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Universidade Federal de Itajubá

IFQ

FIS513 – Turma 06

Experimento 1: Gota de Óleo de Millikan.

Juliana Ferreira Chagas (2021013309)

Matheus Martinolli Pereira (2018012687)

Renan Noronha Guimarães (2021001406)

Tiago Ferreira Santos (2021009629)

13/04/2023
Universidade Federal de Itajubá

IFQ

FIS513 Física Experimental IV– Turma 06

Experimento 1: Gota de Óleo de Millikan.

Relatório acadêmico apresentado à


Universidade Federal de Itajubá como
parte das exigências da disciplina
Física Experimental, FIS513.

Juliana Ferreira Chagas (2021013309)

Matheus Martinolli Pereira (2018012687)

Renan Noronha Guimarães (2021001406)

Tiago Ferreira Santos (2021009629)

13/04/2023
SUMÁRIO

1. RESUMO 3
2. OBJETIVOS 3
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3
4. MATERIAIS UTILIZADOS 5
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 5
5.1 Montagem 5
5.2 Obtenção de Medidas 5
6. RESULTADOS 7
7. CONCLUSÕES 9
8. BIBLIOGRAFIA 9
9. APÊNDICE 10
3

1. RESUMO
O experimento foi utilizado para obter a carga de uma partícula esférica de
raio muito pequeno, aplicando o mesmo procedimento utilizado por MIllikan. Ao
borrifar gotículas de óleo no interior de um capacitor e aplicando uma diferença de
potencial entre as suas placas, é possível acompanhar o movimento de uma
gotícula e determinar sua velocidade. Com as velocidades calculadas foi possível
determinar, utilizando o equilíbrio entre forças, a carga da gotícula, bem como seu
raio, e a partir disso determinar a carga elemental de um único elétron.

2. OBJETIVOS

O experimento tem por objetivo determinar a carga elétrica do elétron, através da


utilização do procedimento da gota de óleo de Millikan, obtendo os dados a partir do
borrifamento de gotículas de óleo dentro de um capacitor e medindo sua velocidade
de subida e descida, quando aplicada uma diferença de potencial em seus
terminais.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O experimento realizado se baseia no experimento realizado por Robert Millikan


em 1909, onde o mesmo comprovou a existência da carga elementar, sendo esta a
carga do elétron e o valor mínimo para a carga elétrica.
O experimento original, foi resultado de uma combinação de pesquisas e a
associação de diferentes métodos, baseando-se inicialmente no método de Wilson,
e fazendo diversos avanços que resultaram no experimento utilizando as gotas de
óleo.
No experimento, gotículas de óleo borrifadas numa região entre as placas de um
capacitor se deslocam devido a ação do campo elétrico produzido pela diferença de
4
potencial das placas. Assim as gotas se movem com uma velocidade constante
devido ao equilíbrio entre as forças atuantes, sendo elas a força peso, a força
elétrica, a força de empuxo e o atrito viscoso. Ao desconsiderar a força de empuxo
tem-se:
A força peso pode ser deduzida a partir da seguinte fórmula:
𝐹𝑔 = 𝑚 * 𝑔
Em que m é a massa da partícula, e g a gravidade. A massa da partícula pode ser
descrita pela multiplicação do volume Vo pela densidade ρ, obtendo então:
𝐹𝑔 = 𝑉 * ρ * 𝑔
O volume de uma espera é obtido a partir da seguinte fórmula:
𝑉 = 4/3 * π * 𝑟³
Ficando com a expressão final:
𝐹𝑔 = 4/3 * π * 𝑟³ * ρ * 𝑔
Já a força elétrica é dada pela seguinte fórmula:
𝐹𝑒 = 𝑞 * 𝐸
Em que E é o campo elétrico, e q é a carga do elétron. O campo elétrico E pode ser
obtido pela divisão da tensão entre as placas do capacitor dividido pela distância
entre as placas:
𝐸 = 𝑉/𝑑
Então ficamos com a fórmula final:
𝐹𝑒 = 𝑞 * 𝑉/𝑑
Agora, para a força de arrasto, temos:
𝐹𝑣 = 6 * π * 𝑟 * 𝑣 * η
Em que r é raio da partícula, v a velocidade da partícula, e η a viscosidade da
partícula.
Quando a partícula se desloca para baixo, temos que a relação entre as forças se
dá por:
𝐹𝑣 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝑒 = 0
Substituindo na equação os valores de cada uma das forças e isolando a
velocidade, temos que:
𝑣1 = 1/(6 * π * 𝑟 * · η) * (𝑞 * 𝑉/𝑑 + 4/3 * π * 𝑟³ * ρ * 𝑔)
E quando a gota se desloca para cima, temos que:
5
𝐹𝑒 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝑣 = 0
O que resulta em:
𝑣2 = 1/(6 * π * 𝑟 * · η) * (𝑞 * 𝑉/𝑑 − 4/3 * π * 𝑟³ * ρ * 𝑔)
Então temos a velocidade v1 de descida, e velocidade v2 de subida. Manipulando
as equações de v1 e v2, temos que:

