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Ligação Covalente
Na TLV, o acumulo de densidade eletrônica entre dois núcleos pode ser considerado como o que ocorre
quando um orbital atomico de valência de um átomo se funde com o do outro átomo. Diz-se, então, que
os orbitais compartilham uma região do espaço, ou superpõe-se. A superposição de orbitais permite
que dois elétrons de spins contrários compartilhem um espaço comum entre os núcleos, formando uma
ligação covalente.
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Ex. Formação da ligação covalente na molécula de H2:
Ligação σ: a densidade eletrônica de uma ligação σ é maior ao longo do eixo da ligação → SÃO
FRONTAIS
2
Um elétron desemparelhado do átomo de flúor ocupa um orbital 2p e o do hidrogênio
ocupa o orbital 1s.
3
Existe um único elétron em cada um dos três orbitais 2p de cada átomo.
Apenas um dos três orbitais (px, py, pz) pode se sobrepor como os orbitais s, formando uma
ligação sigma. Os outros dois ficam em posição perpendicular e só podem sobrepor-se lado a lado. Esta
sobreposição resulta em uma ligação π, uma ligação onde os dois elétrons se encontram nos dois
lóbulos, um de cada lado do eixo internuclear.
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Figura 3. Sobreposições de orbitais p – ligação sigma e pi.
Embora uma ligação π apresente densidade eletrônica em cada lado do eixo internuclear, há
somente uma ligação, com a nuvem de elétrons se apresentando em forma de dois lóbulos.
Podemos generalizar a partir destes exemplos a descrição de uma espécie de ligação múltipla
de acordo com a teoria de ligação de valência.
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Uma ligação tripla é uma ligação σ e duas π.
•A teoria da hibridização, tenta explicar as ligações químicas, à nível de orbitais ,que não podem ser
justificadas pela distribuição eletrônica fundamental.
Exemplo: CH4
Sabe-se que o carbono é tetravalente e, fará uma ligação com cada um dos átomos de hidrogênio.
H
│
H─C─H Estrutura de Lewis
│
H
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No estado fundamental o carbono só pode fazer duas ligações covalentes, pois possui
apenas dois orbitais semipreenchidos. Portanto, para formar as quatro ligações, os elétrons
emparelhados no orbital 2s do carbono precisarão ser desemparelhados, promovendo um
destes dois elétrons ao orbital p vazio. É o que chamamos de carbono ativado.
Hibridização de orbitais
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Hibridização sp3 do carbono
Cada átomo de C tem um elétron desemparelhado em cada um de seus quatro orbitais híbridos
sp3, podendo então formar quatro ligações σ dirigidas aos cantos de um tetraedro regular.
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Ex.: CH4
Como vimos, orbitais que formarão ligações do tipo pi precisam estar paralelos. Por esta razão,
orbitais que participarão de uma ligação pi não poderão estar hibridizados.
Como exemplo, temos as moléculas de eteno (C2H4) e o dióxido de carbono (CO2) como exemplos.
Estruturas de Lewis:
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Cada carbono da molécula de eteno tem uma ligação do tipo π e três do tipo σ. No dióxido de
carbono são duas ligações π para um só carbono. Então, cada carbono do eteno terá que “reservar” um
dos orbitais p para fazer a ligação π. Da mesma forma, o carbono do CO2 terá de “reservar” dois de
seus orbitais do tipo p.
No primeiro caso, da molécula eteno, a hibridação dos carbonos seria do tipo sp2, conforme o
esquema abaixo:
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A molécula de eteno (C2H4) tem o carbono com hibridização sp2:
As duas ligações , formadas pelos orbitais híbridos sp, estarão separadas por um ângulo de
180°, dando origem a uma geometria linear. As ligações são perpendiculares entre si (como os
orbitais p não hibridizados).
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Na abaixo, uma das ligações é formada ao longo do eixo z (orbitais p azuis) enquanto a
outra é formada no eixo x (orbitais p vermelhos).
