Você está na página 1de 24

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas


Departamento de Engenharia Ambiental

Helio de Almeida Collier


Ígor Marques

DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA NO


MUNICÍPIO DE BORBOREMA-SP

Uberaba – MG
2023
Helio de Almeida Collier
Ígor Marques

DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA NO


MUNICÍPIO DE BORBOREMA-SP

Projeto avaliativo referente a carga horária


teórica da disciplina obrigatória de Tratamento
de Águas de Abastecimento aplicada na
graduação de Engenharia Ambiental.

Professor: Prof. Dr. Vinicius Rocha.

Uberaba – MG
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

2 TECNOLOGIA................................................................................................................... 4

3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 6

3.1 MISTURA RÁPIDA .................................................................................................... 6

3.1.1 Calha Parshall ........................................................................................................ 6

3.2 COAGULAÇÃO ........................................................................................................ 10

3.3 FILTRAÇÃO DIRETA DESCENDENTE.................................................................. 11

4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE FLUORETAÇÃO E DESINFECÇÃO ......... 18

4.1 DADOS ..................................................................................................................... 18

4.1 DESINFECÇÃO ........................................................................................................ 18

4.1.1 Tanque de contato ........................................................................................... 18


1 INTRODUÇÃO

Borborema é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude


21º37'11" sul e a uma longitude 49º04'25" oeste, estando a uma altitude de 429 metros. Sua
população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 16 164 habitantes.

Figura 1: Município de Borborema - SP

Fonte: Google Earth, 2023.

2 TECNOLOGIA

Com o intuito de se encontrar a melhor tecnologia de tratamento, contou-se com a ajuda


do software SELTECNOL, e também do aplicativo Água e Esgoto da Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA), onde encontrou-se a vazão da cidade de Borborema - SP,
sendo ela de 36 L/s.
Sendo assim, utilizando dados dos parâmetros disponibilizados em sala, foram
calculadas as frequências de ocorrência dos mesmos, usando o método “Percentile.inc”
disponível nas planilhas Excel. Na tabela 1 a seguir é possível ver todos os parâmetros
estudados para valores percentis de 90%, 95% e 100%.

Tabela 1 – Análise dos dados


Cor Ferro Coliformes Escherichia
Turbidez Manganês
Parâmetro verdadeira total totais coli
(uT) total (mg/L)
(uH) (mg/L) (NMP/100mL) (NMP/100mL)
100% 76 15 3,03 0,33 1490 673
95% 12,9 11,35 0,97 0,29 992,45 509,30
90% 10 7,6 0,93 0,26 943,8 473,6
Fonte: Dos autores, 2023.

Assim sendo, o software SELTECNOL (nível 1) nos deu 5 possibilidades de tecnologia


para serem utilizadas, como visto na figura 2.

Figura 2 – Tecnologias possíveis (SELTECNOL)

Fonte: Dos autores, 2023 (Software SELTECNOL nível 1)

Após analisar todas as possibilidades disponibilizadas pelo Software, tendo em vista


que para calcular o custo de cada tecnologia foi analisado o resumo do investimento das
tecnologias empregadas para o tratamento. A figura 3 ilustra o resultado obtido através do
software

Figura 3 – Investimento das ETAs (SELTECNOL)


Fonte: Dos autores, 2023 (Software SELTECNOL nível 2)

A tecnologia economicamente viável é a floto filtração, porém, pela dificuldade de


operação, já que é considerado um sistema que demanda maior conhecimento técnico para
operação, foi escolhido por se utilizar o sistema de dupla filtração. Essa opção se tornou viável
pelo porte da cidade de Borborema, há a possibilidade de ser difícil encontrar mão de obra
especializada para a operação da estação de tratamento.

3 METODOLOGIA

3.1 MISTURA RÁPIDA

3.1.1 Calha Parshall

De acordo com a vazão da cidade de Severínia – SP de 36 L/s e as dimensões


padronizadas dos medidores de Parshall representadas na figura 4, tem-se todos os dados
necessários para iniciar o dimensionamento. O valor de W é adotado de acordo com a vazão
utilizada no projeto, sendo assim considerou-se um W de 15,2 cm onde a vazão varia entre 1,4
a 110,4.
Figura 4: Adaptação dos medidores Parshall

Fonte: (Di Bernardo 2004)

A vazão, em um vertedor Parshall, com descarga livre na saída, é dada pela seguinte
Equação 1, considerando os valores de K e n na figura 8, de acordo com o W escolhido
anteriormente na figura 4.

