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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO
SEQÜÊNCIA DIDÁTICA
DATA: 01/10 a 21/12 de 2018
APRESENTAÇÃO
PROFESSOR: André de Souza Cunha AULAS PREVISTAS:
30 aulas
DISCIPLINA: Química
SÉRIE: 2ª TURMAS: de “A” à “D”

TEMA

ELETROQUÍMICA (pilhas e baterias)

SUBTEMA

 Célula eletroquímica;

 Células eletroquímicas de uso comercial;

APRENDIZAGENS ESPERADAS

CONCEITUAL

D34 - Reconhecer as transformações químicas que envolvem movimento de cargas elétricas.


D35 - Consultar tabelas de potencial eletroquímico para fazer previsões da ocorrência das
transformações e reconhecendo a espontaneidade ou não das transformações.
D36 - Conhecer os constituintes e o funcionamento das pilhas e baterias.
D37 - Compreender o princípio de funcionamento da eletrólise.
PROCEDIMENTAL
H17 (ENEM) – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e
representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
D38 - Calcular a diferença de potencial a partir dos potenciais eletroquímicos dos materiais.
H43 - Interpretar os processos de oxidação e de redução a partir de ideias sobre a estrutura da
matéria.

ATITUDINAL
H03 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao
longo do tempo ou em diferentes culturas.
H12 (ENEM) – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou
econômicas, considerando interesses contraditórios.
MATERIAL DE APOIO/RECURSOS
Quadro negro, giz, pincel, livro.

ESPAÇOS DE APOIO
Sala de Aula

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS

Atividade 1: Questionamentos sobre fatos cotidianos voltados ao tema em questão (eletroquímica):


o que é eletroquímica? O que vem a sua mente quando escuta essa palavra? O que é uma pilha? E
uma bateria? No início de cada aula, um novo mês, bimestre ou nova sequência didática pode ser
feito um quebra gelo a critério do professor (dinâmica, gincana, descontração, reflexão sobre como
foi o bimestre anterior, o que precisa ser melhorado, textos diversificados, um filme etc.). O principal
objetivo é sair um pouco da rotina do conteúdo em si, de Química, fazer uma autorreflexão,
aprender ou relembrar valores, visando uma motivação e participação mais eficaz nas aulas.

Atividade 2: Aula expositiva enfatizando o tema em questão. O desenvolvimento se dará, por meio
de questionamentos, resolução de questões, discussões de exemplos práticos e teóricos, conforme
abaixo.

ELETROQUÍMICA

Atualmente, em cada parte que se olhe, a eletroquímica se faz presente. Desde a rede
elétrica que abastece as nossas casas, até as pilhas usadas em lanternas. Desde a bateria de
celulares, passando por processos de galvanização, produção industrial de alumínio,
notebooks etc.

ÍNDICE
Pilhas

Espontaneidade das reações de oxirredução

Corrosão

Eletrólise
Eletroquímica é o estudo das reações nas quais ocorre conversão de energia química em energia
elétrica e vice-versa. Numa pilha galvânica ocorre a conversão de energia química em energia elétrica, já
numa eletrólise ocorre a conversão de energia elétrica em energia química.

Em eletroquímica estudamos as reações de oxidorredução que geram ou consomem energia

1. PILHAS

A eletroquímica estuda as soluções eletrolíticas e os fenômenos que ocorrem quando são colocados
eletrodos nestas soluções. Basicamente, a eletroquímica engloba o estudo das pilhas e da eletrólise.

Utilizando os sistemas abaixo, faremos algumas experiências.

1a experiência: Uma lâmina de Cu(s) é


mergulhada numa solução de ZnSO4(aq).

Cu(s) + ZnSO4(aq) → não ocorre reação

2a experiência: Uma lâmina de


Zn(s) é mergulhada numa solução de
CuSO4(aq).
Reação ocorrida: Zn(s) + CuSO4(aq) ZnSO4(aq) + Cu(s)
(lâmina) (solução) (solução) (lâmina)

Explicação:

– O íon “arranca” e– do Zn(s), causando sua oxidação;

– O íon apresenta capacidade de arrancar e– do Zn(s) (é uma observação experimental).

Analisando as duas experiências, concluímos que o íon consegue arrancar e– do Zn(s), já o íon
não consegue arrancar e– do Cu(s).

Conclusões

– O íon possui maior capacidade de atrair (arrancar) e– do que o íon

– O Zn(s) possui maior capacidade de doar e– do que o Cu(s)

Cada íon metálico em solução apresenta uma diferente capacidade de atrair e–, e esta será denominada
potencial de redução (Ered).