Um arranjo linear requer dois orbitais híbridos, então misturamos um orbital s com um orbital p
para obtermos dois orbitais híbridos sp.
Ex. C2H2
Quando são formadas ligações triplas, como neste exemplo, uma ligação p está sempre acima
e abaixo e a outra está à frente e atrás do plano dos núcleos.
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Hibridizacao sp2 do boro
Exceção a regra do octeto.
Geometria Trigonal Planar: ângulos de 120°
Exemplo: BF3
5
B: 1s2 2s2 2p1
sp2
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Hibridização sp do berílio
Exemplo: BeCl2
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Be:1s2 2s2 2po
Assim como o boro, o berílio pode receber pares de elétrons para completar o octeto.
Ex: BCl3- e BCl42- :
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Outros exemplos
Amônia (NH3)
Pela geometria dos pares de elétrons prevê-se uma hibridização sp3 para acomodar os quatro pares
de elétrons no nitrogênio.
↓
O par de életrons isolados é atribuído a um dos orbitais sp3.
↓
A geometria ao redor do N é um fato: a hibridização é uma forma de racionalizá-la!
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Exemplo: H2O O: 1s2 2s2 2p4
Orbitais sp3 para a H2O com os 2 pares de elétrons ocupando orbitais híbridos sp3.
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Expansão do octeto - Hibridização sp3d e sp3d2
3
•Os arranjos de bipirâmide trigonais necessitam de hibridização sp d.
3 2
•Os arranjos octaédricos requerem hibridização sp d .
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A tabela abaixo apresenta resumidamente a relação entre o arranjo de elétrons e o tipo de
hibridização. Não importa quantos orbitais atômicos são misturados, o número de orbitais híbridos é sempre
o mesmo que o número de orbitais atômicos iniciais. Então, N orbitais atômicos produzem N orbitais híbridos.
O MODELO VSERP
(valence shell electron repulsion pair):
repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência.
As posições dos elétrons de valência (ligados e isolados) definem os ângulos entre as ligações.
VSERP: útil para predizer estruturas de moléculas e íons de elementos do grupo principal.
Exemplo: Balões!
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Imagine que cada volume do balão representa uma força repulsiva que impedem outros balões de
ocuparem o mesmo espaço.
Os arranjos geométricos minimizam as alterações entre os balões (forças repulsivas).
Esse exemplo dos balões é válido para moléculas com átomos centrais rodeados somente por
pares ligantes.
GEOMETRIA MOLECULAR:
Arranjo espacial do átomo central e dos átomos diretamente ligados a ele.
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Pares isolados de elétrons sobre o átomo central ocupam posições espaciais, mesmo
que suas localizações não sejam incluídas na descrição da forma da molécula ou íon.
•Quando damos nome à geometria molecular, focalizamos somente na posição dos átomos.
Exemplo: NH3
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EFEITOS DOS PARES ISOLADOS SOBRE OS ÂNGULOS DAS LIGAÇÕES:
Pares ligantes estão envolvidos em regiões ligantes entre os átomos por fortes forças atrativas dos
prótons nos 2 núcleos e, portanto, são relativamente compactos.
Pares isolados sendo mais volumosos fazem com que os pares de ligação fiquem mais
próximos!
PAR ISOLADO – PAR ISOLADO > PAR ISOLADO – PAR LIGANTE > PAR LIGANTE – PAR
LIGANTE
Exemplo: Uso do modelo VSERP considerando as diferenças espaciais de pares isolados e ligados na
previsão da geometria de CH4, NH3 e H2O.
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TETRAÉDRICA PIRÂMIDE TRIGONAL ANGULAR
4 pares ligantes 3 pares ligantes 2 pares ligantes
1 par isolado 2 pares isolados
Ângulos de ligação diminuem com o aumento do número de pares isolados no átomo central.