𝐻 = 𝐾. 𝑄𝑛 (1)

Figura 5: Largura da Calha Parshall

Fonte: (Aula Dr. Vinicius Rocha,2023)

No cálculo da largura da seção de medida D’, utilizou-se a Equação 2, onde os


parâmetros W e D estão dispostos na figura 4:
2 (2)
𝐷 ′ = 3 (𝐷 − 𝑊 ) + W

Após a obtenção da largura da seção e da altura da crista obteve-se a velocidade na seção


medida, como apresentado na Equação 3:

𝑄 (3)
𝑉𝑎 =
𝐷′𝐻𝑎

No cálculo da energia total além dos parâmetros encontrados anteriormente também se


utiliza de um parâmetro N representado tabela 4 como mostra a Equação 4:

𝑉𝑎2 (4)
𝐸𝑎 = 𝐻𝑎 + +𝑁
2. 𝑔

O ângulo fictício necessário para causar um ressalto pode ser determinado através da
Equação 5:
(5)
𝑔. 𝑄
cos(𝜃) = − 3
𝑊. (0,67. 𝑔. 𝐸𝑎)2

Após a obtenção da energia e do ângulo necessário é possível determinar a velocidade


de água no início do ressalto, obtida através da Equação 6:

𝑉1 (6)
1/2
𝜃 2. 𝑔. 𝐸𝑎
= 2. 𝑐𝑜𝑠 ( ) . ⌈ ⌉
3 3

Com o resultado da velocidade da água no início do ressalto obtém-se a altura de acordo


com a Equação 7:

𝑉12 (7)
𝑦1 = 𝐸𝑎 −
2. 𝑔
Após os resultados de velocidade e altura da água no início do ressalto é possível
determinar o comportamento do escoamento através da Equação 8:

𝑣1 (8)
𝐹𝑟1 =
√𝑔. 𝑦1

De acordo com o número de Froude encontrado calcula-se a altura de água no final do


ressalto de acordo com a Equação 9:

𝑦1 (9)
𝑦3 = . [√1 + 8. 𝐹𝑟12 − 1]
2

Após os dados obtidos da altura de água no final do ressalto calcula-se a profundidade


no final do trecho divergente de acordo com a Equação 10:

𝑦2 = (𝑦3 − 𝑁 + 𝐾 ) (10)

De acordo com a profundidade final do trecho obtida e a vazão de Severínia calcula-se


a velocidade no final do trecho de acordo com a Equação 11:

𝑄 (11)
𝑉2 =
𝑦2. 𝐶

Posteriormente, obteve-se a perda de carga através da Equação 12:

𝐸𝑛 = (𝐻𝑎 + 𝑁) − 𝑦3 (12)
A Equação 13 demonstra o tempo médio de detenção de água de acordo com os
parâmetros de V1 e V2 + o G proveniente da Tabela 7:

𝐺𝑝𝑎𝑟𝑠ℎ𝑎𝑙𝑙 (13)
𝑇𝑚𝑟 =
(𝑉1 + 𝑉2)/2

Por fim, o cálculo do gradiente é realizado utilizando o peso especifico, energia


dissipada, viscosidade absoluta da água e o tempo médio de mistura no ressalto de acordo com
a Equação 14:

(14)
γ. En
𝐺𝑚𝑟 = √
𝜇. 𝜃ℎ

Portanto, a tabela 2 apresenta todos os valores obtidos no dimensionamento da calha Parshall.


Tabela 2: Dados calculados para mistura rápida

Q (L/s) 34,00
D' (m) 0,32
Ea (m) 0,30
y1 (m) 0,10
Fr 2,15
y2 (m) 0,23
En (m) 0,06
Tmr (s) 0,72
Gmr (s^-1) 863,14
Hb/Ha 0,05
Fonte: Dos autores
3.2 COAGULAÇÃO
Foi escolhido para utilização do coagulante o Cloreto férrico, isto pois o lodo gerado deste
tratamento não afeta a microbiota anaeróbia de decomposição, sendo viável a destinação final
deste lodo em sistemas de tratamento biológico.
Foi utilizada da seguinte equação para obtenção da dosagem de coagulante:
𝑄𝑝 ∗ 𝐶𝑎𝑏 + 𝑄𝑑 ∗ 𝐶𝑐𝑜𝑎𝑔
𝐶𝑚 =
𝑄𝑝 + 𝑄𝑑
Onde Qp é a vazão de projeto (m³/s), Cab a concentração do coagulante na água bruta, Qd a
vazão de dosagem, Ccoag a concentração do coagulante (mg/L) e Cm a concentração da mistura
(mg/L). A Tabela 3 mostra os resultados de dosagem e vazão