𝑞 = 𝐶1 * (𝑣1 * 𝑣2)𝑉 * 𝑠𝑞𝑟𝑡(𝑣1 − 𝑣2)

𝑟 = 𝐶2 * 𝑠𝑞𝑟𝑡(𝑣1 − 𝑣2)

4. MATERIAIS UTILIZADOS

Para a realização deste experimento, foram utilizados os seguintes materiais:


● Borrifador com óleo
● Aparato de Millikan
● Laboratório online da Universidade Federal do Ceará (UFC)

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

5.1 Montagem

Os equipamentos utilizados no experimento já se encontravam previamente


posicionados, com a distância entre as placas do capacitor (d) já determinada, bem
como a temperatura dentro da câmara de observação.
Conectou-se uma fonte controlada à montagem, com o objetivo de injetar
uma diferença de potencial especificada no sistema.

5.2 Obtenção de Medidas

De acordo com o roteiro, para cálculos que serão feitos a seguir com os
dados coletados no experimento, considera-se os seguintes valores:

● Distância entre as placas do capacitor 𝑑 = 2, 5𝑚𝑚;


6
3 3
● Densidade do óleo de silicose ρ = 1, 03 × 10 𝑘𝑔/𝑚 ;
−5
● Viscosidade do ar η = 1, 82 × 10 𝑘𝑔/𝑚𝑠;
2
● Aceleração da gravidade 𝑔 = 9, 81, /𝑠 ;
−11 12
● 𝐶1 = 2, 73 × 10 𝑘𝑔𝑚/(𝑚𝑠) ;
−5 12
● 𝐶2 = 6, 37 × 10 (𝑚𝑠) .

Com o aparelho na posição correta para permitir a entrada de ar e das


gotículas, apertou-se o borrifador rapidamente algumas vezes, com sua ponta no
orifício sobre a tampa da câmara, injetando as gotículas no espaço observável.
Observando através da luneta, foi possível enxergar uma nuvem de
gotículas, e dessa nuvem foi selecionada uma única gotícula para ser observada
pelo restante do experimento.
Foi medido o tempo que levou para a partícula subir de uma placa do
capacitor até a outra (ts), e então alterou-se a polaridade do capacitor, fazendo com
que a gotícula passasse a descer, anotando também o tempo de descida (td). O
procedimento foi repetido dez vezes.

Como o experimento é complexo, mesmo conseguindo anotar os tempos, optamos


por realizar a experiência virtual do roteiro para conseguir chegar em resultados
mais precisos.

Com isso, utilizando as fórmulas anteriormente descritas, é possível determinar o


raio e a carga da gotícula (Tabela 1) através das fórmulas:

𝑟 = 𝐶2 · 𝑣1 − 𝑣2
𝑣1+𝑣2
𝑞 = 𝐶1 · 𝑉
· 𝑣1 − 𝑣2

Para achar o número de elétrons (Tabela 2), basta fazer a carga de cada gota
dividido pela carga do elétron, para a primeira gota seria:
7

6,41
𝑛= 1,6
= 4 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠

6. RESULTADOS

Tabela 1 - Resultados experimentais.


8

Tabela 2 - Carga das gotas.

Com isso, foi plotado um gráfico da carga em função do raio da gota:

Para obter o valor médio da carga do elétron, dividiu-se o somatório dos valores das
cargas de cada gota pelo somatório do número de elétrons:
−12
9,44·10
𝑞 = 59
9
−13
𝑞 = 1, 60 · 10 𝐶

7. CONCLUSÕES

Em conclusão, o experimento de Millikan foi um marco na história da física,


pois permitiu a determinação precisa da carga elétrica do elétron. Com sua técnica
de gota de óleo, Millikan conseguiu medir a carga elétrica de um único elétron com
grande precisão e repetibilidade.
O nosso experimento obteve valores constantes, o que tornou possível obter
resultados constantes também, que se aproximaram do valor conhecido para a
carga do elétron. As diferenças encontradas podem estar relacionadas a diversos
fatores, estando as medidas suscetíveis a diversos possíveis erros tais como erros
de observação e de medida do tempo, erros envolvendo os cálculos e suas
incertezas.
A partir disso, foi possível confirmar a hipótese de Millikan de que a carga
elétrica é quantizada e que a carga elementar é uma constante fundamental da
natureza. O experimento de Millikan também abriu portas para o estudo da física
quântica e da estrutura atômica, contribuindo significativamente para o
desenvolvimento da ciência moderna.

8. BIBLIOGRAFIA

Dos Santos, C.A. Experimento da gota de óleo de Millikan. Ufrgs. Disponível em


<https://www.if.ufrgs.br/historia/millikan.html>. Acesso em: 11 de abr. de 2023.
10
Millikan e a Carga Elétrica Grupo 4 (Laranja). [s.l: s.n.]. Disponível em: <
https://sites.ifi.unicamp.br/urbano/files/2020/08/Monografia2G4_Millikan_
pdf-notes_202008241008.pdf >. Acesso em: 11 abr. 2023.

9. APÊNDICE

Link para a tabela do Excel onde é encontrado todas as fórmulas e contas:


Laboratório 1 - Gota de Millikan

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