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Cada posição equatorial: 2 grupos vizinhos → 1) axiais: a 90°
2) equatoriais: a 120°
Conseqüentemente, cada posição axial tem 3 vizinhos axiais a 90°
Um par isolado axial repele fortemente três pares de elétrons, mas um par isolado
equatorial repele fortemente somente dois pares. Desta forma, é melhor para um par isolado ser
equatorial.
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5 disposições pares de elétrons: AB5, AB4E, AB3E2 e AB2E3
E (par de elétron não ligado)
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6 disposições de pares de elétrons: AB6, AB5E e AB4E2
Uma molécula AX4E2, que tem um arranjo octaédrico dos pares eletrônicos, dois dos quais são
pares isolados. Os dois pares estarão o mais afastado possível um do outro, quando se encontrarem
em posições opostas. Desta forma, os átomos ligados aos pares remanescentes se encontrarão em um
plano apontando para os cantos de um quadrado, resultando em uma molécula planar.
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Exemplo: Prediga a forma molecular do ICl4-
I: 7ē
Cl: 7ē X 4 = 28ē
carga: +1ē
total de elétrons: 36ē
Por quê?
Pares de elétrons envolvidos nas ligações múltiplas são todos compartilhados entre os mesmos 2
núcleos. Logo, ocupam a mesma região no espaço.
Assim, contribuem para a geometria molecular da mesma maneira que a ligação simples.
Exemplo: CO2:
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Estrutura de Lewis:
·· ··
O=C=O
·· ··
ESTRUTURAS RESSONANTES:
Geometria molecular pode ser predita por qualquer uma das formas ressonantes ou da estrutura híbrida
ressonante.
2-
Exemplo: CO3 :
Estrutura de Lewis de uma das formas ressonantes:
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RESUMINDO:
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA MOLECULAR:
27
-
Exemplo: NO3 e XeOF4:
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Exemplo: SiCl4 (cloreto de silício) → Si 4ē
Cl 7ē X 4 = 28ē
total: 32ē (ou 16 pares de ē)
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Teoria do Orbital Molecular
(TOM)
A teoria da ligação de valência e os orbitais híbridos permitem-nos um caminho direto a
partir das estruturas de Lewis para racionalizar as geometrias observadas das moléculas em termos de
orbitais atômicos, mas não pode explicar as propriedades de algumas moléculas.
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A formação de orbitais moleculares:
Segundo a TOM os elétrons ocupam orbitais chamados ORBITAIS MOLECULARES, resultado da
combinação dos orbitais atômicos.
ORBITAIS MOLECULARES – são resultados da combinação linear dos orbitais atômicos, o que
matematicamente significa que funções matemáticas foram combinadas resultando em novas funções
matemáticas, que se espalham por toda a molécula.
PRINCÍPIOS DA TOM
A TOM foi desenvolvida baseada em 4 princípios:
1º PRINCÍPIO: o número total de orbitais moleculares é sempre igual ao número total de orbitais
atômicos fornecidos pelos átomos que se combinaram.
A combinação de dois orbitais atômicos gera dois novos orbitais, chamados de orbitais moleculares, da
mesma forma que a combinação de n orbitais atômicos gera n orbitais moleculares.
SEMPRE QUE UM PAR DE ORBITAIS ATÔMICOS FOREM COMBINADOS, DOIS ORBITAIS MOLECULARES
SÃO FORMADOS: UM ORBITAL MOLECULAR LIGANTE E UM ORBITAL MOLECULAR ANTILIGANTE.
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ORBITAL MOLECULAR LIGANTE: resultado da sobreposição das funções de onda dos orbitais
atômicos de mesmo sinal.
↓
Maior probabilidade de encontrar elétrons na região da ligação situada entre os 2 núcleos –
INTERFERÊNCIA CONSTRUTIVA.
↓
ORBITAL σ: região de probabilidade eletrônica diretamente sobre o eixo da ligação.
A probabilidade de encontrar um elétron entre os núcleos é reduzida – região nodal entre dois núcleos –
o que significa que esses dois núcleos estão sob a ação um do outro sem elétrons entre eles para
minimizar as repulsões.
