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CAPÍTULO VI:

ELECTROQUÍMICA

FÍSICO-QUÍMICA

Profª Msc. Kátia Gabriel 1


ANO LECTIVO 2019

ELECTROQUÍMICA
É o ramo da Química que trata da interconversão da energia
eléctrica em energia química.
O estudo da eletroquímica pode ser dividido em duas partes:

ELECTROQUÍMICA

Pilhas e Baterias Electrolise


Dispositivos nos quais uma Processo no qual uma
reacção espontânea de corrente eléctrica produz
oxidação-redução produz uma reacção de oxidação-
corrente eléctrica. redução.
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CÉLULAS GALVÂNICAS ou VOLTAICA

Luigi Aloisio Galvani Alessandro Volta (1745 -1827): a John Frederic Daniell
(1737-1798): eletricidade tem origem nos (1790 – 1845): substituiu,
criou uma teoria metais. Criou a 1ª pilha em 1800. nas pilhas, as soluções
admitindo a existência de Precursor da produção de ácidas pelas soluções de
uma eletricidade animal. eletricidade em fluxo contínuo. sais.

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APICAÇÕES DA ELECTROQUÍMICA

Pilhas e Baterias

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ANO LECTIVO 2019

APICAÇÕES DA ELECTROQUÍMICA
Pilhas e Baterias

1+

A pilha de lítio possui uma voltagem de


2,8 V (volts) podendo chegar a 3,4 V
pesando até 20 gramas.

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APICAÇÕES DA ELECTROQUÍMICA
Protecção Contra Corrosão Galvanoplastia Celulas Combustíveis

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CÉLULAS ELECTROQUÍMICAS
Célula Electroquímica: é um dispositivo em que uma corrente eléctrica – fluxo de
electrões , através de um circuito é produzido por uma reacção química
espontânea ou é usada para forçar a ocorrência de uma reacção não espontânea.
Células Electroquímicas

❑ Célula Galvânica (Reacção Química → Energia Eléctrica)

❑ Célula Electrolítica (Energia Eléctrica → Reacção Química)

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ESTRUTURA DE UMA CÉLULA GALVÂNICA

Ânodo (-): eletrodo que emite


electrões para o circuito externo.
Onde ocorre a OXIDAÇÃO
Electrodos: são condutores
metálicos que fazem o contacto
electrico com o conteúdo da
célula.
Cátodo (+): eletrodo que recebe
electrões do circuito externo. Onde
ocorre a REDUÇÃO

Ponte de salina: permite a movimentação de iões de uma cela para outra, nos
dois sentidos.
Ex: 𝑲𝑪𝒍, 𝑵𝑯𝟒 𝑵𝑶𝟑
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CÉLULAS GALVÂNICAS ou VOLTAICA


Homenagem aos cientistas italianos Luigi Galvani e Alessandro Volta

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ANO LECTIVO 2019

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NOTAÇÃO DE UMA PILHA

DIAGRAMA DE PILHA: notação convencional utilizada para


representar pilhas galvânicas.

Representação convencionada pela IUPAC para as pilhas

Ânodo / Solução do ânodo // Solução do cátodo / Cátodo

Exemplo: Zn0(s)|Zn2+ (1mol/L) // Cu2+ (1 mol/L) |Cu0(s) (25 0C)

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EXERCÍCIO
1. Sabendo que o metal cobalto pode ceder elétrons espontaneamente para os iões
Au3+, e considerando a pilha:

Co0(s) | Co2+ (1mol/L) || Au3+ (1mol/L) | Au0 (s) (25 0C)

responda as seguintes perguntas:

a) Quais as semi-reações? Qual a reação global do processo?

b) Quem se oxida? Quem se reduz?


c) Qual é o eletrodo positivo? Qual é o eletrodo negativo?
d) Em que sentido fluem os elétrons pelo fio?

e) Qual eletrodo será gasto? Qual terá a sua massa aumentada?

f) Qual das duas soluções irá se diluir? Qual irá se concentrar? 12


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FORÇA ELECTROMOTRIZ - FEM


FORÇA ELECTROMOTRIZ = F.E.M (E): diferença de potencial entre os
eléctrodos de uma pilha. Designada de voltagem da célula ou potencial da
célula.
➢ Pode ser medida ligando um voltímetro aos eléctrodos da pilha.
A F.E.M depende:
❑ Natureza dos eléctrodos e dos iões
❑ Concentração dos iões
❑ Temperatura à qual a célula opera.

𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬°𝑪á𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬°Â𝒏𝒐𝒅𝒐


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PILHA DE DANIELL

𝑍𝑛 → 𝑍𝑛2+ + 2𝑒 − 𝐸 ° = −0,76 𝑉
𝐶𝑢2+ + 2𝑒 − → 𝐶𝑢 𝐸 ° = +0,34 𝑉
𝑍𝑛 + 𝐶𝑢2+ → 𝑍𝑛2+ + Cu 𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = +𝟏, 𝟏𝟎 𝑽

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NÚCLEO DE QUÍMICA

POTENCIAIS PADRÃO DE ELÉCTRODO


ELÉCTRODO PADRÃO DE HIDROGÉNIO (EPH): contém hidrogénio
gasoso a 1 atm numa solução de HCl 1M, 25°C e um eléctrodo de platina.

𝟐𝑯+ 𝒂𝒒, 𝟏𝑴 + 𝟐𝒆− → 𝑯𝟐 𝒈, 𝟏 𝒕𝒎 𝑬° = 𝟎 𝑽


Ou 𝑯𝟐 𝒈, 𝟏 𝒕𝒎 → 𝟐𝑯+ 𝒂𝒒, 𝟏𝑴 + 𝟐𝒆− 𝑬° = 𝟎 𝑽

Eléctrodo de Platina: proporciona uma


superfície na qual pode ocorrer a dissociação
das moléculas de hidrogénio, e funciona como
condutor eléctrico para o circuito exterior.

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MEDIDA DE POTENCIAL DO ELETRODO

A medida do potencial do eletrodo é efetuada nas

seguintes condições:

❑Temperatura de 25 0C;

❑Concentração da solução igual a 1 M;

❑Pressão de 1 atm.

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Usa-se o EPH para medir o potencial de outros tipos de eléctrodos:

O diagrama da célula é:

𝒁𝒏 𝒔 𝒁𝒏𝟐+ 𝟏𝑴 𝑯+ 𝟏𝑴 𝑯𝟐 (𝟏𝒂𝒕𝒎)ȁ𝑷𝒕(𝒔)

𝑍𝑛 → 𝑍𝑛2+ + 2𝑒 − Por convenção:


2𝐻 + 1𝑀 + 2𝑒 − → 𝐻2 1𝑎𝑡𝑚
𝑍𝑛 + 2𝐻 + → 𝑍𝑛2+ (1M) + 𝐻2 1𝑎𝑡𝑚 𝑬°𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 = 𝑬°𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬°â𝒏𝒐𝒅𝒐

𝑬°𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 = 𝑬°𝑯+ Τ𝑯𝟐 − 𝑬°𝒁𝒏+𝟐Τ𝒁𝒏 17


ANO LECTIVO 2019

O diagrama da célula é:

𝑷𝒕 𝒔 ห𝑯𝟐 (𝟏𝒂𝒕𝒎) 𝑯+ (𝟏𝑴) 𝑪𝒖𝟐+ (𝟏𝑴) 𝑪𝒖(𝒔)

𝐻2 1 𝑡𝑚 → 2𝐻 + 𝑎𝑞, 1𝑀 + 2𝑒 − Por convenção:

𝐶𝑢2+ 1𝑀 + 2𝑒 − → 𝐶𝑢(𝑠) 𝑬°𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 = 𝑬°𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬°â𝒏𝒐𝒅𝒐