1.1. ELETRODO

Um eletrodo (que em grego significa "caminho para a eletricidade") é formado por um metal,
mergulhado numa solução contendo cátions desse metal.

Exemplo
1.2. CONDIÇÕES PARA CONDUÇÃO DA CORRENTE ELÉTRICA

– Uma diferença de potencial (ddp);

– Um meio condutor.

Como o eletrodo de cobre (Cu 2+/Cu) possui maior potencial de redução que o eletrodo de zinco
(Zn2+/Zn), podemos dizer que entre os eletrodos existe uma ddp. Se entre esses eletrodos
intercalarmos um fio condutor, agora teremos condições para condução da corrente elétrica.

1.3. Pilha de Daniel

Experiência

Explicação

NO ELETRODO DE COBRE: Íons da solução


migram até a placa de cobre e recebem os elétrons
cedidos pelo Zn(s). Ao receberem os elétrons, se
transformam em Cu(s), de acordo com a equação:

NO

ELETRODO DE ZINCO: Ao ceder elétrons

através do condutor metálico para o íon , devido à ddp


entre os dois eletrodos,
Zn(s) d a placa vai para a
solução na forma

de , causando
assim a corrosão da placa e conseqüente aumento da

concentração de na solução, de acordo com a equação:


Assim, devido à ddp criada entre os dois eletrodos, observamos que existe um movimento
ordenado de cargas no fio condutor, ou seja, uma corrente elétrica. Tal fato fica evidenciado pela
lâmpada que acende quando a pilha é acionada.

Portanto, pilhas são sistemas que possuem capacidade de produzir energia elétrica a partir
de uma reação química. Estes sistemas podem ser chamados também de células galvânicas.
Uma célula galvânica, ou simplesmente pilha, transforma a energia de uma reação química em
energia elétrica.

I. PONTE SALINA

Para evitar a mistura das soluções, utiliza-se a ponte salina, que une os dois compartimentos do
eletrodo e completa, o circuito elétrico. A ponte salina é formada por um gel contendo solução
salina aquosa concentrada dentro de um tubo. A solução salina mais utilizada é o KCl, pois os
íons K+ e Cl– não afetam as reações que ocorrem nas células.

À medida que a lâmina de zinco corrói, a solução do eletrodo de zinco vai ganhando cátions
(cargas positivas). Haverá no eletrodo excesso de cargas positivas.

À medida que a lâmina de cobre tem a sua massa aumentada, a solução do eletrodo de cobre vai

perdendo cátions (cargas positivas). Haverá no eletrodo excesso de cargas

negativas .

A função da ponte salina é manter o equilíbrio elétrico de cargas positivas e negativas nas
soluções dos eletrodos. Assim, K+ migra da ponte para o eletrodo de cobre e Cl – migra para o
eletrodo de zinco.

No condutor existe uma corrente de elétrons.

Na ponte salina existe uma corrente de íons.

Observação

Se entre as duas soluções é encontrada uma placa porosa, ao invés de ponte salina, ocorre
migração dos íons existentes nas soluções ,ou seja: íons Zn 2+ migram através da placa para o
eletrodo de Cu e íons migram para o eletrodo de Zn. Concluindo, podemos dizer que cátions
migram para o cátodo e ânions, para o ânodo.

II. REAÇÃO GLOBAL DA PILHA


III. NOMENCLATURA DOS ELETRODOS

1.4. ESQUEMA E REPRESENTAÇÃO

1.5. MEDINDO A DDP DE UMA PILHA


Experiência: seja a pilha de Daniell, na qual intercalaremos no fio condutor um voltímetro
(aparelho usado para medida da ddp).

A ddp registrada para a pilha zinco-cobre é igual a 1,10 V, ou seja, a ddp entre os eletrodos de
zinco e cobre é igual a 1,10 V.

Teoricamente a ddp é calculada da seguinte forma:

A medida do Ered absoluto de um eletrodo é impossível e, sendo assim, a equação acima possui
duas incógnitas, já que o único valor obtido na prática é a ddp.

Não sendo possível medir o valor absoluto do Ered de um eletrodo, iremos trabalhar com potenciais
relativos, e para tanto vamos escolher um eletrodo padrão. O escolhido foi o eletrodo de
hidrogênio ao qual se atribui o = zero.

