica
Como a energia reticular diminui à medida que a distância entre os íons aumenta, as
energias reticulares seguem tendências semelhantes às observadas para o raio iônico;
26
Ligação Covalente
G. N. Lewis
(1879–1955)
28
Ligação Covalente
29
Ligação Covalente
• Unir o átomo central aos periféricos – Para cada ligação simples é utilizado
um par de elétrons entre cada par de átomos ligados
Dessa
C •• O C O • Restaram 6 e–, ou 3 pares de e–
׀
forma,
׀
••
H H 32
Ligação Covalente
H H
••
••
••
C •• O C O Estrutura de Lewis do
••
••
Formaldeído, CH2O
H H 33
Ligação Covalente
F B F
F
34
Ligação Covalente
Ressonância
=
1. O O O O O O Deslocalização eletrônica
Ozônio:
127,8 pm
Ligação intermediária
O O
O O O O
37
Ligação Covalente
38
Ligação Covalente
Ânion nitrato
Benzeno
39
Ligação Covalente
A ressonância é um conceito importante na descrição das ligações em moléculas
orgânicas, particularmente nas aromáticas, categoria que inclui o hidrocarboneto benzeno
(C6H6):
H H H H
C C C C
H C C H H C C H
C C C C
H H H H 40
Ligação Covalente
Por convenção, a ressonância na molécula é representada por duas estruturas separadas
por uma seta dupla (⟷) ou por uma notação abreviada, na qual traçamos um hexágono
com um círculo dentro, enfatizando que as ligações duplas C═C não podem ser colocadas
em lados específicos do hexágono;
ou
41
Ligação Covalente
42
Ligação Covalente
Modelo VSEPR
Da mesma maneira, um par de elétrons não ligantes (ou par isolado) define um
domínio eletrônico que está localizado predominantemente em um único átomo;
44
Modelo VSEPR
H N H
Pares ligantes
H
Cada par não ligante, ligação simples ou ligação múltipla produz um único domínio
eletrônico ao redor do átomo central de uma molécula;
45
Ligação Covalente
Nº pares Geometria Geometria molecular
Modelo VSEPR de dos pares
0 par e– 1 par e– 2 par e– 3 par e– 4 par e–
elétrons eletrônicos ñ ligante ñ ligante ñ ligante ñ ligante ñ ligante
Tetra-
4
edro
Geometria molecular: Tetraedro Pirâmide tri. Angular
Octa-
6 edro
Octaedro Pirâmide quad. Quadrado planar Forma “T” Linear 46
Ligação Covalente
Par livre – par livre > par livre – par ligante > par ligante – par ligante
Cl Cl Usamos 4 pares Cl
de e– para fazer
ligações
Cl C H Cl C H Cl C H
Sobraram 9
pares de e–
Cl Cl Cl 50
Ligação Covalente
Nº pares Geometria Geometria molecular
Cl de dos pares
0 par e– 1 par e– 2 par e– 3 par e– 4 par e–
elétrons eletrônicos ñ ligante ñ ligante ñ ligante ñ ligante ñ ligante
Cl C H
2
Linear Linear
Cl
3
1. Quantos pares eletrônicos Trigonal planar Trigonal planar Angular
Octa-
Geometria tetraédrica 6 edro
Octaedro Pirâmide quad. Quadrado planar Forma “T” Linear 51
Ligação Covalente
Ex) Construa as estruturas moleculares empregando o modelo VSEPR
F F
H O H F Cl F
P
F F F
2 ligantes + 2 par e– livres
3 ligantes + 2 par e– livres
F
5 ligantes
+
0 par e– livres
Bipirâmide
Angular Forma “T” 52
trigonal
Novas teorias para explicar as ligações químicas
Robert Mulliken
Linus Pauling (1896–1986)
(1901–1994)
Distância H–H = 74 pm
• Sobreposição ideal
• Forte ligação química
• Mínimo de energia
54
Teoria da Ligação de Valência
Molécula H2
Molécula HF
Molécula F2
56
Teoria da Ligação de Valência
• Ligação simples 1σ
Sobreposição Ligação π
• Ligação dupla 1σ + 1π lateral
Possui um plano nodal, localizado entre os dois
• Ligação tripla 1σ + 2π lóbulos da ligação π, passando pelo eixo internuclear 57
Teoria da Ligação de Valência
