Você está na página 1de 103

QUÍMICA A - QUI09677

Aula 5

Soluções

José Guilherme Aquino Rodrigues


Prof. Dr. Zeca
10/05/2023 1
Processo de dissolução

 Uma solução é formada quando uma substância se dispersa


uniformemente em outra;

 A capacidade das substâncias de formar soluções depende de


dois fatores:

1. A tendência natural das substâncias de se misturar e se espalhar


em volumes maiores, quando não são restringidas de alguma
maneira;
2. Os tipos de interação intermolecular envolvidos no processo de solução.

2
Processo de dissolução

 A mistura de gases é um processo espontâneo, isso significa que ela ocorre por si só, sem
qualquer fornecimento externo de energia ao sistema;

 Quando as moléculas se misturam e ficam distribuídas de maneira mais aleatória, há


aumento de uma quantidade termodinâmica chamada entropia;

 A formação de soluções é favorecida pelo aumento da entropia que acompanha a


mistura;

3
Processo de dissolução

 Quando moléculas de diferentes tipos se reúnem, a mistura ocorre espontaneamente, a


menos que as moléculas sejam impedidas por forças intermoleculares suficientemente
fortes ou por barreiras físicas;

= O2(g)

= Ar(g)

4
Processo de dissolução

= O2(g)

= Ar(g)

5
Processo de dissolução

 Três tipos de interações intermoleculares estão envolvidos na formação da solução:

1. As interações soluto-soluto entre partículas de soluto devem ser superadas para


dispersar as partículas de soluto no solvente;

2. As interações solvente-solvente entre as partículas de solvente devem ser superadas para


acomodar as partículas de soluto no solvente;

3. As interações solvente-soluto entre as partículas de soluto e solvente ocorrem à medida


que as partículas se misturam.

6
Processo de dissolução
 Soluções são formadas quando a magnitude das interações solvente-soluto são
comparáveis ou superiores às magnitudes das interações soluto-soluto e solvente-
solvente;

 Vamos lembrar as interações intermoleculares:

7
Processo de dissolução
 Vamos lembrar as interações intermoleculares:

Dispersão Dipolo-dipolo

Acetona Clorofórmio
(C3H6O) (CHCl3)
Octano Pentano
(C8H18) (C5H12) 8
Processo de dissolução

Ligação de hidrogênio Íon-dipolo

Na+

Etanol Água
(C2H5OH) (H2O)

9
Processo de dissolução
 O NaCl sólido se dissolve facilmente em água porque as interações de atração solvente-
soluto entre as moléculas de H2O polares e os íons (Na+ e Cl−) são suficientemente fortes
para superar as interações de atração soluto-soluto entre os íons presentes no NaCl(s),
e as interações de atração solvente-solvente entre as moléculas de H2O;

 Interações entre as moléculas de soluto e solvente são conhecidas como solvatação.


Se o solvente for a água, hidratação;

10
11
Processo de dissolução
 Interações entre as moléculas de soluto e solvente são
Cristais de NaCl em água
conhecidas como solvatação. Se o solvente for a água, hidratação;

11
Processo de dissolução
Interações solvente-soluto entre moléculas de
água e de NaCl permitem que o sólido se dissolva

12
Processo de dissolução

Íons hidratados em solução

13
Processo de dissolução

 Processos em solução são geralmente acompanhados por variações de entalpia;

 Podemos usar a lei de Hess para analisar de que modo as interações soluto-soluto,
solvente-solvente e soluto-solvente influenciam a entalpia de solução;

14
Processo de dissolução
 Podemos usar a lei de Hess para analisar de que modo as interações soluto-soluto,
solvente-solvente e soluto-solvente influenciam a entalpia de solução;

1. (soluto)n ⇌ n soluto ∆Hsoluto

2. (solvente)m ⇌ m solvente ∆Hsolvente

3. n soluto + m solvente ⇌ solução ∆Hmistura

4. (soluto)n + (solvente)m ⇌ solução ∆Hsolução

∆Hsolução = ∆Hsoluto + ∆Hsolvente + ∆Hmistura 15


Processo de dissolução
 A separação das partículas de soluto sempre exige que energia seja absorvida para que
sejam superadas suas interações atrativas. Portanto, o processo é endotérmico;

 Da mesma forma, a separação de moléculas de solvente para acomodar as partículas


de soluto exige energia;

 O terceiro componente, que surge a partir das interações de atração entre as partículas
de soluto e as partículas de solvente, é sempre exotérmico;

