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RELATÓRIO DO EXPERIMENTO IV
Fator de atrito em tubo de seção circular
Uberaba – MG
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 4
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 4
4. METODOLOGIA 4
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5
6. CONCLUSÃO 9
7. REFERÊNCIAS 10
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1. INTRODUÇÃO
De uma maneira geral, a perda de carga pode ser denominada como a
energia que é dissipada pelo fluido para escoar entre dois pontos. Quando um fluido
escoa por uma tubulação o mesmo é influenciado pelas paredes, o que ocasiona
uma dissipação de energia devido ao atrito. Além disso, o fluido que está em
contato com a parede adquire velocidade nula, e desse modo, afetam nas partículas
mais próximas por causa da viscosidade e da turbulência ocasionando também uma
dissipação de energia.
Essa dissipação de energia provoca um abaixamento da pressão total do
fluido ao longo do escoamento que é definida de perda de carga. Existem dois tipos
de perda de carga: localizada e distribuída, e, além disso, temos a perda de carga
total (hT), que é encontrada pelo somatório das perdas localizadas e distribuídas.
A perda de carga localizada (hL) é referente a perda ocasionada pelos
equipamentos, válvulas e acessórios, estes dispositivos aumentam a dificuldade do
fluido escoar provocando variação brusca na velocidade, que consequentemente
ocasionam uma perda de energia ao sistema. Já a perda de carga distribuída (h D) é
referente a perda ocasionada em trechos retos, ou seja, nas tubulações.
Os cálculos para perda de carga vão variar de acordo com o motivo que a
causa e são dependentes de alguns fatores como: o diâmetro do tubo, rugosidsade,
tipo de material da tubulação, propriedades do fluido, velocidade de escoamento,
fator de atrito, comprimento do tubo, ente outros. Além disso, existem algumas
expressões como a de Colebrook ou Haaland e até mesmo de componentes
figurativos como o diagrama de Moody para a obtenção do valor de perda de carga.
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2. OBJETIVOS
O objetivo deste relatório foi encontrar o valor da energia dissipada pelo
fluido, mais conhecida como perda de carga. Para tanto, foi necessário o cálculo da
vazão mássica e do fator de atrito.
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Para a realização do experimento foram utilizados dos seguintes equipamentos:
• Bancada experimental contendo: dois tubos de 7,8 e 6,3mm de diâmetro,
manômetro em U, válvulas;
• Balança;
• Trena;
• Baldes;
• Termômetro;
• Cronômetro.
4. METODOLOGIA
Durante o processo experimental, os seguintes passos foram seguidos:
1. Encher o reservatório;
2. Ligar o equipamento;
3. Retirar as bolhas de ar do sistema e medir a temperatura da água;
4. Abrir a válvula do equipamento na vazão desejada;
5. Realizar o procedimento para medição da vazão em triplicada;
6. Posicionar as válvulas referentes ao tubo A para medição do ponto 1 ao 3 e
em seguida do ponto 1 ao 2;
7. Anotar o valor da distância entre os pontos e do delta H;
8. Repetir os passos 6 e 7 para o tubo B:
9. Calcular a densidade da água na temperatura medida através da equação:
(30 − 𝑇)
𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 996 + (1)
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10. Calcular a média da vazão mássica para as medidas de A e B;
11. Encontrar na literatura a densidade do mercúrio;
12. Calular ∆𝑝;
∆𝑝 = ℎ𝑔(𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 − 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ) (2)
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13. Calcular velocidade média de escoamento através da equação 3.
4𝑚̇
𝑣= (3)
𝜋𝜌𝑑 2
∆𝑣 2 ∆𝑝
𝐻𝑓 = +𝐿+ (4)
2𝑔 𝛾
∆𝑣 2
Considerando o termo constante e 𝛾 = 𝜌𝑔.
2𝑔
2𝑔𝑑𝐻𝑓
𝑓= (5)
𝑣2𝐿
16. Cálculo de Reynolds pela equação 6.
𝑑𝑣𝜌
𝑅𝑒 = (6)
µ
𝐾𝑔⁄ 𝐾𝑔⁄
Considerando 𝜌 = 996,6 e µ = 9,407 × 10−4 𝑚. 𝑠 .
𝑚3
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A primeira parte do experimento consiste calcular a vazão mássica pela
relação da mássa de água coletada em determinado tempo. Os dados foram
coletados em duas etapas e ambos em triplicatas. Estes dados obtidos
experimentalmente foram dispostos nas tabelas 1 e 2.
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Tabela 2. Dados experimentais da segunda medida.
Tempo [s] Massa de água [kg]
5,11 1,185
5,08 1,240
5,03 1,158
Fonte: Das Autoras, 2023.
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Tabela 8. Dados calulados da velocidade de escoamento e do fator de atrito na
primeira etapa.
Pontos Velocidade [m/s] Fator de atrito
1a3 0,020698
Tubo A (7,8 mm) 4,14
1a2 0,023502
1a2 0,007829
Tubo B (6,3 mm) 7,58
1a3 0,007154
Fonte: Das Autoras, 2023.
7 × 10−6 𝑚 de rugosidade (ε). Logo, ᵋ/d para Tubo A sendo de 0,00089 e para o
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tubo B 0,0011. Os dados foram traçados na Figura 1, com a cor azul para o tubo A e
cor verde para o tubo B.
Fonte: FERNANDO, A.
6. CONCLUSÃO
Pode-se concluir com êxito o presente relatório visto que os objetivos foram
alcançados com sucesso e os resultados obtiveram coêrencia com o esperado.
Além disso, com os resultados encontrados pode-se analisar a influência que a
velocidade tem na queda de pressão e, consequentemente, na dissipação de
energia do sistema para cada tubo.
Sabe-se que a velocidade encontrada para o tubo B seria maior que a do tubo A
quando comparados a uma mesma vazão mássica, isso se deve pelo diâmetro do
tubo A ser maior que do tubo B, com isso os resultados foram coerentes visto que
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para as medidas de vazão obtiveram-se velocidades nos valores de 4,1 e 7,6 m/s
para os tubos A e B, respectivamente.
Por fim, foi feita uma análise pelo diagrama de Moody e os valores encontrados
foram muito próximos dos valores calculados para o fator de atrito, o que demonstra
mais confiança nos cálculos e maior precisão dos resultados.
7. REFERÊNCIAS
[1] BIRD, R. B.; STEWART, W. E.; LIGHTFOOT, E. N. Fenômenos de Transporte.
Rio de Janeiro: Editora LTC, 2a Edição, 2012.
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