Tabela 3: Valores de dosagem do Cloreto Férrico


Coagulante utilizado: Cloreto Férrico
Conc. de coag. da água bruta (mg/L) 0
Concentração da mistura (mg/L) 30
Ccoag = concentração de coagulação
(mg/L) 200
Vazão de dosagem
Qd (L/s) 0,00635
Dosagem do coagulante
D (mg/s) 1,27059
D (kg/dia) 0,10978
Fonte: Dos autores, 2023

3.3 FILTRAÇÃO ASCENDENTE EM PEDREGULHO

A metodologia de dupla filtração consiste na associação em série de dois filtros, o


primeiro, este, de fluxo ascensional em meio filtrante de pedregulho. Este filtro funciona em
uma taxa de filtração menor, sua função principal é realizar um pré tratamento para que o
próximo filtre termine o tratamento. A taxa de filtração adotada foi de 160 m³/m².dia.

Tabela 4: Dados para camada filtrante (Pedregulho)


Dados de Pedregulho
Tamanho efetivo (mm) [D10] 0,7
Coeficiente de desuniformidade 1,2
D90 (mm) 1,15
Espessura da camada (m) 2
Porosidade inicial 0,45
Massa específica (kg/m³) 2650
Coeficiente de esfericidade 0,85
Fonte: Dos autores, 2023
Após a adoção de alguns parâmetros observados na Tabela 4, é possível iniciar-se o
dimensionamento do filtro rápido descendente obtendo-se o número de filtros, de acordo com
a Equação 19.

𝑁 = 1,2 . 𝑄0,5 (15)

Com a determinação do número de filtros é possível encontra a área, utilizando a


Equação 20.
𝑄 (16)
𝐴𝐹 =
𝑁 . 𝑇𝑓

Após a obtenção da área é possível obter a largura (B) e o comprimento (L),


representado na Equação 21.

𝐴𝑡 = 𝐵 . 𝐿 (17)

A fim de confirmar a taxa de filtração que foi considerada inicialmente de 240 (m³/m².
dia), utiliza-se a Equação 22.
𝑄 (18)
𝑇𝑓𝑒 =
𝑁 . 𝐴𝑓

Sendo assim, é possível realizar o dimensionamento do meio filtrante de pedregulho


para posteriormente realizar o cálculo da perda de carga.

Figura 14: Equação completa de perdas de carga

Fonte: (Aula Dr. Vinicius Rocha,2023)


A tabela 5 representa como foi realizado o calculo da perda de carga. A extratificação de camada
no meio filtrante se dá pela fração mássica, onde que pela densidade, os grão mais leves tendem
a permanecer na parte superior, por isso é realizado tal separação, em relação com os diâmetros
das partículas naquela cama.

Tabela 5: Perda de carga no meio filtrante limpo


Perda de carga do meio filtrante limpo
Li Xi
Fração mássica Camadas Deq (mm) Xi/Deq (/m) Xi/Deq² (/m²)
(m) %
10 1 0,7 0,4 0,2 0,2857 4,0816
30 2 0,756 0,4 0,2 0,2646 3,4993
50 3 0,812 0,4 0,2 0,2463 3,0333
70 4 0,943 0,4 0,2 0,2121 2,2491
90 5 1,15 0,4 0,2 0,1739 1,5123
SOMA 2 1 1,1826 14,3757
ΔH (m) 1,40409E-05
Fonte: Dos autores, 2023

A principal vantagem do filtro de pedregulho é que este meio filtrante não tem a
capacidade de atingir a fluidificação, apenas com quantidade extremas de água. Sendo assim,
a taxa de lavagem se dá de acordo com sua norma de operação, na média de 860 m³/m³.dia.
Sendo assim, foi calculado o valor de reserva para sua água de lavagem.