𝐻2 1 𝑡𝑚 + 𝐶𝑢2+ 1𝑀 → 2𝐻 + 𝑎𝑞, 1𝑀 + 𝐶𝑢(𝑠)

𝑬°𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 = 𝑬°𝑪𝒖𝟐+ Τ𝑪𝒖 − 𝑬°𝑯+ Τ𝑯𝟐


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ACÇÃO OXIDANTE / ACÇÃO REDUTORA

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ESPONTÂNEADADE DAS REACÇÕES REDOX

❑ 𝐸 ° > 0 → 𝑅𝑒𝑎𝑐çã𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑡𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎.

❑ 𝐸 ° < 0 → 𝑅𝑒𝑎𝑐çã𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎.

❑ Quanto mais positiva for 𝐸 ° , maior a tendência para a

espécie ser REDUZIDA;

❑ Quanto mais negativa for 𝐸 ° , maior a tendência para a

espécie ser OXIDADA;


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EXEMPLO

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TERMODINÂMICA DAS REACÇÕES REDOX

Relação entre a 𝑬°𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 e as grandezas termodinâmicas

A carga total é determinada pelo número de electrões que passa através da célula:

A carga de uma mole de electrões é designada constante de Faraday (F), onde:

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∆𝑮 = 𝑾𝒎á𝒙.𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 𝑊𝐸𝑙é𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑚á𝑥. = −𝑛𝐹𝐸 °

Assim: ∆𝐺 ° = −𝑛𝐹𝐸 °

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∆G= -n.F.E°

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ANO LECTIVO 2019

Exercício

1.Usando a informação abaixo, calcule Eº para o


processo e apresente as semi-equações de oxidação e
redução indicando o cátodo e ânodo:

𝑭2(𝒈) + 𝑺2−
𝒂𝒒 → 𝑭−𝒂𝒒 + 𝑺 𝒔

Substância F2 (g) S(s) F(aq)- S(aq)-2

∆𝑮°𝒇 0.0 kJ 0.0 kJ -278.79 kJ +85.8 kJ

Constante de Faraday, 96500 Coulombs/mole e-

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ANO LECTIVO 2019

EQUAÇÃO DE NERNST
A Equação de Nernst, desenvolvida pelo químico e físico alemão Walter Nernst, é
a relação quantitativa que permite calcular a força electromotriz de uma pilha,
para concentrações de iões diferentes de uma unidade. Também usado para
cálculos em titulação de oxidação-redução.

Sendo:
R = 8,315 J K-1 mol-1;
T = 298,2 K (25 °C);
Walter Nernst F = 96485 C mol-1 27
ANO LECTIVO 2019

CÉLULAS DE CONCENTRAÇÃO

Duas semi-células com electrodos idênticos mas com


concentrações de iões diferentes – Células de
Concentração.

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ANO LECTIVO 2019

BATERIAS

Bateria é uma célula galvânica ou um conjunto de células galvânicas


ligadas em série ou em paralelo, que pode ser usada como fonte de corrente
eléctrica contínua a potencial constante.

Vantagens das Baterias

❑ São completamente autónomas;

❑ Não necessitam de componentes auxiliares (pontes salinas)


Baterias também são vulgarmente conhecidas como pilhas.

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ANO LECTIVO 2019

BATERIAS
Características das Baterias

❑ Devem ser baratas;

❑ Portátil;

❑ Uso seguro;

❑ Não deve agredir o ambiente;

❑ Manter a diferença de potencial estável ao longo do tempo;

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BATERIAS

❑ Pilhas Primárias: são células galvânicas no interior das


Baterias

quais os reagentes são selados no momento da fabricação.

Não podem ser recarregadas.