I. O ELETRODO DE HIDROGÊNIO (PADRÃO)

No interior de um tubo invertido é colocada uma lâmina de platina ligada a um fio também de
platina. O sistema é mergulhado numa solução aquosa 1,0 M de H 2SO4. Injeta-se na abertura
lateral do tubo gás hidrogênio sob pressão de 1 atm, a 25 °C. Parte do gás hidrogênio adere à
superfície da platina, fenômeno este chamado de adsorção.
O gás adsorvido na placa forma uma película de H 2 sobre a platina e o conjunto funciona como se
fosse uma placa de hidrogênio, mergulhada numa solução contendo cátions (eletrodo de
hidrogênio).

Reações no eletrodo de Hidrogênio:

– Perda de e-: H2(g) 2 + 2e– E0 = 0,00 V

– Ganho de e–: 2 + 2e– H2(g) E0 = 0,00 V

II. MEDIDA DE POTENCIAL DE REDUÇÃO DE UM ELETRODO (RELATIVO)

Observe a experiência abaixo:

– No caso da pilha formada pelos eletrodos de zinco e hidrogênio, a ddp registrada foi de 0,76 V.
Com o funcionamento da pilha, percebemos que no eletrodo de zinco ocorre corrosão do Zn (s),
donde concluímos que este sofre oxidação.

Assim, o Ered do eletrodo de hidrogênio (Ered = zero) é maior que o do eletrodo de zinco.
Como:

O sinal negativo indica que o eletrodo de hidrogênio ao qual foi atribuído um Ered = zero possui
capacidade de atrair e– do eletrodo de zinco.

No caso da pilha formada pelos eletrodos de cobre e hidrogênio , a ddp registrada foi de 0,34 V.
Com o funcionamento da pilha, percebemos que no eletrodo de cobre ocorreu deposição do metal
na placa, donde concluímos que houve redução do íon , como mostra a equação:

Assim, o do eletrodo de hidrogênio ( = zero) é menor que o do eletrodo de cobre.

Como:

O sinal positivo indica que o eletrodo de cobre possui um Ered maior que o do eletrodo de
hidrogênio, ou seja, o íon Cu2+ é capaz de oxidar o H2: H2 2H+ + 2e-

Como percebemos nos exemplos descritos, o eletrodo de hidrogênio pode ser o cátodo ou o
ânodo de uma pilha. Se combinarmos o eletrodo de hidrogênio com eletrodos dos mais variados
metais, perceberemos que alguns se comportam como o eletrodo de cobre , já outros
como o eletrodo de zinco .

Assim, experimentalmente, é possível construir uma tabela de .


III. TABELA DOS ERED

Potenciais de Redução (Ered) expressos em volts (Solução aquosa 1M a 25 °C e 1 atm)


IV. CÁLCULO DA DDP DE UMA PILHA

A ddp de uma pilha depende de dois fatores:

– da natureza da reação na pilha;

– das concentrações das espécies que participam da reação.

Vamos trabalhar somente com a natureza da reação, onde a ddp pode ser calculada da seguinte
forma:

Para uma pilha, a ddp é positiva, o que reflete a espontaneidade da reação.

2. ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO

Quanto maior o potencial de redução de um elemento, maior a tendência em ganhar elétrons.


Portanto, ele recebe elétrons de um outro elemento de menor potencial de redução. Para o
potencial de oxidação, quanto maior o valor de E 0, maior a tendência em perder elétrons e,
portanto, ceder elétrons para outro elemento de menor potencial de oxidação.
Por exemplo:

Dados:

Cu2+ + 2 e– → Cu° E = + 0,34 V

Zn2+ + 2 e– → Zn° E = – 0,76 V

Para sabermos se a reação é espontânea ou não, devemos adotar a seguinte conduta;

– verificar, no sentido indicado da reação, a espécie que sofre oxidação (perde e –) e a espécie que
sofre redução (ganha e–);

– se a espécie que sofre redução apresentar um maior que o da espécie que sofre oxidação,
a reação é espontânea; caso contrário, não.

O fato de o íon Cu2+ apresentar um Ered maior significa que ele possui capacidade de atrair e – do
Zn(s), e, sendo assim, a reação será espontânea.

Observação

– Objetos metálicos podem ser protegidos da corrosão de vários modos diferentes;

– aplicação de uma camada de tinta na superfície metálica;

– cobrir a superfície metálica com outro metal (eletrólise);

– colocar o metal a ser protegido em contato com outro metal que apresente um potencial de
oxidação maior. Neste caso, o metal de maior potencial de oxidação sofre corrosão (oxidação),
protegendo o metal de menor potencial de oxidação. Por exemplo, Mg e Zn são utilizados para a
proteção do Fe contra a ferrugem. Mg e Zn são denominados metais de sacríficio.