Tabela 6: Volume para água de lavagem


Volume para água de
lavagem
Vol (m³) 113,472
Tempo de lav.(s) 300
VolReal (m³) 226,944
Fonte: Dos autores

O número de calhas de coleta adota por filtro foi 2. A tabela 7 expressa os valores de
vazão de água coletada por calha, altura e distanciamento das calhas e distancia entre o meio
filtrante até o topo da calhas de coleta.
Tabela 7: Calhas coletos
Calha coletora
nº 2
Qcalha
(m³/s) 0,0945602
D (m) 0,4
h (m) 0,5
S (m) 1
Fonte: Dos autores

3.4 FILTRAÇÃO RÁPIDA DESCENDENTE


Esta última unidade de filtração se dá por mais difícil operação. Seu meio filtrante é
areia, onde necessita de um maior cuidado do que o filtro de pedregulho. Os dados do meio
filtrante estão presentes na tabela 8. A taxa de filtração utilizada foi de 240 m³/m².dia

Tabela 8: Dados granulométricos da areia


Dados da Areia
Tamanho efetivo (mm) 0,55
Coeficiente de desuniformidade 1,5
D90 (mm) 0,95
Espessura da camada (m) 1
Porosidade inicial 0,4
Massa específica (kg/m³)] 2650
Coeficiente de esfericidade 0,8
Fonte: Dos autores, 2023

O dimensionamento deste unidade se dá de forma análoga ao do item 3.3. A Tabela 8


trás os valores de área total, área individual por unidade, comprimento e largura

Tabela 8: Dimensões do filtro rápido descendente


Número de filtros
N 2
Área total de filtração
At (m²) 13
Área de cada filtro
A (m²) 6,5
L (m) 2,55
B (m) 2,55
Fonte: Dos autores, 2023

A perda de carga está expressa na tabela 9

Tabela 9: Perda de carga no meio filtrante (areia)


Perda de carga do meio filtrante limpo
Li Xi
Fração mássica Camadas Deq (mm) Xi/Deq (/m) Xi/Deq² (/m²)
(m) %
10 1 0,55 0,2 0,2 0,3636 6,6116
30 2 0,65 0,2 0,2 0,3077 4,7337
50 3 0,75 0,2 0,2 0,2667 3,5556
70 4 0,85 0,2 0,2 0,2353 2,7682
90 5 0,95 0,2 0,2 0,2105 2,2161
SOMA 1 1 1,3838 19,8851
ΔH (m) 2,97968E-05
Fonte: Dos autores, 2023

No entendo, para a lavagem, devemos determinar a velocidade mínima de


fluidificação, isto é, com qual quantidade de água canalizada em meio filtrante ele começará a
admitir características de líquido? É usado este princípio para realizar a lavagem,
posteriormente, determinamos a qual altura o meio filtrante irá expandir em decorrência do
processo de lavagem, isto para que o posicionamento das calhas de coleta seja de melhor
forma possível, e não acabe por entrar areia nas calhas de coleta destinadas para água de
lavagem

Primeiramente calcula-se o número de Galileu, de acordo com a Equação 19.

𝐷3 𝑒𝑞𝑚𝑔 . 𝑔. 𝜌𝑎(𝜌𝑠 − 𝜌𝑎) (19)


𝐺𝑎 =
𝜇2
Sendo ρa a massa específica da água e ρs a massa específica da areia e Deqmg o tamanho
equivalente dos grãos no meio granular (D90).
Após encontrar o número de Galileu obtém-se a velocidade mínima de fluidificação,
representada pela Equação 20.

𝜇 (20)
𝑉𝑚𝑓 = (√(33,7)2 + 0,0408 . 𝐺𝑎) − 33,7
𝜌𝑎 . 𝐷𝑒𝑞𝑚𝑔

Sabe-se que a lavagem é realizada no sentido contrário ao do fluxo de filtração, sendo


assim, de forma ascensional, portanto a Equação 21 demonstra a velocidade ascendente.

𝑉𝑎 = 1,1 . 𝑉𝑚𝑓 (21)

A tabela 10 apresenta os valores calculados a partir do uso das equações 19, 20 e 21

Tabela 10: Número de Galileu e velocidade mínima de fluidificação adotada


Número de Galileu
Ga 8,99165E+12
Vel. Mín. Fluidificação
Vmf (m/s) 0,739276918
Va (m/s) 0,887132301
Fonte: Dos autores, 2023

Sendo assim, obtém-se a porosidade expandida de acordo com o número de Reynolds


representado pela Equação 22, e o número de Galileu.