❑ Pilhas Secundárias: são células galvânicas que têm de

ser carregadas antes do uso. Podem ser recarregadas;

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BATERIAS

Pilhas Primárias: Pilhas Secundárias:


❑ Não recarregáveis; ❑ Recarregáveis;

❑ Ciclo de vida único; ❑ Ciclo de vida múltiplo;

❑ Um só circuito de bateria; ❑ 3 a 6 circuitos de bateria;

❑ Pouca energia eléctrica; ❑ Corrente eléctrica elevada;

❑ É duradora ❑ Se esgota rapidamente.

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BATERIAS

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BATERIA SECA
A bateria seca é a mais comum, é uma
célula sem componente fluído – Bateria
de Leclanché, usada em lanternas,
rádios portáteis etc.

𝒁𝒏(𝒔) ȁ𝒁𝒏𝑪𝒍𝟐(𝒂𝒒) , 𝑵𝑯𝟒 𝑪𝒍(𝒂𝒒) ȁ𝑴𝒏𝑶(𝑶𝑯)(𝒔) ȁ𝑴𝒏𝑶𝟐(𝒔) ȁ𝒈𝒓𝒂𝒇𝒊𝒕𝒆

O potencial produzido por uma bateria seca é de cerca de 1,5V


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PILHAS ALCALINAS
São semelhantes à de Leclanché. As principais diferenças são:

❑ A mistura eletrolítica contém KOH ou NaOH, ao invés de NH4Cl;

❑ O ânodo é feito de zinco altamente poroso, que permite uma oxidação

mais rápida em relação ao zinco utilizado na pilha seca comum;

❑ Comparando-as com as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais

caras, mantêm a voltagem constante por mais tempo e duram cinco

vezes mais.

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ANO LECTIVO 2019

PILHAS ALCALINAS

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ANO LECTIVO 2019

BATERIAS DE MERCÚRIO
A bateria de mercúrio é muito usada na medicina e na indústria
electrónica.

❑ As vantagens da bateria de
mercúrio incluem sua
longa vida útil e saída de
voltagem estável.

O potencial produzido por uma bateria de mercúrio é de cerca


de 1,35V.
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BATERIAS DE PRATA
A bateria de Prata é utilizada em implantes médicos como marca-
passos e implantes auditivos e para câmaras.

O potencial produzido por uma bateria de prata é de cerca de


1,6V. 39
ANO LECTIVO 2019

BATERIAS DE CHUMBO
Baterias ou Acumuladores de Chumbo são usados nos automóveis, são
constituídos por seis células idênticas ligadas em série umas às outras.

Em condições normais de
funcionamento, cada célula produz
2,0V.

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ANO LECTIVO 2019

BATERIAS DE NÍQUEL-CÁDMIO
As baterias recarregáveis de NiCd são utilizadas nos telefones celulares. Este tipo
de bateria é considerado antigo, sendo substituído por outros tipos de bateria como
as de hidreto metálico de níquel (NiMH) e de ião lítio (Li-ião).

Em condições normais
de funcionamento, cada
célula produz 1,25V.
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ANO LECTIVO 2019

BATERIAS DE SÓDIO-ENXOFRE
Uma bateria de sódio-enxofre é um tipo de bateria de sal fundido construída a
partir de sódio líquido (Na) e enxofre (S). Este tipo de bateria possui alta densidade
de energia, alta eficiência de carga / descarga e longa vida útil, e é fabricado com
materiais baratos. As temperaturas operacionais de 300 a 350 ° C.

Em condições normais de
funcionamento, cada célula
produz 2,2V.

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ANO LECTIVO 2019

CÉLULAS COMBUSTÍVEIS
Células combustíveis são células galvânicas que necessitam de um
fornecimento contínuo de reagentes para funcionar.