16
Processo de dissolução
Processo global exotérmico

Solvente
separado Soluto
separado

ΔHsoluto + ΔHsolvente
Entalpia

ΔHmistura
Solvente Soluto

ΔHsoluto
agregado agregado

ΔHsolvente
Hinicial

ΔHsolução < 0
Solução

Hfinal
17
Processo de dissolução
Processo global endotérmico
Solvente
separado

Soluto

ΔHmistura
separado

Entalpia

ΔHsoluto + ΔHsolvente
Solução

Hfinal
ΔHsolvente Soluto
Solvente
agregado

ΔHsoluto

ΔHsolução > 0
agregado

Hinicial

18
Processo de dissolução

 A variação de entalpia em um processo pode indicar a extensão com que o processo


ocorre;

 Processos exotérmicos tendem a ocorrer espontaneamente. Por outro lado, se o


ΔHsolução é muito endotérmico, o soluto pode não se dissolver em uma extensão
significativa no solvente escolhido;

 Assim, para que soluções se formem, a interação solvente-soluto deve ser forte o
suficiente para fazer com que o ΔHmistura seja comparável em magnitude ao somatório
ΔHsoluto + ΔHsolvente;
19
20
Processo de dissolução

 Ao discutir soluções, devemos ter o cuidado de distinguir o processo físico de formação da


solução das reações químicas que levam a uma solução;

 Quando um soluto sólido começa a se dissolver em um solvente, a concentração de


partículas de soluto presentes na solução aumenta, aumentando também as chances
de que algumas partículas de soluto colidam com a superfície do sólido e sejam
recombinadas;

20
Soluções saturadas e solubilidade

 Esse processo, que representa o oposto do processo de solução,


é chamado de cristalização;

dissolve-se

Soluto + Solvente ⇀

cristaliza-se
Solução

21
Soluções saturadas e solubilidade
 Uma solução é saturada quando está em equilíbrio com o soluto
não dissolvido;

 A quantidade de soluto necessária para formar uma solução


saturada, em uma dada quantidade de solvente, é conhecida como
a solubilidade desse soluto;

 Ou seja, a solubilidade de determinado soluto em determinado solvente é a quantidade


máxima de soluto que pode ser dissolvido em uma dada quantidade de solvente a uma
temperatura específica, considerando que há soluto em excesso;

22
Soluções saturadas e solubilidade

 Se dissolvermos menos soluto que a quantidade necessária para formar uma solução
saturada, a solução torna-se insaturada;

 Sob condições adequadas, é possível formar soluções com maior quantidade de soluto que
o necessário para formar uma solução saturada. Tais soluções são supersaturadas;

23
Soluções saturadas e solubilidade

 Sob condições adequadas, é possível formar soluções com maior quantidade de soluto
que o necessário para formar uma solução saturada. Tais soluções são supersaturadas;

24
Fatores que afetam a solubilidade

 Em geral, quando outros fatores são comparáveis, quanto mais forte for a atração entre as
moléculas de soluto e solvente, maior será a solubilidade do soluto nesse solvente;

 Por conta das atrações dipolo-dipolo serem favoráveis entre as moléculas de solvente e
as moléculas do soluto, líquidos polares tendem a se dissolver em solventes polares;

 Líquidos que se misturam em todas as proporções, a exemplo da acetona e da água, são


miscíveis, enquanto aqueles que não se dissolvem em outro são imiscíveis;

25
Fatores que afetam a solubilidade

 Líquidos que se misturam em todas as proporções, a exemplo da acetona e da água, são


miscíveis, enquanto aqueles que não se dissolvem em outro são imiscíveis;

500 mL
500 mL Acetona
Água (CH3(CO)CH3)
(H2O)
Molécula
Molécula
polar
polar
26
Fatores que afetam a solubilidade

 Líquidos que se misturam em todas as proporções, a exemplo da acetona e da água, são


miscíveis, enquanto aqueles que não se dissolvem em outro são imiscíveis;

≈1000 mL
Acetona
+ água

27
Fatores que afetam a solubilidade

 Líquidos apolares tendem a ser insolúveis em líquidos polares;

Molécula Hexano
apolar
(C6H14)

Molécula Água
polar (H2O)

28
Fatores que afetam a solubilidade
 Muitos compostos orgânicos têm grupos polares ligados a uma estrutura apolar de
átomos de carbono e hidrogênio, e essas duas partes determinam a solubilidade desses
compostos em solventes polares e apolares;

 O número de átomos de carbono em um álcool, por exemplo, afeta a sua solubilidade em


água;

 À medida que esse número aumenta, o grupo OH polar torna-se uma parte ainda menor
da molécula, de modo que ela passa a se comportar mais como um hidrocarboneto;

29
Fatores que afetam a solubilidade

 À medida que esse número aumenta, o grupo OH polar torna-se uma parte ainda menor
da molécula, de modo que ela passa a se comportar mais como um hidrocarboneto;