CORROSÃO
A corrosão dos metais, principalmente, o ferro está bastante presente em nosso dia-a-dia,
isso pode ser notado ao nosso redor, nas latarias dos automóveis, nas cadeiras metálicas, nos
portões e em outras superfícies metálicas desprotegidas.
Um método de proteção, que é bastante utilizado é a pintura. A tinta, no caso da pintura dos
metais é uma película que fica entre a superfície do metais e o ambiente, evitando assim, que se
forme uma pilha eletroquímica entre a superfície do metal e o ambiente.

Isso é possível? É possível uma pilha entre um metal e o ambiente? Sim, é possível e quanto
mais próximo do litoral estiver, mais real se tornará, pois a umidade presente no ar do litoral
possui água do mar, que possui íons (Na + e Cl-, principalmente), servindo assim de ponte salina
da pilha eletroquímica.

Pode-se ver um exemplo de corrosão presente no nosso dia-a-dia, considerando:

A partir destas figuras, temos que a superfície do metal é o catodo e o centro da gota é o anodo.
Onde a gota está presente existirá a oxidação do ferro e a superfície reduzirá. Na verdade
ocorrerá um fluxo de elétrons saindo do anodo e se espalhando para toda superfície metálica.

As reações ocorridas são:


anodo, ocorre a oxidação do ferro

Fe0 → Fe2+ + 2e-

(catodo, redução do oxigênio para formação da hidroxila, OH-, que participará da


formação do óxido)

O2 + 2 H2O + 4e- → 4 OH-

Somando as semi-equações, temos:

2 Fe + O2 + 2 H2O → 2 Fe(OH)2

O Fe(OH)2 será oxidado à Fe(OH)3 pelo oxigênio atmosférico, pois o Fe3+ é mais
estável do que o Fe2+.

Fe(OH)3 (ferrugem)

Quanto mais íons existirem na água da gota, mais fácil ocorrerá a reação. Lembre-se da ponte
salina. É comum que o ferro seja recoberto por película de tinta (ou zarcão) ou de outro metal,
como estanho, zinco ou crômio, a fim de ser protegido contra corrosão. A folha de aço usada nas
latas para bebidas ou alimentos é revestida por películas de estanho, seja pela imersão em
estanho fundido, seja por galvanoplastia. O estanho protege o ferro desde que a película seja
contínua.

Locomotiva recoberta por uma película de zarcão.

Outra maneira de proteção é associar ao ferro um metal que seja mais reativo do que ele,
como o zinco ou o magnésio. Esse metal sofrerá oxidação antes do ferro, protegendo-o assim. Os
dutos de óleo ou de gás que trabalham enterrados no solo são protegidos dessa forma
(geralmente com anodo de sacrifício de magnésio). Bem como os motores de embarcações e
cascos de navio (geralmente usando o zinco como metal de sacrifício).

Construção de um gasoduto com colocação do metal de sacrifício

As reações de eletroquímica não ocorrem somente com metais, mas também ocorrem nos
processos de oxidação de alimentos, entre tantos outros, sendo a eletroquímica bastante
abrangente.

3. ELETRÓLISE
Consiste em uma reação de oxirredução não espontânea. É o inverso de uma pilha. Na eletrólise
há a necessidade de uma fonte externa de corrente elétrica (contínua) para que uma reação não
espontânea ocorra.

O recipiente em que se realiza a eletrólise recebe o nome de célula eletrolítica ou cuba eletrolítica.

O eletrólito, ou substância que conduz eletricidade, deve ser um composto iônico líquido (fundido),
ou então em solução. Pode ser um composto molecular, desde que este se ionize quando em
solução. Como exemplo temos os ácidos.

3.1. COMO FUNCIONA A ELETRÓLISE

Os íons negativos são atraídos pelo pólo (ânodo), onde irão perder elétrons (oxidação). Os
elétrons cedidos ao pólo migram através do circuito externo até o pólo (cátodo). Lá, estes
serão "ganhos" pelos íons positivos (redução).