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ANO LECTIVO 2019

CÉLULAS COMBUSTÍVEIS
Vantagens

❑ Poluição local Zero


❑ Redução do ruído
❑ Menores custos de manutenção

Desvantagens

Veículos que têm como fonte de energia ❑ Produção de hidrogénio


a energia eléctrica produzida por uma ❑ Armazenamento do hidrogénio
célula combustível. ❑ Distribuição do hidrogénio

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ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
a) Com concentrações iguais de 𝐹𝑒 2+ e 𝐹𝑒 3+ , qual deve ser a
[𝐴𝑔+ ] para que a voltagem da célula voltaica composta
pelos electrodos (𝐴𝑔+ ȁ 𝐴𝑔 𝑒 𝐹𝑒 3+ ȁ 𝐹𝑒 2+ ) seja igual a zero?
° °
(𝐸𝐹𝑒 2+ Τ𝐹𝑒 3+ = +0,77V; 𝐸𝐴𝑔+ Τ𝐴𝑔 = +0,80 𝑉 ).

b) Determine a constante de equilíbrio e ∆G° a 25°C para a


reacção no estado padrão desta célula. Comente sobre a
espontaneidade desta célula;
c) Escreva o diagrama desta pilha e apresente as semi-
reacções de oxidação e redução e indique o ânodo e cátodo
da célula.
Constante de Faraday, 96500 Coulombs/mole e-
Resposta: [Ag+] = 0.34M; K = 3; ∆G° = - 2895 J; 45
ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
3. Apos a 2ª prova de Físico-Química, Bernadete estudante de Engenharia Química, 2º Ano,
com a intenção de regressar a sua casa no Kilamba, verifica que o seu carro não dava
arranque e já suspeitando que havia problemas da bateria, Bernadete com a ajuda de um
hidrómetro mediu a densidade do eletrólito da bateria do seu carro para verificar o seu
estado. Com base no exposto:

a) Calcule a concentração do ácido sulfúrico da bateria do carro da Bernadete.

b) Explique minuciosamente porque a densidade ou a concentração do eletrólito se reflete


no estado da carga da bateria.

c) Explique como cada um seguintes factores mudam durante a descarga de uma bateria de
chumbo: pH, quantidade de PbO2, quantidade total de Pb.

Constante de Faraday, 96500 Coulombs/mole e-

𝑬°𝑷𝒃Τ𝑷𝒃𝟐+ = - 0,36 V ; 𝑬°𝑷𝒃𝑶 𝟐+ = +1,68 V 46


𝟐 Τ𝑷𝒃
ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
1. O Mateus é estudante do ISPTEC e durante os intervalos das aulas de
Físico-Química ele gosta de tomar sempre um copo de leite. No leite encontra-
se a lactose que é um açúcar (um hidrato de carbono constituído por dois
monossacarídeos). Esse açúcar quando ingerido sofre uma digestão por meio
de uma enzima chamada de lactase. Para determinar como é a digestão do
Mateus quando toma o leite foi feito um estudo da velocidade catalítica da
lactase com o substrato lactose e foram obtidos os dados apresentados na
tabela abaixo. Considerando que esta enzima segue um mecanismo de
Michaelis e Menten, calcule 𝑣𝑚á𝑥. , 𝐾𝑀 e comente se o Mateus deve continuar a
tomar leite ou não.
[S] mol/L 1,5 2,0 3,0 4,0 8,0 16,0
𝐕𝟎 mol/L h 0,21 0,24 0,28 0,33 0,40 0,4547
ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
[S] mol/L 1,5 2,0 3,0 4,0 8,0 16,0
𝐕𝟎 mol/L h 0,21 0,24 0,28 0,33 0,40 0,45

1/[S] 1/v 5

0,666666667 4,761905 4
0,5 4,166667
1/V
3
0,333333333 3,571429
0,25 3,030303 2 y = 4,2663x + 1,9978
R² = 0,9928
0,125 2,5 1
0,0625 2,222222
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
1/[S]

