Você está na página 1de 33

Técnicas experimentais:

extensometria, fotoelasticidade
e interferometria laser
Extensometria
Extensometria – É uma técnica experimental que permite por um processo de
resistência elétrica determinar deformações, deslocamentos e
consequentemente tensões. Este processo permite apenas a leitura no
“ponto” (área) onde o extensómetro está colado. Aplica-se também em
transdutores de força, de deslocamento, na análise de ondas de tensão,
entre outros.

Existe no mercado uma infinidade de extensómetros (simples ou em forma


de rosetas) cujas características básicas são: sensibilidade, campo de
medida, comprimento de referência, precisão e outras de menor importância
Fator de Sensibilidade:
St - Factor de Sensibilidade do filamento
R
R - Resistência eléctrica
St = R L - Comprimento do filamento
L
 R- Variação da resistência
L  L - Alongamento do filamento

Materiais:

Os materiais mais conhecidos e que podem ser usados na construção de


extensómetros são os seguintes: Aduance, Constantan, Ni, Cr, Al, Fe, Mo, Cobre,
Iridium, Platina, Prata, etc
Montagem de Extensómetros

Extensómetros cementáveis
Grelha (plana ou bobinada)

Base suporte

Placas de papel

Cola de cura rápida ou lenta

,
Instrumentação Básica
Circuito elétrico

Quarto de ponte: R2, R3 e R4 são resistências elétricas e R1 é um extensómetro

Meia ponte: R3 e R4 são resistências elétricas e R1 e R2 são extensómetros

Ponte completa: R1, R2, R3 e R4 são extensómetros

Ponte de Wheatstone
Quanto à forma da resistência elétrica, podem ser classificados em:

- extensómetros de filamento

- extensómetros de folha metálica

Extensómetro Roseta de 2 Roseta de 3 Extensómetros


extensómetros extensómetros fibra ótica
Simples 0 e 90º 0, 45 e 90º
Ver filmes da HBM
Análise de rosetas
 Só há uma tensão principal. É conhecida a sua direção

Lei de Hooke  = E Estado Uniaxial de Tensão

 Há duas tensões principais. São conhecidas as duas direções

1 =
E
( + 2 )
2 1
1− 

2 =
E
(1 + 2 )
1−  2
 Caso geral:

𝜀𝑅1 = 𝜀𝑥 𝑐𝑜𝑠 2 Ѳ1 + 𝜀𝑦 𝑠𝑒𝑛2 Ѳ1 + 𝛶𝑥𝑦 𝑠𝑖𝑛 Ѳ1 𝑐𝑜𝑠 Ѳ1

𝜀𝑅2 = 𝜀𝑥 𝑐𝑜𝑠 2 Ѳ2 + 𝜀𝑦 𝑠𝑒𝑛2 Ѳ2 + 𝛶𝑥𝑦 𝑠𝑖𝑛 Ѳ2 𝑐𝑜𝑠 Ѳ2

𝜀𝑅3 = 𝜀𝑥 𝑐𝑜𝑠 2 Ѳ3 + 𝜀𝑦 𝑠𝑒𝑛2 Ѳ3 + 𝛶𝑥𝑦 𝑠𝑖𝑛 Ѳ3 𝑐𝑜𝑠 Ѳ3

𝜀𝑥 +𝜀𝑦 1 2
𝜀1 = ± 𝜀𝑥 − 𝜀𝑦 + 𝛶𝑥𝑦 2
2 2 2

  R1 +  R3
 1 = E
 2(1 −  )

1
2(1 +  )
( )  ( )
 R1 −  R3 2 + 2 R2 −  R1 +  R3 2 

2
Equipamentos de ensaio
GEN series
GEN17tA

Multímetro digital de alta precisão da marca Tektronix, modelo DMM 4040.


Alguns exemplos de aplicação
Determinação do Coeficiente de
Poisson recorrendo à extensometria

𝜀𝑦
𝜈=−
𝜀𝑥
Coeficiente de Poisson
Dois extensómetros foram montados (um na direção da tração e
outro perpendicularmente)

Material: AISI 316L


Valores médios = 0,33 a 0,35
Valor obtido experimentalmente: = 0,27
Célula de carga

Ver filmes da HBM


Fotoelasticidade
Fotoelasticidade – É um método ótico que permite obter em modelos ou em
componentes reais as deformações, deslocamentos e tensões em “qualquer”
ponto do componente.

A fotoelasticidade utiliza luz polarizada (ou seja, o vetor de polarização da luz não é
aleatório) necessária e obrigatória para o efeito que se pretende. Necessita,
também, que o material onde essa luz vai incidir seja especial – material
Birrefringente.

As formas de polarização da luz mais usadas são:

- Polarização plana

- Polarização circular

- Polarização elíptica
Tipos de polarizadores planos

- Reflexão

- Refracção

- Polaróide

Placas Birrefringentes

O material usado na construção dos modelos, transparente, é tal que apresenta um


eixo “1” dito eixo rápido e outro “2”, a 90º do “1”, dito eixo lento. A cada eixo irá
corresponder duas velocidades C1 e C2 que depois de serem tratadas darão resultados
extremamente importantes na determinação das (deformações) franjas.
Polariscópios

O polariscópio é o equipamento fundamental para a execução do ensaio experimental em estudo.

Existem dois tipos de polariscópios:

- polariscópio plano

- polariscópio circular
Polariscópio Circular

Este polariscópio é constituído por uma fonte de luz branca, um polarizador, duas placas
quarto de onda e um analisador.

Neste caso particular podemos ter duas versões:

- Eixos cruzados (campo escuro)

- Eixos paralelos (campo iluminado)


Modo de funcionamento

A fonte de luz emite um feixe de luz branca que irá atravessar o polarizador. Este polariza
a luz que irá, seguidamente, incidir no modelo segundo uma determinada orientação
(eixo rápido e o eixo lento). O modelo irá alterar a orientação e velocidades da luz
vinda do polarizador.
À entrada do analisador e fazendo rodar este para determinadas posições obtêm-se
“manchas” claras e escuras designadas de Franjas.
Conforme a posição do polarizador podemos obter as Franjas designadas por Isoclínicas
e Isocromáticas. Assim, as franjas:
Isoclínicas – permitem numa primeira análise determinar as direções principais
Isocromáticas – dão (1-2) constante.
Pela análise destas franjas, nomeadamente pelo seu número e orientação relativamente
ao modelo, pode-se determinar as tensões, deformações e deslocamentos do
modelo.
Equipamentos
Polariscópio Circular

Representação esquemática do FL200:


1 – fonte de luz;
2 – lente polarizadora;
3 – lente quarto-de-onda;
4 – estrutura de suporte para os modelos;
5 – lente analisadora;
6 - lente quarto-de-onda; Polariscópio de transmissão
7 – modelo sob carga (FL 200.03). “Gunt HAMBURG Mod.FL200”
Exemplos
Holografia, Speckle ou ESPI
Holografia, Speckle ou ESPI – É um método ótico que usa luz proveniente de um laser e
permite medir diretamente na superfície dos componentes reais as
deformações, deslocamentos e tensões.

Você também pode gostar