3.2. ELETRÓLISE ÍGNEA

Como já vimos anteriormente, para que ocorra uma eletrólise é necessária a presença de íons
livres. Um composto iônico, no estado sólido, não deve sofrer eletrólise, já que não possui íons
livres. Uma forma de liberar os íons deste composto é aquecê-los até a fusão (fundir). A eletrólise
que ocorre, nessas condições, é chamada eletrólise ígnea (do latim igneus = inflamado, ardente).
Exemplo

Eletrólise ígnea do NaCl:

Semi-reações da eletrólise ígnea do NaCl:

Observação

– Normalmente os eletrodos utilizados são de grafite.

- O número de elétrons libertados no ânodo é sempre igual ao número de elétrons absorvidos


no cátodo, em qualquer instante da eletrólise.

3.3. ELETRÓLISE EM SOLUÇÕES AQUOSAS

Quando um eletrólito é dissolvido em água (havendo ionização ou dissociação do mesmo),


além dos seus íons, devemos considerar a ionização da própria água.

Observação– Embora a ionização da água ocorra em pequena escala (1 molécula se ioniza


em cada 555 milhões de moléculas), seus íons devem ser considerados.
Experimentalmente, observa-se que, na eletrólise aquosa, apenas um tipo de cátion é atraído
por vez no cátodo, e, enquanto ele estiver presente na solução, nenhuma outra espécie será
atraída. O mesmo ocorre em relação aos ânions no ânodo.

Exemplo

Suponhamos uma solução aquosa de AB. Os íons presentes na solução serão:

e provenientes do eletrólito AB

e provenientes da água

Consultando a tabela de , se verificarmos que o possui maior que o (hipotético),

o vai se reduzir mais facilmente. Assim, a reação que ocorre, neste caso, é a descarga

do e não a do .

No caso dos ânions em solução, podemos dizer que, quanto maior a eletronegatividade do ânion,
maior será sua tendência de atrair os elétrons e, portanto, mais difícil será doá-los. Suponha, no
exemplo anterior, que B– seja menos eletronegativo que OH–. Logo, B– perderá elétrons mais
facilmente (descarrega primeiro).

A seguir, mostramos a ordem crescente de facilidade de descarga para cátions e


ânions.

Cátions: IA+, IIA2+, Al3+, H+, cátions restantes (atraídos pelo pólo –).

Ânions: F–, ânions oxigenados, ,

OH –,

Resumo

De um modo geral podemos afirmar que as reações que ocorrem em cada eletrodo
podem ser representadas resumidamente por:

Pólo negativo - Cátodo - Redução

Metais: MX+(aq) + X e- → M0(s) (Exceto: Hg(ℓ))

Ácidos: 2 H+(aq) + 2 e- → H2(g)


Água: 2 H2O(ℓ) + 2 e- → H2(g) + 2 OH-(aq)

Pólo positivo - Ânodo - Oxidação

Halogênios: 2 X-(aq) → X2 + 2 e- (X2 = F2(g), Cℓ2(g), I2(s), Br2(ℓ))

Bases: 2 OH-(aq) → H2O(ℓ) + 1/2 O2(g) + 2 e-

Água: H2O(ℓ) → 1/2 O2(g) + 2H+(aq) + 2 e-

3.4. ESTEQUIOMETRIA DA ELETRÓLISE

Cada elétron que atravessa o circuito transporta uma carga de 1,6·10 –19 C. Se x elétrons
atravessam o circuito, eles transportarão uma carga de x·1,6·10 –19 C. Assim, para um mol de
elétrons, teremos:

Conclusão

Quando 1 mol de elétrons atravessa um circuito, transporta a carga de 96.500 C.

Esta carga é denominada 1 Faraday.

Desta forma:

A carga Q (coulombs) que atravessa o circuito pode ser calculada, multiplicando a corrente
(ampères) pelo tempo (segundos).
EXERCÍCIOS
Questão 1. Considere a pilha galvânica representada a baixo:

Ni0 / Ni+2 // Cu+2 / Cu0

Calcule:

1. Quais as semi-reações e a global?


2. Quem é o catodo e o anodo?
3. Quem se oxida e se reduz?
4. Qual o sentido dos elétrons pelo fio condutor?
5. Qual o sentido dos íons pelo circuito interno?
6. Qual solução irá se diluir e se concentrar?

Questão 2. Sabendo-se que o cobalto pode ceder elétrons espontaneamente para o íon Au +3,
pede-se: Co0 / Co+2 // Au+3 / Au0

Calcule:

1. Quais as semi-reações e a global?


2. Quem é o catodo e o anodo?
3. Quem se oxida e se reduz?
4. Qual o sentido dos elétrons pelo fio condutor?
5. Qual o sentido dos íons pelo circuito interno?
6. Qual solução irá se diluir e se concentrar?