Resposta: Km= 2,135499049 ; Vmáx. = 0,500550606 M/h 48


ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
2. Helena é uma menina de apenas 4 meses de idade e para
preocupação dos seus pais, Helena apresentou sintomas de
diarreia, dor e inchaço abdominal e vómito persistente. Esses
sintomas surgiram apos a introdução de cerais na alimentação de
Helena. Como se sabe, os cereais como trigo, centeio e cevada
contêm glúten que é uma proteína. Para perceber se Helena
apresentava ou não intolerância ao glúten ou seja dificuldade de
digestão do glúten, o Laboratório do ISPTEC realizou um estudo da
velocidade da enzima que catalisa a hidrólise do glúten utilizando
para tal uma amostra de urina da Helena. Foram obtidos os dados
apresentados na tabela abaixo. Considerando que esta enzima
segue um mecanismo de Michaelis e Menten, calcule vmáx, KM e diga
se os sintomas apresentados pela Helena correspondem a
intolerância ao glúten.
[Gluten] M 0.75 1.0 1.5 2.0 4.0 8.0
V0 M/h 0.105 0.120 0.140 0.165 0.200 49
0.225
ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
[Gluten] M 0.75 1.0 1.5 2.0 4.0 8.0
V0 M/h 0.105 0.120 0.140 0.165 0.200 0.225

12
1/s 1/v
1,333333 9,52381 10

1 8,333333 8
0,666667 7,142857
1/v

6
0,5 6,060606 y = 4,2663x + 3,9955
4
R² = 0,9928
0,25 5
2
0,125 4,444444
0
0 0,5 1 1,5
1/[S]
Resposta: Km= 1,067776 ; Vmáx. = 0,250282 M/h
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ANO LECTIVO 2019

EXERCÍCIO
O sangue humano contém uma enzima (Anidrase Carbonica) que cataliza a
formação do HCO3 e a hidratação CO2 (H2CO3) de acordo com a seguinte
reacção:

𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂 𝐶𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑖𝑐 𝐴𝑛ℎ 𝐻𝐶0−


3 + 𝐻
+

As suas constantes de Michaelis-Menten são 𝑘2 = 6 × 105 𝑠 −1 e 𝐾𝑀 = 8 ×


10−3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 . Se a concentração do CO2 dissolvido (não hidratado) é 0.5 M, a
reacção do CO2 não hidratado será de ordem 1 ou 0? Quanto tempo será
necessário para hidratar 50% do CO2 dissolvido se a concentração da
enzima for igual a 1 × 10−6 M?
Solução: a) [S]/(Km+[S]) = 0.98 ≈ 1 então a reacção é de ordem zero;
b) t = 0.42 s
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ANO LECTIVO 2019

CORROSÃO
❑ Corrosão é um processo natural de deterioração dos metais provocada

por processos eletroquímicos;

❑ Corrosão é a transformação de um material pela sua interação química

ou eletroquímica com o meio.

Exemplos de processos de corrosão

❑ A ferrugem do ferro;

❑ O escurecimento da prata;

❑ A película verde formada sobre o cobre e bronze.


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ANO LECTIVO 2019

CORROSÃO
A resistência a corrosão está associada aos seguintes aspectos:

❑Aspectos electroquímicos;

❑Aspectos metalurgicos;

❑Aspectos físico-químicos;

❑Aspectos termodinâmicos.

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ANO LECTIVO 2019

TIPOS DE CORROSÃO
TIPOS DE CORROSÃO

❑Corrosão Electroquímica;

❑Corrosão Química;

❑Corrosão Electrolítica;

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ANO LECTIVO 2019

CORROSÃO DO FERRO
O ferro, por exemplo, enferruja por que se estabelece uma “pilha” entre um
ponto e outro do objeto de ferro.

