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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ


CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
FUNDAÇÕES - 9765/01

Prof. Dr. Jeselay Hemeterio Cordeiro dos Reis

MEMORIAL DE CÁLCULO

HELOISA RAIANE DE SOUZA DOS SANTOS RA:107030


HELOIZA PEREIRA DA COSTA RA: 108154
MARIA EDUARDA ALCÂNTARA CARDOSO RA:.116387

TURMA:  01    

MARINGÁ - PR
2022
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Sumário

1. OBJETIVO 3

2. ESTACA PRÉ - MOLDADA CENTRIFUGADA 3

3. COTA DE ASSENTAMENTO 4

4. CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA - AOKI E VELOSO 5

5. CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA - DECOURT E QUARESMA 7

6. PREVISÃO DE RECALQUE E CURVA CARGA - RECALQUE 9

7. DETERMINAÇÃO DA CARGA ADMISSÍVEL 13

8. DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS 14


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1. OBJETIVOS

A prática tem como objetivo o desenvolvimento, a partir de uma tabela com características
das estacas padrão centrifugadas e dos resultados dos ensaios “SPT-T”, de um projeto de fundação
por estaca centrifugada pré - moldada de um edifício residencial hipotético com 14 pavimentos,
sendo distribuídos em 28 apartamentos localizado em vizinhança composta por casas térreas e
sobrados antigos.

2. ESTACA PRÉ-MOLDADA CENTRIFUGADA

A fundação adotada para o projeto foi a estaca do tipo pré-moldada centrifugada, sendo
esta muito usada na construção civil, garantindo em diversos casos a viabilidade técnica e
econômica de algumas obras. Por ser um elemento pré-fabricado, possui grande vantagem em
relação às estacas de concreto moldadas in loco, como o controle de qualidade e o fato de colaborar
significativamente com uma obra mais limpa, visto que não há escavação.
Ademais, as estacas centrifugadas são caracterizadas pela seção circular vazada com
diâmetros externos variando de 26 a 80 cm, sendo que pelo processo de adensamento, através da
centrifugação do concreto, as estacas atingem capacidades de carga estrutural que variam de 500 a
5000 KN, com comprimento de até 15m, de acordo com as necessidades de obra e condições de
transporte.
Durante a centrifugação, parte da água é eliminada da mistura, assim, o fator água-cimento
é reduzido ao extremo, conferindo à estaca as mais elevadas características que se podem desejar
para elementos de concreto, ou seja: impermeabilidade, alta resistência mecânica, durabilidade em
ambientes altamente agressivos, etc.
Para a elaboração do projeto, adotou-se o diâmetro ϕ = 42 𝑐𝑚 e peso nominal de 214
Kg/m, conforme apresentado na Figura 1 através dos cálculos abaixo.

Vmáx= 6200 + Peso Próprio + ∆𝑉 (𝑀𝑥)+ ∆𝑉 (𝑀𝑦)


Vmáx= 6200 * 1,1 * 1,3

Sendo assim temos que:


Vmáx= 8900 kN e Vmín= 1800 kN

O número máximo de estacas por bloco é 8, de acordo com o material apresentado em sala de aula,
com isso tem se que:
𝑃𝑎𝑗 8900
𝐸𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎
= 8
= 1112,5kN
4

Para Padm > 1112,5 kN utiliza-se o ϕ42𝑐𝑚, adota-se então Padm = 1250 kN (pré-moldada).

Figura 1: Características das Estacas Padrão Centrifugadas

Fonte: Padrão SCAC

3. COTA DE ASSENTAMENTO

Ao analisar o perfil do solo a ser escavado, por meio dos relatórios obtidos de sondagem a
percussão, o relatório Nspt em 3 pontos distintos do terreno, dois próximos às divisas e um
centralizado. Pelo perfil foi encontrado o nível da água do solo, e estipulada a cota de assentamento
onde estará a ponta das estacas.
O SP 4 atinge valor superior a 10 na cota 7m, já o SP 6 atinge valor imediatamente
superior a 10 na cota 12m e o último SP 5 atinge valor superior a 10, neste caso 12, na cota 10m.
Considera-se então a maior cota.
( Prancha NSPT em anexo ao final do documento)
5

4. CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGAS - Aoki e Veloso

Através dos dados do NSPT, calcula-se a resistência lateral a cada um metro, conforme a
fórmula abaixo:
𝑅𝐿 = ( α * 𝐾 * 𝑁𝑠𝑝𝑡
𝐹2 )𝑥𝑈

Assim, tendo as resistências laterais calculadas, pode-se achar as resistências acumuladas


que consiste na somatória da resistência acumulada anterior somada com a próxima resistência
lateral.