30
Fatores que afetam a solubilidade
Ligação de hidrogênio entre
Ligação de hidrogênio entre moléculas de etanol e água
duas moléculas de etanol

Grupos OH presentes na molécula de glicose (C6H12O6)


aumentam a solubilidade em água por causa de sua
capacidade de formar ligações de hidrogênio com H2O

O ciclo-hexano (C6H12) que não possui


grupos OH polares, é essencialmente
insolúvel em água
31
Sítios de ligação de hidrogênio
Fatores que afetam a solubilidade
Apenas um grupo Muitos grupos
polar para interagir polares para interagir
com a água com a água
Maior parte da
molécula é apolar

32
Fatores que afetam a solubilidade
 A solubilidade de um gás em qualquer
solvente aumenta à medida que a
pressão parcial do gás que se
encontra logo acima do
solvente aumenta;

H2O

CO2

Equilíbrio 33
Fatores que afetam a solubilidade

H2O

CO2

A pressão é aumentada,
34
mais CO2 se dissolve
Fatores que afetam a solubilidade

H2O

CO2

O equilíbrio é
35
reestabelecido
Fatores que afetam a solubilidade
 A solubilidade de um gás em um solvente líquido aumenta proporcionalmente à pressão
parcial do gás que está logo acima da solução;

 A relação entre a pressão e a solubilidade do gás é expressa pela lei de Henry:

Sg = k P g
Sg = solubilidade do gás no solvente (normalmente expressa como
concentração em quantidade de substância, mol L−1);
k = constante da lei de Henry;
Pg = pressão parcial do gás sobre a solução.
William Henry 36
Fatores que afetam a solubilidade

Sg = k P g

O2

Solubilidade (mmol L−1)


CO

1,00
N2
0,50

He

0 0,50 1,00
Pressão parcial (atm)

37
Os mergulhadores que utilizam gases
comprimido devem se preocupar com a
solubilidade dos gases no sangue

Sg = k P g

38
Fatores que afetam a solubilidade
 A solubilidade da maior parte dos solutos sólidos em água aumenta à medida que a
temperatura da solução aumenta;

 Em contraste com solutos sólidos, a solubilidade de gases na água diminui com o


aumento da temperatura;

39
Fatores que afetam a solubilidade
Calcule a concentração de CO2 em um refrigerante
engarrafado com pressão parcial de CO2 de 4,0 atm sobre
o líquido a 25 °C. A constante da lei de Henry para o CO2
em água nessa temperatura é 3,1 × 10−2 mol L−1 atm−1.

Dadas a pressão parcial de CO2 (PCO2)e a constante da lei


de Henry (k) podemos usar a lei de Henry para calcular a
solubilidade do CO2 (SCO2);

SCO2 = k PCO2
mol mol
3,1 × 10
SCO2 = 0,12 −2 × 4,0 atm
L L atm 40
Expressando a concentração de uma solução
 A concentração de uma solução pode ser expressa de modo qualitativo ou quantitativo;

 Diz-se que uma solução com concentração relativamente pequena de soluto é diluída, e
que uma solução com uma grande concentração de soluto é concentrada;

 Uma das expressões quantitativas de concentração mais simples é o percentual em


massa de um componente em uma solução, dada por:

41
Expressando a concentração de uma solução

 Uma das expressões quantitativas de concentração mais simples é o percentual em


massa de um componente em uma solução, dada por:

massa do
% em massa do componente em solução
componente = × 100
massa total da solução

 Frequentemente, expressamos a concentração de soluções muito diluídas em partes


por milhão (ppm) ou partes por bilhão (ppb);

42
Expressando a concentração de uma solução
 Frequentemente, expressamos a concentração de soluções muito diluídas em partes por
milhão (ppm) ou partes por bilhão (ppb);

massa do
ppm
ppb do componente em solução
componente = × 10 6
9
massa total da solução

Uma solução é preparada dissolvendo-se 13,5 g de glicose


(C6H12O6) em 0,1000 kg de água. Qual é a porcentagem em
massa de soluto nessa solução?
43
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução é preparada dissolvendo-se 13,5 g de glicose
(C6H12O6) em 0,1000 kg de água. Qual é a porcentagem em
massa de soluto nessa solução?
Dadas a massa em gramas de soluto (13,5 g) e a massa
em gramas do solvente (0,100 kg = 100 g). Calculamos a
porcentagem em massa via equação:

% em massa de massa de glicose


glicose = massa total da solução
× 100
A massa da solução é a soma da massa do soluto
(glicose) e a massa do solvente (água);
44
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução é preparada dissolvendo-se 13,5 g de glicose
(C6H12O6) em 0,1000 kg de água. Qual é a porcentagem em
massa de soluto nessa solução?

