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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO TECNOLÓGICO - CT
DISCIPLINA: FÍSICA III

CONSTRUÇÃO DE PILHAS

ACADÊMICOS:
Camila Alves Brito
Daniele Duarte Silva
Gabriela Cristina Alves Figueiredo
Guilherme Barbosa Pereira
Gustavo Henrique Ferreira
Luan Wedson da Silva Nunes
Marcus Vinicius Rodrigues Silva

MONTES CLAROS/MG
JULHO/2022
SUMÁRIO

Introdução 3
Objetivos 3
Equipamentos 4
Procedimento Experimental 5
Conclusões 6
Referências 6

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1. Introdução

As pilhas são sistemas eletroquímicos que transformam energia química em energia elétrica
por meio de reações de oxirredução espontâneas. Dentro da Química, as pilhas são
conhecidas como células galvânicas, ou voltaicas, que são os sistemas capazes de produzir
corrente elétrica por meio de uma reação de oxirredução.
As pilhas têm esse nome em referência ao primeiro dispositivo criado pelo italiano
Alessandro Volta, pois sua célula galvânica era formada por discos metálicos empilhados de
forma alternada. Muitas são as utilidades da pilha em nossa sociedade, não só pela sua
utilização em eletroportáteis, mas também por serem utilizadas na confecção de baterias,
dispositivos que entregam uma maior voltagem e são capazes de prover corrente elétrica para
dispositivos maiores, como os carros.
Uma pilha deve gerar energia elétrica. Porém, como? Para que exista energia elétrica, faz-se
necessária a existência de corrente elétrica. Podemos entender corrente elétrica como, nada
mais, nada menos do que cargas em movimento ordenado em um condutor elétrico, podendo
ele ser sólido ou uma solução eletrolítica. Mas para que as cargas se movimentem dessa
maneira, faz-se necessária a existência de uma diferença de potencial elétrico (ddp).
Pois bem, basicamente uma pilha tem a seguinte estrutura: dois eletrodos metálicos imersos
em um condutor elétrico. A ddp em uma pilha é gerada por conta das reações de oxirredução.
Em um dos eletrodos, elétrons são gerados por meio de reações de oxidação, criando um
acúmulo de cargas negativas em um ponto da célula galvânica. É esse acúmulo de elétrons
que cria uma disparidade de potencial elétrico dentro do sistema. Com a diferença de
potencial, os elétrons migram ordenadamente para o outro eletrodo, acumulando-se na sua
superfície e propiciando reações de redução. Esse processo continua até que a massa do
eletrodo em que ocorreu a oxidação acabe, cessando assim a reação química.
Para ilustrar melhor o funcionamento de uma pilha, vamos utilizar a pilha de Daniell,
desenvolvida pelo químico e físico britânico John Frederic Daniell em 1836.
Quando colocamos uma placa de zinco metálico em uma solução de sulfato de cobre II, que
tem coloração azul, percebemos, depois de um tempo, a formação de um depósito metálico
escuro sobre a superfície do zinco.
Investigando-se de forma melhor, percebe-se que tal depósito escuro é, na verdade, uma
película de cobre metálico. Mas como isso pode ocorrer? Bem, a solução de sulfato de cobre
II tem íons Cu2+ dispersos no meio, conforme mostra a equação de dissociação a seguir:

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CuSO4 (aq) → Cu2+ (aq) + SO42– (aq)

A partir daí, ocorre uma reação de oxirredução espontânea, em que os íons de Cu2+ se
reduzem a cobre metálico na superfície da barra de zinco. Contudo, para que ocorra a redução
dos íons Cu2+, o zinco metálico simultaneamente se oxida a íons Zn2+, desprendendo-se da
barra, gerando elétrons e então migrando para a solução no lugar dos íons Cu2+. Assim,
esquematiza-se a reação de oxirredução como:

Zn (s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu (s)

Percebe-se, então, que há transferência de elétrons do zinco para os íons Cu2+. Porém, caso
essa transferência de elétrons ocorra por meio de um fio metálico, separando assim o zinco do
cobre, teremos a criação de uma corrente elétrica. A pilha de Daniell, então, baseia-se nisso,
como mostra a imagem a seguir:

Figura 01- Pilha de Daniell.

