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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL 04

ELETRODEPOSIÇÃO DE NÍQUEL

ELIZABETEH AQUINO ARAGÃO

PAU DOS FERROS

Março/ 2024
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1. INTRODUÇÃO
A eletrodeposição é um processo eletrolítico pelo qual um filme fino de metal é
depositado sobre um objeto, que atua como cátodo na célula eletroquímica. Para tal, é
necessário o uso de um ânodo inerte e um eletrólito, geralmente uma solução salina contendo
os íons a serem depositados por meio de redução.

A eletrodeposição de níquel é amplamente empregada para revestir diversos

materiais, devido à sua capacidade de melhorar a resistência à corrosão e proporcionar
acabamento decorativo às peças, além de servir como base para a eletrodeposição de cromo.

O banho mais comumente utilizado para a deposição de níquel é o Banho de Níquel

de Watts, composto por uma solução contendo cloreto de níquel, sulfato de níquel e ácido
bórico. As proporções desses componentes variam de acordo com o tipo de depósito
desejado. Uma composição típica inclui 280 g/L de sulfato de níquel (NiSO4), 90 g/L de
cloreto de níquel (NiCl2) e 45 g/L de ácido bórico (H3BO3). O sulfato de níquel fornece os
íons metálicos, os íons cloreto mantêm a neutralidade de carga na célula, e o ácido bórico
regula o pH.

Devido à natureza não espontânea da reação, é necessário aplicar um potencial

superior ao que seria produzido pela reação espontânea, utilizando uma fonte de corrente
contínua.

Após o processo eletrolítico, é possível determinar a quantidade de material produzido

utilizando as Leis de Faraday para a eletrólise. Estas leis estabelecem que a quantidade de
substância produzida é diretamente proporcional à quantidade de eletricidade utilizada e à
massa molar da substância dividida pelo número de elétrons trocados. A carga utilizada na
eletrólise é calculada multiplicando a corrente pelo tempo. A massa produzida é determinada
pela equação:
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onde:
m = massa de substância produzida em gramas;
MM = massa molar da substância (g/mol);
i = corrente em amperes;
t = tempo de eletrólise em segundos;
F = constante de Faraday = 96500 C/mol

2. OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é entender os princípios básicos da eletrodeposição, observar
os fatores que influenciam a taxa de deposição e analisar as características do revestimento
depositado.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
- 2 eletrodo de cobre
-2 eletrodos de grafite
- Fonte de corrente
- Dois conectores tipo jacaré
- Béquer de 100 mL
- 1 cronômetro
- Balança analítica
- Suportes e garras para prender os eletrodos

3.1. Solução
-50 ml de sulfato de zinco

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Inicialmente, o eletrodo de cobre foi cuidadosamente pesado em sua condição limpa e seca,
registrando-se sua massa inicial para fins de referência, como também foi realizada para o grafite.
Em seguida, preparou-se a solução do banho de Watts e a colocou em um béquer de maneira
homogênea.
Os eletrodos foram cuidadosamente presos de forma a ficarem completamente imersos na
solução. Para evitar qualquer fuga de corrente, a superfície metálica dos eletrodos foi isolada das
garras utilizando-se prendedores de madeira. Os cabos de conexão são então fixados na fonte de
alimentação e posteriormente conectados aos eletrodos. O cabo vermelho foi conectado ao ânodo,
enquanto o cabo preto conectado ao cátodo, estabelecendo assim a polaridade correta.
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Antes de ligar a fonte de alimentação, os botões de controle foram ajustados, com o botão da
corrente inicialmente posicionado em zero e o da tensão na posição máxima.
A fonte é então ligada e a corrente é cuidadosamente ajustada para o valor desejado de 0,08 A. O
tempo de deposição é iniciado com o início da cronometragem.
A célula eletroquímica foi mantida em operação por um período de 3 minutos, logo depois
aumentou a voltagem pra 2.9V e foi aguardado mais 10 minutos e observado as reações, após os
quais a fonte de alimentação foi desligada.O eletrodo de cobre foi então cuidadosamente removido
da solução, lavado meticulosamente com água destilada para remover qualquer resíduo do eletrólito
e, em seguida, completamente seco.
Por fim, o eletrodo foi pesado novamente, registrando sua massa final. A diferença entre a massa
final e a massa inicial do eletrodo de cobre permite determinar a quantidade de níquel depositada
durante o processo de eletrodeposição.
Logo em diante o mesmo experimento foi repetido para os eletrodos de grafite, no tempo de 10
minutos, com a voltagem de 2.9V

Figura 1:eletrodeposição dos eletrodos cobre e grafite

Fonte: Autor, 2024.

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4.1 . RESULTADOS E DISCUSSÃO

A eletrogravimetria, também conhecida como eletrodeposição, é um método analítico que

permite a determinação ou separação de constituintes em uma mistura com base em reações no
eletrodos, quando há a aplicação de um potencial externo à célula eletroquímica, suficiente para que
haja eletrólise em uma velocidade apropriada (CIENFUEGOS E VAITSMAN, 2000).
Os resultados mostraram que, no eletrodo menor (ânodo), ocorre a liberação de bolhas de
gás oxigênio resultante da oxidação das moléculas de água. Assim, a semi-reações no qual ocorrem
entre os eletrodos para a reação de cobre.
No experimento de eletrodeposição para o grafite utilizando as mesmas substâncias
mencionadas, a reação que ocorreu no cátodo (eletrodo negativo) envolve a redução dos íons
metálicos presentes na solução. No caso do banho de níquel de Watts, onde a solução contém
cloreto de níquel (NiCl2) e sulfato de níquel (NiSO4), a reação de redução no cátodo foi:

Essa reação resultou na deposição de níquel metálico no eletrodo de grafite. O níquel

foi reduzido a partir dos íons presentes na solução e depositado na superfície do eletrodo de
grafite. Portanto, o ganho de massa no eletrodo de grafite indicado abaixo, indica que a
eletrodeposição de níquel metálico ocorreu com sucesso durante o experimento.
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As reações do processo eletrolítico são :

No cátodo o cobre se reduz:

2 Cu2+ (aq)+ 2e- →Cu(s)
No ânodo a água se oxida:
2H2O(l) →2(g) + 2 H(aq)+ 4e-
Reação global:
2Cu2+ (aq) + 2H2O(l) →O2(g) + 4 H (aq) + 2Cu(s)

5. CONCLUSÃO
O experimento de eletrodeposição de cobre e grafite demonstra os princípios fundamentais
da eletroquímica e fornece insights sobre as aplicações práticas desse processo. A manipulação
cuidadosa dos parâmetros experimentais pode controlar a qualidade e as características do
revestimento depositado, tornando-o um método versátil na fabricação de materiais e componentes.
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REFERÊNCIAS
1. Bard, A. J., & Faulkner, L. R. (2001). Electrochemical methods: fundamentals and applications.
Wiley.
2. O'Meara, J. A. (2010). Electroplating. Electrochemical Society.
3. Zangari, G. (2010). Modern Electroplating. Wiley.
4. Paunovic, M., & Schlesinger, M. (2010). Fundamentals of Electrochemical Deposition. Wiley.