↓
Sem densidade eletrônica entre os núcleos, eles se repelem.
↓
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Conseqüência: enfraquecimento da ligação química (ou em alguns casos, rompimento da
ligação).
*
ORBITAL MOLECULAR ANTILIGANTE: denominado σ1s
Portanto,
Interferência destrutiva
Interferência construtiva
33
2º PRINCÍPIO: O orbital molecular ligante tem energia mais baixa do que os orbitais atômicos originais,
e o orbital antiligante tem energia mais elevada.
↓
A energia de um grupo de átomos é mais baixa do que a energia dos átomos separados quando os
elétrons são atribuídos a OM ligantes → o sistema é estabilizado.
3º PRINCÍPIO: Os elétrons da molécula são atribuídos primeiro aos orbitais de baixa energia e, só
depois, aos orbitais de maior energia.
↓
Os elétrons ocupam os orbitais disponíveis de baixa energia.
↓
Quando 2 elétrons ocupam o mesmo orbital, seus spins são emparelhados.
↓
Se mais de 1 OM de mesma energia estiver disponível, os elétrons ocupam 1 a 1 orbitais vazios com
spins paralelos, e só então emparelham-se (Regra de Hund).
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DIAGRAMA DE OM PARA O He2:
ORDEM DE LIGAÇÃO:
ordem de ligação: pode ser inteira ou fracionária. Serve para prever a existência de uma molécula!
Exemplo: Considere o íon He2+. Descreva sua configuração eletrônica em termos de orbitais
moleculares e dê a ordem de ligação. Esse íon existe ou não?
2
He: 1s2
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He2 → 4 elétrons (NÃO EXISTE)
He2+ → 3 elétrons
4º PRINCÍPIO: Orbitais atômicos combinam-se para formar orbitais moleculares de forma mais eficaz
quando os orbitais atômicos possuem energias semelhantes.
2
3Li:1s 2s1 (1s e 2s possuem energias bem diferentes)
↓
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Logo: OM de Li2: (σ1s)2 (σ1s*)2 (σ2s)2
O efeito ligante dos elétrons σ1s é cancelado pelo efeito antiligante dos elétrons σ1s* (esses elétrons
não têm nenhuma contribuição líquida para a ligação).
OBS:
A ligação na molécula de Li2 deve-se ao par de elétrons σ2s.
↓
Os elétrons das camadas internas podem ser ignorados!
2
4Be:1s 2s2 → usar o diagrama acima!
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Diagrama de orbitais moleculares para a Molécula de Be2
Considere agora o íon Be2+. Descreva sua configuração eletrônica em termos de orbitais moleculares e
dê a ordem de ligação. Esse íon existe ou não?
2
4Be:1s 2s2
Be2 → 8 elétrons (NÃO EXISTE)
Be2+ → 7 elétrons
Be2 = (σ1s)2 (σ1s*)2(σ2s)2 (σ2s*)2
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Diagrama de orbitais moleculares para a Molécula de Be+2
Moléculas Diatômicas Homonucleares (B2 até Ne2) - elementos com orbitais de valência s e p
Existe um total de oito orbitais atômicos (um s e três p para cada um dos átomos), então, podemos
esperar construir oito orbitais moleculares.
relação aos orbitais 2s dos dois átomos, formando dois orbitais moleculares, ligante (orbital σ2s) e outro
*
antiligante (orbital σ2s ).
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Os três orbitais 2p de cada átomo podem sobrepor-se de duas maneiras distintas. Os
dois orbitais 2p que estão diretamente direcionados ao longo do eixo internuclear formam um orbital
ligante σ (σ
σ2p) e um orbital antiligante σ* (σ
σ*2p) onde se sobrepõem.