58
Teoria da Ligação de Valência
sp
59
Teoria da Ligação de Valência
sp2
60
Teoria da Ligação de Valência
sp2
61
Teoria da Ligação de Valência
• 6 carbonos com hibridação sp2 – Ligações simples C–C + ligação simples C–H
• Ligações duplas C=C – Sistema π conjugado
• Elétrons π deslocalizados – Todas as ligações entre carbonos são idênticas
sp3
63
Teoria da Ligação de Valência
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
P
15e− 1s2 2s2 2p6
⇀
⇀
⇀
⇀
3s2
⇀ 3p3 3d0
64
Teoria da Ligação de Valência
A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5:
Excitar
P ⇀
⇀
⇀
⇀
3s2
⇀ 3p3 3d0
65
Teoria da Ligação de Valência
A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5:
Hibridizar
P
⇀
⇀
⇀
3s1
⇀ 3p3 3d1
66
Teoria da Ligação de Valência
A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5:
P
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
sp3d 3d
67
Teoria da Ligação de Valência
P
P 3s 3p 3d F F
Estado Fundamental
F
Estado Excitado
sp3d
Orbitais Híbridos sp3d
Composto PF5
F F F F F
Bipirâmide
trigonal 68
Teoria da Ligação de Valência
S 3s 3p 3d
Estado Fundamental
Estado Excitado
sp3d2
Orbitais Híbridos sp3d2
Composto SF6
F F F F F F
Octaedro
69
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Principais conceitos:
• Os e– de valência são deslocalizados
• Os orbitais atômicos são combinados para formar orbitais moleculares,
que comportam os elétrons de forma deslocalizada por toda a molécula
Sempre que dois orbitais atômicos se sobrepõem, dois orbitais moleculares são
formados;
71
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Vejamos os exemplo da formação da molécula de H2:
Plano nodal entre os núcleos
Combinação
destrutiva que leva Nó
ao orbital molecular
antiligante H2
σ1s
*
1s 1s
Energia
+
H H
σ1s
Orbitais
atômicos de H
Orbitais
Combinação moleculares de H2
construtiva que
Densidade eletrônica
leva ao orbital
concentrada entre os
molecular ligante H2
núcleos
72
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
As energias relativas de dois orbitais atômicos 1s e dois orbitais moleculares formados são
representadas por um diagrama de níveis de energia (também chamado de diagrama de
orbital molecular);
OM antiligante livre OM antiligante
σ1s
* σ1s
* ocupado
⇀
⇀
Energia
⇀
⇀
⇀
Átomo de H σ1s Átomo de H Átomo de He σ1s Átomo de He
⇀
⇀
⇀
⇀
*
π2p
2p 2p
π2p
Energia
σ2p
σ2s
*
2s 2s
σ2s
*
π2p
2p 2p
π2p
σ2p
+
σ2s
*
2s 2s
σ2s
75
Moléculas diatômicas do segundo período 76
Interação σ2s−σ2p
causa um
σ vai para
desdobramento 2p
σ2p
σ2s
*
σ2s
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
Energia
⇀
⇀
π2p
⇀
⇀
⇀
⇀
Orbital molecular ocupado
de maior energia (do inglês σ2s
*
highest occupied molecular
⇀
⇀
orbital, HOMO) 2s 2s
⇀
⇀
σ2s
⇀
⇀
⇀
⇀
77
Moléculas diatômicas do segundo período
B2 C2 N2 O2 F2 Ne2
σ2p
* σ2p
*
⇀
⇀
* *
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
π2p
⇀
⇀
⇀
π2p
σ2p π2p
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
π2p σ2p
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
σ2s
* σ2s
*
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
σ2s σ2s
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
78
Moléculas diatômicas do segundo período
Por outro lado, substâncias sem elétrons desemparelhados são fracamente repelidas
por um campo magnético, sendo essa propriedade chamada de diamagnetismo;
79
Moléculas diatômicas do segundo período
Como as
moléculas de O2 são
paramagnéticas...