% em massa de massa de glicose


glicose = massa total da solução
× 100

% em massa de 13,5 g
glicose = (13,5 + 100) g
× 100 = 11,9%

A porcentagem em massa de água nessa solução é


(100 − 11,9)% = 88,1%
45
Expressando a concentração de uma solução
Encontrou-se que uma amostra de 2,5 g de água de um poço
artesiano contém 5,4 µg de Zn2+. Qual é a concentração de
Zn2+ em parte por milhão?
Nos foi dado a massa em microgramas (µg) de soluto.
Como 1 µg = 1 × 10−6 g, 5,4 µg = 5,4 × 10−6 g.
Calculamos as parte por milhão usando a equação:

ppm do massa do soluto


componente
= massa total da solução
× 106

ppm do 5,4 × 10−6 g


componente = (2,5 + 5,4 × 10−6) g
× 106 = 2,2 ppm
46
Expressando a concentração de uma solução

 Geralmente, expressões de concentração são baseadas na quantidade de substância, em


mols de um ou mais componentes da solução;

 O símbolo “x” costuma ser usado para a fração molar, com um subscrito para indicar o
componente de interesse:

quantidade de substância
Fração molar do de um dado componente
componente = quantidade de substância total
de todos os componentes
47
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução de ácido clorídrico contém 36% de HCl em massa.
Calcule a fração em quantidade de substância de HCl na solução.

Supondo que existam exatamente 100 g de solução, para uma


solução 36% de HCl, teremos 36 g de HCl e 64 g de H2O;

Para calcular a fração em quantidade de substância de HCl,


convertemos as massas de HCl e H2O em quantidade de
substância:

Quantidade de 1 mol de HCl


substância de HCl = 36 g de HCl ×
36,5 g de HCl
= 0,99 mol
Quantidade de 1 mol de H2O
substância de H2O = 64 g de H2O ×
18 g de H2O
= 3,6 mol 48
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução de ácido clorídrico contem 36% de HCl em massa.
Calcule a fração em quantidade de substância de HCl na solução.

Em seguida utilizamos a equação:

quantidade de substância
Fração molar do de um dado componente
componente = quantidade de substância total
de todos os componentes

nHCl 0,99 mol


xHCl = nH2O + nHCl
= (3,6 + 0,99) mol
= 0,22
49
Expressando a concentração de uma solução
 A concentração em quantidade de substância ou concentração de quantidade, c, (mol L−1
ou M) de um soluto em uma solução é definida como:

quantidade de
Concentração em substância de soluto
quantidade de substância = litros de solução

Uma solução contém 5,0 g de tolueno (C7H8) e 225 g de


benzeno (C6H6), bem como densidade de 0,876 g mL−1. Calcule
a concentração em quantidade de substância da solução.

50
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução contém 5,0 g de tolueno (C7H8) e 225 g de
benzeno (C6H6), bem como densidade de 0,876 g mL−1. Calcule
a concentração em quantidade de substância da solução.

A quantidade de substância do soluto é:

Quantidade de 1 mol de C7H8


substância de C7H8 = = 0,054 mol
5,0 g de C7H8 ×
92 g de C7H8

A densidade da solução é usada para converter a massa da


solução para seu volume:

Volume da solução 1 mL de solução


em mililitros = 230 g de solução ×
0,876 g de solução
= 263 mL
51
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução contém 5,0 g de tolueno (C7H8) e 225 g de
benzeno (C6H6), bem como densidade de 0,876 g mL−1. Calcule
a concentração em quantidade de substância da solução.

A concentração em quantidade de substância (c) é a


quantidade de matéria do soluto por litro de solução:
quantidade de
Concentração em substância de soluto
quantidade de substância = litros de solução

0,054 mol de C7H8 1.000 mL de solução mol


cC7H8 = × = 0,21 L
263 mL de solução 1 L de solução
52
Expressando a concentração de uma solução

 A molalidade de uma solução, denotada b, é uma unidade de concentração que também


se baseia em mols de soluto. A molalidade é igual à quantidade de substância em mols
de soluto por quilograma de solvente (mol kg −1 ou m):

quantidade de substância de soluto


Molalidade =
quilogramas de solvente

Uma solução é preparada pela dissolução de 4,35 g de glicose


(C6H12O6) em 25,0 mL de água. Calcule a molalidade de glicose
na solução. 53
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução é preparada pela dissolução de 4,35 g de glicose
(C6H12O6) em 25,0 mL de água. Calcule a molalidade de glicose
na solução.