Os outros dois orbitais 2p, que são perpendiculares ao eixo da ligação sigma formada
π2p e dois antiligantes π*2p são formados a partir de suas sobreposições. Esses dois orbitais
moleculares, π2p, têm a mesma energia, ou seja, são duplamente degenerados. Similarmente, os
s + s (σ , σ*)
p + p (σ , σ*)
p + p (π, π*)
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Representação de superfície limite dos orbitais moleculares formados pelos orbitais 2p dos dois átomos.
dos dois orbitais 2p que ocorrerão de forma paralela (formação de OM π2p). Como conseqüência, o OM
ligante σ2p é mais baixo em energia que os OMs π2p, e o OM antiligante σ2p*é mais alto em energia
que os OMs π*2p.
Antes de podermos adicionar elétrons ao diagrama de níveis de energia, existe um efeito que
devemos observar. Temos construído os diagramas considerando que não existe interação entre o
orbital 2s de um átomo e os orbitais 2p do outro. Essas interações afetam a energia dos orbitais
moleculares σ2s e σ2p, de tal forma que esses OMs separam-se mais em energia, o σ2s cai em energia
eo σ2p sobe em energia. Essas interações 2s-2p são fortes o suficiente para que a ordem energética
dos OMs possa ser alterada: para B2, C2 e N2 o OM σ2p tem maior energia que os OMs π2p. Para O2,
F2 e Ne2, o OM σ2p tem menor energia que os Oms π2p. Isso ocorre devido ao fato do caráter s nesses
orbitais decrescer à medida que a carga cresce no período, por causa disso a energia de σ2p fica
Por exemplo, consideremos o N2. Como ele pertence ao Grupo 15, cada átomo fornece cinco elétrons
de valência. Um total de 10 elétrons deve ser colocado nos orbitais moleculares da Figura acima.
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Dois elétrons preencherão o orbital σ2s. Os próximos dois preencherão o σ2s*. Na
seqüência de ocupação, estão os dois orbitais 2pπ, que podem acomodar um total de quatro elétrons.
Os dois últimos elétrons ocupam, então, o orbital 2pσ.
N2: (2sσ)2(2sσ*)2(2pπx)2(2pπy)2(2pπz)2
Esta descrição do orbital molecular N2 parece diferente do descrito por Lewis (N≡N). No
entanto, apresentam uma relação muito próxima. Isto pode ser observado a partir da definição de ordem
de ligação na teoria dos orbitais moleculares como o numero liquido de ligações, obtidas a partir do
cancelamento que ocorre entre ligantes e antiligantes.
Onde B é o número de elétrons presentes nos orbitais moleculares ligantes e A nos orbitais antiligantes.
Para o N2, existem oito elétrons nos orbitais ligantes e dois nos antiligantes. Então, a
ordem de ligação é ½(8-2) = 3. Devido à ordem ser 3, o N2 tem, efetivamente, três ligações entre os
átomos de nitrogênio, como sugerido pela estrutura de Lewis.
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Importante! TOM explica o paramagnetismo do oxigênio!
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Correlações Importantes:
Até então, foram apresentados apenas diagramas de orbitais moleculares para moléculas
diatômicas homonucleares (formadas pelos mesmos átomos). A construção dos orbitais moleculares
para moléculas diatômicas heteronucleares também é simples e pode ser feita sem grandes problemas,
tendo em vista apenas alguns detalhes. O primeiro é que os níveis energéticos dos orbitais não
serão os mesmos, pois os átomos são diferentes. Os átomos de maior carga nuclear efetiva terão
orbitais de menor energia. Um outro fator a ser considerado é que as contribuições dos orbitais
atômicos para a formação do orbital molecular serão diferentes, uma vez que são orbitais de átomos
diferentes. Estes fatores influenciam pouco numa abordagem qualitativa, mas são de grande
importância na descrição completa da TOM.
A Figura abaixo mostra o diagrama dos orbitais moleculares para a molécula de CO. Pode-se ver que
também existe a inversão entre os orbitais σ2p e π2p. Isto irá acontecer sempre que a molécula for
formada por ao menos um dos átomos que apresenta tal inversão:
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Diagrama de orbitais moleculares para o CO.
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