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
⇀
80
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Na TOM, a estabilidade de uma ligação covalente está relacionada com sua ordem de
ligação, definida como metade da diferença entre o número de elétrons ligantes e o
número de elétrons antiligantes:
Como
Uma ordem
a TOMde
também
ligaçãoconsidera
igual a 1 representa
moléculas com
uma número
ligação simples,
ímpar
uma
de elétrons,
ordem deordens
ligação
de 2ligação
representa
1/2, 3/2
umaouligação
5/2 também
dupla esão
uma
ordem de ligação 3 representa uma ligação tripla;
possíveis; 81
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Ordem de 1 Ordem de 1
= 2 − 0 =1 = 2−2 = 0
ligação 2 ligação 2
⇀
⇀
Energia
⇀
⇀
⇀
⇀
Átomo de H σ1s Átomo de H Átomo de He σ1s Átomo de He
⇀
⇀
⇀
⇀
σ2s
*
Ordem de 1 1 2s1
= 2−1 = 2s1
ligação 2 2
⇀
σ1s
* σ2s
⇀
⇀
⇀
1s2 1s1
σ1s
*
Energia
⇀⇀
⇀
1s2
⇀
⇀
1s2
σ1s
⇀
⇀
⇀
Átomo de He σ1s Íon He
⇀⇀
⇀⇀
Átomo de Li Átomo de Li
+ Molécula de Li2
Íon He2
2 *2 2
2
σ1s
1
σ*1s σ1s σ1s σ2s
Molécula estável Molécula estável
83
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Exercício: Qual é a ordem de ligação H2 He2 e He2+ ? Disserte os resultados obtidos.
84
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
85
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Exercício: Qual é a ordem de ligação H2 He2 e He2+ ? Disserte os resultados obtidos.
86
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
87
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
88
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
OL = 3,0
OL = 2,5
OL = 2,0
89
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
Ordem de ligação: quanto maior for a ordem de ligação, isto é, quanto maior for a
densidade electrônica na região situada entre dois átomos ligados quimicamente, que se
traduz num aumento do carácter duplo ou triplo da ligação, menor é o seu comprimento;
Energia de ligação: quanto maior for a energia de uma ligação química entre dois átomos,
menor é o comprimento dessa mesma ligação
90
REVISÃO
• Lewis: Determinação das ligações químicas e dos pares de e– não ligantes em uma molécula;
Não dá a geometria molecular!
• TLV: Ligação química – Sobreposição espacial dos orbitais atômicos (OAs) semipreenchidos;
Ligação σ – Sobreposição frontal; Ligação π – sobreposição lateral
• TOM: Ligação química – A sobreposição dos OAs dá origem aos orbitais moleculares (OMs);
2 átomos ligando seus 2 OAs geram 2 OMs – Ligante e Antiligante
OM ligante – Estabiliza a molécula; OM antiligante – Desestabiliza a molécula
91
Sólidos iônicos, metálicos e covalentes
Ligação iônica: Resulta da força de atração eletrostática entre 2 íons de cargas opostas
• Um sólido iônico não se mantem juntos por ligações entre pares específicos de íons
• Portanto, deve considerar que:
1. Os cátions atraem todos os ânions do cristal
2. Os ânions atraem todos os cátions do cristal
3. Todos os cátions repelem-se uns aos outros
4. Todos os ânions repelem-se uns aos outros
• As interações 1–4 são dependentes da distância entre íons
Ligação iônica: Resulta da força de atração eletrostática entre 2 íons de cargas opostas
95
Sólidos iônicos, metálicos e covalentes
1 átomo de sódio possui 1 e– de valência