Reação no ânodo: 2Fe → 2Fe3+ + 6e-


Reação no cátodo: 3/2O2 + 3H2O + 6e- → 6OH-

Reação global: 2Fe + 3/2O2 + 3H2O → 2Fe(OH)3

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ANO LECTIVO 2019

CORROSÃO DO COBRE
O cobre e algumas ligas: recoberto por uma camada esverdeada

Cu + O2 + H2O + CO2 → CuO.xH2O + Cu(OH)2.xH2O + CuCO3.xH2O + outros comp.


azinhavre

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ANO LECTIVO 2019

CORROSÃO DA PRATA

A prata: película superficial escura


Ag + H2S + O2 + Compostos Sulfurados → Ag2S + outros compostos

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ANO LECTIVO 2019

PROTECÇÃO CONTRA CORROSÃO

Métodos para a protecção de metais contra corrosão:

❑Protecção Catódica;

❑Revestimentos;

❑Uso de ligas metálicas especiais

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ANO LECTIVO 2019

PROTECÇÃO CATÓDICA

É um método de proteção de metais no qual um metal é colocado em


contato com aquele que se deseja proteger. É uma técnica muito
utilizada para a proteção de metais em:

❑ Oleodutos (tubulação de grosso calibre);

❑ Navios (revestimento do casco do navio);

❑ Termoacumuladores (é um sistema de aquecimento da água, como o

dos chuveiros elétricos).

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ANO LECTIVO 2019

PROTECÇÃO CONTRA CORROSÃO


Para saber qual material passará por oxidação ou redução, é
necessário conhecer os potenciais de redução ou de oxidação
de todos eles:

Ião Ião Ião

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ANO LECTIVO 2019

PROTECÇÃO CATÓDICA
Método é usado para proteção anticorrosiva de tubulações e reservatórios
subterrâneos

Um método simples de proteção conecta o metal a ser protegido a um “Metal de


sacrificio" mais facilmente corrosível para atuar como o ânodo. O metal de sacrifício
então é corroído no lugar do metal a ser protegido.
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ANO LECTIVO 2019

PROTECÇÃO CATÓDICA
Método é usado para proteção anticorrosiva de tubulações e reservatórios
subterrâneos

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ANO LECTIVO 2019

REVESTIMENTOS
❑ Cobrir a superfície metálica com uma camada de tinta
para evitar o contato do ar e da umidade com o metal.
❑ Esse tipo de procedimento é utilizado em carros, aviões,
portões etc.

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ANO LECTIVO 2019

ELETRÓLISE
É o processo no qual a energia eléctrica é usada para
provocar uma reacção química não espontânea.
Tipos de Eletrólise

❑Eletrólise ígnea: fusão de uma substância

iônica;

❑Eletrólise em meio aquoso: dissociação ou

ionização da substância em meio aquoso. 64


ANO LECTIVO 2019

DIFERENÇA ENTRE PILHAS E ELETRÓLISE

Electroquímica Cátodo Ânodo

Pilhas e Baterias É o polo (+) onde É o polo (-) onde


ocorre reduções ocorre oxidações
Eletrólise É o polo (-) onde É o polo (+) onde
ocorre reduções ocorre oxidações

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ANO LECTIVO 2019

ELETRÓLISE
❑ Eletrólise ígnea: ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em

uma substância iônica liquefeita, isto é, fundida.

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ANO LECTIVO 2019

ELETRÓLISE DA ÁGUA

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ANO LECTIVO 2019

APLICAÇÕES DA ELETRÓLISE
Galvanoplastia consiste no recobrimento de objetos com uma fina camada de metal.

❑ Niquelação: recobrimento de um objeto com níquel;


❑ Cobreação: recobrimento de um objeto com cobre;
❑ Cromação: recobrimento de um objeto com cromo.

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ANO LECTIVO 2019

APLICAÇÕES DA ELETRÓLISE

Vantagens proporcionadas pela Galvanoplastia ao material

❑ maior resistência; ❑ aumento da dureza superficial;


❑ proteção à corrosão; ❑ resistência à temperatura.
69
❑ estética (aparência);
ANO LECTIVO 2019

BANHO DE COBRE

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FIM
FÍSICO-QUÍMICA

Profª Msc. Kátia Gabriel


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