Na pilha representada, as mesmas reações antes descritas ocorrem. Porém, dessa vez, o
eletrodo (placa) de zinco está imerso em uma solução de sulfato de zinco (ZnSO4), enquanto
o eletrodo de cobre está imerso em uma solução de sulfato de cobre II (CuSO4). Essas

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soluções estão separadas, porém conectadas por um fio metálico condutor. O sistema é
completado pela ponte salina, um tubo de vidro em U que contém uma solução salina com
íons que não participam do processo.
Quando tudo está conectado, o zinco começa a se oxidar, transferindo os elétrons gerados
para o fio metálico. Esses elétrons acumulam-se na superfície do eletrodo de cobre, atraindo
assim os íons Cu2+ presentes na solução e, então, temos a redução desses íons na superfície
metálica. Esse sistema gera uma diferença de potencial de 1,10 V (Volts), a qual é suficiente
para acender uma pequena lâmpada. Ao perceber a lâmpada acesa, temos a certeza de que
está tendo condução de corrente elétrica no sistema.
Com o passar do tempo, como o zinco metálico vai se transformando em Zn2+, podemos
perceber que o eletrodo de zinco tem sua massa reduzida, ao passo que, como os íons Cu2+
vão se transformando em cobre metálico, podemos perceber que o eletrodo de cobre tem sua
massa aumentada.
O eletrodo de zinco, local da pilha em que ocorre a reação de oxidação, é chamado então de
ânodo. Já o eletrodo de cobre, local da pilha em que ocorre a reação de redução, é chamado
de cátodo. Essa nomenclatura de ânodo e cátodo é muito utilizada em Eletroquímica, por isso
seu conhecimento é essencial.

2. Objetivos

Realizar a construção de pilhas com materiais simples, construir associações de pilhas em


série e em paralelo e o que ocorre com as diferenças de potencial (ddp) nessas associações.

3. Equipamentos

● 01 limão;
● 01 batata inglesa;
● 01 refrigerante;
● 01 placa de cobre;
● 01 placa de zinco;
● 01 voltímetro;
● Fios para conexão com garras jacarés nas pontas.

4. Procedimento experimental
4.1 Pilha de limão

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Iniciamos o experimento pela pilha de limão. Para a construção dessa pilha
introduzimos dois eletrodos no limão sem um tocar o outro. Os eletrodos utilizados
foram uma placa de zinco e uma de cobre. Com o zinco e o cobre ligados ao mesmo
meio ácido, o limão atua como ponte salina, permitindo a corrente de íons de uma
placa para a outra. Ligamos o multímetro e unimos ao eletrodo de cobre o fio do polo
vermelho e ao eletrodo de zinco e polo preto. Pelo limão ser ácido, e segundo a teoria
de Arrhenius, todo ácido possui íons H + em meio aquoso. Portanto, o suco do limão
é uma solução eletrolítica que possui espécies químicas com cargas positivas e
negativas. O limão faz o papel do eletrólito. A placa de zinco se oxida (perde elétrons)
porque o zinco possui maior potencial de oxidação que o cobre, e na placa de cobre
ocorre a redução do H + presente no eletrólito. Assim, as placas são os eletrodos da
pilha, sendo a placa de zinco o ânodo (polo negativo que perde elétrons) e a placa de
cobre o cátodo (polo positivo que recebe os elétrons).

Figura 02 - Pilha de limão conectada ao multímetro.

4.2 Pilha de batata inglesa

Repetimos o procedimento anterior mas desta vez utilizamos a batata inglesa no lugar do
limão. O ácido dentro da batata forma uma reação química com o zinco e o cobre que libera
elétrons, que fluem de um material para o outro. Nesse processo, a energia é liberada. A
batata em si funcionou como uma ponte salina, permitindo com que íons transitem de uma
placa a outra.

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Figura 03 - Pilha de batata inglesa conectada ao multímetro.

4.3 Pilha de refrigerante

Para finalizar realizamos o experimento com o refrigerante como nossa ponte salina. Dessa
vez prendemos as placas de zinco e cobre com uma rolha entre elas mesmas mas sem
encostar, a rolha foi utilizada como um material isolante. Após montar as placas com o
separador colocamos um pouco do refrigerante no copo e mergulhamos o conjunto das placas
na solução. Conectamos as pilhas e medimos a passagem da energia elétrica com o
multímetro.

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Figura 03 - Pilha de refrigerante conectada ao multímetro.

5. Conclusão

Ao final do experimento concluímos que a diferença de potencial medida pelo multímetro é


decorrente de um reação química na qual um dos reagentes é oxidado e outro reduzido. Este
processo ocorre em eletrodos diferentes, o que faz com que os elétrons passem de um pólo
para o outro da pilha, gerando uma corrente elétrica , o que faz funcionar os dispositivos
conectados. Neste caso, verificamos que o polo de zinco é negativo e a placa de cobre é o
polo positivo, que só atua como um condutor elétrico e não sofre transformação.

6. Referências

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Disponível em : https://brasilescola.uol.com.br/fisica/superficies-equipotenciais.htm. Acesso
em: 12 de julho de 2022.

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