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22 fev 2024 14:00:10 - Prova1 - fundações (1).

sm

1ª Avaliação – Projeto Prático (Valor = 7,0 pontos)


Disciplina: Fundações e Estruturas de Contenção
Docente: Prof. Matheus Fernandes de Araújo Silva
Discentes: Elizabeteh Aquino Aragão; Francisco Antônio de Paiva Bessa
Semestre: 2023.2 –

ENUNCIADO

Pretende-se construir um edifício de 14 pavimentos tipo e cobertura, em concreto armado, com


fins residenciais na cidade de Fortaleza-CE, conforme imagem 3D de modelo BIM do edifício
apresentada Figura 1. O edifício possui um subsolo para estacionamento com pé direito de 2,40m.
A planta de formas dos pavimentos tipos é apresentada na Figura 2, com a nomenclatura dos 22
pilares.Foi feita uma investigação geotécnica no terreno via ensaios SPT e o perfil representativo
do terreno segundo uma direção diagonal é ilustrado na Figura 3 .

Figura 3 – Perfil geotécnico do subsolo

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RESOLUÇÃO

Dados:
Número de pavimento Dimensões do pilar 07
npav 16 l 110 cm b 19 cm

Para o cálculo da área de influência foi obtido da seguinte maneira:

Área de influêmcia p/ Pilar 7(19X110) da estrutura


2
Ai 2,33 m 2,91 m 2,33 m 2,25 m 1,05 m 2,25 m 14,39 m

2
Ai 14,39 m

peso próprio da estrutura


kN
p 12
2
m
2 2
O peso próprio da estrutura é dado como 12KN/ m . A área de ocupação do Pilar 7 é Ai 14,39 m
Então, a carga vertical no pilar 7 devido ao peso próprio da estrutura é:

Peso prório do pilar


Ppilar p Ai 172,68 kN

Ppilar 172,68 kN

Além do peso próprio da estrutura, devemos considerar o peso das cargas acima da superfície do solo.
Para isso, calculams a carga vertical no pilar (NK):

Esforço de compressão na sapata:

Nk npav 1 0,7 Ai p 2711,08 kN

Nk 2711,08 kN

Seguindo adiante, para realizar o pré-dimensionamento das sapatas, foi necessário determinar a sua profundidade de
assentamento. Essa decisão foi fundamentada na NBR 6122, que preconiza que a sapata seja assentada a uma
profundidade mínima de 1,5 metros, a menos que esteja sendo colocada sobre rocha. Além disso, foi essencial calcular o
número médio de golpes obtidos no ensaio de sondagem. Para essa fase, o grupo considerou dois valores de B,
considerando uma sapata retangular, conforme detalhado a seguir:

considerando a largura da sapata de: considerando a largura da sapata de:


B 2m B2 4m

Altura do bulbo de tensões Zbulbo 3 B2 12 m


Zbulbo 3 B 6m
18 15 16 14 15
NSPTmédio 19,5
18 15 16 14 15 4
NSPTmédio 39
2

considerando a largura da sapata de: NSPT.médio do bulbo de tensões


B1 3m 18 15 16 14 15
NSPTmédio 15,6
5
Zbulbo 3 B1 9m
NSPTmédio 15,6

18 15 16 14 15
NSPTmédio 26
3

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Nos cálculos, opta-se pelo valor mínimo identificado no Nspt, arredondando-o. Isso resulta em:
NSPTmédio 15,5

τ
Cassentamento 4

Quanto à tensão suportável do solo, é considerada a formulação proposta por Alonso(1983), como delineado na equação
subsequente.

NSPTmédio Tensão adimissível para sapata rentangular


kgf
σadm
5 2 15,6 kgf kgf
cm σadm 3,12
5 2 2
cm cm

Com base nesses dados, torna-se possível calcular a dimensão da sapata, por meio da seguinte equação:

Considerando situação limite em que σ σadm

Acrescimo devido ao peso da sapata


w 1,1
Onde w corresponde ao acréscimo de carga devido ao peso próprio da sapata, que nesse caso em questão, será adotado
10%. Além disso, considerando também uma sapara retangular. Com isso, podemos calcular a dimensão da sapata, por
meio da seguinte equação:
w Nk
Asap
σadm
2 2
Asap 9,75 m ou Asap 97467,34 cm

2
l b l b
L Asap 361,00 cm
2 4
L 365 cm
Para ser utilizado no projeto, o valor de B é tomado
como um múltiplo de 5 centímetros, seguindo esse padrão:

B L l b 274,00 cm

B 275 cm

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Área da sapata corrigida

2
Asap,cor L B 10,04 m

No condizente a altura da sapata e que seja considerada rígida, a altura da sapata, tem-se:

L l ou B b
hL 85 cm hB 85,33 cm
3 3
Consideração para encontrar o maior valor
h if hL hB
hL
else
hB
Deve ser maior ou igual a esse valor
h 85,33 cm

h 85 cm

Para o Calculo da altura do rodapé da sapata, temos:

h
h0 max 3
15 cm

Deve ser maior ou igual a esse valor


h0 28,33 cm

h0 30 cm

Para o calcula do volume de concreto da sapata, temos que:

3
Vbase L B h0 3,01 m

h h0 3
Vpiramide B L l b B L l b 2,14 m
3
3
Vsap Vbase Vpiramide 5,16 m
3
Vsap 5,16 m

Calculando o peso da sapata:

kN
Wsap Vsap 25 128,88 kN
3
m
Wsap 5
4,75 % Wsap 1,29 10 N
Nk

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Se não houver restrições de espaço, um projeto econômico da base deve garantir equilíbrio igual em ambas as direções
ortogonais da sapata.