𝜌𝑎 . 𝑉𝑎 . 𝐷𝑒𝑞𝑖 (22)
𝑅𝑒 =
𝜇

Sendo Deqi, o diâmetro equivalente a cada uma das camadas utilizadas.

Por fim, é possível obter a porosidade granular a partir da Equação 23.

1 (23)
𝜀𝑒𝑥 = 1 −
𝑋𝑖
∑ 𝑛
𝑖=1 1 − 𝜀𝑥𝑖
Sendo assim é possível determinar a espessura da camada filtrante expandida e a
expansão da camada do material granular de acordo com as Equações 24 e 25.

𝐿0(1 − 𝜀0) (24)


𝐿𝑒𝑥 =
(1 − 𝜀𝑒𝑥)

𝜀𝑒𝑥 − 𝜀0 (25)
𝐸% =
1 − 𝜀𝑒𝑥

O total calculado para expensão total da camada é obtido por meio das tabelas 11 e 12

Tabela 11: Porosidade do meio filtrante expandido


Porosidade do meio filtrante expandido
Li Xi
Camadas Deq (mm) Xi/Deq (/m) Re Ga PorExp Xi/(1-PorExp)
(m) %
1 0,55 0,2 0,2 0,3636 484,5242988 2664,1921 0,5 0,4
2 0,65 0,2 0,2 0,3077 572,6196258 4397,61837 0,5 0,4
3 0,75 0,2 0,2 0,2667 660,7149528 6755,55849 0,5 0,4
4 0,85 0,2 0,2 0,2353 748,8102799 9834,09151 0,5 0,4
5 0,95 0,2 0,2 0,2105 836,9056069 13729,2965 0,5 0,4
Soma 1 1 2
Fonte: Dos autores, 2023

Tabela 12: Espessura da camada filtrante expandida


Espessura camada filtrante
expandida
Lexp (m) 1,2
PorExp 0,5
Expansão do meio granular
(%)
Ex (%) 20
Fonte: Dos autores, 2023

Os valores de reservação para água de lavagem e posicionamento das calhas coletoras estão presentes
por meio das tabelas 13 e 14
4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE FLUORETAÇÃO E DESINFECÇÃO
4.1 DADOS

Todos os dados pré-estabelecidos para o dimensionamento, tanto da fluoretação quanto da


desinfecção, encontram-se no quadro 1.

Tabela 8: Dados para o dimensionamento do tanque de contato


Q (m³/s) 0,036
Q (L/s) 36
Min cloro (mg/L) 0,8
Média cloro (mg/L) 1,5
Máx cloro (mg/L) 2,5
t contato (min) 30
t contato (s) 1800
C fluor água bruta (mg/L) 0,1
C fluor água final (mg/L) 0,9
H lâmina líquida (m) 3,5
Massa flúor por mol de H2SiF6 114
Mol H2SiF6 (g) 144,1

Fonte: Do autor, 2023.

4.1 DESINFECÇÃO

4.1.1 Tanque de contato

Primeiramente é necessário encontrar o volume do tanque através da equação 1. Após isso,


torna-se possível calcular a área superficial do tanque ( equação 26), para que enfim as dimensões
(comprimento e largura) sejam descobertas pelas equações 27 e 28.

𝑄
𝑉𝑜𝑙 = 𝑡
(26)
Onde,
Vol: Volume (m³);
Q: Vazão (m³/s);
T: Tempo (s).

𝑉𝑜𝑙
𝐴= (27)
𝐻

Onde,
A: Área superficial (m²);
Vol: Volume (m³)
H: Altura lâmina d’água (m).

𝐴
𝐵 = √3 (28)

Onde,
B: Largura (m);
A: Área superficial (m²).

𝐴
𝐿= (29)
𝐵

Onde:
L: Comprimento (m);
A: Área superficial (m²);
B: Largura (m).