Para calcular a molalidade, devemos determinar a quantidade


de substância de soluto (glicose) e a massa em quilogramas de
solvente (água);

Usamos a massa molar de glicose (180,2 g mol−1) para converter


gramas em mols:

Quantidade de
1 mol de C6H12O6
substância de = 4,35 g de C6H12O6 × 180,2 g de C H O = 0,0241 mol
6 12 6
C6H12O6 54
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução é preparada pela dissolução de 4,35 g de glicose
(C6H12O6) em 25,0 mL de água. Calcule a molalidade de glicose
na solução.

Como a água tem uma densidade de 1,00 g mL−1, a massa de


solvente é:

Massa do solvente 1,00 g de H2O 1 kg de H2O


em quilogramas
= 25 mL de H2O ×
1 mL de H2O
×
1.000 g de H2O

Massa do solvente
em quilogramas = 0,0250 kg

55
Expressando a concentração de uma solução
Uma solução é preparada pela dissolução de 4,35 g de glicose
(C6H12O6) em 25,0 mL de água. Calcule a molalidade de glicose
na solução.

Finalmente calculamos a molalidade (b) a partir da equação:

quantidade de substância de soluto


Molalidade = quilogramas de solvente

0,0241 mol de C6H12O6 mol


bC H
6 12O6 = 0,0250 kg de H2O
= 0,964 kg
56
Expressando a concentração de uma solução

Molalidade
Massa de solvente
(mol/kg de solvente)

Massa molar Quantidade


Massa de soluto de substância
de soluto

Massa da solução

Densidade
Concentração em
quantidade de
Volume da solução
substância
(mol/L de solução)
57
Estequiometria - Soluções

 Numa prática de titulação de doseamento de ácido acético (CH3COOH) em vinagre foi


utilizado uma solução preparada e padronizada de NaOH (0,1020 mol L-1) pelos alunos
do curso de engenharia civil. Na prática foi titulado 1g de vinagre e foi obtido o valor de
4,8% de ácido nessa amostra, lembrando que foi utilizado como indicador a
fenolftaleína. Com os dados supracitados, calcule o volume gasto em mL da solução de
NaOH nessa titulação no ponto de equivalência?
 (M.M.AA = 60 g/mol; M.M.NaOH= 40 g/mol)

58
Propriedades coligativas
 Algumas propriedades físicas das soluções diferem em aspectos importantes daquelas
do solvente puro;

 A redução do ponto de congelamento e o aumento do ponto de ebulição, por exemplo,


são propriedades físicas das soluções que dependem da quantidade (concentração),
mas não do tipo ou da identidade das partículas de soluto;

59
Propriedades coligativas 60

 Tais propriedades são chamadas de propriedades coligativas;

Coligativa significa “que depende do conjunto”, ou seja, propriedades


coligativas dependem do efeito conjunto do número de partículas de soluto.

60
Propriedades coligativas

 Além da redução do ponto de congelamento e do aumento do ponto de ebulição, a


redução da pressão de vapor e a redução da pressão osmótica também são
propriedades coligativas;

 A pressão de vapor representa a pressão exercida pelo vapor quando ele está em
equilíbrio com o líquido (isto é, quando a velocidade de vaporização se iguala à
velocidade de condensação);

61
Propriedades coligativas
 A pressão de vapor representa a pressão exercida pelo vapor quando ele está em
equilíbrio com o líquido (isto é, quando a velocidade de vaporização se iguala à
velocidade de condensação);

Pressão de vapor

Somente
solvente 62
Propriedades coligativas

Pressão de vapor

Solvente + soluto
63
Propriedades coligativas
 Uma substância que não tem uma pressão de vapor mensurável é considerada não
volátil, enquanto aquela que apresenta pressão de vapor é volátil;

 Uma solução que consiste em um solvente líquido volátil e um soluto não volátil é
formada espontaneamente em razão do aumento da entropia que acompanha a
mistura;

 Efetivamente, as moléculas de solvente são estabilizadas em seu estado líquido por


esse processo e, portanto, têm uma tendência menor de escapar para o estado de
vapor;
64
Propriedades coligativas
 Efetivamente,
Idealmente, a pressão de vapor
as moléculas de um solvente
de solvente volátil acima
são estabilizadas em
de uma
seu solução
estado que
líquido contém
por um soluto
esse processo e, não volátiltêm
portanto, é uma
proporcional
tendência à concentração
menor do solvente
de escapar para nade
o estado solução;
vapor;

Partícula de solvente volátil Partícula de soluto não volátil

Adiciona-se
soluto não
volátil

Redução da velocidade de Equilíbrio reestabelecido


Equilíbrio vaporização por causa da com menos moléculas
presença de soluto não volátil na fase gasosa

65
Propriedades coligativas
 Essa relação é expressa quantitativamente pela lei de Raoult:

Psolução = xsolvente P°solvente


Psolução = Pressão parcial exercida pelo vapor de solvente
acima da solução;
xsolvente = fração molar do solvente; François-Marie
°
Psolvente = pressão de vapor do solvente puro.
Raoult
 Um gás ideal é definido como aquele que
obedece à equação do gás ideal, e uma
solução ideal é definida como aquela
que obedece à lei de Raoult; 66
Propriedades coligativas
A glicerina (C3H8O3) é um não-eletrólito não-volátil com
densidade de 1,26 g mL−1 a 25 °C. Calcule a pressão de
vapor a 25 °C de uma solução preparada pela adição de
50,0 mL de glicerina a 500,0 mL de água. A pressão de
vapor da água pura a 25 °C é 23,8 torr.