L * B = A.sapata I Substituindo (I) em (II), e isolando L, conseguimos achar:

B= L - Lp + Bp II a1 l b

25,5 2
l b a1
L Asap 3,61 m
Com isso, 2 4

L 3,61 m

Novos valores de L e B, considerando o dimensionamento econômico:


L' 3,7 m B L' l b 2,79 m

B' 2,8 m

RESOLUÇÃO

Dado que não são fornecidos os valores para o ângulo de atrito e a coesão, é possível fazer uma estimativa desses
parâmetros usando correlações semiempíricas com o Nspt. Essas correlações são propostas por diversos autores na
literatura, mas para esta análise, optamos por seguir as recomendações de Teixera e Godoy (2016) e Godoy (1983).

Determinação dos Parâmetros de Resistência do Solo:


Para cada camada do solo, precisamos identificar os parâmetros de resistência relevantes, como coesão, ângulo de
atrito interno e peso específico, com isso temos:

Tensão admssível Acrescimo devido ao peso da sapata


σadm 20 Nspt,médio w 1,1

σadm 20 15,6 kPa 312 kPa


w Nk 2
Asap 9,56 m
σadm

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utilizando a proposição feita por Teixeira e Godoy (1906), pela seguinte equação, temos:

Para a camada de argila arenosa


c 10 Nspt,médio

c 10 15 kPa 150 kPa

rad
ϕ 28 ° 0,4 NSPTmédio π 0,6
180

ϕ 34,2 °

Entretanto, a condição estabelecida por Godoy é adequada para solos arenosos, enquanto neste caso estamos
lidando com argila, o que implica que o ângulo de atrito será zero.

ϕ 0,001 Ângulo para argila

Cálculo os fatores de carga da fundação:

2
π tan ϕ π ϕ Coeficientes de capacidade de carga para
Nq e tan 1,01
4 2 a coesão, sobrecarga e peso do solo.

Nc Nq 1 cot ϕ 5,15 Nq 1 Nc 5,14 Nγ 0

Nγ 2 Nq 1 tan ϕ 0

Cálculo dos fatores de forma da fundação (sapata retângular):

B' Nq
Sc 1 1,15 B' B'
L' Nc Sq 1 tan ϕ 1 Sγ 1 0,4 0,7
L' L'

Para continuarmos com a aplicação do método teórico de Terzaghi (1943) com as formulações de Vésic (1975), a fim
de determinar a capacidade de carga admissível da fundação, é essencial determinar o tipo de ruptura que ocorre no
solo. Para isso, empregamos o diagrama proposto por Cintra et al. (2011), o qual nos permite identificar o tipo de
ruptura para cada uma das camadas.

Para a camada de argila arenosa:

ϕ 0° c 150 kPa

De acordo com o diagrama, nesta camada ocorre


ruptura geral.

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Com isso, temos que:

Peso especifico da água


kN
γágua 10
3
m

Peso especifico da solo Cota de assentamento


kN Cassentamento 4
γsolo 19
3
m

Cálculo da sobrecarga
q γsolo Cassentamento m 76 kPa

Aplicando a equação de Terzaghi:


γsub γsolo γágua

Posto isso, calcula-se a capacidade de carga admíssivel da fundação.

Capacidade de carga da sapata sobre a camada de argila arenosa:


1
σr c Nc Sc q Nq Sq B' γsub Nγ Sγ 808,49 kPa
2
em que N′c, N′q, N′γ são fatores de carga para ruptura local (função do ângulo de atrito do solo) e podem ser
obtidos na Tabela 6.5 do livro de Albuquerque e Garcia (2020).

σr 808,49 kPa

Cálculando o Fator de Segurança:

Tensão solicitante na base da sapata:


w Nk
kgf
σsolicitante 2,94
B' L' 2
cm
σr
FSg 2,81 Sabendo que o valor do coefieciente de segurança minimo é de 3,
σsolicitante o dimensionamento está de acordo, segundo a NBR6122.

RESOLUÇÃO
Sabendo que,paraa sapata ser considerada rígida, deve-se atender deve a seguinte questão:

L' l ou B' b
hL 86,67 cm hB 87 cm
3 3

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Consideração o maior valor: Deve ser maior ou igual: Calculando a altura do rodapé da sapata:
h' if hL hB h' 87 cm h
hL h0 3
h 90 cm max
else 15 cm
hB

Deve ser maior ou igual:


h0 28,33 cm

h0 30 cm

Diante de todo o dimensionamento da sapata retangular, obtemos:

Largura do pilar Comprimento do pilar l superior da sapata / 5cm para formas


b 19 cm l 110 cm l' l 5 cm 115 cm

Largura inferior da sapata Comprimento inferior da sapata


B' 280 cm L' 370 cm

Altura da sapata Altura do rodapé


h 90 cm h0 30 cm

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REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, P. J. R.; GARCIA, J.R. Engenharia de Fundações. 1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2020

CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; ALBIERO, J. H. Fundações diretas: projetos geotécnicos. São Paulo: Oficina de Textos,
2011.

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