A tabela 13 representa as dimensões calculadas do tanque de contato

Tabela 13: Dimensões do tanque de contato


Volume
V (m³) 62
Tempo de contato
T (s) 1800
Área superficial
As
41,33333
(m²)
Dimensões
L (m) 10,5
B (m) 4
H (m) 1,5
Fonte: Dos autores, 2023
Assim, para garantir um funcionamento de câmara baseado em escoamento pistão,
determina-se o número de chicanas de modo a alcançar uma relação de comprimento para largura
entre 20:1 e 40:1. A tabele 14 especifica a configuração das chicanas

Tabela 14: Chicanas usadas

Chicanas
L/B 20
B (m) 0,525
nº 20
Fonte: Dos autores, 2023

5.1.1 Consumo diário de cloro

Neste momento, realiza-se o cálculo do consumo diário de cloro mínimo, médio e máximo
pela equação 30. Isso acontece por causa da variabilidade da qualidade da água ao longo do ano.

𝑀 = 𝑄 𝑥 𝐶 𝑥 𝛥𝑡 (30)
Onde:
M: Massa diária (kg)
Q: vazão (m³/dia);
C: dose ou concentração em g/m³.
Δt; Tempo (s)

Tabela 15: Dosagem de cloro


Dosagem mín de cloro (mg/L) 0,8
Dosagem média de cloro (mg/L) 1,5
Dosagem máx de cloro (mg/L) 2,5
Tempo mínimo de contato (min) 30
Fonte: Do autor, 2023.
5.1.2 Reservação do cloro

Tabela 16: Massa diária de cloro usada


Cloro
Massa diária (Kg)
Min Med Máx
2,35008 4,4064 7,344
Fonte: Dos autores, 2023

Considerando uma reserva com capacidade para abastecer por 22 dias e usando
Hipoclorito de Sódio como agente desinfetante, com uma concentração equivalente a 12% em
peso de Cloro (Cl2) e uma densidade da solução de 1220 kg/m³, pode-se determinar o
dimensionamento do sistema de armazenamento com a ajuda das equações 31 e 32 a seguir.

𝑀 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 = 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 ∗ 𝑀𝑚á𝑥 (31)

𝑀 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 𝐻𝑖𝑝𝑜𝑐𝑙𝑜𝑟𝑖𝑡𝑜
𝑉𝑜𝑙 = (32)
𝑀 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎

A tabela 17 mostra os resultados obtemos em massa, de cloro e hipoclorito para


reservação, em um período de 20 dias
Tabela 17: Reservação do cloro para 20 dias
Reservação
Massa para 20
146,88
dias (kg)
Hipoclorito (kg) 17,6256
Hipoclorito (m³) 0,014447
Fonte: Dos autores
5.2 FLUORETAÇÃO
5.2.1 Consumo diário do Flúor

Para calcular o consumo diária de flúor, a Equação 32 previamente mencionada é utilizada.


No entanto, para determinar a concentração do sistema, é subtraída da concentração final de flúor
na água a concentração, como visto na equação 33. Posteriormente encontra-se a massa de ácido
floussilícico (H2SiF6) pela equação 34.

𝑀 𝐹𝑙ú𝑜𝑟 = 𝑄 𝑥 𝛥𝑡 𝑥 (𝐶𝑓𝑓 − 𝐶𝑓𝑖) (33)

M Flúor∗MolH2SiF6
𝑀 Á𝑐𝑖𝑑𝑜 = (34)
M Flúor / Mol

Tabela 18: Massa diária de flúor e ácido fluossílico


Flúor
Massa diária
Flúor (kg) 2,35008
Ácido (kg) 2,970584
Fonte: Dos autores, 2023

5.2.2 Reservação do Flúor

Aplicando a metodologia semelhante àquela usada para o dimensionamento do sistema


de armazenamento de cloro e levando em consideração uma solução com concentração de 22%
contendo H2SiF6, é possível fazer os cálculos sobre a reservação do flúor, como visto no quadro
6.
Tabela 19: Massa e volume necessário para reservação do flúor
Reservação
Massa para 20
59,41167
dias (kg)
Massa Solução
(kg) 270,0531
Vol. Ácido (m³) 0,214328
Fonte: Dos autores, 2023
REFERENCIAS

DI BERNARDO, L. Filtração direta aplicada a pequenas comunidades. 1ed. Rio


de Janeiro: ABES, RiMa,491p.,2003. Disponível em:
http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/historico-de-
programas/prosab/DiBernardo.pdf. Acesso em: 29 out 2023.

Você também pode gostar