Para calcular a fração molar de água na solução, devemos


determinar as quantidades de substâncias de C3H8O3 e H2O:
Quantidade
50,0 mL 1,26 g de C3H8O3 1 mol de C3H8O3
de substância = de C3H8O3 × 1 mL de C3H8O3 × 92,1 g de C3H8O3
de C3H8O3
Quantidade
de substância = 0,684 mol
67
de C3H8O3
Propriedades coligativas
A glicerina (C3H8O3) é um não-eletrólito não-volátil com
densidade de 1,26 g mL−1 a 25 °C. Calcule a pressão de
vapor a 25 °C de uma solução preparada pela adição de
50,0 mL de glicerina a 500,0 mL de água. A pressão de
vapor da água pura a 25 °C é 23,8 torr.

Quantidade
500,0 mL 1,00 g de H2O 1 mol de H2O
de substância = de H2O × 1 mL de H2O × 18,0 g de H2O
de H2O
Quantidade
de substância = 27,8 mol
68
de H2O
Propriedades coligativas
A glicerina (C3H8O3) é um não-eletrólito não-volátil com
densidade de 1,26 g mL−1 a 25 °C. Calcule a pressão de
vapor a 25 °C de uma solução preparada pela adição de
50,0 mL de glicerina a 500,0 mL de água. A pressão de
vapor da água pura a 25 °C é 23,8 torr.

nH2O 27,8 mol


xH2O = nH2O + nC3H8O3
= (27,8 + 0,684) mol
= 0,976

69
Propriedades coligativas
A glicerina (C3H8O3) é um não-eletrólito não-volátil com
densidade de 1,26 g mL−1 a 25 °C. Calcule a pressão de
vapor a 25 °C de uma solução preparada pela adição de
50,0 mL de glicerina a 500,0 mL de água. A pressão de
vapor da água pura a 25 °C é 23,8 torr.

Agora usaremos a lei de Raoult para calcular a pressão de


vapor de água para a solução:

Psolução = xsolvente P°solvente


PH O = xH O P°H O
2 2 2

PH O = (0,976) (23,8 torr) = 23,2 torr


2
70
Propriedades coligativas
 Como vimos, a adição de um soluto não volátil reduz a pressão de vapor da solução;

 Assim, a curva de pressão de vapor da solução é deslocada para baixo em relação à


curva de pressão de vapor do solvente puro:

Líquido

Pressão de vapor

Sólido
Pressão de vapor
do solvente
líquido puro
Pressão
de vapor
da solução
Gás

Temperatura
71
Propriedades coligativas
 Como a solução tem uma pressão de vapor mais baixa que a do solvente puro, uma
temperatura mais elevada será necessária para que a solução alcance uma pressão de
vapor de 1 atm;

 Como resultado, o ponto de ebulição da solução é maior que o do solvente puro;

1 atm
Líquido

Pressão de vapor

Sólido
Ponto de
Ponto de ebulição ebulição da
Gás solução
do solvente puro
Temperatura ∆Te 72
Propriedades coligativas
 A elevação do ponto de ebulição (∆Te) é proporcional à concentração total de partículas
de soluto, independentemente do fato de as partículas serem moléculas ou íons;

 A variação no ponto de ebulição de uma solução em comparação à do solvente puro é:

∆Te = Te(solução) − Te(solvente) = i Ke b


i = fator de van’t Hoff (número de partículas formadas em solução quando um dado soluto
é separado por um determinado solvente. Para um não eletrólito, sempre podemos
considerar i = 1. Para um eletrólito, i vai depender de como a substância se ioniza ou
se dissocia naquele solvente);
Ke = constante molal de elevação do ponto de ebulição para o solvente;
73
b = molalidade do soluto;
Propriedades coligativas

 O ponto de congelamento de uma solução é a temperatura na qual os primeiros cristais


de solvente puro são formados em equilíbrio com a solução;

 É fácil visualizar na figura a seguir que a temperatura do ponto triplo da solução é mais
baixa que a do líquido puro, mas isso também pode ser notado em todos os pontos da
curva de equilíbrio sólido-líquido: o ponto de congelamento da solução é mais baixo que
o do líquido puro;