Para o cálculo da resistência total é necessário o cálculo da resistência de ponta, que é feita
através dos dados do NSPT de cada SP, conforme a fórmula a seguir:

𝑁𝑠𝑝𝑡 * 𝐴𝑝 * 𝑘
𝑅𝑃 = 𝐹1

Logo, tem-se a resistência total que é a somatória da resistência lateral com a resistência de
ponta:

𝑅 = 𝑅𝐿 + 𝑅𝑃

Para encontrar a pressão admissível, dividimos a resistência por 2:

𝑅
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 2

Assim, tem-se as seguintes tabelas de cálculo para cada SP:

Tabela 1 : Dados para cálculo da resistência de ponta SP-4

Fonte: Autores
6

Tabela 2 : Cálculo da resistência e pressão admissível SP-4

Fonte: Autores

Tabela 3 : Dados para cálculo da resistência de ponta SP-5

Fonte: Autores

Tabela 4: Cálculo da resistência e pressão admissível SP-5

Fonte: Autores

Tabela 5 : Dados para cálculo da resistência de ponta SP-6

Fonte: Autores
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Tabela 6: Cálculo da resistência e pressão admissível SP-6

Fonte: Autores

Vale ressaltar que comparando as pressões admissíveis encontradas com a do fabricante,


todas estão abaixo do limite, validando os resultados obtidos.

5. CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGAS - Decourt e Quaresma

Assim como no método anterior, devemos calcular uma resistência lateral acumulada ao
longo da profundidade da estaca e uma resistência de ponta e, por fim, somar as duas a fim de obter
a capacidade de carga total.

A partir das tabelas mostradas a seguir, obteve-se as capacidades de cargas de acordo com
a profundidade para cada Nspt.

Tabela 7: Cálculo de capacidade de carga do SP-4

Fonte: Autores
8

Tabela 8: Cálculo de capacidade de carga do SP-5

Fonte: Autores

Tabela 9: Cálculo de capacidade de carga do SP-6

Fonte: Autores
9

6. PREVISÃO DE RECALQUE E CURVA CARGA - RECALQUE

Com base nos resultados da Capacidade de Carga pelo método Aoki e Veloso,
determinou-se o recalque para cada NSPT através das fórmulas abaixo:
𝑛
𝑁𝑖 = 𝑃𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 − ∑ (𝑃𝐿)𝑖
𝑖=1

𝑛 𝑁𝑖+𝑁𝑖+1
𝐴𝐷𝐸𝑁 = ∑ [( 2
) * ∆𝑍𝑖]
𝑖=1

𝐴𝐷𝐸𝑁
𝑊𝑒𝑒𝑓 = 𝐴𝐸𝐸𝐹*𝐸𝐸𝐸𝐹

Assim, obteve-se as seguintes Tabela de Recalques :

Tabela 10 : Cálculo do recalque SP-4

Fonte: Autores

Tabela 11 : resultados recalque SP-4


10

Tabela 12: Cálculo do recalque SP-5

Fonte: Autores

Tabela 13 : resultados recalque SP-5


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Tabela 14 : Cálculo do recalque SP-6

Fonte: Autores

Tabela 14 : resultados recalque SP-6

Assim, a partir das cargas que provocam o recalque elástico, das especificações e da
fórmula abaixo é possível projetar a curva Carga x Recalque:

−0,1565 𝑤
(
𝑃 * 1372, 1 1 − 𝑒 )
Tabela 15: Cargas provocantes do recalque
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Tabela 16: Especificações da estaca

Tabela 17: Dados da curva

Gráfico 1: Curva Carga x Recalque


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7. DETERMINAÇÃO DA CARGA ADMISSÍVEL

Para isso, foi calculada a carga para um recalque limite de 10 mm

−0,1565*10
(
𝑃(10) * 1372, 1 1 − 𝑒 ) = 1085,21 KN
1085,21
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 1,5
= 874,72 KN

Tabela 18: Tensão Admissível

Para definir o número de estacas, usamos o menor valor encontrado no método de Aoki e Veloso, na
seguinte equação:
𝑁 = 𝐹 * 1, 05 / 837, 41

Assim, teve-se o número de estacas por pilar.

ELEMENTO B(m) L (m) F (kN) Nº ESTACAS ADOTADO


P1=P16 0,2 0,6 2100 2,633 3
P2=P17 0,2 1,2 2900 3,636 4
P3=P18 0,2 1,2 3500 4,389 5
P4=P19 0,2 1,2 1800 2,257 3
P5=P20 0,2 1,2 2300 2,884 3
P6=21 0,2 0,6 1800 2,257 3
P7=P13 0,2 0,6 2300 2,884 3
P8=P14 0,2 1,2 2800 3,511 4
P9=P15 0,2 0,6 2000 2,508 3
P10=P12 0,2 1,2 2000 2,508 3
P11 1,8 3,6 6200 7,774 8
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8. DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS

Os blocos foram dimensionados de forma a distribuir as estacas em uma superfície onde a


distância entre o centro de duas estacas respeitem a condição 𝑑 ≥ 3ϕ = 1, 5 𝑚 e a distância
entre o centro da estaca e a borda do bloco mais próxima respeite a condição
𝑑 ≥ 1, 5 ϕ = 0, 75 𝑚.

𝐿− 𝐿0
A altura dos blocos foram determinados respeitando a relação ℎ = 4
,visto que a maior

altura seria para o bloco de 8 estacas.


Sendo assim, adotou-se h = 1,0 m para todos os blocos.

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