Questão 3. Uma bandeja de prata perde o lustre ao reagir com o enxofre presente em certos
alimentos (ovo) ou o ar atmosférico (SO2 ou H2S). Quando isso ocorre, forma-se um
revestimento escuro de Ag2S. Esse revestimento pode ser removido sem danificar a bandeja ,
colocando em uma panela de alumínio com água quente e pouco detergente.

A reação é a seguinte: 3Ag2S(s) + 2Al(s) ® Al2S3(S) + 6Ag(s)

Pede-se :

1. Ocorre a formação de pilha nessa reação ?


2. Forneça as reações parciais de oxidação e redução e a global
3. Qual o eletrodo funcionará como anodo e o catodo
4. Sentido do fluxo de elétrons
5. Notação da pilha
6. Qual placa reduzira e oxidará
7. Qual o sentido do fluxo dos íons

Questão 4. Considere um pilha constituídas pelas semipilhas: Mg/MgSO4 e Cu/CuSO4 . Sabendo-se que
o metal magnésio tem maior tendência de se oxidar que o cobre, podemos dizer que para essa pilha,
responda as questões:

a) Que metal perde elétrons? b)Que espécie sofre oxidação? c)Que espécie recebe elétrons?

d)Que espécie sofre redução? e)Escreva a equação da semi-reação de oxidação.


f)Escreva a equação da semi-reação de redução. g)Qual o agente redutor? h)Qual o agente oxidante?

i)Qual o sentido de movimento dos elétrons na parte externa do circuito?

j)Qual o sentido do movimento dos íons positivos na ponte salina?

l)Qual o cátodo? m)Qual o ânodo? n)Qual o pólo positivo? o)Qual o pólo negativo?

Questão 5. Com base no diagrama da pilha: Ba0 / Ba2+ // Cu + / Cu0

E nos potenciais-padrão de redução das semi-reações:

Ba0 → Ba2+ + 2e– E0 = –2,90 volt

Cu0 → Cu+1 + 1e– E0 = +0,52 volt

Qual a diferença de potencial da pilha?

a) + 2,38 volts. b) – 2,55 volts. c) + 3,42 volts. d) – 3,42 volts. e) – 2,38 volts.

Questão 6. Considere uma pilha de prata/magnésio e as semi-reações representadas abaixo,


com seus respectivos potenciais de redução.

Mg2+ + 2e– → Mg E° = – 2,37 V

Ag1+ + e– → Ag E°= + 0,80 V

O oxidante, o redutor e a diferença de potencial da pilha estão indicados. respectivamente, em:

a) Mg, Ag+, + 3,17 b) Mg+2, Ag, – 3,17 c) Mg, Ag+, + 3,97 d) Ag+, Mg, + 3,17

e) Ag+, Mg, + 1,57

Atividade 4: Correção das questões com os alunos. Aqui, alguns participaram da correção vindo
ao quadro.
Atividade 5: Trabalho em dupla valendo 1,5 pontos. As questões usadas serão aquelas que não
foram passadas para os alunos nas atividades.
Atividade 6: Entrega e correção do trabalho.

AVALIAÇÃO

Observação, registro e analise:

 Da resolução de problemas envolvendo os conceitos trabalhados ou as aplicações


das ideias e procedimentos científicos exemplificados em sala de aula;

 Avaliação da participação nas diferentes atividades.

 Resolução de exercícios em pequenos grupos e individualmente.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LISBOA, J.C.F; [et al]. Ser protagonista: Química, 1º ano, ensino médio. 3 ed. São
Paulo: edições SM, 2016.
LISBOA, J.C.F; [et al]. Ser protagonista: Química, 2º ano, ensino médio. 3 ed. São
Paulo: edições SM, 2016.
NOVAIS, V.L.D; ANTUNES M. T. Vivá: Química: Volume 1 – ensino médio. Curitiba:
Positivo, 2016.
NOVAIS, V.L.D; ANTUNES M. T. Vivá: Química: Volume 2 – ensino médio. Curitiba:
Positivo, 2016.
http://soq.com.br/
http://agracadaquimica.com.br/
http://quimicasemsegredos.com/
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/
http://quimicaonline.com.br/
http://www.profpc.com.br/index.htm
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https://www.todamateria.com.br/reacoes-endotermicas-e-exotermicas/
http://www.profpc.com.br/eletroqu%C3%ADmica.htm

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