74
Propriedades coligativas
 É fácil visualizar na figura a seguir que a temperatura do ponto triplo da solução é mais
baixa que a do líquido puro, mas isso também pode ser notado em todos os pontos da
curva de equilíbrio sólido-líquido: o ponto de congelamento da solução é mais baixo que
o do líquido puro;

Pressão de vapor
Líquido do solvente

Pressão de vapor
líquido puro

Sólido
Ponto triplo
Pressão
do solvente
de vapor
puro
da solução

Ponto triplo da Gás


solução

Pressão de vapor do Temperatura 75


solvente sólido puro
Propriedades coligativas

Pressão de vapor
Líquido

Sólido
Gás

Ponto de congelamento
do solvente puro
Ponto de congelamento
da solução ∆Tc Temperatura

76
Propriedades coligativas
 Assim como a elevação do ponto de ebulição, a alteração no
ponto de congelamento (ΔTc) é diretamente proporcional à
molalidade do soluto (b), considerando o fator de van’t Hoff (i):

∆Tc = Tc(solução) − Tc(solvente) = −i Kc b


A constante de proporcionalidade Kc é a constante molal da
redução do ponto de congelamento, análoga à Ke para a
elevação do ponto de ebulição

 Observe que, como a solução congela a uma temperatura


mais baixa que o solvente puro, o valor de ΔTc é negativo; 77
Propriedades coligativas

Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol


(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

78
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

Com base na solução contendo 25,0% em massa de um


soluto não eletrolítico e não volátil, devemos calcular os
pontos de ebulição e congelamento da solução;

Para fazer isso, será necessário calcular a elevação do ponto


de ebulição e a redução do ponto de congelamento;
Mas primeiro devemos calcular a concentração da solução
como molalidade;
79
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

Para isso, devemos, por conveniência, consideram que temos


1.000 g de solução. Como a solução é 25,0% em massa de
etilenoglicol, as massas de etilenoglicol e água são de 250 e
750 g, respectivamente;

A molalidade (b) da solução é calculada da seguinte maneira:

mols de C2H6O2 250 g de C2H6O2 1 mol de C2H6O2 1.000 g de H2O


molalidade = = × ×
kg de H2O 750 g de H2O 62,1 g de C2H6O2 1 kg de H2O
80
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

mol
molalidade = 5,37 = 5,37 m
kg
81
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

Podemos agora usar as equações da elevação do ponto de


ebulição e a redução do ponto de congelamento para
calcular as variações nos pontos de ebulição e congelamento
(como o etilenoglicol é um não eletrólito, i = 1);

°C
∆Te = i Ke b = 1 × 0,51 × 5,37 m
m
∆Te = 2,7 °C 82
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

°C
∆Tc = −i Kc b = −1 × 1,86 × 5,37 m
m
∆Tc = − 10,0 °C 83
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

Na sequência podemos obter os pontos de ebulição e


congelamento;

∆Te = Te(solução) − Te(solvente)


2,7 °C = Te(solução) − 100 °C
Te(solução) = 102,7 °C 84
Propriedades coligativas
Anticongelantes automotivos contêm etilenoglicol
(CH2(OH)CH2(OH), um não eletrólito não volátil, em água.
Calcule o ponto de ebulição e o ponto de congelamento de
uma solução 25,0% em massa de etilenoglicol em água.

∆Tc = Tc(solução) − Tc(solvente)


−10,0 °C = Tc(solução) − 0,0 °C
Tc(solução) = −10,0 °C 85
Propriedades coligativas

 Certos materiais, incluindo muitas membranas de sistemas biológicos e substâncias


sintéticas como o celofane, são semipermeáveis;

 Quando em contato com uma solução, esses materiais permitem que apenas íons ou
moléculas pequenas (e.g. moléculas de água) atravessem sua rede de poros
minúsculos;

 No processo chamado de osmose, consideraremos duas soluções (ou uma solução e um


solvente puro) separadas por uma membrana semipermeável;

86
Propriedades coligativas
 No processo chamado de osmose, consideraremos duas soluções (ou uma solução e um
solvente puro) separadas por uma membrana semipermeável;

Inicialmente
O movimento global de H2O
ocorre do lado da água pura em
direção ao lado da solução

87
Propriedades coligativas
 O movimento global do solvente é sempre em direção à solução com a menor
concentração de solvente (maior de soluto), como se as soluções fossem levadas a atingir
concentrações iguais;

No equilíbrio, o fluxo
de H2O é igual em ambas
No equilíbrio
as direções, de modo que
não há movimento
global de H2O

88
Propriedades coligativas
 Se uma pressão externa igual à pressão osmótica é aplicada à solução, os níveis de
líquido nos dois braços podem ser igualados;

A pressão que interrompe


a osmose é chamada de
pressão osmótica (П)
da solução

89
Propriedades coligativas
 A pressão osmótica obedece a uma lei semelhante na forma à lei do gás ideal:

n
П = i R T = ic R T
V
i = fator de van’t Hoff;

n = quantidade de substância em mols de soluto;

V = volume da solução;

R = constante do gás ideal;

T = temperatura absoluta;

c = concentração em quantidade de substância da solução; 90


Propriedades coligativas
 Se duas soluções, de pressão osmótica idêntica, forem separadas por uma membrana
semipermeável, não ocorrerá osmose;

 As duas soluções são isotônicas entre si. Se uma solução tiver pressão osmótica mais
baixa, ela será hipotônica em relação à solução mais concentrada;

 A solução mais concentrada é hipertônica em relação à solução diluída;

91
As setas representam o movimento
global das moléculas de água Baixa
concentração
Alta de soluto
concentração
de soluto

Baixa
concentração
de soluto Alta
concentração
de soluto

A hemácia em meio Hemólise de hemácia


Crenação coloca em
isotônico não incha colocada em ambiente
ambiente hipertônico
nem encolhe hipotônico
92
Propriedades coligativas
A pressão osmótica média do sangue é 7,7 atm a 25 °C.
Qual concentração em quantidade de substância de
glicose (C6H12O6) será isotônica com o sangue?

Devemos calcular a concentração de glicose em água que


seria isotônica com o sangue, uma vez que a pressão
osmótica do sangue a 25 °C é 7,7 atm.

Como temos a pressão osmótica e a temperatura podemos


encontrar a concentração a partir da equação (como a
glicose é um não eletrólito, i = 1):

П = ic R T
93
Propriedades coligativas
A pressão osmótica média do sangue é 7,7 atm a 25 °C.
Qual concentração em quantidade de substância de
glicose (C6H12O6) será isotônica com o sangue?

П 7,7 atm
c= =
iRT atm L
1 × 0,0821 × 298 K
mol K

c = 0,31 mol
= 0,31 M
L
94
Coloides
 Algumas substâncias parecem inicialmente se dissolver em um solvente, mas, com o
tempo, separam-se do solvente puro;

 Por outro lado, as partículas dispersas em uma solução verdadeira são pequenas;

 Entre esses dois extremos ficam as partículas dispersas maiores que as moléculas
típicas, mas não tão grandes a ponto de os componentes da mistura se separarem sob a
influência da gravidade;

95
Coloides

 Esses tipos intermediários de dispersão são chamados de dispersões coloidais, ou


simplesmente coloides;

 Coloides (Ø = 5 a 1000 nm) representam a linha divisória entre as soluções e as


misturas heterogêneas;

96
Coloides
 Embora partículas coloidais possam ser tão pequenas que a dispersão pareça ser
uniforme, mesmo sob um microscópio, elas são grandes o suficiente para dispersar a luz;

97
Coloides
 Essa dispersão de luz por partículas coloidais, conhecida como efeito Tyndall, torna
possível que o feixe de luz seja visto de um automóvel em uma estrada de terra
empoeirada, ou a luz do sol por entre as árvores ou as nuvens;

Água Coloide

John Tyndall 98
Coloides

 Os coloides mais importantes são aqueles em que o meio de dispersão é a água. Esses
coloides podem ser hidrofílicos (“que têm afinidade por água”) ou hidrofóbicos (“que têm
aversão à água”);

 Uma molécula hidrofílica se dobra de maneira que seus grupos hidrofóbicos ficam
afastados das moléculas de água, no interior da molécula dobrada, enquanto seus grupos
hidrofílicos e polares ficam na superfície, interagindo com as moléculas de água;

99
Coloides Grupos hidrofílicos polares e grupos
 Os grupos hidrofílicos geralmente têm
carregados naoxigênio
superfície (O) ou
da molécula
ajudam a molécula a permanecer dispersa
nitrogênio (N) e, muitas vezes, são espécies
em água carregadas;
e outros solventes polares

100
Coloides

 Coloides hidrofóbicos podem ser dispersos em água somente se estiverem estabilizados


de alguma maneira;

 Caso contrário, sua ausência natural de afinidade com a água faz com que eles se
aglutinem e acabem se separando da água;

 Um método de estabilização envolve a adsorção de íons na superfície das partículas


hidrofóbicas;

101
Íon
Na+ + − estearato
+− +
O
+ −
CH3(CH2)16CO−
− Gota de
óleo Ponta Ponta
hidrofóbica hidrofílica
− +

+
− +

102
− +
• Obrigado.
• zecaufes@gmail.com
• 21967285386

103

Você também pode gostar